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DIREITO EMPRESARIAL II - PRINCIPIOS

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TEORIA GERAL DOS TÍTULOS DE 
CRÉDITO 
 PROFª MARIA ELCI MOREIRA GALVÃO 
DIREITO EMPRESARIAL II 
 
ESTRUTURA DE CONTEÚDO 
 
 
1.2. Princípios 
1.2.1.Cartularidade. 
1.2.2. Literalidade. 
1.2.3. Autonomia 
1.2.3.1. Principio da Inoponibilidade das Exceções 
Pessoais. 
 
Princípios dos títulos de crédito 
 Do conceito de Vivante, extraímos os Princípios dos Títulos de Crédito, 
a saber: 
 
Cartularidade: O Título deve ser representado por uma cártula, um 
papel, para que seja válido como título e para que possa ser cobrado. 
Sem a apresentação do título, não se tem como executar o devedor e 
pagando o título, a quitação deverá ser realizada na própria cártula. 
Literalidade: Ou seja, "vale o que está escrito". Todas as pessoas 
que figurarem no título, serão coobrigados, respeitando-se os valores, 
datas e locais de pagamento do Título de Crédito. 
Autonomia: As obrigações que se apresentam no título, são 
autônomas entre si. Os coobrigados possuem no caso, autônomas as 
suas obrigações e mesmo sendo inválida a obrigação de um dos co 
obrigados, não vicia o título e nem as demais. Este Princípio se 
subdivide em dois sub princípios: Abstração e Inoponibilidade das 
exceções aos terceiros de boa fé. 
TÍTULOS DE CRÉDITO: CARACTERÍSTICAS 
 
 
Princípio da Cartularidade 
Cartularidade – o credor do título de crédito deve provar 
que se encontra na posse do documento para exercer o 
direito nele mencionado ( Fábio Ulhoa). 
 Para o exercício dos direitos contidos no título de crédito é 
necessária a exibição do original do título. Sem a posse da 
cártula pelo credor, mesmo que a pessoa seja efetivamente 
credora, não há o exercício do direito ao recebimento do 
crédito. 
Exemplo, um comerciante (credor) que possui uma nota 
promissória emitida por certo cliente (devedor). O credor 
não poderá cobrar, amigável ou judicialmente, o crédito 
apresentando somente a fotocópia do título, ainda que essa 
seja autenticada. 
Princípio da Cartularidade 
Formalismo - O título de crédito é um documento formal. 
Para que se configure como título executivo extrajudicial 
todos os requisitos devem estarem preenchidos. Art.888, 
CC/02. 
 Art. 586-CPC. A execução para cobrança de crédito fundar-
se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível. 
 
Mas isso vem sendo cada vez mais discutido, principalmente, 
a partir da vigência do art.889,§ 3º, do Código Civil, ao prever 
a possibilidade da emissão de título por computador. Dessa 
forma, emitido eletronicamente, não sendo materializado em 
papel, seria uma exceção ao princípio da cartularidade. 
Princípio da Literalidade 
Princípio da literalidade – Somente o que está no 
documento será considerado no momento da execução do 
crédito pelo credor. Pela literalidade do título de crédito só 
interessa o que está expressamente declarado na cártula, 
ou seja, nem credor nem devedor podem invocar em seu 
favor fato ou elemento que não esteja no título. 
Ex.1 - Quem paga parcialmente um título de crédito deve 
pedir a quitação na própria cártula, pois não poderá se 
exonerar de pagar o valor total, se ela vier a ser transferida 
a terceiros de boa-fé. 
EX.2- um aval dado ao título, aposto em documento 
separado, não produzirá efeitos de aval a este título. 
Princípio da literalidade 
Em regra, não se pode colocar cláusulas de juros em título 
de crédito. Pode-se até cobrar, mas não pode estar contida 
no título. 
Art. 890, CC/02. Consideram-se não escritas no título a 
cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de 
responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que 
dispense a observância de termos e formalidade 
prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua 
ou restrinja direitos e obrigações. 
Art. 51, D 2.044/08. Na ação cambial, somente é 
admissível defesa fundada no direito pessoal do réu contra 
o autor, em defeito de forma do título e na falta de requisito 
necessário ao exercício da ação. 
Princípio da Autonomia 
O Princípio da Autonomia – O Credor apenas recebe o 
título de crédito e vai ao devedor que emitiu o título cobrar 
a dívida representada pela cártula, independente dos 
negócios realizados com o título de crédito. 
Este princípio determina que cada obrigação representada 
pelo título de crédito é autônoma e o vício de uma 
obrigação não gera invalidade do título e nem contamina 
as demais obrigações. 
Assim, o portador do título de crédito poderá cobrar o 
devedor principal (aquele que emitiu o título) para cumprir 
o negócio jurídico ajustado que gerou o título. 
Princípio da Autonomia 
 
