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CATÁLOGO DE DÚVIDAS AULA 1 1 - Qual a diferença entre psicologia da saúde e psicologia hospitalar? Resposta: A psicologia da saúde é mais ampla e abrange os três níveis de atenção em saúde: atenção básica ou primária, atenção secundária e terciária. Já a psicologia hospitalar abrange apenas os níveis de atenção secundária e terciária, ou seja, apenas hospitais gerais e especializados. Na psicologia da saúde está inserida a atenção básica, que abrange as unidades básicas de saúde, entre elas a Estratégia de Saúde da Família, também conhecida como PSF. 2 - No que consiste a psicologia comunitária? Resposta: A psicologia comunitária é um campo da psicologia que atua junto a comunidade, a pessoas em situação de vulnerabilidade. Surge a partir da psiquiatria social e preventiva. Hoje temos profissionais de psicologia que atuam em ONGs (organizações não governamentais), no CRAS ¿ Centro de Referência da Assistência Social, em espaços culturais, centros de apoio à mulher vítima de violência etc. 3 - Qual a diferença entre Psicologia da Saúde e Psicologia Hospitalar ? Resposta: A psicologia da saúde abarca todos os processos de saúde numa perspectiva atual que levam em consideração indicadores e determinantes sociais, além das políticas públicas. Conjunto teórico onde a psicologia hospitalar está inserida, com sua atuação seja no hospital, clínicas, home care etc 4 - De que forma o psicólogo pode atuar na saúde ? Resposta: Psicoterapia individual e grupal, grupos de apoio e de orientação, palestras, campanhas informativas, orientações e planejamento familiar, análise de indicadores e determinantes de saúde, discussão das políticas públicas, atenção psicossocial para a vulnerabilidade e minorias no que tange a direitos, inclusão social e empoderamento psicossocial. 5 - Quais são as possibilidades de atuação do psicólogo na área da Psicologia da Saúde? Resposta: Psicologia hospitalar, psicologia comunitária, atendimento a doentes terminais, acompanhamento de pacientes com distúrbios alimentares, acompanhamento de pacientes com câncer, dentre outros. 6 - O QUE É PROMOÇÃO DA SAÚDE? Resposta: Promoção da Saúde é definida como a capacitação das pessoas e comunidades para modificarem os determinantes da saúde em benefício da própria qualidade de vida. A Promoção da Saúde, segundo a Carta de Ottawa, contempla 5 amplos campos de ação: implementação de políticas públicas saudáveis, criação de ambientes saudáveis, capacitação da comunidade, desenvolvimento de habilidades individuais e coletivas e reorientação de serviços de saúde. 7 - Como podemos desenvolver a prevenção da saúde ? Resposta: Através do "empowerment" que devemos estimular aos indivíduos; esta medida visa a recuperação da condição de pessoa e da capacidade de tomada de decisões sobre sua própria vida e saúde. Embora nem sempre esta atitude é bem vista por nossos pacientes, acreditando ainda em um modelo centralizador e hospitalocêntrico. 8 - Por que alguns pacientes são resistentes a atuarem como atores de suas próprias decisões? Resposta: A tomada de decisão sempre implica em uma grau de maturidade e auto- confiança relacionado a auto-estima. Sempre haverá resistência por parte de alguns, por diferentes motivos, entretanto nossa busca e desafio profissional é desenvolver a capacidade em cada um a se responsabilizar por seus atos e assumir sua própria vida. Como diria Kobler Ross: "Coreografar a própria morte". 9 - Como se apresenta a psicologia da saúde na atualidade ? Resposta: O livro de Straub, R. (2001) Psicologia da Saúde aborda com clareza estas perspectivas neste Séc. XXI. A psicologia enquanto ciência atravessa uma série de outros saberes científicos, transformando sua capacidade de atualização e adequação dos processos constitutivos. Os conhecimentos da psicologia passam a fazer parte de um importante cenário de atuação em relação a prevenção, promoção e recuperação de saúde. 10 - Recuperação ou cura ? Resposta: Nos processos de saúde a cura é uma utopia desejada por algumas ciências que partem da premissa disfuncionante e orgânica exclusivas no ser humano. Para a psicologia a cura é algo inexistente, pois a premissa psicológica relaciona-se a adaptabilidade e funcionamento do indivíduo, mesmo que fora das convenções sociais. A subjetividade que conferem a individualidade do homem, representam muitas vezes formas e práticas comportamentais que transbordam as aceitações sócio-culturais. 11 - O que é trabalho em equipe multidisciplinar? Resposta: O trabalho em equipe multidisciplinar consiste em profissionais que atuam no mesmo local, fazendo parte de um determinado setor ou unidade e que tem uma comunicação mais formal, sem trocas. Um exemplo é o trabalho de diversos profissionais do setor de neurocirurgia de um hospital. Vários profissionais atuando no mesmo local, mas não necessariamente se comunicando ou efetivando trocas em prol dos pacientes. Cada um faz seu trabalho individualmente. 12 - Como acontece o trabalho em equipe interdisciplinar? Resposta: O trabalho em equipe interdisciplinar consiste em profissionais de diferentes áreas que atuam no mesmo local, mas que realizam trocas de experiências e saberes em prol da criação de melhores estratégias dos casos clínicos. Geralmente a comunicação é informal e há espaços para trocas, em reuniões periódicas. Um exemplo são os profissionais de saúde que atuam no setor de pediatria de um hospital e que se reúnem para discutir os casos mais graves, criando estratégias em comum para a recuperação mais rápida dos pacientes. 13 - Que formação deve ter o psicólogo para trabalhar na saúde? Resposta: A Psicologia da Saúde compreende um campo interdisciplinar com foco na aplicação dos conhecimentos e técnicas psicológicas à saúde-doença. Tem como objetivo a promoção e a manutenção do bem-estar de indivíduos, da comunidade e da população. Neste sentido, a formação do psicólogo deve contemplar a complexidade que envolve a questão saúde/doença. Portanto, a formação deve proporcionar conhecimentos que possibilite um posicionamento crítico acerca da realidade sócio- econômica e cultural na qual a pessoa está inserida. Só desta forma a psicologia da saúde cumprirá seus objetivos: a promoção e manutenção da saúde e à prevenção da doença. . É importante que o aluno tenha a oportunidade de vivências extra muros, que com certeza o aproximarão da realidade que se confrontará. 14 - Como se diferenciam os diversos tipos de equipes em saúde? Resposta: A compreensão da saúde que considera seus aspectos sociais, favorece posturas que valorizam a prevenção e a manutenção da saúde. O psicólogo precisa desenvolver formas de atuação que contemple esses objetivos, O trabalho em equipe ajuda nessa busca. Nesse sentido, podemos dizer que a equipe interdisciplinar se caracteriza por profissionais que atuam em conjunto em prol dos pacientes e da atividade em um local, com trocas de experiências e saberes em reuniões recorrentes. Isto é, os especialistas discutem entre si a situação de um paciente sobre aspectos comuns a mais de uma especialidade. Enquanto que a equipe multidisciplinar se caracteriza por profissionais que atuam no mesmo ambiente, com um objetivo comum (atuação na pediatria de um hospital, por exemplo), mas que não promovem trocas efetivas. Isto é, atendem o mesmo paciente, porém de forma independente. E a transdisciplinar as ações são definidas e planejadas em conjunto, gerando um conhecimento que transcende ao conhecimento ao conhecimento particular de cada profissional. 