Buscar

Nutricao humana trabalho de omega 3 e 6

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Faculdade Estácio do Recife
Curso: Nutrição Período: 3º período Turno: Noturno
Profª: Mariana Sefora Bezerra Sousa
Nutrição Humana 
Importância nutricional do consumo de ácidos graxos ômega 3 e ômega 6 
Juliana da Silva Lima
Recife, Outubro de 2016
ATIVIDADE ESTRUTURADA
 
1- Qual a importância do consumo de gorduras poliinsaturadas na nutrição humana? 
R: Componentes lipídicos, principalmente os Ácidos Graxos (AG), se encontram distribuídos em todos os tecidos, principalmente nas membranas celulares e células de gordura. Desempenham importante função na estrutura da membrana celular, nos processos metabólicos e na produção de eicosanóides. 
Os AGPI n-3 e n-6 possuem vários efeitos sobre a resposta imune e inflamatória. O balanço na ingestão destes ácidos graxos, e consequentemente a incorporação dos AGPI na membrana das células imunes, é importante para determinar a severidade do processo inflamatório. Os AGPI n-3 possuem efeitos supressores, como inibição da proliferação de linfócitos, produção de anticorpos e citocinas, expressão de moléculas de adesão e ativação das células Natural Killers (NK). No entanto, os AGPI n-6 possuem ambos os efeitos, tanto inibitório quanto estimulatório da resposta imune.
2- Qual a relação entre o consumo de gorduras poliinsaturadas e as doenças crônicas não transmissíveis? 
R: O consumo freqüente de alimentos ricos em ômega-3 reduz os níveis de colesterol e triglicerídios no sangue, e também reduz a pressão arterial. A partir da ingestão de ômega-3 há a biossíntese no organismo dos ácidos graxos EPA (eicosapentaenóico - C20:5) e DHA (docosahexaenóico - C22:6), os quais, embora tenham uma estrutura semelhante, desempenham funções fisiológicas e metabólicas muito diferentes. O EPA relaciona-se principalmente com a proteção da saúde cardiovascular no adulto, e o DHA é considerado fundamental para o desenvolvimento do cérebro e do sistema visual, associando a saúde materno-infantil. O ácido araquidônico (omega-6 C20:4, AA) e o EPA dão origem aos eicosanóides, os quais são: os tromboxanos, as prostaglandinas e os leucotrienos. A presença de diferentes tipos de eicosanóides na corrente sangüínea irá gerar respostas vasoconstritoras ou vasodilatadoras, um estímulo da agregação plaquetaria ou uma inibição desta e efeitos pro ou antiinflamatórios. Existe, atualmente evidências que correlacionam os níveis altos de triglicerídios (TG) sangüíneos com um maior risco de desenvolvimento de enfermidades cardiovasculares, mas é importante consideradar a tríade, nível alto de TG, nível alto de colesterol-LDL e baixo nível de colesterol-HDL, como um predispor alto para o risco cardiovascular.
 
