Buscar

JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1.13 Habeas corpus contra ato ilegal imputado a promotor de justiça Segundo entendimento pacífico no Supremo Tribunal Federal: 
Compete ao Tribunal de Justiça, em face dos arts. 96, III e 125, § 1.°, da Constituição Federal, processar e julgar habeas corpus contra ato ilegal imputado a promotor de justiça. Da mesma forma, se a 94 Observe-se, porém, conforme decidiu a 1.ª Turma do STF que "tratando-se de pedido de extensão de habeas corpus concedido pelo STF antes da promulgação da EC 22/99, esta Corte continua competente para examinar tal pedido" A Egrégia Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de São Paulo editou a Tese n.° 282, de seguinte teor: "HABEAS-CORPUS - Habeas corpus impetrado contra ato do Promotor de Justiça deverá ser apreciado pelo Tribunal de Justiça do Estado competente ratione personae, para processo e julgamento daquela autoridade nos crimes comuns e de responsabilidade" (Constituição Estadual, art. 74, IV). E, ainda, STF – 2.ª T. - Rextr. N.° 187.725-1/RJ - Rel. Min. Néri da Silveira, diário da Justiça, Seção I, 17 out. 1997, p. 52.506. No mesmo sentido: O Superior Tribunal de Justiça afirmou que "o teor do art. 74, IV, da Constituição do Estado de São Paulo combinado com o art. 96, III, da Constituição Federal, a competência originária para julgar habeas corpus, em sendo a autoridade coatora Promotor Público, é do Tribunal de Justiça Estadual" (STJ – 5.ª T. - Resp. n.° 78.864/SP - Rel. Min. Flaquer Scartezzini, Diário da Justiça, Seção I, 22 set. 1997, p. 46.514). E, ainda, STJ – 5.ª T. - coação for de membro do Ministério Público Federal que atue perante a 1.ª instância da Justiça Federal, a competência para o processo e julgamento do habeas corpus será do Tribunal Regional Federal. 
1.14 Habeas corpus contra ato da Turma Recursal nos Juizados Especiais Criminais:
As novas redações dos arts. 102, I, i, e 105, l, c, da Constituição Federal, dadas pela Emenda Constitucional n.° 22/99, devem alterar o posicionamento pacífico da jurisprudência de competir ao Supremo Tribunal Federal o processo e julgamento do habeas corpus contra ato da Turma Recursal dos Juizados Especiais Criminais estaduais ou federais, previstos no art. 98, l, e parágrafo único96, da CF, e na Lei n.° 9.099/95. Tal entendimento baseia-se na unificação de competência originária para processar e julgar os habeas corpus dirigidos contra atos ou decisões dos Tribunais Regionais Federais ou Tribunais estaduais, sejam únicos ou colegiados, no Superior Tribunal de Justiça (cf. nesse capítulo, item 1.11). Dessa forma, de igual maneira, caberia ao STJ o processo e julgamento do habeas corpus ajuizado contra atos ou decisões colegiados proferidos pela 2.ª instância dos Juizados Especiais Criminais. Não foi, porém, o entendimento do Supremo Tribunal Federal, que entendeu continuar "competente para julgar o habeas corpus contra decisão emanada de Turma do Conselho Recursal dos Juizados Especiais Criminais, em face da promulgação da EC 22/99", uma vez que "considerou que, mesmo com a nova redação da EC n.° 22/99, permaneceu o silêncio da CF a respeito do habeas corpus contra ato das turmas recursais, subsistindo, portanto, o entendimento proferido pelo STF no julgamento do HC 71.713-PB (julgado em 26-10-94, acórdão pendente de publicação), em que se decidiu que a brevidade dos juizados especiais não dispensa o controle de constitucionalidade de normas, estando as decisões de turmas recursais exclusivamente sujeitas á jurisdição do STF".
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
        I -  vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
        II -  inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
        III -  irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
    Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
        I -  exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
        II -  receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
        III -  dedicar-se a atividade político-partidária;
        IV -  receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
        V -  exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

Continue navegando