Ex. Rafael promete pagar João no futuro determinada quantia 
mediante a emissão de uma nota promissória com vencimento 
em um mês para compra de uma TV. João poderá passar o 
crédito, decorrente da nota promissória emitida por Rafael, por 
meio de endosso na nota para comprar outros bens ou serviço 
no mercado. E João comprou, com o uso da nota promissória 
emitida por Rafael, drogas de um certo traficante. O traficante, 
com a nota promissória de Rafael que recebeu de João, 
comprou um computador. 
Há no decorrer da circulação da nota promissória um negócio 
jurídico nulo (a compra da droga) já que o objeto adquirido é 
ilícito, descaracterizando assim um dos requisitos de validade 
de um negócio jurídico (agente capaz, objeto lícito possível, 
determinado ou determinável, forma prescrita ou não defesa em 
lei). 
 
 
 Princípio da Autonomia 
 
Mas quando Rafael vier a pagar a nota promissória ao 
vendedor do computador adquirido pelo traficante ele não 
poderá alegar o vício do negócio jurídico que ocorreu pela 
compra de drogas por João. Somente quando Rafael 
pagar o título é que a obrigação que gerou o crédito será 
extinta, não podendo o devedor opor eventuais nulidades 
de negócios que foram realizados pela circulação do título 
de crédito por ele emitido. 
 
 
 Princípio da Autonomia 
 
O princípio da autonomia das obrigações cambiais se 
desdobra em dois outros subprincípios que são: 
• Subprincípio da Abstração e 
• Subprincípio da Inoponibilidade das Exceções 
Pessoais ao Terceiro de Boa Fé. 
 
São qualificados como subprincípios, segundo Fábio 
Ulhoa, por que nada acrescentam ao que já se encontra 
determinado pelo princípio da autonomia. 
 
Princípios da Autonomia 
O Subprincípio da Abstração 
 Quando o título de crédito é posto em circulação, diz-
se que se opera a abstração, isto é, a desvinculação 
do ato ou negócio jurídico que deu ensejo à sua 
criação. 
O Princípio da Abstração diz que o direito de crédito 
se desvincula do negócio jurídico que lhe deu origem, 
ou seja, o Título de Crédito emitido por Rafael ao João 
não prende-se a compra da TV. Se o negócio jurídico 
que deu origem ao título de crédito vier a estar viciado 
o título não será afetado dado ao vendedor o direito 
de exigir o crédito representado pelo título. 
Abstração 
 
A abstração ocorre quando não houver relação 
direta (imediata) entre dois coobrigados. 
Abstração 
 
Se o título circular, ocorre sua desvinculação do 
negócio fundamental (autonomia absoluta). O devedor 
não poderá se utilizar da relação fundamental como 
defesa perante terceiro portador de boa-fé. A relação 
entre devedor e portador é indireta ou mediata. 
Subprincípio da Inoponibilidade das Exceções 
 O subprincípio da Inoponibilidade das Exceções 
Pessoais ao Terceiro de Boa Fé, significa dizer que 
aquele que for regularmente demandado por terceiro, pela 
obrigação resultante de um título, não pode alegar uma 
situação pessoal com outrem, a fim de furtar-se aoseu 
cumprimento. 
Este princípio, está disciplinado no Art. 17, da lei 
Uniforme de Genebra. “As pessoas acionadas em virtude de 
uma letra não podem opor ao portador exceções fundadas 
sobre as relações pessoais delas com o sacador ou com os 
portadores anteriores, a menos que o portador ao adquirir 
a letra tenha procedido conscientemente em detrimento do 
devedor.” 
Princípio da Inoponibilidade das Exceções 
Este subprincípio vincula-se ao aspecto processual do 
princípio da autonomia, pois diz respeito ao processo de 
execução. 
Art. 915 CC. O devedor, além das exceções fundadas nas 
relações pessoais que tiver com o portador, só poderá opor 
a este as exceções relativas à forma do título e ao seu 
conteúdo literal, à falsidade da própria assinatura, a defeito 
de capacidade ou de representação no momento da 
subscrição, e à falta de requisito necessário ao exercício da 
ação 
Art. 916 CC. As exceções, fundadas em relação do 
devedor com os portadores precedentes, somente poderão 
ser por ele opostas ao portador, se este, ao adquirir o título, 
tiver agido de má-fé. 
Subprincípio da Independência 
 O subprincípio da Independência, segundo Gladston 
Mamede, divide-se em duas perspectivas distintas: 
•Independência da cártula e 
•Independência das declarações cambiárias entre si. 
 
