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sociologia

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Perspectiva da PEC 241/EC 95 sob olhar de Durkheim e Luhmann
Ana Gabriela Franco
Bárbara Urbano
Camila Ruscitti
Cristina Gomes
Daniela Amaral
Jennainy Alves
Larissa Borges
INTRODUÇÃO
Tendo como base a sociologia geral e jurídica de Émile Durkheim, nós fizemos um estudo do Poder Executivo no âmbito federal, mais especificamente de um ato de governo que se tornou a atual Emenda Constitucional 95/2016, a EC do teto dos gastos públicos.
Entretanto, antes de aprofundar no escopo desse estudo, é necessário ter em mente um panorama do governo atual. No dia 12 de maio do ano passado, por deliberação do Senado Federal, a então presidente Dilma Rousseff foi afastada temporariamente de seu cargo. Em virtude de um processo no qual era acusada de cometer o crime de responsabilidade ao praticar as chamadas “pedaladas fiscais” e ao editar decretos de suplementação sem prévia autorização legislativa.
Já no ato de posse, Michel Temer afirmou que sua gestão haveria de ser reformista. Por apresentar grande influência no Congresso Nacional, Temer conseguiu modificar os rumos da economia brasileira, estabelecendo o Novo Regime Fiscal, por meio da EC objeto de nosso estudo, base para reformas que estão em curso, como a da Previdência Social( PEC 287) e a proposta de lei da reforma trabalhista.
Tendo isso em vista, iremos apresentar um pouco do método sociológico de Durkheim, apresentando o fenômeno da PEC, suas causas, funções e finalidades, além de fazer um breve paralelo com a sociologia luhmmaniana.
FENÔMENO
Para representar os fenômenos, Durkheim faz uma analogia com a ciência biológica, nela o autor utiliza termos como, “patológico” e “normal”, fazendo uma distinção entre eles e aplicando cada um a diferentes espécies.
“Chamaremos de normais os fatos que se apresentam as formas mais gerais e daremos aos outros o nome de mórbidos ou patológicos. (...), poderemos dizer que o tipo normal se confunde com o tipo médio e que todo desvio em relação a esse padrão da saúde é um fenômeno mórbido”. (DURKHEIM, As Regras Do Metódo Sociológico, p. 58)
Tipo médio na sociedade brasileira
Crescimento econômico
Tipo patológico
Crise econômica
MÉTODO
Objetivo, e dominado pela idéia de que os fatos sociais são coisas e como coisas, devem ser tratados como tais.
Coisas: tudo que é dado, que se oferece e pode-se impor sobre, a observação. Todo objeto de conhecimento onde a inteligência não penetra de maneira natural, e que o espírito não compreende caso não saia de si mesmo, por meio da observação e da experimentação, passando pelos caracteres mais exteriores e imediatamente acessíveis, indo de encontro para os menos visíveis e profundos.
O cientista deve conhecer a sociedade por maneira científica, deixando de lado as deficiências do senso comum.
Mesmo tendo preferências, quando investiga o sociólogo desinteressa-se pelas consequências práticas, dizendo apenas o que é, o que verifica.
Não tem a preocupação se as verdades descobertas são ou não agradáveis, se convém ou se valeria a pena que fossem outras.
O papel do sociólogo é o de exprimir, a realidade, não o de julgá-la.
Deve adotar os mesmos métodos utilizados pelas ciências naturais, em sua busca pela objetividade.
Os fatos sociais têm suas particularidades que os distinguem dos fenômenos da natureza.
Partindo da idéia fundamental de Comte, Durkheim defende que a sociedade deve ser vista como um organismo vivo.
Os métodos utilizados pelo cientista social devem ser estritamente sociológicos.
Deve-se estudar primeiramente a sociedade em seu aspecto exterior, sendo a mesma constituída por uma massa de população, de certa densidade, e que é disposta de determinada maneira num determinado território, ficando dispersa em campos ou concentrada nas cidades.
Afastar quaisquer noções antecipadas que possua do fato.
Atitude mental diante dos fatos, partindo do princípio de que desconhece completamente o que são, considerando que encontra-se diante de coisas ignoradas, pois as representações formuladas no decorrer da vida, foram efetuadas sem método e crítica, sendo destituídas de valor científico e devendo ser afastadas.
Os métodos e técnicas utilizados no trabalho de campo, analisam os fatos reais de forma científica, e posteriormente utiliza o material obtido no plano da elaboração teórica.
Objetos de pesquisa
Devem ser precisamente definidos como um grupo de fenômenos com certos caracteres exteriores que lhes são comuns.
Quando o sociólogo dedica-se à exploração de uma ordem qualquer de fenômenos sociais, deve esforçar-se para considerá-los em um aspecto onde apresentem-se isolados de suas manifestações individuais.
