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CADERNO DE ATIVIDADE DE DIDATICA DE LINGUA PORTUGUESA 4

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Fundamentos e Metodologia 
de Língua Portuguesa
Autor: Mario L. N. Alves
Tema 04
Variação Linguística
seç
ões
Tema 04
Variação Linguística
Como citar este material:
ALVES, Mario L. N. Fundamentos e Metodologia 
de Lingua Portuguesa: Variação Linguística. 
Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera 
Educacional, 2014.
SeçõesSeções
Tema 04
Variação Linguística
5
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
•	 O mito da unicidade da Língua Portuguesa no Brasil.
•	 A dicotomia Langue/Parole de Saussure.
•	 Quais são as principais variações das línguas.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Metodologia do Ensino de 
Língua Portuguesa, da autora Maria Lúcia de Castro Gomes, editora Ibpex, 2011, PLT 493.
Roteiro de Estudo:
Mario L. N. Alves
Fundamentos e 
Metodologia da Língua 
Portuguesa 
6
Habilidades 
Ao	final,	você	deverá	ser	capaz	de	responder	as	seguintes	questões:
•	 Por	que	não	é	possível	dizer	que	no	Brasil	há	apenas	uma	única	 língua,	uniforme,	
falada	por	todos?
•	 Qual	a	diferença	entre	língua	e	fala	para	Saussure?
•	 Como	e	por	que	as	línguas	variam?
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Variação Linguística
Para	iniciar	esse	tema,	é	necessário	que	você	saiba	que:
1. No Brasil, de Roraima ao Rio Grande dos Sul, vive-se uma grande unidade linguística; 
uma	nação	que	fala	a	Língua	Portuguesa.	
2.	O	item	anterior	é	uma	grande	mentira.	
Infelizmente,	 no	 Brasil,	 muitos	 acreditam	 que	 é	 falada	 realmente	 apenas	 uma	 língua	
uniforme.	Essa	crença	traz	diversos	prejuízos,	começando	por	desconsiderar	as	centenas	
de	 línguas	 indígenas	 remanescentes	do	país,	além	de	 ignorar	diversas	comunidades	de	
imigrantes	estrangeiros	que	mantém	a	 língua	de	seus	ascendentes.	Outro	ponto	que	 tal	
crença	ignora	é	a	existência	das	variedades	linguísticas.	
Porém,	antes	de	aprofundar	no	mito	da	unidade	linguística	nacional,	você	conhecerá	um	
pouco	sobre	as	diferenças	entre	Língua	e	Fala.	
A Linguística só passou a ser compreendida como um campo autônomo da ciência graças 
às	contribuições	de	Ferdinand	de	Saussure,	 linguista	e	filósofo	suíço.	O	 livro	 “Curso	de	
Linguística	Geral”,	uma	compilação	feita	por	seus	alunos	com	base	em	três	disciplinas	de	
LEITURAOBRIGATÓRIA
7
LEITURAOBRIGATÓRIA
linguística	ministradas	por	Saussure	na	Universidade	de	Genebra,	é	considerada	a	obra	
seminal da ciência linguística. 
O	“Curso	de	Linguística	Geral”,	obra	fundamental	para	qualquer	estudante	de	linguística,	traz	
as diversas dicotomias postuladas por Saussure, tais como a de Sintagma e Paradigma, 
Significante	e	Significado,	Sincronia	e	Diacronia	e	a	que	interessa	nessa	discussão:	Língua	
e	Fala.	
Saussure compreendia a linguagem, então, da seguinte maneira:
Língua	 (langue)	 é	 o	 aspecto	 social	 da	 linguagem.	 Ela	 é	 homogênea,	 possui	 ordem,	
sistematização	e	é	compartilhada	aos	falantes	de	uma	comunidade	linguística.	
Fala	 (parole)	 é	 o	 aspecto	 individual	 da	 linguagem.	 Dessa	 forma,	 ela	 é	 heterogênea,	
imprevisível	e	irredutível	a	regras	e	sistematizações.	