15 - A formação do psicólogo na área da saúde vai para além da universidade. De que forma está última pode contribuir? Resposta: Notoriamente a formação universitária é generalista com um certo aprofundamento nos anos finais de áreas específicas da psicologia. Durante o curso podemos observar na matriz curricular disciplinas que contemplam esta preocupação com novos nichos de atuação profissional dos psicólogos, que vão para além da clínica exclusivamente. Trabalhar com o seguimento de saúde requer além de preparação técnica especializada, perfil de personalidade capaz de suportar todas as nuances que a atuação demanda. 16 - É importante o título de especialista para atuar neste seguimento ? Resposta: O título de especialista concedido pelo CRP é fundamental como forma completar de ratificar sua formação a partir de cursos de pós-graduação validados e registrados no MEC. Há também a possibilidade de se obter esta titulação pelo tempo de experiência comprovadas na área e a realização de provas de proficiência que avaliam sua capacidade de atuação e conhecimento na área pretendida. 17 - Como a abordagem do psicólogo (comportamental, gestalt, etc) dialogará com essa equipe multidisciplinar? O psicólogo deve ter um embasamento nas áreas com as quais trabalhará conjuntamente, ou seu foco no paciente virá dos laudos recebidos? Resposta: O trabalho em equipe se dá através de objetivos em comum, das demandas que surgem e das trocas efetivadas. O psicólogo deve sempre atuar conforme seu código de ética profissional, de acordo com conhecimento teórico-prático, mas também ouvindo a equipe e contribuindo para que as melhores práticas se efetivem. Os laudos recebidos fazem parte do processo, mas o importante é manter o foco nas pessoas e como elas se sentem no processo saúde-doença. 18 - Qual a diferença entre o trabalho interdisciplinar e o multidisciplinar e qual a sua importância para o tratamento do paciente e evolução de uma equipe? Resposta: O trabalho em equipe é essencial na área da saúde em função de se ter um objetivo em comum paras os profissionais. Na atuação multidisciplinar as pessoas estão atuando no mesmo local, em uma mesma equipe, mas não necessariamente efetivam trocas de saberes em prol dos pacientes. Já nas equipes interdisciplinares, as pessoas atuam na mesma equipe, mas se reunem pelo menos uma vez na semana para conversar e efetivar trocas e realizar estudos dos casos de pacientes mais graves. AULA 2 1 - Ante do SUS nem todos tinham acesso à saúde. Por que? Resposta: Até 1987 somente trabalhadores com carteira assinada tinham acesso aos serviços de saúde prestados em hospitais e unidades de saúde. As outras pessoas apenas poderiam ter assistência em saúde em serviços beneficentes. A assistência individual era feita por um componente do Ministério da Previdência, o Inamps. 2 - O que foi a Reforma Sanitária? Resposta: A Reforma Sanitária foi um movimento voltado para a ampliação de direitos de cidadania da população. A proposta central era garantir direito à saúde para toda as pessoas, colocando em questão a participação efetiva do Estado nesse processo. O movimento da Reforma Sanitária nasceu no contexto da luta contra a ditadura, no início da década de 1970. A expressão foi usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relação às mudanças e transformações necessárias na área da saúde. Essas mudanças não abarcavam apenas o sistema, mas todo o setor saúde, em busca da melhoria das condições de vida da população. Teve como marco institucional a 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986. As propostas da Reforma Sanitária resultaram, finalmente, na universalidade do direito à saúde, oficializado com a Constituição Federal de 1988 e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). 3 - Por que foi importante as conquistas promulgadas pela reforma sanitária ? Resposta: Sem estas conquistas seria impossível pensar uma constituição em 1988, que dá origem ao SUS de forma tão significativa. As ideias contidas na reforma viabilizaram os princípios do SUS como universalidade, integralidade, equidade etc 4 - Do que trata a Lei 8080/90? Resposta: Lei 8080 promulgada em 19 de setembro de 1990, estabelece a integração das ações e serviços de saúde, substituindo um sistema regionalizado e hierarquizado. A referida lei dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Essa lei também é conhecida como Lei Orgânica da Saúde, que define as diretrizes para organização e funcionamento do Sistema de Saúde brasileiro. Trata-se do eixo principal de compreensão da política de saúde no Brasil. A implementação do SUS envolve a integração das obrigações de todas as esferas do governo e a construção de políticas setoriais, adequadas às diferentes realidades regionais. 5 - Do que trata a Lei 8142/90? Resposta: Lei 8.142/90 trata do papel e participação da comunidade na gestão do SUS e da transferência de recursos financeiros entre União, estados e municípios. Fica estabelecida a participação da comunidade, que deve ser concretizada através dos Conselhos de Saúde. Temos os Conselhos Nacional Estaduais e municipais de saúde. O Conselho Nacional de Saúde (CNS) institui um espaço de participação social na administração do Sistema Público. O Conselho Nacional consolida o controle social por intermédio dos Conselhos Estaduais e Municipais. O Conselho Estadual de Saúde é um órgão colegiado de caráter permanente e deliberativo, com funções de formular estratégias, controlar e fiscalizar a execução da política estadual de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros. A principal função do Conselho Municipal de Saúde consiste em na participação da sociedade no processo de fiscalização dos recursos e do andamento dos trabalhos realizados no Sistema Único de Saúde. 6 - Como se caracterizam a equidade e a universalidade como são princípios fundamentais do SUS? Resposta: A saúde como um direito de todos e um dever do Estado, requer que seja garantido o acesso universal da população a bens e serviços que assegurem sua saúde e bem-estar, de forma equitativa e integral. Desta form, a equidade e a universalidade são algums dos princípios finalisticos do SUS. A universalidade é um dos ideais a ser alcançado pelo SUS e se refere a um processo de ampliação da cobertura dos serviços, de modo que venham, paulatinamente, a se tornar acessíveis a toda a população. Porém, para que isso aconteça, é preciso eliminar barreiras jurídicas, econômicas, culturais e sociais que se colocam entre a população e os serviços oferecidos. O princípio da equidade, mais um dos princípios finalísticos do SUS. A noção de equidade diz respeito à necessidade de se ¿tratar desigualmente os desiguais¿ de modo a se alcançar a igualdade de oportunidades de sobrevivência, de desenvolvimento pessoal e social entre os membros de uma dada sociedade. O ponto de partida da noção de equidade é o reconhecimento da desigualdade entre as pessoas e os grupos sociais e o reconhecimento de que muitas dessas desigualdades são injustas e devem ser superadas. Em saúde, especificamente, as desigualdades sociais se apresentam como desigualdades diante do adoecer e do morrer, reconhecendo-se a possibilidade de redução dessas desigualdades, de modo a garantir condições de vida e saúde mais iguais para todos. 7 - No que diz respeito ao SUS, no que consiste a descentralização? Resposta: A descentralização consiste em permitir que Estados e Municípios tenham participação direta na gestão da saúde de acordo com as necessidades locais de saúde da população. Implica na descentralização da gestão e das políticas da saúde no país ¿ feita de forma integrada entrea União, estados e municípios e constituindo um dos princípios organizativos do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com este princípio, o poder e a responsabilidade sobre o setor são distribuídos entre os três níveis de governo, objetivando uma prestação de serviços com mais eficiência e qualidade e também a fiscalização e o controle por parte da sociedade. Neste sentido, a autoridade sanitária do SUS é exercida: na União, pelo ministro da saúde; nos estados, pelos secretários estaduais de saúde; e, nos municípios, pelos secretários municipais de saúde. 