a) Independência da cártula – a cártula afirma por si 
mesma, sua validade e sua eficácia, não carecendo de 
qualquer outra referência externa para tanto. Todos os 
seus elementos qualificadores, como valor (principal, 
acessórios, pagamentos parciais etc), titular (credor), os 
atores cambiários(devedor, coobrigados, credor e mesmo 
terceiros, não precisam consultar a qualquer documento ou 
registro para compreender a extensão da obrigação 
cambiária, nem para poder executá-la. 
Subprincípio da Independência 
 O subprincípio da Independência, segundo Gladston 
Mamede, divide-se em duas perspectivas distintas: 
 
b) Independência das declarações cambiárias entre si – 
tem aplicação mais ampla, mesmo nos títulos vinculados, 
as obrigações cambiárias são independentes entre si, 
bastando recordar que tanto o endosso, quanto o aval, não 
podem ser condicionados ou clausulados. 
Independência das Assinaturas 
O portador poderá cobrar de qualquer 
dos coobrigados, individual ou 
coletivamente. 
Questão objetiva – Aula - 02 
01- com relação à teoria dos títulos de crédito, julgue os itens que 
se seguem. 
a)( ) o título de crédito abstrato dá origem a obrigações desvinculadas 
da causa que o gerou como forma de garantir-lhe a autonomia, o que 
permite ao mercado considerar apenas o título que afirma a existência 
do crédito, representando-o por uma cártula necessária e seu 
conteúdo; 
b)( ) o título de crédito abstrato dá origem a obrigações vinculadas da 
causa que o gerou como forma de garantir-lhe a autonomia, o que 
permite ao mercado considerar apenas o título que afirma a existência 
do crédito, representando-o por uma cártula necessária e seu 
conteúdo; 
c)( ) o credor do título de crédito não precisa provar que se encontra 
na posse do documento para exercer o direito nele mencionado; 
d)( )todas as alternativas acima são corretas 
Questão objetiva – Aula - 02 
 02- (MAGISTRATURA-PB–CESPE/2011) Considerando a aplicabilidade, no direito 
cambiário, dos princípios da cartularidade, literalidade e autonomia, bem como de 
outros deles decorrentes, assinale a opção correta. 
a)( ) o p princípio da literalidade é relativizado pelo direito
brasileiro, de sorte que o aval tanto pode ser prestado mediante 
assinatura do avalista no próprio título quanto em documento apartado. 
b) ( ) Consoante o princípio da inoponibilidade, o devedor de dívida 
representada por título de crédito só pode opor ao terceiro de boa- fé as exceções 
que tiver contra este e as fundadas nos aspectos formais do título. 
c)( )De acordo com o princípio da literalidade, o título de crédito deve satisfazer 
seus requisitos formais no momento da emissão, sendo, em regra, nulo o 
título que, emitido em branco ou incompleto, venha depois a ser preenchido 
ou complementado pelo beneficiário. 
d)( ) De acordo com o princípio da abstração, o emitente de título cambial não pode 
opor ao beneficiário as exceções fundadas no negócio jurídico subjacente, ainda que o 
título não tenha entrado em circulação. 
e) ( ) Em razão do princípio da cartularidade, a duplicata mercantil só pode 
ser protestada se o credor estiver na posse do título 
 
CASO CONCRETO – Aula - 02 
02- CASO CONCRETO: Antônio emitiu uma nota 
promissória em favor de Bernardo, que circulou através de 
diversos endossos até chegar ao atual portador, que 
decidiu executar um dos endossantes, face à inadimplência 
do devedor original. Uma vez executado, o endossante 
apresentou exceção de pré- executividade, para 
demonstrar sua total incapacidade processual, já que ele 
teve o título transferido de um incapaz, o que prejudicaria 
a cadeia de endossos. 
 1. A defesa deve ser acolhida pelo Juiz da causa? 
 2. Determine o princípio cambiário aplicável ao caso em 
tela. 
Questão objetiva – Aula - 02 
 Assinale a assertiva correta sobre títulos de crédito. 
A) Pelo princípio da abstração, os direitos decorrentes do 
título são independentes do negócio que deu lugar ao seu 
nascimento, a partir do momento em que ele é posto em 
circulação; 
B) Pelo princípio da abstração, os direitos decorrentes do 
título de crédito não se vinculam ao negócio que deu lugar 
ao seu nascimento, independentemente de sua circulação; 
 C) Pelo princípio da autonomia, o cumprimento da 
obrigação assumida por alguém no título não está 
vinculado a outra obrigação, a menos que o título tenha 
circulado. 
D) Pelo princípio da autonomia, vale nos títulos somente o 
que neles está escrito.

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