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TRANSTORNOS ALIMENTARES[1]

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TRANSTORNOS ALIMENTARES
?São doenças crônicas que estão relacionadas com 
a alimentação com características psicológicas 
próprias que afetam o modo de comer e incluem 
os distúrbios do humor e a autocrítica. 
?O “modo de comer se torna prejudicial a saúde”, 
acarretando doenças de origem alimentar e 
dificuldades no relacionamento interpessoal 
podendo culminar, nos casos mais extremos, em 
morte.
DISTÚRBIOS PSIQUIÁTRICOS 
ALIMENTARES
?ANOREXIA NERVOSA – Há importante conflito na imagem 
corporal, com medo excessivo de engordar. Acometem as 
pessoas magras e negam a fome. – 
?ANOREXIA NERVOSA ATÍPICA - Transtornos que 
apresentam algumas das características da anorexia 
nervosa com ausência do temor acentuado de ser gordo 
mas com a presença de comportamento para emagrecer. 
?BULIMIA NERVOSA – Em geral os pacientes apresentam 
peso normal ou sobrepeso, não negam a fome. 
?TRANSTORNO DE COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA – O 
paciente come sem fome até sentir-se repleto e com culpa. 
Tem relação com a obesidade e há sintomas depressivos e 
ansiosos associados.
?OUTROS TRANSTORNOS ALIMENTARES - Incluem a 
orthorexia, vigorexia, drunkorexia, diaberexia etc...
TIPOS DE DISTÚRBIOS
?BITE – Teste de Investigação Bulímica de Edimburgo - que permite 
identificar comedores compulsivos e obter dados sobre aspectos 
cognitivos e comportamentais da bulimia nervosa. 
?EAT-26 – Teste de Atitudes Alimentares - que avalia os riscos de se 
desenvolver comportamento e atitudes típicos de pacientes com 
anorexia nervosa
?ECAP - ESCALA DE COMPULSÃO ALIMENTAR PERIÓDICA – que tem 
como objetivo de estudar especificamente o comportamento do 
comer compulsivo.
 
?QEWP-R - Questionário sobre Padrões de Alimentação e Peso 
?BSQ - Questionário de Imagem Corporal
TESTES PARA AVALIAÇÃO 
DIAGNÓSTICA
ANOREXIA
?Yates, 1989, relatou que a maioria dos estudos estabeleceu 
uma prevalência de 1 caso entre 100 garotas adolescentes 
?Cecil Loeb - Tratado de Medicina Interna, 14ª Edição relatou 
que a incidência de novos casos atinge uma faixa de 0,6 a 
1,6 por 100.000 habitantes. A idade comum de início é entre 
14 e 17 anos, mas pode ocorrer mais cedo entre 10 a 13 
anos ou mais tarde até aos 40 anos de idade). A doença é 
pelo menos 10 vezes mais freqüente nas moças do que nos 
rapazes. 
Em média de 0,5 e 3,7% 
Fonte : V. Pinzon e F. C. Nogueira 
Revista de Psiquiatria Clínica
 Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
 Universidade de São Paulo (IPq-HC-FMUSP)
EPIDEMIOLOGIA DA ANOREXIA
?Recusa a manter o peso corporal em um nível igual ou acima do 
mínimo normal adequado à idade e à altura ou fracasso em ter 
o ganho de peso esperado durante o período de crescimento. 
?O peso corporal é mantido em pelo menos 15% abaixo do 
esperado. Pacientes pré-púberes não alcançam o ganho de 
peso esperado durante o período de crescimento
?Perturbação no modo de vivenciar o peso ou a forma do corpo, 
influência indevida do peso ou da forma do corpo sobre a auto-
avaliação, ou negação do baixo peso corporal atual.
DIAGNÓSTICO
A perda de peso é induzida pela abstenção de alimentos 
mas também por vômitos auto-induzidos, purgação auto-
induzida, exercício excessivo, uso de anorexígenos e/ou 
diuréticos
Distorção da imagem corporal – convicção de estar acima 
do peso  ; o pavor de engordar persiste como uma idéia 
sobrevalorada
 As pacientes se pesam várias vezes por dia e o peso alvo 
é constantemente abaixado
 Diminuição de contatos sociais ; restrição de atividades
DIAGNÓSTICO
• Anemia leve 
• Desidratação 
• Colesterol elevado 
• Função hepática prejudicada 
• Constipação 
• Intolerância ao frio 
• Ressecamento da pele 
• Problemas cardiovasculares 
• Osteopenia e osteoporose 
• Função renal alterada 
• Outros
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
?Altos níveis pós- prandiais de Colescistocinina ! 
intensificam sintomas como náuseas de vômitos ( Tomasik 
et al. , 2004)
?Níveis abaixo do ideal de ácidos graxos poliinsaturados 
( Ayton, 2004)
? níveis séricos elevados de cortisol
?Hormônio do crescimento encontra-se elevado
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS
• Restritivo: não apresenta 
r e g u l a r m e n t e e m 
comportamento de comer 
compuls ivamente ou de 
purgação. 
• Compu l s ão Pe r i ód i ca/
P u r g a t i v o : e n v o l v e - s e 
r e g u l a r m e n t e e m 
comportamento de comer 
compuls ivamente ou de 
purgação
TIPOS DE ANOREXIA
?% de alteração de peso
?IMC
?HISTÓRICO ALIMENTAR
?Histórico de bulimia ou vômito
?Abuso de laxantes /diuréticos
? pressão arterial ( baixa?)
?Amenorréia
?Lanugem 
?Edema 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
?Exames laboratorias :
Hormônio luteinizantes 
diminuído
FSH
Estradiol sérico abaixo
Cortisol sérico elevado
Cortisol urinário elevado
Albumina, pré- albumina
Balanço nitrogenado
Colesterol ( baixo?)
TG
Glicose 
Hemograma
Na, k, Cl
Amilase sérica 
Ca, Mg, P sérico
Provas de função hepática 
leptina diminuída e grelina 
aumentada?
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
?Restarurar as funções fisiol[ogicas 
?Estabelecer metas semanais de ganho de 450 – 900 g ;/
semana para o pciente interno e 225 / 450 g para o paciente 
ambulatorial
?Favorecer comportamento alimentar adequado. Não forçar 
alimentação
? aumentar a ingetsão alimentar gradualmente até uma dieta 
normal ou aquela que evite edema e consequencias da 
desnutrição 
DIETOTERAPIA
?Refeições atrativas e em pequenas quantidades
?Observar preferências alimentares
?Restringir alimentos volumosos ! intolerância 
gastrintetinal
?Iniciar cálculos com : 30- 40 kcal/ kg de peso/ dia ( 1000 – 
1600 kcal/dia)
?Ingestão gradativa de 70- 100 kcal/kg ou 
DIETOTERAPIA
A. Episódios recorrentes de compulsão periódica. 
 