Isso	significa	que,	ao	olhar	a	Língua	Portuguesa	enquanto	“langue”,	é	possível	dizer	que	
todos	os	brasileiros	pertencem	a	um	país	que	usa,	de	maneira	oficial,	o	mesmo	sistema	
linguístico. Por outro lado, dentro do Brasil, há diversas variedades linguísticas criadas a 
partir	das	individualidades	e	das	especificidades	dos	diferentes	grupos	linguísticos.	Se	de	
fato	o	país	fosse	uma	grande	unidade,	você	nunca	teria	conversado	ou	escutado	alguém	
conversar	sobre	as	diferenças	de	sotaque	ou	formas	de	falar	de	pessoas	de	outras	regiões	
ou classes sociais. 
Foi	 a	 partir	 das	 contribuições	 de	 Saussure	 que	 se	 notou	 a	 necessidade	 de	 estudos	
linguísticos	com	foco	na	fala,	e	foi	em	meados	do	século	XX	que	surgiu	a	sociolinguística	
como	modelo	 de	 pesquisa.	Com	os	 resultados	 das	 investigações	 da	 sociolinguística	 foi	
possível	demonstrar	que	as	línguas	variam,	mudam	ao	longo	do	tempo	e	estão	ligadas	de	
maneira	muito	próxima	a	seus	usuários.	
Variedades do Português Brasileiro
Segundo	Gomes	(2011,	p.	73),	as	línguas,	em	geral,	sofrem	variações	oriundas	das	diferenças	
geográficas,	 sociais/socioculturais	e	de	contexto	e	 tais	variações	podem	 ter	 impacto	em	
todos	os	níveis	da	língua	(lexical,	fonético,	morfológico,	sintático	ou	pragmático).	
8
Para	perceber	essas	variações,	tente	se	lembrar	das	diferenças	presentes	entre	as	falas	
de	gaúchos,	mineiros,	paulistas,	cearenses,	baianos,	cariocas.	E	se	você	se	distanciar	do	
Brasil,	verá	que	a	Língua	Portuguesa	de	outros	países,	inclusive	Portugal,	traz	variações	
ainda	mais	marcantes.	Com	esse	exercício,	notará	que	há	diferenças	fonéticas	(“côlorido”	x	
“cólorido”),	sintáticas	(“não	é”	x	“é,	não”),	lexicais	(“mandioca”	x	“aipim”	ou	“moça”	x	“guria”),	
semânticas	 (se	 um	 paulista	 pedir	 um	 prato	 de	 “verduras”	 em	 Pernambuco,	 ele	 poderá	
receber	tanto	“verduras”	quanto	“legumes”),	entre	outras.	
Esses	exemplos	citados	no	parágrafo	anterior	dizem	respeito,	principalmente,	às	diferenças	
geográficas,	que	podem	acontecer	por	diferenças	culturais,	interferência	de	outras	culturas	
ou	outras	línguas,	por	situações	específicas	da	região	(como	clima,	agricultura	ou	história	
regional,	por	exemplo).	
No	que	diz	respeito	às	diferenças	sociais	e	socioculturais,	é	possível	ver	principalmente	as	
diferenças	que	existem	entre	classe	social,	faixa	etária	e	sexo.	
As	 diferenças	 nas	 faixas	 etárias	 são	 aquelas	 notadas	 entre	 as	 gerações,	 por	meio	 dos	
arcaísmos.	Por	exemplo,	as	gírias	(“uma	brasa”,	“mora?”),	as	palavras	(assistir	o	“poer”	do	
sol), e as construções sintáticas (tomá-la-emos). 
Já as variações linguísticas por classes sociais se dão principalmente entre as ocorrências 
padrão/não	padrão,	conservadora/inovadora	ou	de	prestígio/estigmatizada.	Esse	assunto	
será	tratado	mais	profundamente	no	próximo	tema	dessa	disciplina.
Há,	 ainda,	 as	 variações	 referentes	 à	 sexualidade,	 em	 que	 se	 pode	 notar	 diferenças	
linguísticas	entre	homens,	mulheres	e	grupos	LGBT.	Os	estudos	nessa	área	ainda	trazem	
vários	questionamentos,	mas	já	apontam	alguns	resultados	acerca	de	algumas	diferenças	
e variedades entre os grupos. 
