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Aspectos do Controle Difuso de Constitucionalidade

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OBS: a) Da decisão do Plenário, sobre a inconstitucionalidade não caberá recurso no momento Plenário, pois esta é somente uma parcela do julgamento, que prosseguirá com o retorno dos autos ao órgão fracionário. Apenas neste momento é concluído o julgamento do recurso, por isso, somente após a conclusão poderá ser interposto recurso . Neste sentido súmula 513 do STF.
 b)O órgão fracionário, analisará, ao receber a questão, se o Plenário já se manifestou em outro processo. Neste caso, poderá utilizar a mesma decisão do Plenário. Sendo do próprio Plenário não há que se falar em usurpação de competência. No entanto, a decisão anterior deverá ser idêntica, sobre o(s) mesmo(s) dispositivo(s). Da mesma forma, deverá analisar se já existe alguma manifestação do Plenário do STF, que poderá ser utilizada, embora o mais adequado, na literalidade do dispositivo constitucional, seria reenviar ao Plenário para que este se reposicionasse.
 c)turma recursal não é órgão fracionário, mas órgão de 1º grau de jurisdição, não cabendo, portanto, a aplicação da cláusula de reserva de plenário. d)Estando presente a questão de inconstitucionalidade, o órgão fracionário não poderá deixar de se manifestar, mesmo decidindo a lide por outros fundamentos. Esta possibilidade feriria a clausula de reserva de plenário. Neste sentido súmula vinculante nº 10.
7) EFEITOS 
O Plenário do STF irá analisar a questão com observância a clausula de reserva de plenário, como estabelecido na Constituição Federal, art. 97. No entanto, não irá realizar a cisão de competência funcional no plano horizontal em razão do recurso que leva a questão ao Supremo. O Recurso Extraordinário não devolve ao Tribunal a oportunidade de revisitar os fatos narrados, mas apenas o fundamento de constitucionalidade. Sendo assim, o Tribunal analisará apenas a questão constitucional. Caso seja este o único fundamento para a decisão, irá estender a análise, reformando a decisão. Caso haja outro fundamento indicado pelo Tribunal a quo, então o STF irá manter a decisão a quo pelos demais fundamentos. Por ser uma decisão sobre um fato concreto, mesmo se tratando de um fundamento de inconstitucionalidade a decisão terá, em regra, efeitos inter partes. Da mesma forma, em regra os efeitos temporais serão ex tunc retroagindo a data da publicação da norma. 
CASOS ESPECIAIS NO CONTROLE DIFUSO 
Aplicabilidade do art 52, X / CF. 
Como os efeitos da decisão serão sempre inter partes, ao proferir tal decisão, o STF deve comunicá-la ao Senado Federal, o qual não está obrigado a efetuar a suspensão da execução da norma jurídica em questão. No entanto, caso decida pela resolução, esta não poderá ter âmbito diferente do apontado, em acórdão, pelo STF. Contudo, optando pela suspensão, o Senado deverá aprovar um projeto de resolução com tal finalidade. Como conseqüência, aquela norma jurídica que somente deixaria de ser aplicada naquele caso concreto julgado pelo STF, terá seus efeitos suspensos para todos, a partir da resolução sancionada pelo Senado (o efeito da suspensão será erga omnes e ex nunc). Porém, os efeitos que a norma já tinha produzido, no passado, serão mantidos, portanto, com fundamento no princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional (art. 5º XXXV / CF), todos aqueles que foram lesados poderão buscar o poder judiciário com a finalidade de obter reparação. 
2. Teoria da transcendência dos motivos determinantes Para o Ministro Gilmar Mendes, a resolução do Senado era necessária historicamente, quando somente o PGR era legitimado a propor ação direta. Assim, os efeitos erga omnes somente poderiam ser obtidos pela resolução do Senado. Hoje, porém, o rol é extenso, assim a resolução serviria, apenas, para dar mais publicidade a decisão Ademais, entende o doutrinador, que o próprio Tribunal poderia modular os efeitos da decisão, atribuindo efeitos pro futuro ou ex nunc. Este foi o caso, inclusive, do julgamento do RE 197.917, quanto a redução do número de vereadores do município de Mira Estrela. Para Gilmar, estas alterações dos efeitos seriam, hoje, uma abstração do controle concreto ou objetivação do controle difuso.
 3. Controle Difuso no curso do processo legislativo
 Como já visto, a jurisprudência do STF é pacífica no sentido de que os parlamentares das respectivas casas do Congresso Nacional têm direito líquido e certo ao devido processo legislativo constitucional. Neste sentido, sempre que um parlamentar vislumbrar que sua casa legislativa conferiu a um projeto andamento diferente daquele determinado pela Constituição, poderá impetrar mandado de segurança no STF, com a finalidade de declarar a nulidade do processo legislativo.
 4. Cláusulas Pétreas
Outra hipótese de cabimento de mandado de segurança impetrado por parlamentar durante o processo legislativo é a violação à Clausula pétrea. Quando uma proposta de emenda à Constituição violar uma de suas cláusulas pétreas uma vez que o art. 60, §4º da CF veda a deliberação, o debate parlamentar, sobre propostas de emenda que violem uma destas cláusulas. Assim, o STF tem admitido também a impetração de mandado de segurança por parlamentar em tal hipótese. É certo que o objeto do mandado de segurança é o conteúdo da proposta de emenda, devendo o STF se pronunciar sobre sua inconstitucionalidade durante a tramitação, o que caracteriza a realização de controle preventivo pelo poder judiciário (único caso). 
5. Controle em sede de Ação Civil Pública 
A jurisprudência do STF tem entendido que é possível realizar controle de constitucionalidade incidental através de ação civil pública, contudo, esta jamais poderá ser utilizada como questão principal do processo, sob pena de haver usurpação de competência do STF. Sendo assim, quando houver controle incidental em ação civil pública, na defesa dos direitos individuais homogêneos, a decisão será proferida com efeitos inter partes, pois os seus destinatários são sujeitos determinados ou determináveis. Houve uma alteração recente na posição no Tribunal em relação a da ação civil pública que envolva direito individual homogêneos. A posição anterior entendia que quando o número de titulares fossem tantos que coincidissem com a população brasileira não seria possível a utilização da ação, uma vez que a sentença de primeiro grau levaria a declaração de inconstitucionalidade a ter efeitos erga omnes, pelo número de titulares do direito. Recentemente, porém, revendo esta posição, o Supremo entendeu que seria possível a utilização da Ação Civil Pública para tutela de qualquer direito, independente do número de titulares. Isso porque, integrando o controle concreto, a declaração de inconstitucionalidade será sempre como fundamento da decisão, não sendo jamais alcançada pela coisa julgada. Assim, possível de rediscussão por aquele que se sentisse prejudicado em seu direito.

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