Buscar

Aula Hanseníase (1)

Prévia do material em texto

Programas de Saúde Pública no 
Ciclo Vital: HANSENÍASE
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA: ENSINO CLÍNICO I
Agente Etiológico
• Doença infecto-contagiosa crônica causada 
por Mycobacterium leprae;
• Bacilo álcool-ácido resistente (BAAR); 
• Em 1873, G. Hansen identificou o agente;
• Parasita intracelular obrigatório;
• O bacilo permanece viável até 36 hs no 
meio ambiente 
• Infecta preferencialmente Pele e Nervos 
Periféricos;
Agente Etiológico
• Longo período de incubação (2 - 7 anos);
• Alta infectividade / baixa patogenicidade;
• Fonte de Infecção: Homem.
•
• Vias aéreas superiores (mucosa nasal e orofaringe);
• Contato íntimo e prolongado com pessoas doentes;
Modo de Transmissão
Modo de Transmissão
• Afeta ambos os sexos (homens > mulheres);
• O risco de doença é influenciado por:
- Condições individuais;
- níveis de endemia;
- Condições socioeconômicas desfavoráveis
Hanseníase - Aspectos 
Imunológicos
• O acometimento é principalmente:
HANSENÍASE
HANSENÍASE
Tem hanseníase uma pessoa que apresenta uma 
ou mais de uma das seguintes características e 
requer quimioterapia:
• Lesão(ões)/área da pele com diminuição ou
perda da sensibilidade;
• Acometimento de nervo(s) com espessamento
neural;
• Baciloscopia positiva de esfregaço dérmico
(linfa).
Aspectos Clínicos
• SINAIS E SINTOMAS DERMATOLÓGICOS: 
- Manchas esbranquiçadas (hipocrômicas), acastanhadas
ou avermelhadas; 
- Pápulas: lesão sólida, com elevação superficial.
- Infiltração: alteração na espessura dapele.
- Tubérculo: lesão sólida, elevada (caroços externos).
- Nódulo: lesão sólida, mais palpável que visível (caroços
internos)
- Diminuição ou queda de pêlos, localizada ou difusa, 
especialmente sobrancelhas.
• Localizadas preferencialmente na face, orelha, nádegas, braços, 
pernas e costas (áreas frias da pele).
Aspectos Clínicos
Aspectos Clínicos
• SINAIS E SINTOMAS NEUROLÓGICOS:
- Neurites: processos inflamatórios dos nervos periféricos;
* nervos afetados: trigêmeo, facial, ulnar, mediano, radial, 
fibular, tibial
• Dor e espessamento dos nervos periféricos
• Perda de sensibilidade - olhos, mãos, pés
- Hiperestesia (aumentada).
- Anestesia (ausente). 
- Hipoestesia (diminuida).
• SINAIS E SINTOMAS NEUROLÓGICOS:
-Perda de força muscular - pálpebras, membros superiores e
inferiores
- Alguns casos, porém, apresentam alterações da sensibilidade
e alterações motoras (perda da força muscular) sem sintomas
agudos de neurite. Estes casos são conhecidos como
NEURITE SILENCIOSA.
Aspectos Clínicos
• Outro sintomas: 
- Edema de mãos e pés;
- Febre e artralgia;
- Entupimento, feridas e ressecamento do nariz;
- Mal estar geral;
- Ressecamento dos olhos.
Diagnóstico
• O diagnóstico é essencialmente clínico por meio do
exame dermatoneurológico para identificar lesões ou
áreas da pele com alteração de sensibilidade e/ ou
comprometimento de nervos periféricos;
• Anamnese (entrevista para investigação epidemiológica);
• Laboratorial: Baciloscopia de 
raspado intradérmico.
Diagnóstico
• A baciloscopia de raspado intradérmico é um exame
complementar ao diagnóstico e deve ser solicitado nas seguintes
situações:
a) Em caso de dúvida na classificação operacional para instituição
da poliquimioterapia.
b)Diagnóstico diferencial com outras doenças dermatoneurológicas.
c) Casos suspeitos de recidiva.