Por	fim,	há	também	as	diferenças de contexto,	comumente	notadas	nos	diferentes	usos	
da	 língua	que	um	mesmo	grupo	pode	fazer	em	diferentes	situações.	 Isso	pode	ser	visto	
principalmente	nas	diferenças	entre	situações	formais	e	não	formais	(a	forma	de	falar	com	
sua	 família	 em	contraposição	aos	 contextos	 profissionais	 ou	 jurídicos,	 por	 exemplo),	 ou	
situações	de	diferentes	tipos	de	relacionamento	(como	a	diferença	entre	conversar	com	um	
amigo íntimo e com um total desconhecido). 
Outro	 tipo	de	diferença	de	contexto	pode	ser	notado	nas	 relações	de	grupos	sociais	ou	
profissionais.	A	gíria,	por	exemplo,	é	um	tipo	de	linguagem	especial	que	nasce	em	grupos	
LEITURAOBRIGATÓRIA
9
LINKSIMPORTANTES
LEITURAOBRIGATÓRIA
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Conheça o site do Museu da Língua Portuguesa. 
Disponível	em:	<http://www.museulinguaportuguesa.org.br/>.	Acesso	em:	9	dez.	2013.
Melhor	do	que	a	navegação	do	site	é	visitá-lo	pessoalmente	na	estação	da	Luz	em	São	
Paulo,	e	fazer	uma	viagem	na	evolução	da	Língua	Portuguesa.
sociais	que	buscar	gerar	uma	comunicação	inteligível	somente	entre	seus	integrantes	(seja	
esse	grupo	uma	comunidade,	uma	faixa	etária,	uma	classe	social	de	determinada	região	
geográfica).	Para	os	grupos	profissionais,	tem-se	o	jargão como outro tipo de linguagem 
especial.	Os	 jargões	profissionais	são	termos	compreendidos	somente	entre	as	pessoas	
que	dominam	o	assunto	e	a	situação	em	que	eles	ocorrem.	
Como dito por Gnerre (2003 apud GOMES, 2011, p. 81), as linguagens especiaistem 
por	 função	 social,	 além	 da	 comunicação,	 reafirmar	 a	 identidade	 dos	 integrantes	 de	 um	
determinado	 grupo	 e	 excluir	 a	 comunicação	 de	 pessoas	 de	 comunidades	 linguísticas	
externas.	
De	todas	essas	reflexões,	o	mais	importante	é	que	você	perceba	que,	mesmo	dentro	de	
um	grande	sistema,	chamado	Língua	Portuguesa,	existem	diversas	variedades	linguísticas	
e	 infinitas	 possibilidades	 comunicativas.	 Tal	 diversidade	 é	 justamente	 o	 que	 torna	 a	
língua	algo	 “vivo”,	em	constante	 transformação	e	evolução,	além	de	marcar	de	maneira	
fundamental	a	identidade	cultural	de	seus	falantes	e,	claro,	manter	sua	função	fundamental	
de comunicação.
10
LINKSIMPORTANTES
Leia	o	artigo	“Saber uma língua é separar o certo do errado?”,	de	Ataliba	T.	de	Castilho,	em	
que	discute	o	fato	da	língua	ser	um	organismo	vivo	e	que	varia	conforme	o	contexto.	
Disponível	 em:	 <http://www.museulinguaportuguesa.org.br/colunas_interna.php?id_
coluna=16>.	Acesso	em:	9	dez.	2013.
Leia	 o	 artigo	 “Variação sociofonética na aquisição e na modelagem do conhecimento 
Linguístico”,	publicado	por	Christina	Abreu	Gomes	na	Revista	da	ABRALIN,	v.	Eletrônico,	n.	
Especial, p. 209-226. 2ª parte, 2011. 
Disponível	em:	<http://www.abralin.org/revista/RVE2/4v.pdf>	Acesso	em:	9	dez.	2013.