8 - É possível que o psicólogo atue segundo os princípios do SUS ? Resposta: Certamente, a atuação do psicólogo não deve se eximir das determinações constitucionais. Os princípios norteadores do SUS são formas importantes de conduzir os processo de saúde. Quando pensamos em universalidade (atendimentos e acompanhamentos a todos), equidade (atuação adequando-se as diferenças e necessidades individuais), justiça (atuar segundo preceitos éticos ancorados na constituição) 9 - Qual a diferença mais importante entre equidade e universalidade? Resposta: Na Constituição de 1988, foi garantido os direitos a saúde a todos os cidadãos, isso refere-se a Universalidade. Isto quer dizer, que o acesso a saúde deve ser universal e igualitário, garantido as ações e servições para a promoção, recuperação e manutenção da saúde. Universalidade e equidade se relacionam, mas são a mesma coisa Mas podemos dizer que conceber e implementar serviços de saúde universais pode ser uma estratégia de assegurar às classes populares acesso a serviços de melhor qualidade. Portanto, exercitar a equidade. Isto é, possibilita o exercício da justiça na esfera pública, pois passa a levar em conta, todas as classes, inclusive os menos favorecidos. A equidade está relacionada a justiça. 10 - De que forma o SUS garante a cidadania ? Resposta: Através de seus princípios constitucionais. 11 - O que é cidadania ? Resposta: Cidadania é originada da polis Grega que configura-se como os direitos e deveres do indivíduo social. 12 - Qual a importância da cidadania ? Resposta: A cidadania forma o cidadão e sua consciência enquanto indivíduo na sociedade. Uma sociedade que estabelece o respeito as pessoas dentro de um dispositivos normativo igualitário, conquistará um status diferente na convivência humana. AULA 3 1 - O que é a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB)? Resposta: A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) foi aprovada pela Portaria 648/GM, em 2006, pelo Ministério da Saúde. Ela direciona o olhar para a porta de entrada do SUS através da organização da atenção básica, ressaltando a importância do PSF ¿ Programa de Saúde da Família ¿ e do Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e o centro de comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde. Por isso, é fundamental que ela se oriente pelos princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da humanização, da equidade e da participação social. As Unidades Básicas de Saúdes instaladas perto de onde as pessoas moram, trabalham, estudam e vivem desempenham um papel central na garantia à população de acesso a uma atenção à saúde de qualidade. Dotar estas unidades da infraestrutura necessária a este atendimento é um desafio que o Brasil único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes com um sistema de saúde público, universal, integral e gratuito. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, DAB, 2012). 2 - Quais são as principais características da atenção básica no Brasil? Resposta: A atenção básica consiste no conjunto de ações ¿ coletivas ou individuais ¿ que engloba a prevenção de doenças, a promoção e a proteção da saúde. Suas características estendem-se também ao diagnóstico, tratamento, reabilitação, manutenção e tudo o que diz respeito à saúde que se relacione diretamente com os serviços oferecidos no que se denomina também atenção primária. Enquanto estratégia das ações municipais de saúde é concebida como ordenadora do sistema regional, integrando os diferentes pontos que compõe e definindo um novo modelo de atenção à saúde. São Princípios Ordenadores: Acessibilidade, Longitudinalidade, Integralidade, Responsabilização, Coordenação e Resolubilidade. A regionalização é essencial par a atenção básica, pois em país tão grande como o Brasil, cada região tem necessidades e demandas na área da saúde que precisam ser consideradas para a assistência em saúde. 3 - O que são políticas nacional de atenção básica (PNAP)? Resposta: A atenção básica ou atenção primária em saúde é conhecida como a "porta de entrada" dos usuários nos sistemas de saúde. Queremos dizer com isso que é o atendimento inicial. O objetivo primordial é orientar sobre a prevenção de doenças, solucionar os possíveis casos de agravos e direcionar os mais graves para níveis de atendimento superiores em complexidade. Nesse sentido, podemos compreender a atenção básica, funciona como um filtro capaz de organizar o fluxo dos serviços nas redes de saúde, dos mais simples aos mais complexos. No Brasil, há diversos programas governamentais relacionados à atenção básica, sendo um deles a Estratégia de Saúde da Família (ESF), que leva serviços multidisciplinares às comunidades por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), por exemplo. Consultas, exames, vacinas, radiografias e outros procedimentos são disponibilizados aos usuários nas UBSs. A atenção básica também envolve outras iniciativas, como: as Equipes de Consultórios de Rua, que atendem pessoas em situação de rua; o Programa Melhor em Casa, de atendimento domiciliar; o Programa Brasil Sorridente, de saúde bucal; o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), que busca alternativas para melhorar as condições de saúde de suas comunidades etc 4 - Qual a importância da PNAB - Política Nacional de Atenção Básica? Resposta: A Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) direciona o olhar para a porta de entrada do SUS através da organização da atenção básica, ressaltando a importância do PSF ¿ Programa de Saúde da Família ¿ e do Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS). O modelo de atenção básica utilizado no Brasil leva em consideração a regionalização, ou seja, cada município oferece serviços de atenção básica conforme as necessidades da sua população local. Os serviços da atenção básica são direcionados para crianças, adolescentes, mulheres, adultos, idosos e famílias. 5 - Quais são as diretrizes das Unidades básicas de saúde? Resposta: As diretrizes das unidades básicas de saúde são: equipe profissional, espaço adequado e organização do espaço. A equipe profissional é composta por: médico, enfermeiro, cirurgião-dentista, auxiliar de consultório dentário ou técnico de higiene dental, auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde. Outros profissionais, como assistente social, psicólogo, fisioterapeuta, podem ser incluídos na equipe conforme a necessidade local. O espaço deve ser adequado para o atendimento à população pelos profissionais de saúde: consultórios específicos e apropriados para a prática profissional. A organização do espaço refere-se a como o espaço é organizado para atender a comunidade: recepção, local para arquivos, sala para enfermagem, sala de vacinas, banheiros, equipamentos e materiais necessários à prática profissional de cada agente de saúde que atua no programa. 6 - Para que servem este dispositivo dentro da rede ? Resposta: As unidades básicas de saúde foram elaboradas para o atendimento primárioa população e desta forma poder desenvolver aspectos ligados a prevenção e promoção de saúde. 