O TESTE DE MITSUDA
INOCULAÇÃO DE MICOBACTERIUM MORTOS 
PELO CALOR PARA PROGNÓSTICO DA DOENÇA
LEITURA APÓS 28-30 DIAS
INDETERMINADA E TUBERCULÓIDE= MITSUDA +
DIMORFA E VIRCHOWIANA = MITSUDA -
Diagnóstico da Hanseníase
Diagnóstico Clínico
• Exame dermatológico
- Identificação de lesões de pele por meio de inspeção
de toda superfície corporal e realização de pesquisa
de sensibilidade térmica, dolorosa e tátil nas lesões e
áreas suspetas.
• Exame dermatológico
Diagnóstico Clínico
• Exame dermatológico
Teste de sensibilidade térmica = tubo ensaio
Diagnóstico Clínico
• Exame dermatológico
Teste de sensibilidade dolorosa = agulha
Diagnóstico Clínico
• Exame dermatológico
Teste de sensibilidade tátil = algodão, monofilamento
Diagnóstico Diferencial
• A hanseníase pode ser confundida com outras doenças
dermatológicas ou neurológicas, que apresentam sinais e
sintomas semelhantes aos seus. Portanto, deve ser feito
diagnóstico diferencial em relação a essas doenças.
• Pitiríase versicolor (“pano branco”): manchas brancas com
fina descamação e sensibilidade normal;
Diagnóstico Diferencial
• Eczemátide: manchas claras e ásperas, com descamação e
com sensibilidade normal;
Diagnóstico Diferencial
• Tinha do corpo: manchas claras e eritematosas com maior
atividade na periferia e com sensibilidade normal;
Diagnóstico Diferencial
• Vitiligo: manchas brancas, nítidas e com sensibilidade
normal.
CASOS PAUCIBACILARES CASOS MULTIBACILARES
Dentre as pessoas que adoecem,
algumas apresentam resistência ao
bacilo e abrigam um pequeno número
de bacilos no organismo.
Não são considerados importantes
fontes de transmissão da doença
devido à sua baixa carga bacilar.
Algumas pessoas podem até curar-se
espontaneamente.
Até 5 lesões de pele.
Um número menor de pessoas não
apresenta resistência ao bacilo, que se
multiplica no seu organismo passando
a ser eliminado para o meio exterior,
podendo infectar outras.
Pessoas que são a fonte de infecção e
manutenção da cadeia epidemiológica
da doença.
Mais de 5 lesões de pele.
Classificação da HANSENÍASE
Classificação da Hanseníase
– Indeterminada;
– Tuberculóide;
– Dimorfa ou Boderline;
– Virchowiana.
INDETERMINADA
• Forma inicial, evolui
espontaneamente para a cura na
maioria dos casos e para as outras
formas da doença em cerca de 25%
dos casos.
• Geralmente, encontra-se apenas uma
lesão, de cor mais clara que a pele
normal, com diminuição da
sensibilidade.
• Mais comum em crianças.
TUBERCULÓIDE
• Lesões cutâneas localizadas com margens
endurecidas, elevadas, hiperpigmentadas e
centros pálidos deprimidos;
• As lesões são poucas (ou única), de
limites bem definidos e um pouco elevados
e com ausência de sensibilidade
(dormência). Ocorrem alterações nos
nervos próximos à lesão, podendo causar
dor, fraqueza e atrofia muscular.
• Exame bacteriológico negativo
DIMORFA
• Com mais de cinco lesões;
• É contagiosa;
• Elimina uma pequena 
quantidade de bacilo;
• Apresenta manchas com 
centro baixo e bordas altas;
• Atinge os nervos, porém sem 
muitos prejuízos;
• Tratamento multibacilar (MB).
