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didatica discursiv

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Disciplina(s):
Didática
Libras
	Data de início:
	14/10/2015 19:30
	Prazo máximo entrega:
	14/10/2015 20:45
	Data de entrega:
	14/10/2015 20:35
Questão 1/5
Observe o fragmento de texto abaixo:
Os amigos do surdo não o aceitam, porque ele é diferente. A sociedade não o aceita, porque ele é incompleto. Os familiares não o aceitam, porque ele é defeituoso. A escola não o aceita porque ele é deficiente. O surdo não se aceita, porque os outros não aceitam.
BERNARDINO, Elidéa. Absurdo ou Lógica? Os surdos e sua produção lingüística. Minas Gerais: Espaço, 2001. p. 40.
Segundo Sacks precisamos “entender o Surdo”. Refletindo sobre essa afimação  explique a diferença versus deficiência.
 
Nota: 10.0
	Não utilizo a expressão “DEFICIENTE AUDITIVO” numa tentativa de re-situar o conceito de surdez, visto que esta expressão é utilizada, com preferência, no contexto médico clínico, enquanto que o termo surdo está mais afeito ao marco sociocultural da surdez. Enfatizo a DIFERENÇA [...] livro-base p. 34.
 
Resposta:Diferença e não deficiência, porque cremos que é nela que baseia a essência psicossocial da surdez ele (o surdo) não é diferente unicamente porque não ouve, mas porque desenvolve potencialidades psicoculturais diferentes dos ouvintes.
Questão 2/5
Leia o fragmento de texto:
     As pesquisas sobre a aquisição da linguagem passaram a buscar explicações para o processo de aquisição. Isso começou acontecer depois dos conflitos entre abordagem comportamentalista (behaviorista) e a abordagem linguística (representada por Chomsky). O objetivo deixou de ser descritivo e passou a ser explicativo. Os problemas clássicos que passaram a nortear as investigações no modelo gerativista (Chomsky e Lasnik, 1991) foram os seguintes:
(a) O que se conhece quando se tem uma língua?
(b) Como se adquire esse conhecimento?
(c) Como esse conhecimento é usado? 
(d) Como essas propriedades realizam-se neurologicamente? 
A primeira questão é central para a linguística. A questão (b) envolve os estudos de aquisição da linguagem. A terceira é estudada pelas teorias da performance. As duas últimas são consideradas mistérios.
QUADROS, Ronice Mueller de. Educação de surdos: A aquisição da linguagem. – Porto Alegre: Artmed, 1997. p. 69.
Baseando-se nas concepções apresentadas no texto acima sabemos que o conhecimento se adquire nas relações sociais e é usado na expressividade humana. Ao fazer uso da língua de sinais o surdo constrói sua própria identidade. De acordo com os conhecimentos adquiridos nas aulas e no livro- base, defina a identidade cultural do surdo:
Nota: 20.0
	A identidade cultural pode ser definida como “um sistema de representação das relações entre indivíduos e grupos, que envolve o compartilhamento de patrimônios comuns como a língua, a religião, as artes, o trabalho, os esportes, as festas, entre outros”. Livro-base p. 65
 
Resposta:A construção de uma identidade surda surge a partir do reconhecimento da língua de sinais como língua natural. O sujeito surdo era identificado pela falta, pela incapacidade e referido como surdo - mudo ou deficiente auditivo, então a identidade do surdo aqui era atribuída socialmente mais pela inexistência da fala do que pelo deficit de audição.
Questão 3/5
Leia o texto a seguir:
Os sinais são itens lexicais das línguas de sinais, assim como as palavras são itens lexicais das línguas orais-auditivas. Os sinais são formados a partir dos cinco parâmetros: 
- Configuração de mãos 
- Ponto de articulação 
- Movimento 
- Orientação/ direcionalidade 
- Expressão facial e ou corporal. 
BERNARDES, Rosiani Corsini; ARAÚJO, Elaine Cristina N. – LIBRAS Sinais de Inclusão/Cartilha UNIFENAS. Minas Gerais: Alfenas, 2010. P.14
 