 Quando, porém, a produção dos fatos não está ao alcance do sociólogo, e o mesmo só pode confrontá-los como estes se produziram espontaneamente, o método utilizado será o da experimentação indireta ou método comparativo.
Fenômenos rigorosamente definidos, suas possíveis relações de causa e efeito e suas regularidades, visando a descoberta de leis e até mesmo de regras de ação para o futuro.
Durkheim era crítico de trabalhos produzidos por sociólogos que não trabalhavam sobre o objeto em si, partindo de pré-compreensões estabelecidas sobre o fenômeno.
Crítico do modelo filosófico da sociedade, afirmando que tais concepções eram insuportáveis, não passando de deduções sem validade científica e crenças que tinham como fundamento concepções à respeito da natureza humana.
Os trabalhos de pesquisa exigem formulação preliminar das hipóteses a se investigar, tendo formação, definição e delimitação do problema.
Segundo Miranda Rosa:
	"Na seleção dos elementos a serem submetidos à investigação como a coleta de amostras, ou seja, a chamada técnica de amostragem, que exige cuidados especiais para que tal amostragem seja realmente representativa da fração da sociedade que se está investigando, é indispensável o emprego de recursos metodológicos especializados". (MIRANDA ROSA, p. 219)
É imprescindível ao sociólogo o uso de dois grupos de instrumentos de trabalho em matéria metodológica: os métodos sociológicos habituais e os métodos jurídicos tradicionais.
A atividade do sociólogo do Direito exige o recurso aos métodos e técnicas de investigação próprios da Sociologia; devendo somar a elas o conhecimento razoável do mundo conceptual do Direito como ciência dogmático-normativa, com os seus sistemas lógico-formais de raciocínio.
O pesquisador deve ter conhecimento do pragmatismo que domina o mundo jurídico e da hermenêutica do Direito.
	"Questões referentes ao mecanismo lógico-formal na formação das decisões judiciais, dos atos jurídicos em geral e dos contratos em especial; a teoria geral do Direito e a problemática que informa a distinção entre Direito objetivo e Direito subjetivo; e um conhecimento amplo da ordem jurídica vigente no quadro espaço-temporal que se esteja submetendo à investigação, constituem aspectos do fenômeno jurídico que não podem escapar aos planejadores ou programadores de qualquer investigação da Sociologia do Direito". (MIRANDA ROSA, p. 223)
	"É preciso não olvidar, a propósito, a existência de uma semântica especializada, em matéria jurídica. A correta utilização das palavras na sua significação técnica, e a comparação dessa significação técnico-jurídica com a correntemente aceita pelo leigo, também são importantes no manuseio dos dados de investigação no campo de que nos ocupamos". (MIRANDA ROSA, p. 223)
Dentre os métodos possíveis de utilização para avaliar a PEC 241/95, agora Emenda Constitucional, poderíamos usar o método comparativo de Durkheim e avaliar a ação tomada diante de outras crises econômicas.
Método comparativo de Durkheim
Grande Depressão de 1929
Após a Primeira Guerra Mundial (1918) os EUA encontrava-se no auge de sua econômia, sendo os maiores produtores de enlatados, máquinas, petróleo, fábricas de automóveis, entre outros. Continuando assim, pelos próximos 10 anos, e fazendo surgir a expressão "American Way of Life".
Norte-americanos compraram várias
ações em diversas empresas, quando no dia 24 de outubro de 1929, teve início a considerada até então pior crise econômica do capitalismo.
Causa da crise
Superprodução agícola, onde formou-se um excedente de produção agrícola, não encontrando compradores internos ou externo.
Diminuição do consumo, onde aumentou-se o número de indústrias na mesma medida que diminuía o número de compradores, levando várias empresas à falência em pouco tempo.
Livre mercado.
Quebra da bolsa de Nova York de 1920 a 1929, onde os americanos compraram ações e o valor destas ações começaram a cair. Os investidores procuravam vendê-las sem sucesso.
Consequências
Causou insegurança nos investimentos de capital, levando a menor produção e demissões.
Muitas empresas faliram, assim como bancos que não receberam os empréstimos de volta.
A quebra da bolsa trouxe desemprego e falência, diminuiu o número de importações e afetou a economia do mundo inteiro.
Solução
Em 1933, com a eleição de Roosevelt como presidente dos EUA, um novo plano chamado New Deal foi elaborado.
A resposta para a crise de 1929 teve como base as idéias de John Maynard Keynes, que defendia a ação do Estado na economia, com o objetivo de atingir o pleno emprego, afirmando que este só seria possível com o equilíbrio da produção e a demanda.
Para Keynes, o Estado tem o papel fundamental de estimular a economia em momentos de crise, devendo ser feita uma política fiscal sobre a inflação.