7 - O que é o Programa de Saúde da Família? Resposta: O Programa de Saúde da Família é a principal estratégia da atenção básica. O PSF conta com uma equipe de profissionais que atuam em conjunto para avaliar as necessidades de saúde da comunidade em que a Unidade Básica de Saúde (UBS) que lhe dá suporte está inserida. O Programa de Saúde da Família ¿ PSF tem o objetivo de desenvolver ações de promoção e proteção à saúde do indivíduo, da família e da comunidade, prestando assistência integral, na unidade de saúde e no domicílio de forma contínua, com resolubilidade e boa qualidade às necessidades de saúde da população, intervindo sobre os fatores de risco no qual a população está exposta. O PSF humaniza as práticas de saúde através do estabelecimento de vínculo entre os profissionais de saúde e a população, proporciona parcerias através do desenvolvimento de ações intersetoriais, contribui para a democratização do conhecimento do processo saúde / doença, faz com que a saúde seja reconhecida como um direito de cidadania e, portanto, expressão da qualidade de vida. 8 - Para que serve o PSE Resposta: Este programa tem uma importante representação na promoção de saúde dentro de cenário escolar, com temáticas emblemáticas que colaborarão para a formação de crianças e adolescentes. AULA 4 1 - O que é a AIDS? Resposta: A AIDS é a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, causada pelo vírus HIV, que é a sigla em inglês do "Vírus da Imunodeficiência Humana". De acordo com o Ministério da Saúde: o HIV é o causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T. O vírus altera o DNA destes linfócitos fazendo cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, o HIV rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a Aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. A aids é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico. Como esse vírus ataca as células de defesa do nosso corpo, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado. 2 Quais são os três eixos principais da política nacional do programa brasileiro relacionado à AIDS? Resposta: Os três eixos principais da política nacional do programa brasileiro são: Promoção à saúde, proteção dos direitos fundamentais das pessoas vivendo com HIV e AIDS, prevenção da transmissão de DST/ HIV/AIDS e do uso indevido de drogas ¿ articula diretrizes, estratégias e ações para a redução de DST/ HIV/AIDS. Diagnóstico e assistência ¿ propicia o acesso a procedimentos de diagnóstico e tratamento à população geral e pessoas vivendo com DST/ HIV/AIDS, garantindo, ainda, o acesso universal e gratuito a medicamentos antirretrovirais pelo sistema público de saúde. Desenvolvimento institucional e gestão do programa ¿ está relacionado com o princípio da descentralização do SUS, relacionando a gestão nacional do programa com a execução das políticas e cumprimento das diretrizes pelos programas estaduais e municipais. 3 Um dos eixos da Política Nacional do Programa Brasileiro de HIV / AIDS consiste em desenvolvimento institucional e gestão do programa. Esclareça o referido eixo. Resposta: O eixo desenvolvimento institucional e gestão do programa tem relação com o princípio de descentralização do SUS no que se refere aos vários aspectos de gestão do programa nacional, da execução de políticas e do seguimento de diretrizes pelos programas estaduais e municipais. 4 Como o profissional de psicologia contribui para o campo DST/HIV/AIDS? Resposta: O profissional de psicologia contribui para o campo DST/HIV/AIDS ajudando no processo de ressignificação pessoal e coletiva das pessoas; atuando de modo a auxiliar na recuperação das pessoas fragilizadas pela doença, buscando sua recolocação no processo social e melhora na condição de vida; observando o contexto histórico particular de cada indivíduo, para que cada pessoa possa ter o suporte do ambiente social, familiar e do contexto em que vive e que o constitui como pessoa. Para atuar em programa de DST/HIV/AIDS, o psicólogo deve ter conhecimentos específicos relacionados a conhecimento teórico e prático sobre DST, HIV, AIDS e hepatites, além de informações básicas na área de saúde em geral e capacidade de controle de grupos; conhecimento específico do conteúdo programático do sistema; conhecimento sobre suporte pessoal, ou seja, como cuidar daquele que também cuida. O psicólogo atua como promotor de saúde pública, através do trabalho em equipe, podendo dirigir ações educativas que envolvem a prevenção de doenças e promoção da saúde, levando em consideração a vulnerabilidade social e a exposição a transtornos ou desordens emocionais. 5 De forma pode ser feita a inserção do psicólogo no campo das DST/AIDS? Resposta: Podemos dizer que a inserção do psicólogo neste campo se deu através de atividades próprias da sua formação: o aconselhamento psicológico e a psicoterapia. Assim, o objetivo era oferecer atendimento psicológico as pessoas que se vinham diante de um diagnóstico fatal. Hoje, percebemos que o campo de atuação da psicologia está mais consolidado e tem atuado nos Programas de DST/AIDS de várias formas: nas ações de prevenção a população geral e a população específica, no tratamento, e na reabilitação. As ações são também desenvolvidas em conjunto com os demais profissionais de saúde, caracterizando assim, uma atuação em equipe multidisciplinar, com ética e comprometida com as diversas demandas que a população apresenta. 6 Como se caracteriza a intervenção psicológica com pacientes portadores de HIV? Resposta: O atendimento psicológico deve ocorrer tanto com os próprios pacientes, como também com seus familiares. Esse atendimento, pode ser de âmbito individual, de casal, familiar e até mesmo grupal, podendo estar presente desde o diagnóstico e até o momento que se achar necessário. Basicamente, o trabalho consiste em oferecer uma escuta a fim de identificar os efeitos da condição de soropositividade. Queremos dizer com isso que procuramos identificar os aspectos subjacentes à doença. A proposta é que as pessoas possam tratar das questões que emergem diante dessa situação como medo, angústia, fantasias e as questões psicossociais que por vezes podem influenciar na adesão ao tratamento, na autoestima e no autocuidado. Espera-se que com as intervenções psicológicas as pessoas possam melhorar nos aspectos emocional, psicossocial, nas estratégias de enfrentamento e na adesão o tratamento, que culminem numa melhora no estado de saúde geral do indivíduo. 7 Qual o impacto psicológico que o adoecimento pode causar na pessoa que descobre portadora de HIV? Resposta: A medicina tem avançado no tratamento das pessoas com HIV/AIDS, porém o sofrimento existe, desde o diagnóstico, passando pelo tratamento e a inserção social, o que justifica o acompanhamento psicoterápico. O adoecimento em si mesmo gera um forte impacto psicológico que pode ameaçar o equilíbrio interno do indivíduo. Como consequência pode ocorrer um quadro de crise que com certeza invade os vários setoresde vida, biológico, emocional e social. A tendência é apresentar um funcionamento psíquico prejudicado pelo adoecimento, com recurso de enfrentamento mais conflituoso e pouco eficaz. Desta forma alguns sintomas podem surgir como depressão que parecem estar ligados a vivência com o HIV, o impacto do diagnóstico, a progressão da doença e a repercussão psicossocial. É importante lembrar, que essas pessoas também enfrentam o estigma o que torna ainda mais difícil o processo de adaptação e a recolocação na vida produtiva. 8 O PSICOLOGO ATUA NO CAMPO DA AIDS AJUDANDO, ATUANDO E OBSERVANDO. COM PAPEIS DE RESSIGNIFICAÇÃO PESSOAL, AUXILIANDO EM TRABALHO DE RECOLOCAÇÃO NO CONTEXTO SOCIAL. SERIA TAMBÉM PAPEL DO PSICOLOGO ATUAR DE FORMA NA REALIZACÃO DE PROJETOS DE POLITICAS PÚBLICAS PARA SE OBTER UM MELHOR CONCEITO MAIS PRAGMÁTICO E INSISTIR EM TRABALHAR DE FORMA MENOS PRECONCEITUOSA VALORIZANDO A VIDA DE UM CIDADÃO SORO POSITIVO? Resposta: Do ponto de vista do trabalho de psicólogos em gestão na área de DST/Aids,há que se considerar três princípios como fundamentais: a descentralização, a integralidade e a participação da comunidade, que se constituem no tripé de sustentação do SUS. (BRASIL, 1998). O desafio, no que concerne à gestão do trabalho, é de desenvolver ações que tenham como pré-condições a articulação intersetorial, a pactuação entre gestores das três esferas de governo e o permanente diálogo com a sociedade civil. A incorporação dessa forma dialógica e processual de agir à prática cotidiana de psicólogos(as) que atuam em serviços de DST e Aids possibilita fortalecer o comprometimento social na formulação, avaliação e execução de políticas públicas assim como no exercício profissional da Psicologia, ou seja, o SUS foi resultado de uma ampla discussão democrática, mas a participação da sociedade não se esgotou na sua formulação. (CREPOP). Resposta à questão: Sim, o profissional de psicologia também pode atuar na realização de projetos de políticas públicas para se obter um melhor resultado na prevenção e tratamento de pessoas com HIV / AIDS, diminuição do preconceito e valorização da vida de pessoas soropositivas. 