?(1) ingestão, em um período limitado de tempo (ex., em 2 
horas) de uma quantidade de alimentos definitivamente maior 
do que a maioria das pessoas consumiria em período e 
circunstâncias similares. 
?um sentimento de falta de controle sobre o comportamento 
alimentar durante o episódio (ex., um sentimento de 
incapacidade de parar de comer ou de controlar o que ou 
quanto está comendo)
BULIMIA NERVOSA
B. Comportamento compensatório e recorrente: 
• Para prevenir o aumento de peso, 
• Com auto-indução de vômito, 
• Uso indevido de laxantes, 
• Diuréticos, 
• Enemas ou outros medicamentos, 
• Jejuns ou exercícios excessivos. 
C. A compulsão periódica e os comportamentos compensatórios 
inadequados ocorrem, em média, pelo menos duas vezes por 
semana, por 3 meses.
CONCEITOS 
? Fairburn e Cooper (1983), com base em uma amostra da comunidade, 
estimaram que 1,9% em mulheres. 
? Pyle et al (1983) relatou que a prevalência de BN clinicamente 
significativa e maior em estudantes universitárias que a da comunidade, 
correspondendo a aproximadamente 4%. 
? Fairburn e Beglin (1990) que fizeram uma média dos resultados de vários 
estudos, estimaram uma prevalência de 2,6%. 
Em média de 1,1% e 4,2%. 
Fonte : V. Pinzon e F. C. Nogueira
 Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
 Universidade de São Paulo (IPq-HC-FMUSP)
EPIDEMIOLOGIA
DIAGNÓSTICO DA BULIMIA NERVOSA
Mostram-se com peso corporal próximo ao normal, porém 
querem desesperadamente emagrecer usando de métodos 
purgativos para perder peso, tais como:
?Vômitos
?Uso de laxantes
?Diuréticos
Outros Sentem-se culpadas e com medo Por ter perdido o 
controle sobre a compulsão alimentar
?Pode ocorrer irregularidade menstrual
?Distúrbio hidroeletrolítico 
CARACTERÍSTICAS
?Anormalidade ao exame físicos
?Sobrepeso ou peso próximo ao normal
?Aumento das glândulas parótidas, 
submandibular e sublingual (provocado 
pelo vômito em excesso)?Sinal de Russel (calosidade nos dedos das 
mãos que batem nos dentes na hora de 
provocar a expulsão do alimento)
CARACTERÍSTICAS
CARSCTERÍSTICAS
• P u r g a t i v o : e n v o l v e - s e 
r e gu l a rmen te na au t o -
indução de vômitos ou no 
uso indevido de laxantes, 
diuréticos ou enemas. 
• Sem Purgação: usou outros 
c o m p o r t a m e n t o s 
c o m p e n s a t ó r i o s 
inadequados: jejuns ou 
exercícios excessivos.
TIPOS DE BULIMIA
• Perda do esmalte 
dentário 
• Cáries dentárias 
• Rupturas de esôfago 
• Rupturas gástricas 
• Arritmias cardiacas 
• Problemas renais
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS

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