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Destituição do Patrio Poder

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ECA. DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR. Descabe o sobrestamento da ação de destituição do poder familiar até a prolação da sentença no processo criminal movido contra o genitor acusado de abuso sexual. A perda do poder familiar prescinde da realização de fatos típicos penais, bastando que seja comprovada a prática de atos contrários à moral e aos bons costumes contra a criança, conforme prevê o art. 1.638, III, do Código Civil. Agravo provido. (AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 70008745655, SÉTIMA CÂMARA CÍVEL, TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RS, RELATOR: MARIA BERENICE DIAS, JULGADO EM 02/06/2004)
ECA. DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR. Em atenção ao princípio do melhor interesse da criança, impõe-se a destituição do poder familiar em relação ao pai que abusa sexualmente da filha, infringindo gravemente os deveres previstos no art. 22 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Pedido de diligências do Ministério Público acolhido, em parte, e apelo desprovido. (APELAÇÃO CÍVEL Nº 70008231722, SÉTIMA CÂMARA CÍVEL, TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RS, RELATOR: MARIA BERENICE DIAS, JULGADO EM 26/05/2004).
DIREITO DE FAMÍLIA. EMBARGOS INFRINGENTES. PERDA DO PODER FAMILIAR. FILHAS MENORES. INDÍCIOS SUBSTANCIAIS DE ABUSO SEXUAL. ELEMENTOS QUE CONDUZEM AO PAI COMO PROTAGONISTA DO ILÍCITO. PÁTRIO PODER. SUSPENSÃO. LEGALIDADE, NECESSIDADE E LEGITIMIDADE. PRESERVAÇÃO DOS INTERESSES DA CRIANÇA. EFICÁCIA DA PROTEÇÃO INTEGRAL CONFERIDA. ASSEGURAÇÃO. COLISÃO DE DIREITOS. PREVALÊNCIA DOS DIREITOS E INTERESSES DA CRIANÇA (ECA, ARTS. 18 e 157; CF, ART. 227; CC, ART. 1.638, III). 1. Sobejando indícios, e não meras alegações desprovidas de ressonância material, de que o pai se portara em desconformidade com os deveres, obrigações e postura condizentes com a qualidade de genitor, revestindo de sustentação e plausibilidade as suspeitas de que incorrera na prática de abuso sexual contra as filhas menores de idade, a suspensão do pátrio poder e dos atributos a ele inerentes consubstancia imperativo legal destinado a resguardar os interesses e direitos da infante, assegurando-se eficácia à proteção integral que lhe é conferida pelos legislador constitucional e ordinário (CF, art. 227; ECA, arts. 18 e 157; CC, art. 1.638, III). 2. A colisão estabelecida entre os direitos e interesses resguardados ao pai e os conferidos às filhas infantes é resolvida mediante a aplicação do princípio da preponderância, resultando na prevalência do direito que assiste à criança de ter sua integridade física e higidez psicológica preservadas, relegado o direito inerente ao poder familiar conferido ao pai para nível subalterno como forma de ser conferida eficácia máxima à proteção integral legalmente apregoada. 3. Conquanto berço natural da criança, a família biológica, em situações que encerraram crise no relacionamento familiar, pode ser excluída do rol dos relacionamentos afetivos mantidos pela infante como forma de preservação dos seus direitos e interesses, resultando que, estabelecida séria crise no relacionamento entre pai e filha, o poder familiar assegurado ao genitor deve ser suspenso até que haja definitiva superação do conflito estabelecido. 4. De conformidade com o regramento inserto no artigo 935 do Código Civil, que reafirma o princípio de que a jurisdição penal não subordina a cível, somente são inquestionáveis a existência do fato ou sua autoria quando se acharem decididas no juízo criminal, resultando que, não tendo sido afirmada a inexistência do fato nem ilidida sua autoria na esfera criminal, mas proclamada a insuficiência de provas aptas a ensejarem o acolhimento da pretensão condenatória, o decidido no âmbito penal não subordina o desenlace da pretensão volvida a suspender o poder familiar assegurado ao pai, notadamente porque norteada pelos princípios da proteção integral assegurada à criança e à preservação do seu melhor interesse. 5. Embargos infringentes conhecidos e providos. Unânime.
(TJ-DF - EIC: 20090130082115, Relator: TEÓFILO CAETANO, Data de Julgamento: 02/03/2015, 1ª Câmara Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 27/03/2015 . Pág.: 77)
APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR - DIREITO DE FAMÍLIA - RELATO DE ABUSO SEXUAL PRATICADO CONTRA UMA DAS FILHAS - INSUFICIÊNCIA NO EXERCÍCIO DO PODER FAMILIAR - VIOLAÇÃO À INTEGRIDADE PSÍQUICA E MORAL DA PROLE - POTENCIALIDADE DE RISCO À FILHA MENOR - EXTINÇÃO DO PÁTRIO PODER - MEDIDA DE EFEITOS GRAVES E, PORTANTO, EXCEPCIONAL - SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR - CABIMENTO - RECURSO PROVIDO - PEDIDO ALTERNATIVO JULGADO PROCEDENTE. - Por força da Convenção Internacional dos Direitos da Criança, ratificada pelo Governo brasileiro e promulgada pelo Decreto nº 99710 de 21 de setembro de 1990, "todas as ações relativas às crianças, levadas a efeito por instituições públicas ou privadas de bem-estar social, tribunais, autoridades administrativas ou órgãos legislativos, devem considerar, primordialmente, o melhor interesse da criança". - E conforme estatuído na Constituição Federal Brasileira, no Código Civil de 2002 e no Estatuto da Criança e do Adolescente compete aos pais garantir o pleno e sadio desenvolvimento do filho menor, responsabilizando-se por sua criação, proteção, educação, guarda e assistência material, moral e psíquica. - Segundo o ordenamento jurídico brasileiro, o poder familiar poderá ser suspenso, e até mesmo extinto, caso praticado atos contrários à moral e aos bons costumes, ou constatado o descumprimento dos deveres e responsabilidades a eles inerentes. - Em face das sequelas que a perda do pátrio poder gera, dentre elas a cessação dos direitos patrimoniais, afetivos, de guarda, visita e criação, deve somente ser decretada em situações excepcionais, dando-se preferência à sua suspensão. - Diante da prova de que o genitor molestou sexualmente uma de suas filhas, mostrando-se incapaz de exercer, ao menos neste momento, o múnus do poder familiar que lhe cabe, deve o Poder Judiciário intervir a fim de garantir o melhor interesse da criança, assegurando-lhe uma vida digna. - Destarte, não possuindo o genitor condições psíquicas e morais para o pleno exercício do poder familiar, revela-se necessária a suspensão do encargo até que se restabeleça sua capacidade. - Apelo provido.
(TJ-MG - AC: 10471080981791002 MG, Relator: Versiani Penna, Data de Julgamento: 27/06/2013, Câmaras Cíveis / 5ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 03/07/2013)
União estável- 
DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL. PARTILHA. BEM ADQUIRIDO NA CONSTÂNCIA DA VIDA EM COMUM. PRESUNÇÃO LEGAL DE COMUNICABILIDADE. ESFORÇO CONJUNTO COMPROVADO. Configurada a união estável, e não havendo disposição contratual em contrário, os bens adquiridos pelos companheiros onerosamente em sua constância deverão ser partilhados igualmente entre eles, porquanto se presumem obtidos por meio de esforço comum.
(TJ-MG - AC: 10351090951630001 MG, Relator: Fernando Caldeira Brant, Data de Julgamento: 27/03/2014, Câmaras Cíveis / 5ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 07/04/2014)

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