3- O consumo atual de ácidos graxos ômega 6 está relacionado ao aumento das doenças cardiovasculares na população? Justifique. 
R: sim. O excesso do ácido linoléico poderá impedir por efeito de competição pela enzima ∆6 dessaturase, a transformação do ácido alfa-linolênico em seus derivados de cadeia longa (EPA e DHA). Isto causa o desbalanceamento dos AG no organismo e a incorporação dos AGPI-CML nos tecidos, afetando o efeito destes ácidos graxos em doenças crônicas. As dietas ocidentais são exemplos deste desequilíbrio dos ácidos graxos, pois são ricas em ácidos graxos n-6 e baixas em ácidos graxos n-3, o que pode alterar a síntese dos eicosanóides. Os eicosanóides são metabólitos oxigenados dos ácidos graxos essenciais compostos por Prostaglandinas (PG), Leucotrienos (LT), Prostaciclinas (PCI), Tromboxanos (TXs) e derivados dos ácidos graxos hidroxilados. Um alto teor de AG n-6 na dieta favorece a formação elevada de eicosanóides a partir do AA, mais do que os eicosanóides formados a partir do EPA47. Os eicosanóides provenientes do AA são biologicamente ativos em pequenas quantidades e, se formados em elevadas quantidades, favorecem a síntese de eicosanóides inflamatórios e contribuem para formação de trombos e ateromas. Aumentar a ingestão de EPA e, consequentemente, diminuir a ingestão de AA, resulta na produção de compostos menos inflamatórios. 
4- Como o ômega 3 contribui para a redução dos efeitos negativos do consumo excessivo da gordura ômega 6 no organismo humano e para redução das doenças cardiovasculares? 
R: Os ácidos graxos n-6 e n-3 competem pela mesma conversão de enzimas. Isso significa que a quantidade de ômega 6 na dieta afeta diretamente a conversão de n-3 ALA, encontrada em fontes vegetais, para as cadeias longas de n-3 EPA e DHA, que nos protegem de doenças.
Diversos estudos têm demonstrado que a disponibilidade biológica e a atividade dos ácidos graxos n-6 são inversamente relacionadas à concentração de ácidos graxos n-3 nos tecidos. Os estudos também demonstraram que uma maior composição de EPA e DHA em membranas reduz a disponibilidade de AA para a produção de eicosanoides.
Quanto mais ômega 3 você consome, menos ômega 6 estará disponível para os tecidos produzirem inflamação. Ômega 6 é pró-inflamatório, enquanto ômega 3 é neutro. Uma dieta com muito ômega 6 e nenhum ômega 3 aumentará a inflamação. Uma dieta com muito ômega 3 e não muito ômega 6 reduzirá a inflamação. 
É bem provável que o aumento no consumo de n-6 tenha desempenhado um papel igualmente significante no aumento de quase todas as doenças inflamatórias. Desde que é agora sabido que a inflamação está envolvida em quase todas as doenças, incluindo obesidade, síndrome metabólica e Doenças cardiovasculares, é difícil negligenciar os efeitos negativos de muito ácido graxo ômega 6. 
5- Quais são os principais alimentos-fontes de ácidos graxos ômega 3 e 6? 
R: O ômega 6 (Linoléico) é encontrado principalmente em óleos vegetais, como milho, soja, colza, semente de algodão, óleo de girassol, óleo de prímula, óleo de borragem, carnes, aves e ovos.
O ômega 3 (linolênico) é encontrado principalmente em nozes, linhaça, canola, Peixes gordos e óleos de peixes (atum, sardinha, salmão).
6- A alimentação atual fornece quantidades maiores de ácidos graxos ômega 6 ou 3? 
R: A alimentação atual fornece quantidades maiores de ácidos graxos ômega 6. Hoje, em dietas ocidentais, a relação atinge 10 a 25:1, causando um desbalanceamento dos ácidos graxos no organismo humano. 
7- Qual é a relação adequada para o consumo de ácidos graxos ômega 3 e 6? 
De acordo com o Institute of Medicine a relação satisfatória da razão entre n-6/n-3 é de 10:1 a 5:1.
Referencias:
- Artigo- Ácidos graxos poli-insaturados n-3 e n-6: metabolismo em mamíferos e resposta imune (João Ângelo de Lima PERINI, Flávia Braidotti STEVANATO, Sheisa Cyléia SARGI, Jeane Eliete Laguila VISENTAINER, Márcia Machado de Oliveira DALALIO, Makoto MATSHUSHITA, Nilson Evelázio de SOUZA Jesuí Vergílio VISENTAINER).
-Artigo-http://www.nupel.uem.br/importancia-gordura-saude.pdf- IMPORTÂNCIA DAS GORDURAS POLIINSATURADAS NA SAÚDE HUMANA (Maximiliane Alavarse Zambom , Geraldo Tadeu dos Santos, Elisa Cristina Modesto ).
- Artigo- How too much omega-6 and not enough omega-3 is making us sick (CHRIS KRESSER) traduzido-como-o-excesso-de-omega-6-esta-nos-deixando-doentes (Caio Fleury).
- Artigo- Ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 e ômega-6: importância e ocorrência em alimentos(Clayton Antunes MARTIN, Vanessa Vivian de ALMEIDA, Marcos Roberto RUIZ, Jeane Eliete Laguila VISENTAINER, Makoto MATSHUSHITA, Nilson Evelázio de SOUZa, Jesuí Vergílio VISENTAINER).

Continue navegando