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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA-UNAMA PÓLO: PARQUE SHOPPING CURSO: FARMÁCIA BEATRIZ DE NAZARÉ BAIA SOUZA FARMACOLOGIA BÁSICA Belém, Pa 2022 FARMACOLOGIA BÁSICA EPIDEMIA DE OPIOIDES A ciência da Farmacologia é bastante antiga. O ser humano sempre buscou encontrar na natureza algo que pudesse erradicar ou minimizar os efeitos das doenças. Os primeiros Farmacologistas tinham como material para suas incipientes pesquisas as substâncias naturais, basicamente as extraídas de plantas. No início, o uso de medicamentos para aliviar sintomas era muito vinculado a magia, religião e superstição. A Farmacologia começou a ser tratada como ciência na segunda metade do século XIX, com estudos feitos em universidades alemãs, e se expandiu rapidamente depois de 1930, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. Hoje em dia, muitas pesquisas importantes são feitas não apenas em universidades, mas em companhias Químicas e Farmacêuticas (Katzung, 2010). A farmacologia dos opioides é extensa e diversa, contudo os principais pontos sobre o assunto podem ser resumidos facilmente. O protótipo dos opioides é a morfina, que é extraída do suco da papoula Papaver somniferum, que contém morfina e outros alcaloides. Este extrato é conhecido como Ópio e foi muito utilizado por provocar efeito eufórico e analgésico, além de evitar a diarreia (Rang, 2012). Os opioides são medicamentos analgésicos aplicados para tratar dores de intensidade moderada a forte. O efeito analgésico dos opioides ocorre devido à atuação em receptores no sistema nervoso central (SNC), os quais respondem a peptídeos endógenos com efeitos farmacológicos semelhantes aos dos opioides, estas substâncias são chamadas de peptídeos opioides endógenos. Os opioides atuam promovendo a abertura dos canais de potássio e a inibição da abertura de canais de cálcio controlados por voltagem. Causando assim, hiperpolarização e redução da excitabilidade neuronal. Além disso, ocorre redução da liberação de transmissores (pela inibição da entrada de Ca2+) (Katzung, 2010). Causando assim, efeito inibitório no nível celular, contudo, os opioides também aumentam a atividade em algumas vias neuronais. Esse efeito ocorre devido a um processo de desinibição, em que acontece excitação dos neurônios de projeção por supressão da atividade de interneurônios inibitórios, causando a inibição dos neurônios de projeção (Rang, 2012). O medicamento cloridrato de oxicodona é um agonista opioide sem ação antagonista. Seus efeitos são similares aos da morfina. O efeito terapêutico é principalmente analgésico, ansiolítico, antitussígeno e sedativo. O médico prescreveu o fármaco para J.S.A para minimizar suas dores, porém, acarretaria mecanismos de ação, pois a oxicodona possuem afinidade pelos receptores opiáceos (kappa, mu e delta, sendo a oxicodona maior afinidade pelo receptor mu) localizados no sistema nervoso central, na medula espinhal e nos órgãos periféricos como o intestino. A oxicodona atua como agonista opioide e a naloxona como antagonista dos mesmos. Com isso o medicamento não fez mais efeito que deveria, então, isoladamente aumentou a dosagem sem a orientação médica, e sem saber os efeitos colaterais que poderia ocasionar. Posteriormente, após sua atitude de aumentar a dosagem do medicamento J.S.A se tornou obsessivo, consequentemente aumentando cada vez mais as dosagens, na esperança de se obter os mesmos efeitos iniciais, pois, os opioides, reduzem a dor em boa ação de “alivio”. Porém, nesse caso, para cada ação tem uma reação, com o uso continuo e exagerado desse medicamento, houve uma dependência química. Onde o corpo do paciente ficou refém do efeito gerado pela substância. Com o ocorrido, sua família observou a mudança de comportamento de J.S.A, com o uso continuo do medicamento induziu a crônica dos receptores, diminuindo a agilidade neural, ocasionando os efeitos colaterais como a inconstância de humor, o sono, náuseas, e entre outros efeitos. Assim sendo, com sua a internação em uma clínica de reabilitação, e com a falta da sustância em seu organismo, por conta da grave dependência que o ópio gera, o usuário apresenta um processo de abstinência, que pode acontecer de várias formas. O indivíduo pode ter sintomas como diarreias, falta de apetite, arrepios, insônia, cólicas estomacais, hipertensão, tremores, aumento da pressão, inquietações e vômitos e etc. Se o médico tivesse prescrito os medicamentos não-opioides ou não narcóticos, como o acetaminofeno (PARACETAMOL) e os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), que controlam a dor leve a moderada, e podem ser vendidas sem receita. J.S.A teria sua dor reduzida e raramente apresentaria efeitos colaterais com a dose habitual de acetaminofeno. Porém, com o paracetamol pode ocorrer alterações hepáticas e renais se tomar grandes doses desse medicamento diariamente por um longo tempo ou ingerir álcool de forma concomitante. Ocasionando danos no fígado. REFERÊNCIAS https://www.sanarsaude.com/portal/carreiras/artigos-noticias/farmacia- farmacologia-artigo-opiodes-tudo-em-um-so-lugar: Acesso em 10 de junho. 2022. https://www.gruporecanto.com.br/blog/o-falso-alivio-dos- A2ncia. Acesso em 08 de junho. 2022. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/medicamentos-nao-opioides/7672/902/. Acesso em: 08 de junho. 2022. Katzung, B.G. Farmacologia Básica e Clínica. 10ª ed. Rio de Janeiro: Artmed/McGraw-Hill, 2010. Rang, H.P., Dale, M.M., Ritter, J.M., Flower, R.J., Henderson, G. Farmacologia. 7ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. https://www.sanarsaude.com/portal/carreiras/artigos-noticias/farmacia-farmacologia-artigo-opiodes-tudo-em-um-so-lugar https://www.sanarsaude.com/portal/carreiras/artigos-noticias/farmacia-farmacologia-artigo-opiodes-tudo-em-um-so-lugar http://www.oncoguia.org.br/conteudo/medicamentos-nao-opioides/7672/902/
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