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REVISAO PSICOMOTRICIDADE (1)

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ESCALA DE APGAR 
 É o método mais comumente empregado para avaliar o 
ajuste imediato do recém-nascido à vida extra-uterina, avaliando 
suas condições de vitalidade. Consiste na avaliação de 5 itens do 
exame físico do recém-nascido, com 1, 5 e 10 minutos de vida. Os 
aspectos avaliados são: freqüência cardíaca, esforço respiratório, 
tônus muscular, irritabilidade reflexa e cor da pele. Para cada um 
dos 5 itens é atribuída uma nota de 0 a 2. Somam-se as notas de 
cada item e temos o total, que pode dar uma nota mínima de 0 e 
máxima de 10. 
ESCALA DE APGAR 
 Uma nota de 8 a 10, presente em cerca de 90% dos 
recém-nascidos significa que o bebê nasceu em ótimas 
condições. Uma nota 7 significa que o bebê teve uma 
dificuldade leve. De 4 a 6, traduz uma dificuldade de grau 
moderado, e de 0 a 3 uma dificuldade de ordem grave. Se 
estas dificuldades persistirem durante alguns minutos sem 
tratamento, pode levar a alterações metabólicas no 
organismo do bebê gerando uma situação potencialmente 
perigosa, a chamada anóxia. 
 
ESCALA DE APGAR 
 O boletim Apgar de primeiro minuto é considerado 
como um diagnóstico da situação presente, índice que 
pode traduzir sinal de asfixia e da necessidade de 
ventilação mecânica. Já o Apgar de quinto minuto e o de 
décimo minuto são considerados mais acurados, levando 
ao prognóstico da saúde neurológica da criança (seqüela 
neurológica ou morte). 
ESCALA DE APGAR 
SINAL/NOTA 0 1 2 
FC ausente ‹100 >100 
Esforço ausente irregular bom, choro 
respiratório 
Tônus flácido alguma movimentos 
Muscular reflexão ativos 
Irritabilidade ausente movimento choro forte 
COR azul, pálido róseo róseo 
 extr. cianóticas 
VARIAÇÃO DO TÔNUS 
• Paratonias – incapacidade de descontração 
voluntária 
• Diadococinesias – capacidade de realizar 
movimentos simultaneos e alternados 
• Sincinesias – um músculo não solicitado 
participa da ação (“parasita”) 
• Hipotonia – movimentos mais soltos e leves 
• Hipertonia – produção motora exagerada e 
múltipla 
 
• De acordo com Gallahue (1989) os movimentos são 
divididos em três estágios: 
 
a) Por volta dos 2 anos de idade as crianças podem se 
encontrar no estagio inicial, não tendo ainda uma boa 
noção das ações e têm um grande gasto energético; 
b) No estágio elementar, as crianças se encontram em 
uma faixa etária de 3 a 4 anos, já adquiriram uma boa 
noção, mas ainda não há um domínio perfeito de suas 
ações; 
c) Porém com 5 a 6 anos as crianças já tem prontidão 
para se encontrar no estágio maduro, tendo um total 
domínio das ações realizadas, um menor gasto energético 
e uma boa coordenação motora. 
 
Corrida inicial 
Corrida Elementar 
Corrida Madura 
• Para Gallahue e Ozmun (2001) a corrida é uma forma 
exagerada da caminhada, porém algumas diferenças devem 
ser citadas, umas delas é a breve fase de elevação em cada 
passada fazendo com que os pés fiquem sem contato com a 
superfície de apoio. 
 
• A manifestação da fase de elevação acontece por volta do 
segundo ano de vida, antes disso a corrida tem a aparência 
de uma caminhada acelerada, porém em todo instante tem 
um pé em contato com a superfície de apoio. 
• A maioria das crianças inicia a corrida sem, 
necessariamente, dominar a caminhada de forma perfeita 
ou no estágio maduro da caminhada. 
• Gallahue e Ozmun (2001) afirmam que padrão (estágio) de 
correr inicial não dependerá necessariamente da evolução 
da caminhada. 
Seqüência de desenvolvimento para a 
corrida 
 A corrida no estágio inicial tem uma limitação no jogo de pernas 
pequeno, passos largos, irregulares e rígidos, fase de vôo não 
observável, extensão incompleta da perna de apoio, o balanço de 
perna tende para fora do quadril e base de apoio larga. 
• No estágio elementar tem um aumento nas passadas, no balanço 
dos braços e da velocidade, fase de vôo limitada mas observável, 
extensão mais completa da perna de apoio no impulso e o balanço 
horizontal dos braços reduzido no movimento para trás. Porém no 
estágio maduro há uma máxima extensão da passada e da sua 
velocidade, fase de vôo definido, extensão completa da fase de 
apoio, oscilação vertical dos braços em oposição às pernas e 
braços dobrados em ângulos aproximadamente retos. 
 