VIRCHOWIANA
• Com mais de cinco lesões;
• O mais grave dos casos;
• Altamente contagiosa;
• Elimina uma altíssima 
quantidade de bacilo;
• Apresenta manchas com bordas 
e centro altos;
• Atinge os nervos com grandes 
prejuízos na pessoa e esta fica 
deformada.
• ANAMNESE:
- sexo, idade, condição socioeconômica; ocupação da
pessoa e atividades diárias;
- vínculo epidemiológico;
- contato, intradomiciliar ou não, com uma pessoa com
hanseníase
PROCESSO DE ENFERMAGEM
• ANAMNESE:
Presença de sintomas e sinais sugestivos hanseníase:
- questionar ao paciente sobre lesões na pele e perda de
sensibilidade e há quanto tempo isto aconteceu;
- presença de dores nos nervos e fraqueza nas mãos e
nos pés;
- Fez uso de algum medicamento para estes problemas
e quais foram os resultados.
PROCESSO DE ENFERMAGEM
Exame Físico
• Exame Neurológico
- Compreende a inspeção, palpação/percussão,
avaliação funcional (sensibilidade,força muscular)
dos nervos, classificando o grau de incapacidade
física.
- Principais nervos periféricos afetados:
– Face: trigêmio e facial (olhos e nariz);
– Braços: radial, ulnar e mediano (braços e mãos);
– Pernas: fibular e tibial (pernas e pés).
Exame Físico
• Exame Neurológico
- Deve ser realizado: 
o No inicio do tratamento;
o Mensalmente, quando possível, ou no mínimo de seis 
em seis meses;
o Com maior freqüência durante neurites e reações, ou 
quando houver suspeita destas, durante ou após o 
tratamento;
o Na apresentação de queixas;
o No ato da alta
• Anamnese:
• Perguntar se a pessoa sente ardor, coceira, vista embaçada,
ressecamento, pálpebras pesadas, lacrimejamento ou outros
sintomas.
• Inspeção:
• Verificar se há hiperemia, madarose (queda dos pêlos das
sobrancelhas), triquíase (cílios invertidos), ectrópio (eversão da
pálpebra), lagoftalmo (desabamento da pálpebra inferior) e
catarata e opacidade corneana.
Olhos
 Peça ao paciente que feche os olhos sem fazer força. Com a 
lanterna clínica, avalie se há fenda palpebral; se sim, medir 
com régua quantos milímetros é a abertura (fenda). 
 Utilizando o dedo mínimo, eleve a pálpebra superior; sinta a 
resistência ;
• Solte e observe a velocidade
do retorno à posição inicial;
Teste da Força Muscular Ocular
 Posicione-se na frente do paciente e peça que ele olhe para sua 
testa; 
 Toque a córnea em seu quadrante inferior externo, com o fio 
dental de 5cm em posição perpendicular;
 Observe se o piscar do paciente é imediato, demorado ou 
ausente;
 Registre a avaliação. 
Avaliação da Sensibilidade da Córnea
Exame Físico
- Avaliação de olhos:
o Acuidade visual:
a) Posicione o paciente assentado de forma confortável 
em um local bem iluminado. Explique a ele o exame;
b) A uma distância de 6 metros, fixe a tabela
de Snellen à altura do olhar do paciente;
Exame Físico
• Exame Neurológico
- Avaliação do Nariz:
Anamnese/Inspeção:
- Perguntar se a pessoa sente o nariz entupido, se há
sangramento ou ressecamento.
- Verificar se há crostas, fissuras, atrofias, infiltrações,
úlceras, perfuração de septo e desabamento da pirâmide
nasal.
Exame Físico
• Exame Neurológico
- Avaliação de membros superiores:
Anamnese/Inspeção:
- Perguntar se a pessoa sente dor, dormência, perda de força,
inchaço ou outros sintomas.
- Verificar se há edema, garras, ressecamento, fissuras,
calosidades, úlceras, reabsorções, atrofias e cicatrizes.