Leia	o	artigo	“Retrospectiva Sociolinguística:	Contribuições	do	Peul”	de	Maria	da	Conceição	
de	Paiva	e	Maria	Marta	Pereira	Scherre	que	foi	publicado	na	revista	Delta,	v.15,	n.especial,	
São Paulo, 1999. 
Disponível	em:	<http://dx.doi.org/10.1590/S0102-44501999000300009>.	Acesso	em:	9	dez.	
2013. 
O	estudo	faz	uma	retrospectiva	sociolinguística	do	grupo	de	pesquisa	das	autoras	com	os	
resultados	obtidos	em	estudos	realizados	com	as	variantes	linguísticas	do	Rio	de	Janeiro.	
Vídeos 
Diversidade Brasileira. 
Disponível	 em:	 <http://www.portaldapropaganda.com/vitrine/tvportal/2006/03/0043?da
ta=2006/03>.	Acesso	em:	9	dez.	2013.
O	vídeo	que	mostra	pessoas	de	diferentes	lugares	do	Brasil	explicando	o	que	significa	o	
Hino Nacional Brasileiro.
11
Instruções: 
Chegou	a	hora	de	você	exercitar	seu	aprendizado	por	meio	das	resoluções	
das	questões	deste	Caderno	de	Atividades.	Essas	atividades	auxiliarão	
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os	enunciados	e	atente-se	para	o	que	está	sendo	pedido	e	para	o	modo	de	
resolução	de	cada	questão.	Lembre-se:	você	pode	consultar	o	Livro-Texto	
e	fazer	outras	pesquisas	relacionadas	ao	tema.
Questão 1:
Busque	se	 lembrar	de	 três	sotaques	dife-
rentes do seu e de como eles soaram para 
você. Soaram estranhos ou soaram natu-
rais?	 Agora	 responda	 a	 seguinte	 pergun-
ta:	como	esses	sotaques	(ritmo,	escolha	e	
sons	das	palavras)	soam	para	os	falantes	
de português de outros lugares, idades e 
classes	sociais?
Questão 2:
Sobre	 a	 Língua	 Portuguesa	 (LP),	 as	 afir-
mações	abaixo	estão	corretas,	exceto:	
a) A LP evolui ao longo tempo.
b)	A	LP	é	a	única	língua	falada	no	Brasil.
c) A LP apresenta diversas variedades.
d)	A	 forma	 como	 os	 falantes	 usam	 a	
LP	 varia	 de	 acordo	 com	 a	 localização	
geográfica.
e) Apesar da LP vir de Portugal, no Brasil 
não	se	fala	a	LP	da	mesma	forma	que	os	
portugueses.
Questão 3:
Leia	as	afirmações	abaixo:
1.	As	línguas	podem	sofrer	variações	lexi-
cais,	 fonéticas,	morfológicas,	sintáticas	ou	
pragmáticas, dependendo das situações 
em	que	são	utilizadas.	
AGORAÉASUAVEZ
12
2.	As	variações	da	 língua	que	acontecem	
por	diferenças	socioculturais	são	conside-
radas erro e devem ser corrigidas nas au-
las de português. 
3.	 Os	 jargões	 são	 criados	 somente	 para	
dar	nome	aos	objetos	e	procedimentos	de	
uma	determinada	profissão.
Destas	frases,	temos	que:
a)	Somente	a	1	é	verdade.
b)	Somente	a	2	é	verdadeira.
c) 1 e 3 são verdadeiras.
d)	Somente	a	3	é	falsa.
e)	 Todas	são	falsas.
Questão 4:
As variações linguísticas ocasionadas por 
diferença	etária	e	sexo	são	exemplos	que	
acontecem	por	conta	das	diferenças:
a)	Geográficas.
b)	De	classe	social.
c) Socioculturais.
d)	De	contexto.
e)	Morfológicas.
Questão 5:
As	 variações	 linguísticas	 por	 faixa	 etária	
que	 acontecem	 por	 escolhas	 lexicais	 que	
estão caindo ou caíram em desuso se dá o 
nome de:
a) Gíria.
b) Jargão.
c) Langue.
d) Arcaísmo.
e) Apagamento.
