Buscar

Estudo dirigido capitalismo e subjetividade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1º Estudo Dirigido
O que você entendeu sobre a relação subjetividade e trabalho?
A questão de que o trabalho tem um “lado subjetivo” como é sugerido pelos estudos de Elton Mayo, no sentido de que há relações informais, ou nas afirmações de que como seres subjetivos o fato de estarmos no trabalho isto já o coloca numa posição de subjetividade, não é suficiente.
Ao longo das aulas e da leitura dos textos pode-se perceber que o trabalho se encaixa como subjetivo enquanto construído. Não é apenas uma tarefa dada que precisa ser realizada, mas que é feita e refeita todos os dias por quem o opera.
O trabalhador pode questionar o sentido do seu trabalho e o seu modo de vida, pois este não é apenas um meio de sobrevivência imposto pela vida. É interessante pensar que se pode evitar que se acomode em um universo cristalizado, que impossibilita de construir novos modos de ser e existir no mundo ficando preso ao modo capitalista de ser. 
O que é trabalho real?
A ideia de trabalho real está associada ao pressuposto de que a descrição do trabalho não está completa nas suas vivências. Podemos chamar de trabalho real todas as tarefas envolvidas 
A exemplo o cargo de professor que acumula diversas tarefas que estão muito além da atividade prescrita do que se realiza na sala de aula. Existe o planejamento que é feito muito antes do contato com os alunos.
Outra questão importante é que a tarefa prescrita nunca contempla os imprevistos que ocorrem no cotidiano. As diversas dificuldades que precisam ser (muitas vezes criativamente) enfrentadas não constam na prescrição.
Existe uma enorme quantidade de realizações que não são “colocadas no papel”, pensamentos, sentimentos e comportamentos que não recebem o devido reconhecimento, mas que sem dúvida compõe o trabalho. 
Vale lembrar que o trabalho real é indispensável para o bom funcionamento da produção, já que os funcionários não se limitam a apenas obedecer as regras, mas fazem um serviço que não é “mandado”, nem reconhecido, mas necessário.
Quais os aspectos dos textos lidos que você gostaria de destacar? 
Gostaria de destacar um ponto que de forma comum, tanto a Deise Macebo quanto o Milton Athayde mostram que é a retirada da ideia de individuo no trabalho. Eles apontam para o que o Foucault se refere ao citar o “esquadrinhamento do indivíduo”.
No contemporâneo a sociedade se faz cada vez mais com moldes individuais, e é esquecido que isto é uma produção. No mundo das organizações este processo tem colocado sobre o trabalhador um grande peso, exigindo dele maior eficiência e direcionando sempre para ele a responsabilidade.
Deise Mancebo critica esta ideia afirmando que é necessário se deslocar desta visão individualista que enclausura os sujeitos para ser possível então construir novas formas de viver e experimentar a sociedade de maneiras igualitárias.
A noção de atividade proposta no texto do Milton Athayde atravessa exatamente nesta questão. Uma atividade que não está sendo feita para e nem sobre indivíduos. Ele é construído e reconstruído por todas as pessoas que estão envolvidas.
		Também compõe este conceito que a atividade não é observável por outro externo, ou de uma maneira rápida e calculada. Ela é construída na intervenção, no encontro com o que o outro diz, na percepção daquilo que não está dado e não apenas se restringe ao local de trabalho.
		Ampliar estas noções partindo de um projeto não indiividualista, nos permite entender que a saúde e até mesmo a eficiência do trabalho não está alocada no funcionário e as questões são muito mais amplas e abrem espaços para muitas outras variáveis.

Continue navegando