Exame Físico
• Exame Neurológico
- Avaliação dos membros:
Palpação dos troncos nervosos periféricos e avaliação
da força muscular: os nervos ulnar, mediano, radial,
fibular e tibial têm que ser palpados e a força muscular
correspondente a sua inervação avaliada.
Exame Físico
• Exame Neurológico
- Avaliação de membros:
o Verificar:
a) Queixa de dor espontânea no trajeto do nervo;
b) Queixa de choque ou dor à palpação no trajeto do nervo;
c) Simetria (comparar sempre o lado direito com o esquerdo);
d) Tamanho;
e) Forma;
f) Consistência (duro ou mole);
g) Presença de nódulos
Exame Físico
• Exame Neurológico
- Teste de Força Muscular
(nervo radial):
- O avaliador aplica resistência sobre o
dorso da mão, no sentido contrário ao
movimento feito pelo paciente
- Graduar a força muscular
(F=Forte, D=Diminuída, P=Paralisado).
- Obs.: A resistência só deve ser colocada 
quando o paciente realiza o movimento 
solicitado de forma completa.
Exame Físico
• Exame Neurológico
- Teste de Força Muscular 
(nervo ulnar):
- Solicitar ao paciente que abra (afaste)
o 5° dedo o máximo possível;
- Graduar a força
(F=Forte, D=Diminuída, P=Paralisado).
- Obs.: A resistência só deve ser 
colocada quando o paciente realiza 
o movimento solicitado de forma 
completa.
Exame Físico
• Exame Neurológico
- Teste de Força Muscular 
(nervo mediano):
- Solicitar ao paciente que levante o
polegar mantendo-o elevado na
direção do 3° dedo
- Graduar a força muscular 
(F=Forte,D=Diminuída,P=Paralisado)
- Obs.: A resistência só deve ser 
colocada quando o paciente realiza 
o movimento solicitado de forma 
completa.
Exame Físico
• Exame Neurológico
- Teste de Sensibilidade:
Uso do conjunto de monofilamentos de náilon de
Semmes – Weinstein (estesiômetros)
• Técnica de avaliação da sensibilidade com
estesiômetro
- Encaixe os monofilamentos no furo lateral do cabo. Disponha-
os em ordem crescente do mais fino para o mais grosso;
- Segure o cabo de modo que fique perpendicular à superfície da
pele, a uma distância de aproximadamente dois cm. A pressão
na pele deve ser feita até obter a curvatura do filamento sem
permitir que o mesmo deslize sobre a pele;
• Técnica de avaliação da sensibilidade com
estesiômetro
- O teste começa com o monofilamento mais fino - 0,05g
(verde). Se o paciente não sente o monofilamento, utilize o 0,2g
(azul) e assim sucessivamente;
- Aplique o teste nos pontos específicos correspondentes aos
nervos da mão e do pé.
Nervo Ulnar
Teste sensibilidade Nervos MMSS
Nervo Mediano/Radial
Teste sensibilidade Nervos MMSS
• Técnica de avaliação da sensibilidade com
estesiômetro
• Diagnósticos de enfermagem
- Integridade da pele prejudicada;
- Nutrição desequilibrada menos do que as
corporais
- Deambulação prejudicada
- Déficit no autocuidado para banho
- Déficit no autocuidado para higiene íntima
- Isolamento social;
- Risco para infecção
- Mobilidade física prejudicada
PROCESSO DE ENFERMAGEM
• PLANEJAMENTO
• INTERVENÇÕES:
- Acompanhamento do paciente com hanseníase até a cura da
doença (a cada 28 dias);
- Supervisionar o tratamento medicamento do paciente e buscar
a maior adesão do paciente a este tratamento;
- Explicar os efeitos colaterais de cada medicação.
PROCESSO DE ENFERMAGEM
• INTERVENÇÕES:
- Programar os quantitativos de medicamentos necessários ao
mês,
- Identificar reações adversas dos medicamentos e interações
medicamentosas;
- Transferir o doente com ficha de referência e contra-referência,
quando necessário.