9 Quais são os níveis de complexidade da prevenção de saúde? Resposta: Os níveis de complexidade da prevenção de saúde são: Prevenção primária ¿ tem por objetivo a promoção da saúde em geral, e a proteção específica, contra determinados agentes patógenos. Nas ações em DST/aids, as intervenções que podem ser entendidas como prevenção primária e que devem ser desenvolvidas também pelos(pelas) psicólogos(as) são: ações na comunidade ¿ palestras, oficinas, treinamentos; aconselhamento pré e pós-teste; aconselhamento coletivo. Prevenção secundária ¿ tem por objetivo impedir o avanço de uma doença instalada, evitar a morte do indivíduo ou impedir que a doença se torne crônica. Essas são algumas das intervenções que podem ser consideradas do nível da prevenção secundária e que devem ser desenvolvidas pelo(a) psicólogo(a): escuta psicológica; aconselhamento individual e monitoramento da condição subjetiva. Prevenção terciária - busca, com recursos da reabilitação, evitar ou reduzir a invalidez total, ou parcial, após a doença ter sido curada com sequelas ou ter sido cronificada ¿ caso da Aids. Intervenções típicas da prevenção terciária poderiam ser: intervenções na comunidade para enfrentamento do preconceito e discriminação; reabilitação psicossocial com reinserção no mercado ou na comunidade; atendimento a família e comunicantes; construção de rede de apoio social. 10 Quais são as linhas estratégicas para as ações de prevenção às DST/HIV/AIDS na atenção básica? Resposta: 1. Promoção de adoção de práticas mais seguras, por meio do acesso à informação e dos insumos de prevenção; 2. Estabelecimento de modelos de intervenção, considerando aspectos culturais, sociais e valores relacionados aos segmentos populacionais envolvidos; 3. Priorização de intervenções realizadas por pares, que promovam mudanças de práticas, atitudes, valores e crenças em relação às DST/ aids; 4. Fortalecimento das redes sociais/populares, com a implementação de alternativas para o enfrentamento do problema. AULA 5 1 O que significa o termo saúde mental? Resposta: A saúde mental é um termo usado para descrever um nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional ou, ainda, a ausência de uma doença mental. Pode incluir a capacidade de um indivíduo de apreciar a vida e procurar um equilíbrio entre as atividades e os esforços para atingir a resiliência psicológica. A Organização Mundial de Saúde afirma que não existe definição "oficial" de saúde mental. Diferenças culturais, julgamentos subjectivos, e teorias relacionadas concorrentes afetam o modo como a saúde mental é definida. A saúde mental implica conseguir lidar com as demandas da vida e gerenciar a si mesmo diante dos desafios cotidianos. 2 A OMS vai definir saúde mental como ¿ o estado de bem-estar no qual o indivíduo realiza suas potencialidades, capacidades, pode fazer face ao stress normal da vida, trabalhar de forma produtiva e frutífera, contribuindo para a comunidade em que se insere. Neste sentido, políticas nacionais de saúde mental não devem considerar apenas os transtornos mentais, mas também reconhecer e abordar as questões mais amplas que promovem a saúde mental. Elas devem integrar a promoção da saúde mental às políticas e programas em setores governamentais e não governamentais. Além da saúde, é essencial envolver os setores de educação, trabalho, justiça, transporte, meio ambiente, habitação e bem-estar, possibilitando às pessoas adotarem e manterem estilos de vida saudáveis. 3 No que consistiu a Reforma Psiquiátrica? Resposta: A reforma Psiquiátrica teve início na Itália, na segunda metade do século XX, mais especificamente impulsionada por Franco Basaglia, um psiquiatra italiano, que iniciou uma radical crítica e transformação do saber, do tratamento e das instituições psiquiátricas. A Reforma psiquiátrica visava denunciar os manicômios como instituições de violências, propondo a construção de uma rede de serviços e estratégias territoriais e comunitárias, profundamente solidárias, inclusivas e libertárias. No Brasil, o movimento inicia-se no final da década de 70 com a mobilização dos profissionais da saúde mental e dos familiares de pacientes com transtornos mentais. Esse movimento se inscreve no contexto de redemocratização do país e na mobilização político-social que ocorre na época. No final da década de 80 foi criado o 1º Centro de Atenção Psicossocial em São Paulo, na década de 90 entraram em vigor as primeiras normas para a regulamentação dos procedimentos de atenção diária. 4 O que a Declaração de Caracas dispõe e qual sua contribuição na Reforma Psiquiátrica? Resposta: A Declaração dispõe sobre a reestruturação da atenção psiquiátrica ligada ao atendimento primário da saúde, incentiva modelos alternativos, centrados na comunidade e dentro de suas redes sociais. Ressaltando os cuidados com os enfermos: ¿ Dignidade pessoal e os direitos humanos e civis. ¿ Estar baseado em critérios racionais e tecnicamente adequados. ¿ Propiciar a permanência do enfermo em seu meio comunitário A Declaração de Caracas, aprovada em 1990, ressalta que o Hospital Psiquiátrico, como única modalidade assistencial: ¿Isola o doente em seu meio, gerando maior incapacidade social. ¿ Cria condições desfavoráveis que põem em perigo os direitos humanos e civis do enfermo. 5 Do que trata a Lei Paulo Delgado? Resposta: A Legislação Federal - Lei nº 10216 de 06 de abril de 2001 - Lei Paulo Delgado - dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornosmentais, ressaltando a não a discriminação. Direitos valorizados: ¿ Ter acesso ao melhor tratamento no sistema de saúde ¿ Ser tratada com humanidade e respeito ¿ Ser protegida de abuso e exploração ¿ Ter garantia de sigilo nas informações prestadas ¿ Ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis ¿ Ter direito a presença médica ¿ Ser tratada em serviços comunitários de saúde mental ¿ Internação só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes. ¿ É vedada a internação de pacientes em instituições com características asilares. ¿ Alta planejada com reabilitação psicossocial assistida. ¿ Internação voluntária e involuntária. ¿ Internação involuntária ¿ deve ser comunicada ao Ministério Público Estadual, no prazo de 72 horas, pelo responsável técnico do estabelecimento. 6 O que é o Centro de Atenção Psicossocial ¿ CAPS? Resposta: Os Centros de Atenção Psicossocial fazem parta da nova política em saúde mental no Brasil, essa política em saúde mental é uma luta que começou na década de 1970 com a reforma psiquiátrica. O CAPS é um serviço de saúde aberto e comunitário do SUS, local de referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e persistentes e demais quadros que justifiquem sua permanência num dispositivo de atenção diária, personalizado e promotor da vida. A atenção No CAPS deve incluir ações dirigidas aos familiares e comprometer-se com a construção dos projetos de inserção social. Devem ainda trabalhar com a ideia de gerenciamento de casos, personalizando o projeto de cada paciente na unidade e fora dela e desenvolver atividades para a permanência diária no serviço. 