Medidas estatais tomadas
Estado passou a vigiar o mercado e os empresários, corrigindo investimentos arriscados, fiscalizando as especulações nas bolsas de valores e criando leis sociais de proteção aos trabalhadores desempregados.
Criação de empresas estatais, praças, canais de irrigação, escolas, entre outros, fazendo as fábricas voltarem a produzir e a vender suas mercadorias, diminuindo o desemprego.
Somente no inicio da Segunda Guerra Mundial, a crise foi superada, com a tomada do
Estado sobre a economia, ampliando as exportações.
Plano Real no Brasil
Crise da inflação no Brasil, onde usou-se um programa brasileiro para estabilização econômica, promovendo o fim da inflação elevada no Brasil. chamado Plano Real.
Passou por três fases, sendo a primeira o Programa de Ação Imediata; a criação da URV (Unidade Real de Valor) e a implementação da nova moeda, o Real.
Primeira fase
Tomou-se um conjunto de medidas econômicas que foram elaboradas em julho de 1993, ajustando-se as contas públicas por meio de um corte no orçamento e preparando o lançamento do Plano Real para um ano depois.
O PAI, apontou como necessidades o corte de gastos públicos, recuperação da receita; austeridade no relacionamento com estados e municípios; ajustes nos bancos estaduais; redefinição das funções dos bancos federais e privatizações.
Segunda fase
Criação da URV, em 27 de maio de 1994.
Terceira fase
Ocorreu no dia 30 de julho de 1994, onde foi editada a Medida Provisória implementando a nova moeda, o Real.
Bases do programa
Políticas cambiais, com o regulamento das relações comerciais do país com outros.
Políticas monetárias, usadas como instrumentos de controle dos meios de pagamentos.
No governo Collor, teve o reforço às políticas econômicas neoliberias, tendo a privatização de empresas estatais, a abertura do mercado, a livre negociação salarial e liberação de capital.
Usando-se o método comparativo surgem dúvidas à respeito das melhores medidas possíveis a serem tomadas, podemos comparar o contexto econômico presente em outros tempos, outros países, observar as medidas tomadas e seus efeitos negativos e positivos. Observar se cabe hoje em dia, na atual economia brasileira, tomar tais medidas ou se seriam melhores outras; notar quem sairá beneficiado, se grande parte da população ou apenas uma pequena porcentagem; analisar a função transformadora que busca-se alcançar. Todos estes detalhes e mais alguns devem ser considerados e analisados em busca de uma melhor saída econômica.
"Fixamos 20 anos, que é um longo prazo, com revisão em dez anos. Mas eu pergunto: não se pode daqui quatro, cinco, seis anos; de repente o Brasil cresce, aumenta a arrecadação e pode se modificar isso? Pode. Propõe uma nova emenda constitucional que reduz o prazo de dez anos para quatro, cinco”, disse Temer em entrevista à jornalista Miriam Leitão, exibida na noite de 13/10/2016 pela Globonews."
Tendo em mente que poderá ocorrer uma revisão daqui a alguns anos sobre os efeitos da PEC 241/55, agora Emenda Constitucional, pode-se dizer que o método da observação de Durkheim poderá ser utilizado, analisando melhor os efeitos que já poderão ser observados na sociedade.
CAUSA DO FATO SOCIAL
Fato social baseado em uma ou mais causas;
Causa: fato social precedente;
Dicotomia entre as causas: Causas citadas na proposta da PEC 241 e causas advindas de outras fontes.
Causas apresentadas na proposta da PEC:
Desequilíbrio fiscal (originado pelo crescimento da despesa pública primária).
Aumento da Dívida Bruta do Governo Geral.
Consequências: aumento dos juros, diminuição da capacidade de crescimento e da geração de empregos, perda de investidores e perda de confiança dos agentes econômicos.
Valores nesta perspectiva: bem comum, segurança econômica, melhor qualidade de vida da população, desenvolvimento econômico do país...
Causas em outra perspectiva
Desequilíbrio Fiscal- déficit orçamentário (desencadeado pelas despesas com juros da dívida pública);
Sonegação fiscal
Elevado grau de corrupção;
Valores nesta perspectiva: alimentar o sistema da dívida pública e priorizar o sistema financeiro privado.
FONTE: Auditoria Cidadã da dívida
Direito como fato social
PEC 241/EC 95
Direito como fato social
Alguns primeiros esclarecimentos antes de dissertar sobre o assunto
Direito como fato social
Ambos como fato social; características
Direito como fato social
A mudança social que antecedeu os fatos sociais
Direito como fato social
Sociedade organizada e coerção social
 “ No caso de descumprimento de qualquer dos limites individualizados de que trata o caput do art. 107 deste Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, fica vedada a concessão da revisão geral prevista no inciso X do caput do art. 37 da Constituição Federal”
Funções Sociológicas
Para Durkheim todo Direito é fato social, o qual possui funções sociológicas de importância que são exercidas através da norma.