Com base nos conteúdos abordados nas aulas e no livro-base pode-se afirmar que a estrutura gramatical da Libras é diferente da estrutura da língua portuguesa.   
Relate as características gramaticais da frase: SALADA DE FRUTAS EU GOSTAR-NÃO.
Nota: 0.0
	A principal diferença está presente na ordem das palavras. Na frase: “Salada de frutas eu não gostar-não” se expressa apenas a ideia principal “gostar-não”. Alguns verbos incorporam negação, exemplos: NÃO-TER, NÃO-GOSTAR, NÃO-SABER, etc. [...]. (Livro-base p. 43).
Resposta:Configuração de mãos
Questão 4/5
O ato de avaliar está presente em todos os momentos da vida humana. A todo o momento as pessoas são obrigadas a tomar decisões que, na maioria das vezes são definidas a partir de julgamentos provisórios. O ato de avaliar na vida cotidiana se dá, permanentemente, pela unidade imediata de pensamento e ação [...] ao assumirmos que o ato de avaliar se faz presente em todos os momentos da vida humana, estamos admitindo que ele também está presente em todos os momentos vividos em sala de aula [...] alunos e professores estão permanentemente avaliando a tudo e a todos. São formulados juízos em diferentes sentidos.
KENSKI, Vani. Avaliação da aprendizagem. In VEIGA, Ilma. Repensando a didática. São Paulo: Papirus, 2008. p. 131.
 
Explique porque se considera a avaliação um elemento fundamental do processo educacional?
Nota: 20.0
	É importante que o aluno compreenda que a importância da avaliação se deve ao fato de o ensino ser considerado um processo que tem em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades para a mudança de comportamento de quem dele participa, assim, é por meio da avaliação que se pode verificar até que ponto o ensino tem alcançado os resultados pretendidos e ao mesmo tempo oferece subsídios para a alteração do processo, quando os objetivos não são alcançados.
(LIVRO-BASE, p. 65)
Resposta:É por meio da avaliação que se pode verificar até que ponto o ensino tem alcançado os resultados pretendidos. A avaliação é também um instrumento de controle, sobretudo nas series iniciais e fundamental.
Questão 5/5
Em termos mais explícitos, aprender a aprender indica que o fruto mais apreciável de processos educacionais realmente formativos é fazer do educando sua própria oportunidade. Quando falamos de equalização de oportunidades e achamos que educação é seu motor principal (não único), em geral não percebemos um curto circuito aí embutido: para equalizar oportunidades, não basta oferecer a mesma oportunidade (isto no máximo empataria o jogo); é imprescindível oferecer algo muito mais elevado, por conta do atraso dos marginalizados (Arum & Roksa, 2011). Neste sentido, a educação garante menos equalização de oportunidades, do que a chance de tornar o educando seu próprio móvel principal na geração de oportunidades. [...] Aprender a aprender sinaliza duplo horizonte:
a) primeiro, o direito constitucional de aprender bem, razão maior da escola e da presença dos professores;
b) segundo, a percepção de que aprender bem implica captar a necessidade de continuar aprendendo a vida toda;
 
DEMO, Pedro. Aprender a Aprender: Neoliberal? Disponível em: < https://docs.google.com/document/pub?id=1q2eoDLHKvk72FjwCaMEDNytOXnpPMk_33rB_TAeU-Is>. Acesso em: 08/02/2015.
 
Com base na argumentação de Pedro Demo e nos conteúdos abordados no livro-base e nas aulas, explique:
Quais os fundamentos/concepções desta abordagem? Cite ao menos dois. (50%)
Como é a relação professor-aluno? (50%)
Nota: 16.0
	O aluno deve citar ao menos dois dentre estes fundamentos/concepções:
Essa abordagem fundamenta-se numa visão existencialista, centrada na vida, na atividade. Considera a natureza humana mutável, determinada pela existência.
O homem é um sistema aberto, em evolução continua; desenvolve-se em etapas buscando um estágio final nunca alcançado. O homem é animal social e o mundo, um meio rico em transformação a ser descoberto pelo individuo, constitui-se num espaço das vontades individuais.
Considera a educação como condição para o desenvolvimento natural do homem.
Considera a escola como um laboratório de vivência democrática.
Busca a redescoberta do conhecimento.
 
A relação professor aluno é a partir do aluno, este é o centro, o professor é o orientador,facilitador, criador de desafios, aquele que estimula a investigação do aluno.
(LIVRO-BASE, p. 39-41)
Resposta:Considera a natureza humana mutável, determinada pela existência. O homem é um sistema aberto, em evolução contínua desenvolve se em etapas, buscando um estágio final nunca alcançado. O homem constitui - se num espaço das vontades individuais. A educação é tida como condição para desenvolvimento natural do homem, e a escola caracteriza se como um laboratório de vivencia democrática. A abordagem do processo didático nessa perceptiva desloca a enfase da transmissão do conteúdo para a redescoberta do conhecimento e a questão central passa a ser aprender o método de aprender. Mas importante do que aprender o conteúdo transmitido pelo professor é pois, o aluno dominar o método de se chegar ao conhecimento.
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