7 O que são CAPS? Resposta: Os CAPS são instituições brasileiras, criadas a partir da Reforma Psiquiátrica e se destinam a acolher pacientes com transtornos mentais, estimular sua integração social e familiar e apoiá-los em suas iniciativas de busca da autonomia, oferecendo-lhes atendimento médico e psicossocial. Importante dizer que são instituições de caráter aberto e comunitário, com equipes multiprofissionais e transdisciplinares, que realizam atendimento a pessoas com sofrimento ou transtornos mentais graves e persistentes, sem excluir aqueles decorrentes do uso de crack, álcool ou outras drogas. 8 Com relação ao CAPS, ele é voltado somente para pessoas com transtornos mentais mais graves, ou uma pessoa, por exemplo, pode procurar para pedir orientação a um psicólogo, ou no caso de depressão ela pode buscar ajuda no CAPS? Resposta: Considerando a necessidade de atualização das normas constantes da Portaria MS/SAS nº 224, de 29 de janeiro de 1992. O art.1º Estabelecer que os Centros de Atenção Psicossocial possam constituir-se nas seguintes modalidades de serviços: CAPS I, CAPS II e CAPS III, definidos por ordem crescente de porte/complexidade e abrangência populacional, conforme disposto nesta Portaria. No 1º paragrafo as três modalidades de serviços cumprem a mesma função no atendimento público em saúde mental, distinguindo-se pelas características descritas no artigo 30 desta Portaria, e deverão estar capacitadas para realizar prioritariamente o atendimento de pacientes com transtornos mentais severos e persistentes em sua área territorial, em regime de tratamento intensivo, semi-intensivo e não- intensivo. AULA 6 1 O que a Psicologia da Saúde aborda? Resposta: A psicologia da saúde é uma junção de conhecimentos atuando desde a promoção e manutenção da saúde até à prevenção da doença. A Psicologia da Saúde surge da integração de diferentes áreas da psicologia como: psicologia clínica, psicologia comunitária, psicologia social, psicobiologia, todas ligadas a promoção de saúde e a prevenção de doenças em todos seus níveis. Desta forma chamamos de Psicologia da Saúde o espectro desta ciência que trabalha a visão biopsicossocial da população sempre buscando uma melhoria na qualidade de vida seja montando campanhas de informação ou atuando diretamente no individuo na prevenção das doenças mentais e/ou psicopatologias. O trabalho pode ser percebido como vitorioso a partir do momento em que a população consegue ganhos como diminuição de internações, utilização medicamentosa, ou seja, uma utilização mais criteriosa dos recursos dos serviços do sistema de saúde pública. 2 A psicologia da Saúde é um campo amplo e que permite vasta atuação do profissional de psicologia. Qual o conceito de Psicologia da Saúde? Resposta: A Psicologia da Saúde é uma junção de conhecimentos, atuando desde a promoção e manutenção da saúde até à prevenção da doença. Ela surge da integração de diferentes áreas da Psicologia. chamamos de Psicologia da Saúde o espectro desta ciência que trabalha a visão biopsicossocial da população, sempre buscando uma melhoria na qualidade de vida, seja montando campanhas de informação ou atuando diretamente no indivíduo, na prevenção das doenças mentais e/ou psicopatologias. 3 No que consiste a Psicologia Comunitária? Resposta: A Psicologia Comunitária é a atuação da Psicologia da Saúde focada nas comunidades, promovendo o bem estar respeitando os grupos suas origens, cultura, costumes, ou seja, trabalhando a prevenção e manutenção da saúde sem perturbar a ordem cultural de cada grupo social onde está inserida. Embora o objetivo seja o mesmo, no geral, a Psicologia Comunitária difere das demais por estar focada no grupo social e não especificamente em um sujeito único. Dentre as formas de ação podemos destacar: campanhas educativas, série de palestras sobre prevenção, ações de porta em porta e participação em projetos multidisciplinares do sistema de saúde pública para comunidades carentes. 4 QUAL O PRINCIPAL OBJETIVO DA PSICOLOGIA COMUNITÁRIA? Resposta: Psicologia comunitária é uma área de conhecimento que se ocupa em estudar, entender e intervir nos fenômenos psicossociais. Esse campo tem como objetivo despertar uma consciência crítica e contribuir para a formação da identidade social e individual do sujeito. A psicologia comunitária tem a finalidade de desenvolver uma consciência crítica nos sujeitos, através de um modelo interdisciplinar. É um trabalho realizado em grupos, e na comunidade, a fim de transformar o indivíduo em sujeito. A propósito, o trabalho do psicólogo comunitário deve consistir em uma atuação que objetiva despertar consciência critica em um sujeito, ou em uma comunidade. O serviço de psicologia na comunidade é feito a partir de visitas domiciliares, entrevistas, mapeamento da realidade comunitária do local. Essa prática rompe com o modelo tradicional clínico e pretende estar mais próxima da situação em que o indivíduo está inserido, configurando-se um modo de fazer psicologia não-elitista. Sintetizando, o psicólogo na comunidade trabalha fundamentalmente com a linguagem e representações, com relações grupais ¿ vínculo essencial entre o indivíduo e a sociedade ¿ e com as emoções e afetos próprios da subjetividade, para exercer sua ação a nível de consciência, da atividade e da intensidade dos indivíduos que irão, algum dia, viver em verdadeira comunidade. Fonte: https://psicologado.com/atuacao/psicologia- comunitaria/uma-reflexao-sobre-a-psicologia-social-comunitaria © Psicologado.com 5 No que consiste a Política Nacional de Promoção da Saúde? Resposta: A Política Nacional de Promoção da Saúde visa reforçar o empenho do Ministério da Saúde em assegurar o acesso da população, sobretudo às mais vulneráveis, à educação em saúde, à melhoria da qualidade de vida e ao envelhecimento saudável. Propõe deter o desenvolvimento das doenças crônicas no Brasil, com planejamento de ações voltadas para prevenção dos fatoresde risco (tabagismo, sedentarismo e má alimentação) e investimentos na qualificação da atenção e da assistência aos pacientes. Tem como objetivo principal promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes ¿ modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais. 6 Qual o objetivo Programa de Saúde da Família (PSF) e qual o papel do psicólogo na equipe multidisciplinar? Resposta: O PSF tem como objetivo principal modificar as estratégias no modo de atuação de assistência á saúde do País, que tradicionalmente é curativa. Neste programa, a prevenção da doença e promoção da saúde é principal objetivo. Ou seja, a equipe dos PSF estar em contato direto com a população, visando orientar as famílias sobre doenças, como evitá-las, quando o tratamento é necessário e onde e como fazê-lo. Essas equipes atuam no nível primário, o atendimento ocorre nas unidades de cada bairro. A demanda da comunidade orienta a formação da equipe multidisciplinar. A função do psicólogo nessas equipe é inicialmente na recepção dos usuários, acolhendo-os e colaborando para que estes venham a aderir ao programa, buscando desenvolver uma confiança com aqueles que ali trabalham. Cabe também a este profissional, colaborar na implementação de novos projetos e ações no campo da saúde, junto a equipe multidisciplinar. Diagnosticar problemas e realizar encaminhamentos a centros de referências quando for necessário, acompanhar os usuários com problemas mentais ou doenças crônicas, oferecendo a estes a chance de melhor a qualidade devida. Atuando sempre com Ética, respeitando sempre o sujeito enquanto cidadão de direitos. 