AVALIAÇÃO DO EQUILÍBRIO 
• Equilíbrio estático 
–Teste de Romberg 
 
•Equilíbrio dinâmico 
–Pular com os pés juntos 
–Marcha controlada 
 
LATERALIZAÇÃO 
• É o predomínio motor de um dos lados do 
corpo, resultante da relação entre as funções 
dos dois hemisférios cerebrais, relacionada a 
evolução e ao uso de instrumentos 
 
• Retrata a especialização hemisférica 
–Direito: funções proprioceptivas 
–Esquerdo: funções verbais e simbólicas 
 
LATERALIZAÇÃO 
• Refere-se à dominância em 4 níveis: 
• –Mão 
• –Olho 
• –Pé 
• –Auditiva 
• •Integração bilateral é indispensável ao 
controle postural e ao controle perceptivo-
visual 
 
COMPONENTES DO ESQUEMA 
CORPORAL 
• Sentido cinestésico : sensibilidade cutânea e 
subcutânea 
•Reconhecimento direita-esquerda : poder 
discriminativo e verbalizado que o indivíduo 
tem do seu corpo 
•Autoimagem: noção de corpo no seu 
componente facial 
 
COMPONENTES DO ESQUEMA 
CORPORAL 
• Imitação de gestos: capacidade de análise 
visual de posturas e gestos desenhados no 
espaço 
•Desenho do corpo: representação do corpo 
vivido do indivíduo. Reflete seu nível de 
integração somatognósica e a sua experiência 
psicoafetiva 
 
FASES DO DESENVOLVIMENTO DO 
ESQUEMA CORPORAL 
• Auto-referencial: identificação do próprio 
corpo 
•Projeção: do seu corpo ao corpo do outro 
•Constância de percepção: projetar o corpo do 
outro para os outros corpos 
•Dimorfismo sexual: Primário (diferença dos 
órgãos genitais), Secundário (barba, seio, 
pêlos), Cultural (homem com calça comprida 
e mulher de saia) 
 
AVALIAÇÃO DO ESQUEMA CORPORAL 
• Cinestesia 
•Imitação de gestos 
•Partes do corpo 
•Desenho da figura humana 
 
ESTRUTURAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL 
• É a tomada de consciência da situação de seu 
próprio corpo em um meio ambiente 
•Permite se deslocar e reconhecer-se no espaço, 
dar sequência aos gestos, localizar e utilizar as 
partes do corpo, coordenando e organizando 
as AVD’s 
•Orientação temporal situa o indivíduo em 
função dos acontecimentos no que se refere a 
sucessão, duração e intervalo 
 
ESTRUTURAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL 
• A noção de tempo envolve o tempo estático e 
o tempo dinâmico (passado, presente, 
futuro) 
•Estruturação espaço temporal é fundamento 
psicomotor básico da aprendizagem e da 
função cognitiva 
•Base para a capacidade de organização, 
ordenação, sequencialização, retenção e 
revisualização de informações. 
 
COMPONENTES DA ESTRUTURAÇÃO 
ESPAÇO-TEMPORAL 
• Organização: capacidade espacial concreta de 
calcular distâncias e ajustamentos dos planos 
motores 
• Estruturação dinâmica: capacidade de 
memorização sequencial visual de estruturas 
simples 
 
COMPONENTES DA ESTRUTURAÇÃO 
ESPAÇO-TEMPORAL 
• Representação topográfica: capacidade de 
interiorização de uma trajetória espacial 
• Estruturação rítmica: capacidade de 
memorização e reprodução motora de 
estruturas rítmicas. 
 
AVALIAÇÃO DA ESTRUTURAÇÃO 
ESPAÇO-TEMPORAL• Encaixe de formas 
• Formação de um retângulo 
• Representação topográfica 
• Estruturação rítmica 
–Batidas – estrututra ritmica e número 
–Desenho de estruturas espaciais 
–Reproduzir desenho a partir da batida 
 
COORDENAÇÃO ou PRAXIA GLOBAL 
• É a ação simultânea de grupos musculares 
diferentes, com vistas à execução de 
movimentos amplos e voluntários, 
envolvendo principalmente membros 
inferiores, superiores e do tronco 
• Praxias = “sistemas de movimentos 
coordenados em função de um resultado” 
 
COORDENAÇÃO ou PRAXIA GLOBAL 
• Exige a interação da tonicidade e equilíbrio, 
combinando o tônus profundo com o 
superficial, assegurando a estabilidade 
gravitacional. 
• •Necessita coordenação da lateralidade, da 
noção de corpo e da estruturação espaço 
temporal para harmonizar o espaço 
intracorporal com o extracorporal. 
 