- Realizar exame dermatoneurológico em todos os contatos
intradomiciliares dos casos novos
PROCESSO DE ENFERMAGEM
• INTERVENÇÕES:
- Fazer visita domiciliar para acompanhar o tratamento no
domicílio;
- Notificar o caso de um paciente com hanseníase que vai iniciar
o tratamento;
- Realizar mensalmente baciloscopia de controle;
- Avaliar e registrar o grau de incapacidade física em
prontuários e formulários
PROCESSO DE ENFERMAGEM
• INTERVENÇÕES:
- A avaliação do peso do doente é um bom indicador de resposta
ao tratamento para os doentes;
- Avaliar condições socioeconômicas desfavoráveis do paciente
pode está mobilizando junto com outros profissionais e com as
prefeituras, secretarias municipais, meios de dar cestas básicas
ao paciente.
PROCESSO DE ENFERMAGEM
HANSENÍAS
E TEM 
CURA?!
TRATAMENTO
Poliquimioterapia
Acompanhamento
Identificar e tratar 
intercorrências e complicações
Prevenção e tratamento das 
incapacidades
CURA
(BRASIL , 2008)
• Esquema Paucibacilar – até 5 lesões
• Esquema Multibacilar – mais de 5 lesões
TRATAMENTO 
QUIMIOTERÁPICO
RIFAMPICINA DAPSONA
CLOFAZIMINA
ESQUEMA PAUCIBACILAR 
100 mg
2 de 300 = 600mg
Duração: 6 doses mensais supervisionadas
Critério de alta: 6 doses supervisionadas em até 9 meses
100 mg
ESQUEMA PAUCIBACILAR – CRIANÇAS 
ESQUEMA 
MULTIBACILAR 
Duração: 12 doses mensais supervisionadas de rifampicinaCritério de alta: 12 doses supervisionadas em até 18 meses
100 mg
2 de 300=600mg
3 de 100=300mg
50 mg
100 mg
ESQUEMA MULTIBACILAR - CRIANÇAS 
Paucibacilar – 6 doses mensais supervisionadas de
rifampicina tomadas em até 9 meses;
Se interrupção, retomar em até 3 meses, com vista a
completar o tratamento até os 9 meses.
Multibacilar – 12 doses mensais supervisionadas de
rifampicina , em até 18 meses;
Se interrupção, retomar em até 6 meses, com vista a
completar o tratamento até os 18 meses.
Duração do Tratamento
EFEITOS COLATERAIS
• Cutâneos
• Gastrointestinais
• Hepáticos
• Hematopoiéticos
• Anemia hemolítica
• Síndrome Pseudogripal
CLOFAZIMINARIFAMPICINA
 Cutâneos
 Gastrointestinais
 Pigmentação da pele
 Cutâneos
 Hepatoxicidade
 Anemia leves
DAPSONA
QUANDO A PESSOA DOENTE INICIA O 
TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO, ELA DEIXA DE 
SER TRANSMISSORA DA DOENÇA, POIS AS 
PRIMEIRAS DOSES DA MEDICAÇÃO MATAM OS 
BACILOS E TORNA-OS
INCAPAZES DE INFECTAR OUTRAS PESSOAS
Seguimento dos Casos
• Os pacientes devem ser agendados de rotina a cada 28 
dias: 
- orientações e avaliações
- administração da dose supervisionada e nova cartela 
com os medicamentos para doses auto-administradas no 
domicilio;
• Identificação de estados reacionais, efeitos colaterais 
ou adversos aos medicamentos em uso e surgimento 
de dano neural;
• Orientações sobre técnicas de auto-cuidado;
Hanseníase e Gravidez
 Favorece o aparecimento dos
sinais durante a gravidez e o puerpério.
 A gravidez e o aleitamento materno não contra - indicam a
administração dos esquemas de tratamento.