7 O que é o Centro de Referência da Assistência Social ¿ CRAS? Resposta: O Centro de Referência da Assistência Social ¿ CRAS é um programa criado pelo Governo Federal e implantado pelos Estados e Municípios com o objetivo de desenvolver serviços socioassistenciais. Sua localização incide em áreas de vulnerabilidade e risco social. É chamado de Casa da Família, pois sua ação visa combater a miséria, oferecer a Proteção Básica através da Política de Assistência Social. O CRAS está vinculado ao PAIF ¿ Programa de Atenção Integral à Família. O número de unidades do CRAS em cada Município depende do número de habitantes e de famílias em situação de risco social. O funcionamento do CRAS deve ser de no mínimo cinco dias na semana, oito horas diárias, totalizando, quarenta horas semanais. A equipe do CRAS é composta minimamente por um coordenador, dois técnicos de nível superior ¿ assistente social e psicólogo ¿ e dois técnicos de nível médio. Algumas ações do CRAS: acolhimento das famílias e seus membros; acompanhamento das famílias a partir de serviços socioeducativos; ações socioassistenciais; prevenção das situações de risco; promoção do fortalecimento dos vínculos familiares; acessibilidade aos direitos de cidadania. AULA 7 1 No que consiste a saúde do trabalhador? Resposta: A Saúde do Trabalhador configura um campo de conhecimentos e de práticas que tem como objetivo o estudo, a análise e a intervenção nas relações entre trabalho e saúde-doença, mediante propostas programáticas desenvolvidas na rede de serviços de saúde pública. Em meados da década de 1980, foram criados os primeiros Programas de Saúde do Trabalhador (PST) por alguns municípios e estados, e, em 1988, essa proposta foi incluída na Constituição Federal, que, em seu art. 200, estabeleceu que ¿ao Sistema Único de Saúde (SUS) compete... executar as ações de Saúde do Trabalhador (...), colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho¿. A saúde do trabalhador inclui-se, assim, no âmbito do direito à saúde, que deve ser garantido pelo Estado por meio do SUS. (CREPOP, 2008, p. 19). Engloba a criação de políticas públicas que amparem o trabalhador nas suas atividades laborais. Estes não devem ficar doentes e desamparados. Por isso é relevante a criação de medidas que tratem e previnem doenças. 2 O que a Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8080/90) dispõe a respeito da saúde do trabalhador? Resposta: A Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8080/90) no seu parágrafo 3° regulamenta a saúde do trabalhador da seguinte forma: ¿Entende-se por Saúde do Trabalhador, para fins desta Lei, o conjunto de atividades que se destina, através de ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho.¿ (CREPOP, 2008, p.21). A Lei visa garantir que os trabalhadores se sintam amparados e protegidos quanto a acidentes no trabalho, doenças adquiridas por esforços repetitivos, doenças psicológicas devido as pressões que recebeu durante o tempo que exerceu suas obrigações, entre outros problemas. 3 Como se configura o campo da saúde do trabalhador? Resposta: A saúde do trabalhador configura um campo de conhecimentos e de práticas que têm como objetivo de estudo a análise e a intervenção nas relações entre trabalho e saúde-doença, mediante propostas programáticas desenvolvidas na rede de serviços de saúde pública. A saúde do trabalhador também deve ser garantida pelo Estado conforme o que preconiza a Constituição Federal sobre o direito à saúde. 4 O que são os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CERESTs) e como funcionam? Resposta: Os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CERESTs) têm como finalidade ampliar a Rede Nacional de Atenção à Saúde dos Trabalhadores (RENAST), integrando os serviços do Sistema Único de Saúde-SUS, voltados à Assistência e a Vigilância, de forma a congregar/unificar os esforços dos principais executores com interface na Saúde do Trabalhador, tendo como objetivo atuar, prevenindo, controlando e enfrentando, de forma estratégica, integrada e eficiente, os problemas de saúde coletiva como as mortes, acidentes e doenças relacionados com o trabalho. Os CERESTs devem desempenhar a função de suporte técnico, de coordenação de projetos e de educação em saúde para a rede do SUS da sua área de abrangência. Estes devem oferecer profissionais em diversas áreas que deem suporte e atendimento aos trabalhadores, nas suas mais diversas necessidades. Os únicos profissionais que são considerados como obrigatórios nos CERESTs são médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem, sendo o restante de contratação facultativa. AULA 8 1 Qual a importância do profissional de psicologia no trabalho em equipe no hospital? Resposta: O trabalho em equipe é essencial para beneficiar os pacientes, familiares e a própria equipe de saúde. A partir do trabalho em equipe é possível ter o foco em metas e objetivos para a qualidade da assistência em saúde. O profissional de psicologia pode facilitar a comunicação entre a equipe de saúde, pacientes e familiares, contribuir para a humanização do ambiente hospitalar, para uma visão integrada do ser humano, para a compreensão dos processos de saúde e doença. O trabalho em equipe facilita a adesão do paciente ao tratamento, uma vez que todos buscam seguir estratégias para o tratamento e recuperação do mesmo. 2 Qual a importância do psicologo estar inserido na equipe multidisciplinar para o atendimento dos pacientes? Resposta: O trabalho em equipe é essencial na área da saúde e o profissional de psicologia deve atuar em equipe para contribuir com um tratamento humanizado do paciente, levando em consideração um olhar integrado e não fragmentado do mesmo, os seja, não se deve olhar opaciente sob prismas separados (corpo, psique, etc), mas sob um enfoque integrado, o ser na totalidade. 3 Como diferenciar o Psicólogo da Saúde e o Psicólogo Hospitalar na prática? Resposta: A Psicologia da saúde tem uma atuação mais ampla, visando sempre trabalhar os fatores que visem promover e manter a saúde. Pode atuar em diversos campos no hospital, na comunidade e no acompanhamento a pacientes com diversos quadros clínicos. A Psicologia hospitalar é mais específica e visa o atendimento aos pacientes que estão internados, incluindo também a assistência a família dos mesmos. O psicólogo hospitalar também fornece apoio a equipe sempre que for necessário. 4 O que a psicologia hospitalar abrange? Resposta: A psicologia hospitalar abrange o olhar profissional do psicólogo para o ser que está doente. Procura conscientizar pacientes quanto ao uso de cigarros e bebidas alcóolicas e seus riscos a saúde; ela ajuda o médico na identificação de uma doença que não tem diagnóstico clínico, conhecidas como psicossomáticas; ela faz levantamentos sobre atendimentos no ambiente hospitalar e presta resultados para melhorar as medidas de intervenção de todos os profissionais que trabalham neste espaço, entre outras funções. É muito importante que o psicólogo esteja atento a todas reações do corpo e do organismo no cotidiano do paciente que traz suas queixas. Desta forma, conseguirá unir as informações dos médicos com as informações sobre o seu comportamento. 5 Quais são as seis tarefas que o psicólogo pode desempenhar no ambiente hospitalar? Resposta: 1) função de coordenação: relativa às atividades com os funcionários do hospital; 2) função de ajuda à adaptação: em que o psicólogo intervém na qualidade do processo de adaptação e recuperação do paciente internado; 3) função de interconsulta: atua como consultor, ajudando outros profissionais a lidarem com o paciente; 4) função de enlace: intervenção, através do delineamento e execução de programas junto com outros profissionais, para modificar ou instalar comportamentos adequados dos pacientes; 5) função assistencial direta: atua diretamente com o paciente, e 6) função de gestão de recursos humanos: para aprimorar os serviços dos profissionais da organização. Percebe-se que a atuação do Psicólogo no contexto hospitalar não é tão simples e restrita. Existe um leque de possibilidades para que o psicólogo possa buscar o bem estar da equipe de saúde, do paciente e dos seus familiares. 