COORDENAÇÃO ou PRAXIA GLOBAL 
• Coordenação óculo-manual: capacidade de 
coordenar movimentos com referências 
perceptivo-manuais 
• Coordenação óculo-pedal: capacidade de 
coordenar movimentos pedais com 
referências perceptivo-visuais 
• Dismetria: inadaptação visuoespacial e 
visuocinestésica dos movimentos oriundos 
face distância ou a um objetivo 
 
COMPONENTES DA PRAXIA GLOBAL 
• Dissociação: capacidade de individualizar 
segmentos corporais que tomam parte na 
planificação e execução motora de um gesto 
ou de vários gestos intencionais 
sequencializados 
 
COORDENAÇÃO ou PRAXIA FINA 
• Capacidade construtiva manual e a destreza 
bimanual na utilização precisa dos segmentos 
corporais na execução motora. 
• Estuda a capacidade construtiva manual e a 
destralidade bimanual como fator de 
aprendizagem. 
 
COORDENAÇÃO ou PRAXIA FINA 
• A coordenação óculo-segmentar promove o 
conhecimento do mundo exterior 
• Função de coordenação dos movimentos dos 
olhos durante a fixação da atenção e 
manipulação de objetos que exigem o 
controle visual 
• Regulação e verificação de atividades 
preensivas e manipulativas finas e complexas 
 
COORDENAÇÃO ou PRAXIA FINA 
• A mão é a unidade motora mais complexa do 
homem 
• É o modo mais eficaz de exploração do mundo 
exterior e também do próprio corpo 
• Órgão de preensão por excelência 
• Função de palpação e discriminação tátil 
• Outras: apanhar, segurar, bater, captar, catar, 
lançar, puxar, riscar, empurrar... 
 
COORDENAÇÃO ou PRAXIA FINA 
• Coordenação dinâmica manual: agilidade digital 
integrada a coordenação fina dos dedos/mãos e 
a atenção, fixação e captação visual de objetos 
• Tamborilar: É a dissociação digital sequencial 
que envolve a localização tátil cinestésica dos 
dedos e sua motricidade independente e 
harmoniosa 
• Velocidade-precisão: envolve prefêrencia 
manual e coordenação visuo-gráfica 
 
AVALIAÇÃO DA PRAXIA FINA 
• Construção de torre com cubos 
• Fazer um nó 
• Fazer “pulseira de clipes de papel” 
• Diadococinesia 
• Velocidade e precisão 
 
AVALIAÇÃO DA PRAXIA GLOBAL 
• Salto com pés juntos 
• Saltar sem impulso com joelho flexionado 
uma distância de 20 cm 
• Lançamento de bola no alvo 
• Pegar bola lançada a distância 
• Chutar ao alvo 
 
Aula prática 
 Em dupla os alunos trabalharão em dois 
papéis diferentes: a escultura e o escultor 
(metade deles sai da sala) combina-se com os 
que ficam que serão totalmente hipertônicos, 
dificultando a manipulação do escultor (como 
se fossem de chumbo). Entram os escultores 
e tentam modificar a posição do corpo das 
esculturas. 
Aula prática 
• Inicie dando uma folha de papel ofício a cada 
um e peça que a dobrem no meio (como um 
cartão), na capa do cartão, em 15 segundos, 
eles deverão desenhar a si mesmos o mais 
rápido possível. Ao terminar, cada um deve 
guardar seu desenho, por enquanto. Trabalhe 
teoricamente os conceitos de Esquema 
Corporal e de Imagem Corporal. 
Aula prática 
• Após trabalhar o conceito de orientação e 
organização espacial escolha um aluno. 
Estabeleça uma distância (de sua mesa até a 
porta, por exemplo) pergunte a ele quantos 
passos (do mesmo tamanho) ele cre que irá 
utilizar para cobrir esta distância. Ele deve 
executar o percurso nos números de passos que 
sugeriu. Se ele tiver sucesso, faça o desafio: 
Gostaria que realizasse esta tarefa em X 
passos. Agora em XX passos. Veremos como 
nosso cérebro capta as informações e as organiza 
para que executemos a ação. 
 
Aula prática 
• O conceito de praxia como sendo - um conjunto 
de movimentos coordenados para um fim 
determinado que depende da aprendizagem -
 nos leva às diversas possibilidades de 
exemplificá-las em nosso dia a dia. 
• Aula prática: em laboratório os alunos 
trabalharão em dupla e farão o jogo do "espelho" 
um é o humano e outro apenas a imagem que 
deverá acompanhar seu modelo em uma série de 
movimentos que podem imitar cenas do 
cotidiano

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