Questão 6:
Ao	 receber	 um	 aluno	 de	 outra	 região	 do	
país,	 qual	 deveria	 ser	 sua	 postura,	 como	
professor,	 ao	 perceber	 que	 há	 estranha-
mento	dos	alunos	em	 relação	à	 forma	de	
falar	do	novo	aluno?
Questão 7:
Identifique,	dentro	de	sua	variante	linguís-
tica,	quais	as	mudanças	que	você	mesmo	
realiza	 ao	 comparar	 uma	 conversa	 entre	
você e seus amigos e outra em você e ou-
tros	 profissionais	 de	 sua	 área.	Quais	 são	
as	principais	mudanças	percebidas?
AGORAÉASUAVEZ
13
AGORAÉASUAVEZ
Questão 8:
Converse	 com	 alguém	mais	 velho	 e	 com	
alguém	mais	novo	que	você.	Nesses	diálo-
gos, preste atenção às palavras escolhidas 
e	as	construções	lexicais	feitas.	Quais	dife-
renças	você	consegue	encontrar	e	por	que	
elas	acontecem?
Questão 9:
Escolha	um	filme	brasileiro	que	esteja	con-
textualizado	em	um	local	diferente	de	onde	
você	convive.	Ao	assisti-lo,	busque	identifi-
car	as	expressões	regionais	e	gírias	que	os	
personagens	 usaram	 durante	 suas	 falas.	
Reflita	sobre	elas	e	busque	ver	quais	de-
las	 fazem	parte	do	seu	vocabulário,	quais	
você	 não	 conhece	 e	 quais	 você	 conhece	
mas	não	usa	em	seu	cotidiano,	e	por	que.
Questão 10:
A	contribuição	de	Ferdinand	de	Saussure	
foi	inquestionável	para	consolidar	a	linguís-
tica	como	ciência.	Além	do	paradigma	Lín-
gua	x	Fala,	apresentado	neste	tema,	houve	
mais três outras dicotomias apresentadas 
em	seu	 livro	 “Curso	 de	 Linguística	Geral”	
com grande importância para os estudos 
linguísticos.	 Pesquise	 quais	 são	 e	 o	 que	
significam	 essas	 três	 outras	 dicotomias	 e	
como	 elas	 podem	 ajudar	 a	 compreender	
os	 temas	 que	 já	 foram	 trabalhados	 nesta	
disciplina.
Neste	tema,	você	pôde	ver	que	a	unicidade	da	Língua	Portuguesa	no	Brasil	é	um	mito,	
pois	além	das	inúmeras	línguas	que	coexistem	em	nesse	território,	há	ainda	as	variações	
da	língua.	Você	também	conheceu	uma	das	dicotomias	de	Saussure,	a	de	língua	e	fala,	e	
pôde	perceber	as	principais	variações	que	ocorrem	na	Língua	Portuguesa.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
FINALIZANDO
14
GOMES, M. L. C. Metodologia do ensino de Língua Portuguesa.	Curitiba:	Ibpex,	2011.	
BAGNO, M. A língua de Eulália:	novela	sociolinguística.	3ª.	Ed.	São	Paulo:	Contexto,	
1999.
REFERÊNCIAS
GLOSSÁRIO
Dicotomia: partição de um conceito em dois outros, contrários e complementares.
Gíria:	linguagem	informal,	com	expressões	metafóricas,	jocosas,	mais	efêmeras	que	as	da	
língua	tradicional,	geralmente	usada	por	determinado	grupo	social	e,	por	vezes,	considerada	
uma	 linguagem	marginal,	 difícil	 de	 ser	 compreendida	 por	 outras	 classes	 sociais,	 e	 que	
costuma	funcionar	como	mecanismo	de	coesão	tribal.	
Postulado:	o	mesmo	que	premissa,	ou	seja,	algo	que	se	considera	como	fato	reconhecido	e	
ponto	de	partida,	implícito	ou	explícito,	de	uma	argumentação,	geralmente	sem	necessidade	
de demonstração.
Arcaísmo:	palavra,	expressão	ou	construção	sintática	que	saiu	de	uso	na	norma	atual	de	
uma língua.