São classificadas como educativa, conservadora e transformadora.
Função Educativa: “A simples existência de uma regra de Direito resulta, geralmente na convicção, por parte de quem a conhece, de que a conduta recomendada na referida norma é mais conveniente” (MIRANDA ROSA, p. 71) 
“Esse fato revela a influência educativa da norma jurídica, moldando as opiniões sociais e portanto o comportamento grupal” (MIRANDA ROSA, p.71)
Funções Sociológicas
Função Conservadora: “É, essencialmente, a expressão de uma determinada ordem social cuja regulação, cujo controle e cuja a proteção se destina a realizar” (MIRANDA ROSA, p.72)
Função Transformadora: “(...) Elas resultam em modificações na sociedade, alterando-lhe o sistema de controle social e, diretamente a relação de influências recíprocas dos diversos elementos condicionantes da vida grupal.” (MIRANDA ROSA, p.73)
A partir da análise dos conceitos é possível identificar que na visão durkheimiana a Emenda Constitucional, busca atender as três funções sociológicas do Direito a fim de garantir os interesses públicos, sendo elas:
Funções Sociológicas
 Função Conservadora
De acordo com o Governo a Emenda Constitucional 95/2016 é necessária para o alcance do equilíbrio no campo econômico.
Conservar os interesses públicos, garantindo as instituições o que é benéfico para os seus fins.
Conservação da Dívida Pública.
Conservar os consensos dominantes. 
Funções Sociológicas
Função Educativa
55
Funções Sociológicas
 Função Transformadora
Novo Regime Fiscal de 20 anos, limitando
o crescimento da despesa primária federal.
Alteração de dispositivos constitucionais.
Restrição dos gastos em vários setores públicos, principalmente nas áreas da saúde e educação. 
Mudança em relação às penalidades aplicadas aos Poderes e aos órgãos autônomos, caso haja descumprimento no limite de gastos.
Reflexo no ciclo da Lei Orçamentária Anual
Reflexo na autonomia dos Poderes, principalmente no Legislativo em relação à elaboração de propostas orçamentárias
FINALIDADES DA PEC 241/EC 95
 Finalidade de acordo com a proposta de Emenda à Constituição
Sob o ponto de vista econômico
Restabelecerá a confiança na sustentabilidade dos gastos e da dívida pública;
Reduzirá o risco-país (seguro , avaliação pelas agências) e , assim , abrirá espaço para redução estrutural das taxas de juros;
Garantir uma trajetória suave do gasto público, não influenciada pelas oscilações do ciclo econômico.
Sob o viés Social
A implementação dessa medida alavancará a capacidade da economia de gerar empregos e renda;
Assim, melhorará a qualidade de vida dos cidadãos e cidadãs brasileiro;
Objetivo geral
É um instrumento que visa reverter, no horizonte de médio e longo médio prazo, o agudo desequilíbrio fiscal, para recolocar a economia em trajetória de crescimento com geração de renda e emprego, e assim manterá a ordem social, bem-estar, a qualidade de vida e uma sensação de segurança econômica.
Finalidades para o grande economista brasileiro:João Sicsú
A PEC desmontará o Estado brasileiro e suas políticas sociais;
Interromperá o desenvolvimento brasileiro e colocar o País em rota de regressão;
A PEC 241 será a PEC do “adeus ao desenvolvimento”
Finalidades para a Coordenadora da Auditoria da Cidadã da Dívida:Maria Lucia Fattorelli
Libera recursos à vontade, sem teto e sem limite, para o Sistema da Dívida;
Amarrar todas as possibilidades de desenvolvimento socioeconômico do Brasil, devido ao aprofundamento do cenário de escassez de recursos para investimentos;
Manter a gastança irresponsável com os maiores juros do mundo,incidentes sobre dívidas ilegais, ilegítimas;
Representará privilégio brutal para o setor financeiro privado e investidores sigilosos
De acordo com o Conselho Federal de Economia (COFECON)
Para eles tal medida irá afetar os mais pobres dependentes das políticas públicas ,já que tais setores precisavam de investimentos , e com a PEC, isso não será possível , ao contrário reduzirá os valores aos setores sociais.
MUDANÇA DE EXPECTATIVAS PARA LUHMANN
MUDANÇA DAS EXPECTATIVAS NORMATIVAS
Adequações do Orçamento da União à PEC
Mudança no Ordenamento: + 5 artigos a ADCT
MUDANÇA DAS EXPECTATIVAS COGNITIVAS
Antes havia o consenso de que as despesas primárias deveriam crescer
Entretanto a PEC diz que para tais despesas deve haver um teto de gastos
Haverá redução do orçamento à Saúde , Educação etc.

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