 Os RN podem apresentar a pele hiperpigmentada pela
administração de CLOFAZIMINA.
Hanseníase e Tuberculose
Atenção especial aos sinais e sintomas de tuberculose 
durante a Hanseníase, pois o mycobacterium leprae pode 
se tornar resistente a RIFAMPICINA.
Hanseníase e AIDS
A administração de RIFAMPICINA não interfere no 
tratamento da Aids; pois a Poliquimioterapia não deve ser 
alterada nesses doentes.
Recidivas
• Os casos de recidiva são raros e geralmente ocorrem
no período superior a cinco anos após a cura.
• Os casos suspeitos deverão ser encaminhados às
unidades de média e alta complexidade
Estados Reacionais
• Também conhecidos como reações Hansênicas;
• São manifestações agudas ocasionadas por alterações 
do sistema imunológico;
• Exteriorizam por meio de manifestações inflamatórias 
agudas e subagudas, que podem ocorrer antes, durante 
ou depois do tratamento com PQT/OMS.
Estados Reacionais
I . Reação Tipo um ou Reação Reversa (RR),
caracteriza-se por:
• infiltração, alterações de cor e edema nas lesões
antigas;
• surgimento de novas lesões dermatológicas (manchas
ou placas);
• Comprometimento de nervos periféricos (neurite), com
ou sem lesões cutâneas agudas
REAÇÕES HANSÊNICAS TIPO 1 
REAÇÃO REVERSA
Estados Reacionais
II . Reação Tipo dois ou Eritema Nodoso Hansênico
(ENH), caracteriza-se por:
•Apresentar nódulos subcutâneos dolorosos,
acompanhados ou não de febre;
• Dores articulares e mal-estar generalizado;
• Comprometimento de nervos periféricos (neurite).
REAÇÕES HANSÊNICAS TIPO 2
ERITEMA NODOSO HANSÊNICO
Tratamento dos estados reacionais
• Tratamento a nível ambulatorial
• Encaminhar para unidades de referência SN em 24
horas;
• Cuidados de enfermagem:
- Orientar o repouso do membro afetado;
- Iniciar prednisona na dose de 1mg/kg peso/dia, ATT: 
registrar o peso, a pressão arterial e a taxa de glicose e 
fazer tratamento para estrongiloidíase
- Talidomida (Não indicado para gestantes)
- Manter tratamento com os polioquimioterápicos
Prevenção de Incapacidades
Diagnóstico tardio e tratamento inadequado levam 
a incapacidades e deformidades
Prevenção de Incapacidades
• A prevenção de deficiências (temporárias) e
incapacidades (permanentes) não deve ser
dissociada do tratamento PQT;
• O SUS deverá dispensar para os pacientes os
seguintes insumos: colírio para reposição de
lágrima, soro fisiológico para ressecamento do
nariz, óleo com ácidos graxos essenciais e creme
com uréia a 10% para lubrificar e hidratar a pele.
Prevenção de Incapacidades
Lubrificação do nariz
Prevenção de Incapacidades
Vigilância Epidemiológica
• Deve ser organizada em todos os níveis e propiciar o
acompanhamento rotineiro das principais ações
estratégicas para a eliminação a hanseníase;
• Doença de notificação compulsória em todo
Território Nacional e de investigação obrigatória.
• Os casos notificados demandam a atualização das
informações do acompanhamento, na UBS por meio
do preenchimento do Boletim de Acompanhamento
de Casos/SINAN.
Investigação Epidemiológica dos 
Contatos
• Exame dermatoneurológico
das pessoas que resida ou
tenha residido nos últimos 5
anos
• Aplicação da BCG de acordo 
com histórico vacinal
Educação em Saúde
• oficinas 
• dinâmicas 
• trabalho em grupo
• Campanhas
Material educativo:
cartaz, folder, álbum 
seriado, panfleto etc.
Conscientizar pessoas Hanseníase
MUDANÇA
Obrigada!

Continue navegando