Jargão:	código	linguístico	próprio	de	um	grupo	sociocultural	ou	profissional	com	vocabulário,	
geralmente	empregada	pelos	membros	para	identificarem-se	como	grupos	e	diferenciarem-
se das demais pessoas. 
Seminal:	inspirador,	que	estimulou	ou	gerou	novas	criações,	ideias,	ou	obras.
15
GABARITO
Questão 1
Resposta: Essa pergunta não tem uma resposta correta,mas espera-se uma análise 
pessoal	das	variantes	linguísticas	conhecidas	pelo	aluno,	observando	seus	ritmos	de	fala,	
escolhas	de	palavras,	e	o	impacto	dessa	variante	quando	presente	em	um	contexto	diferente	
ao	que	pertence.
Questão 2
Resposta: Alternativa	B.	Há	dezenas	de	 línguas	 faladas	no	Brasil	quando	considera-se	
as	línguas	indígenas	e	a	de	descendentes	estrangeiros	que	moram	em	comunidades	e	se	
comunicam em suas línguas maternas.
 Questão 3
Resposta:	Alternativa	A.	A	única	afirmação	que	condiz	com	a	teoria	apresentada	é	a	que	
diz	que	as	línguas	podem	sofrer	variações	lexicais,	fonéticas,	morfológicas,	sintáticas	ou	
pragmáticas,	dependendo	das	situações	em	que	são	utilizadas.
Questão 4
Resposta: Alternativa	 C.	 Das	 variações	 linguísticas	 ocasionadas	 por	 diferenças	
socioculturais,	é	possível	apontar	as	diferenças	por	faixa	etária	e	sexo.
Questão 5
Resposta:	 Alternativa	 D.	 O	 arcaísmo	 é	 caracterizado	 por	 palavras,	 expressões	 ou	
construções	sintáticas	que	saíram	de	uso	na	norma	atual	de	uma	língua.
Questão 6
Resposta: Espera-se	que	o	professor	realize	um	diálogo,	prepare	aulas	e	atividades	que	
ensinem	aos	alunos	sobre	as	variedades	linguísticas	e	o	respeito	às	diferenças.
16
Questão 7
Resposta:	Espera-se,	nessa	questão,	que	o	aluno	reflita	sobre	a	linguagem	formal	e	informal,	
os	possíveis	jargões	e	gírias	envolvidos	ou	evitados	e	demais	variáveis	que	possam	surgir	
nessa	reflexão.
Questão 8
Resposta: Espera-se	,que	o	aluno	encontre	arcaísmos,	gírias	e	construções	diferentes	e	
perceba	enquanto	um	intermediário	entre	as	duas	gerações	que	analisou.
Questão 9
Resposta:	O	objetivo	dessa	questão	é	fazer	com	que	o	aluno:	reflita	sobre	as	expressões	
regionais	e	gírias;	identifique	a	qual	grupo	elas	pertencem;	identifique	como	pertencente	de	
um	mesmo	sistema	linguístico	(por	conhecer	e	até	mesmo	usar	algumas	gírias	e	expressão);	
perceba	que	o	filme	 retrata	uma	variedade	que	não	a	de	seu	grupo,	 região	ou	contexto	
social.
Questão 10
Resposta:	 Espera-se	 com	 essa	 questão	 uma	 pesquisa	 de	 aprofundamento	 sobre	
os	 primeiros	 pilares	 da	 linguística	 enquanto	 ciência	 e	 a	 correlação	 dos	 paradigmas	 de:	
sincronia	e	diacronia	(que	o	ajuda	a	compreender	a	evolução	da	língua	e	a	necessidade	
de	um	recorte	no	tempo	para	estudar	o	objeto	 linguístico);	sintagma	e	paradigma	(que	o	
ajuda	a	compreender	as	escolhas	nos	eixos	sintáticos	e	paradigmáticos	e,	por	sua	vez,	nas	
escolhas	 lexicais	e	nas	construções	morfológicas);	e	de	significante	e	significado	 (que	o	
ajuda	a	compreender	as	discussões	sobre	construção	de	significados	da	língua).
GABARITO

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