6 Qual a diferença entre o trabalho em equipe multi e interdisciplinar? Resposta: O trabalho em equipe é muito importante na área da saúde. A equipe multidisciplinar se caracteriza por profissionais que atuam no mesmo ambiente, com um objetivo comum (atuação na pediatria de um hospital, por exemplo), mas que não promovem trocas efetivas. A equipe interdisciplinar se caracteriza por profissionais que atuam em conjunto em prol dos pacientes e da atividade em um local, com trocas de experiências e saberes em reuniões recorrentes. 7 No que consiste a humanização no ambiente hospitalar? Resposta: A humanização no espaço hospitalar tem buscado trazer uma maior proximidade entre as equipes de saúde e os pacientes. Visa um atendimento de qualidade, não focado somente nas doenças, mas nas necessidades do cliente e da equipe de saúde uma maneira ampla, de forma, que todos se sintam assistidos e atendidos com a devida atenção. De acordo com Romano (1999) humanizar abarca uma noção de atendimento individualizado, voltado às necessidades particulares e individuais de cada sujeito envolvido neste contexto. Assim, humanizar o atendimento é estar atento e disponível às necessidades do outro, e, neste contexto, insere-se a necessidade de tornar também mais humana as condições de trabalho da equipe de saúde. Humanizar envolve mudanças importantes na cultura institucional e, como consequência, nos relacionamentos interpessoais estabelecidos dentro do hospital. 8 Quais os objetivos do trabalho do psicólogo junto à equipe de saúde? Resposta: O trabalho do psicólogo junto a equipe tem alguns objetivos. Um deles é acompanhar o paciente antes, durante e muitas vezes após os procedimentos médicos. Pode-se observar essa importância na oncologia, nos transtornos alimentares, na obesidade, entre outros quadros que necessitam de intervenção médica que invada a vida do paciente. Outro objetivo, é o apoio a equipe médica, muitas fornecendo informações que venham a melhorar a assistência ao paciente. AULA 9 1 Quais são os objetivos da psicooncologia? Resposta: A Psicooncologia busca abordar os pacientes com câncer e seus familiares, com a intenção de minimizar seu sofrimento, esclarecer suas dúvidas e ajudá-los a encontrar estratégias para enfrentar a angústia de estar com a doença. 2 Quais são os principais fatores de risco para o câncer? Resposta: Tabaco: O uso do tabaco por período prolongado causa problemas respiratórios e pulmonares que pode levar o desenvolvimento do câncer. O tabagismo também está relacionado ao câncer de boca, faringe, laringe, esôfago, pâncreas, colo uterino, rins e bexiga. Comidas: Algumas comidas podem ser propícias a causar o câncer, dependendo da maneira que são feitas e como são administradas para a ingestão. Álcool: O uso de álcool em excesso pode desenvolver o câncer, devido esse exigir no sistema respiratório e digestivo. Ele acaba contribuindo para o câncer de mama, de colo, de reto e de fígado. Atividade física: O sedentarismo, a falta de atividade física e a ausência do exercício da mente com outras tarefas que não sejam obrigações, podem ajudar a desenvolver o câncer. História familiar: Apenas uma pequena porcentagem de todos os casos de câncer de mama é hereditária. A vasta maioria (por volta de 95%) está ligada a uma combinação de fatores de risco genéticos e não-genéticos. Riscos ambientais e ocupacionais: As toxinas que são liberadas pelas indústrias no ar e na água e o trabalho direto em contato com substâncias químicas tóxicas são perigos para o desenvolvimento do câncer. Tipos de personalidades: As personalidades depressivas, melancólicas e inexpressivas podem apresentar maior probabilidade para o desenvolvimento do câncer, principalmente no que diz respeito ao de mama. 3 Quais são os principais fatores de risco para o câncer? Resposta: Os principais fatores de risco para o câncer histórico familiar, sedentarismo, riscos ambientais e ocupacionais, personalidade melancólica e depressiva, uso de tabaco, alimentação inadequada, uso de bebidas alcoólicas em excesso. 4 O que é Psico-oncologia? Resposta: intenção de minimizar o sofrimento, esclarecer as dúvidas e ajuda-los a encontrar estratégias de enfrentamento a angústia de esta com esta doença. ¿Consiste em um campo interdisciplinar da saúde que estuda a influência de fatores psicológicos sobre o desenvolvimento, o tratamento e a reabilitação de pacientes com câncer¿ (COSTA JUNIOR, 2001). O objetivo principal da psico-oncologia implica na identificação de variáveis psicossociais e contextos ambientais em que a intervenção psicológica possa auxiliar o processo de enfrentamento da doença, incluindo quaisquer situações potencialmente estressantes a que pacientes e familiares são submetidos. AULA 10 1 Qual a diferença entre anorexia nervosa e bulimia nervosa? Resposta: A anorexia nervosa (AN) é um transtorno alimentar em que o indivíduo passa a ingerir uma taxa muito baixa de calorias por dia, tentando alcançar o corpo perfeito que nunca obtém. As pessoas com AN sentem uma culpa enorme quando comem e têm a impressão de que engordaram muito com o alimento ingerido. No início da doença negam a fome e depois de algumtempo a fome diminui consideravelmente e a pessoa come muito pouco ou quase nada, perdendo grande quantidade de peso. A bulimia nervosa se difere da anorexia em relação ao comportamento. Na BN, ocorre a ingestão de alimentos em grandes quantidades, num intervalo curto de tempo e de altas calorias, seguida de arrependimento. Na tentativa de eliminar o alimento do corpo, essas pessoas provocam vômitos ou tomam laxantes. A provocação de vômitos recorrentes é uma grande característica da doença. 2 Qual a diferença entre anorexia e bulimia? Resposta: A anorexia nervosa (AN) é conhecida como um transtorno alimentar onde a pessoa começa a ingerir uma taxa muito baixa de calorias por dia, ficando, às vezes, dias sem comer para alcançar o corpo perfeito que nunca obtém. Praticam ainda exercícios físicos em grande quantidade, que podem provocar o desmaio devido à fraqueza. A Bulimia Nervosa (BN) se difere da AN em relação aos comportamentos entre ambas. Pode-se dizer que ambas buscam um corpo perfeito. Mas na BN há ingestão de alimentos em grandes quantidades, num intervalo curto de tempo e de altas calorias e em seguida aparece o comportamento de arrependimento. Na tentativa de eliminar o alimento do corpo essas pessoas promovem vômitos ou tomam laxantes. Ambas são caracterizadas como transtornos alimentares e sofrem forte influência sociocultural por padrões de beleza pré-estabelecidos. 3 Como o profissional de psicologia pode contribuir para pacientes com indicação de cirurgia bariátrica? Resposta: A cirurgia bariátrica é uma medida de tratamento para pessoas obesas. Ela tem a finalidade de diminuir o tamanho no estômago para o depósito de gordura ou comida e assim obrigar para que o indivíduo emagreça. O preparo para este tipo de cirurgia envolve uma equipe multidisciplinar. E como é um método invasivo requer um preparo psicológico muito grande anteriormente a cirurgia. O profissional de psicologia deve atuar com pacientes no pré, per e pós cirúrgico. Alguns pacientes após a cirurgia se sentem deprimidos, pois não conseguem mais depositar suas angústias e ansiedades mais na comida. O organismo agora não aceita o mesmo padrão de antes e o corpo rejeita quando é ingerida uma quantidade maior de alimento. Isto requer um trabalho psicológico contínuo de aceitação ao novo corpo e ao novo comportamento alimentar, fazendo com que o indivíduo consiga enxergar novos prazeres.
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