Buscar

N1 - Fábrica Americana

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FMU – Psicologia / Noite Turma: 06204A03
Nome: Caroline Araújo Rocha 
RA: 3397982
Nome: Letícia Rodrigues da Motta Lopes RA: 3456898
Nome: Marina Costa 
RA: 3265417
DOCUMENTÁRIO FÁBRICA AMERICANA
 O documentário retrata a chegada da gigante fábrica chinesa de vidros automotivos, Fuyao, nos Estados Unidos. Mostra o dia a dia dos trabalhadores americanos e chineses da nova planta, em uma cidade devastada pelo desemprego, que foi ocasionado pelo fechamento de uma unidade fabril da empresa General Motors dez anos atrás. Podemos observar diversas diferenças ao longo do documentário, mas que uma coisa é fato: a importância da família para os trabalhadores, chineses e americanos, e de como isso impacta diretamente na saúde mental. Os chineses passam 2 anos longe das suas famílias, moram em um país completamente divergente, com uma cultura e língua diferentes em nome do trabalho, mas ao mesmo tempo, ganham uma “liberdade” extra que não se tem na China, no documentário aparecem pescando, experimentando armas, comendo churrascos e se divertindo nesse novo cenário de vida.
Quanto a relação de trabalho e a cultura, vemos duas posições que valorizam por motivos diferentes a produção de capital, enquanto a cultura oriental tem suas raízes que ligam o valor do trabalho para a produção de recursos a fim de nutrir as necessidades do coletivo, a dinâmica estadunidense tende a incitar uma relação muito mais individual, onde a busca por lucro é para sanar as vontades de conquista do indivíduo em relação ao seu sonho de consumo, a conhecida ideia do estilo de vida American Dream.
Para analisar esta relação de trabalho é necessário entender a característica de consumo de cada sociedade e o modelo econômico, uma vez que essas duas diretrizes possuem papel fundamental no modelo de organização. A China possui maior parte do seu capital fruto da produção agrícola e da fabricação de peças e tecnologia. 
No lado oriental vemos uma sociedade que apesar de viver em um local com uma baixa taxa de desigualdade social que os países ocidentais no geral, é fundamentalmente estratificada nas posições de trabalho. Com um olhar de produção marcado pelo resultado cultural de um governo que possui em sua história diretrizes comunistas, a força do trabalhador é para promover o funcionamento do país, portanto esforços como jornada de trabalho de longos períodos de duração são aceitas uma vez que o esforço se refletirá numa condição respeitável para o coletivo, honrando também sua árvore genealógica preservando a construção herdada e assim demonstrando respeito pelas tradições.
Já quanto a atividade econômica norte-americana, temos um setor muito mais diversificado, onde a intenção de consumo é maior, com mais espaço para criação de tendências diversificadas. É também onde vemos com maior força o ideal liberalista de que com esforço qualquer indivíduo está apto para conseguir o sucesso monetário, desde que trabalhe duro pode alcançar a prosperidade. Por conta dessa cultura sobre o mérito, o reflexo do significado do trabalho no estadunidense é de que o esforço individual é recompensador por trazer a possibilidade de se comprar o que se deseja, sendo um sistema marcado pelo reforço de comportamento de promoções, entre outros adicionais, por superar metas e se s sobressair como numa competição.
As relações de poder são muito mais centralizadas nos chineses, aos poucos pode se observar que todos os líderes americanos são demitidos por ineficiência.
Como no que se espera num processo de substituição, um dos perigos acerca da automatização de funções antes exercidas por humanos é o sentimento de ser superado pela máquina, logo, descartável ao ponto de vista das “peças” necessárias para se fabricar, produzir um objeto que será requisitado. É necessário um movimento dos grandes produtores para que se reorganize novas funções para as pessoas substituídas por máquinas, pois o sentir-se inútil ou não apropriado para uso, sem uma função necessária para a sociedade, é um marco para doenças mentais que envolvam a falta de expectativa do sujeito para com o mundo, como a depressão.
Muito se comenta a respeito da requalificação dos trabalhadores, para que encontrem outras fontes de sobrevivência, mas além de um sistema organizacional que facilite a recolocação dos trabalhadores no mercado de trabalho, também é necessário pensar na exaustão, estresse e desapontamento que este coletivo irá sofrer por meio desta realocação de mão de obra. Esta demanda deve ser observada de perto pelos órgãos governamentais responsáveis por proporcionar a Saúde, incentivando a auto estima deste grupo para que não desacreditem de seu potencial e caiam em um estado onde acreditem não serem capazes de se reinventar e aprender novos ofícios.
Uma vez que os indivíduos não se sintam contribuintes para a produção e criação, e que a máquina pode superar o homem, as relações humanas serão abaladas, pois o trabalho em seu sentido amplo é sobretudo essencial para dar sentido à vida. Mesmo que em diferentes culturas o trabalho tenha representações e demonstrações que não sejam similares, ainda sim é um exercício norteador para que o indivíduo use como instrumento de gerenciar sua expectativa e interesse no outro, consequentemente para gerenciar sua relação com o externo, com o que coloca para o mundo e com as relações de troca que possui com a vida.
Enquanto psicólogo organizacional, poderia ter acontecido um planejamento melhor, que estimulasse certos comportamentos dos trabalhadores americanos e não apenas de agradar e corresponder as expectativas dos chineses.
O líder deve entender qual a identidade do time, o que faz sentido para eles, o que os engaja, para entender quais os motivadores dos colaboradores americanos. Fica claro que para os chineses o sentido da vida é literalmente trabalhar.
A visão de futuro da Fuyao em ser a maior do mundo no mercado de vidros automotivos é algo inspirador. Esse elemento, se bem trabalhado com o time, pode engajar os colaboradores a darem o seu melhor. 
Segurança é outro ponto que os líderes americanos poderiam ter gerido melhor. A utilização correta dos equipamentos individuais de proteção e a prevenção de acidentes deve ser prioridade dos líderes para a construção de um ambiente seguro. 
Com a utilização destes três elementos: planejamento da gestão e cultura, uso de componentes de gestão e atitude do líder, os gestores americanos conseguiriam mais engajamento e melhores resultados.
BIBLIOGRAFIA
· http://www.anpad.org.br/admin/pdf/2012_GPR310%20TC.pdf
· https://accelere.se/lideranca/

Continue navegando