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Resumo AVI Direito Civil 1

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Resumo AVI - Direito Civil I
Aula 01 à 07
O Código Civil de 2002 veio para superar o individualismo inegável que existia no Código Civil de 1916. Este é considerado um código civil Social, pautando nos princípios da SOCIALIDADE, ETICIDADE e OPERABILIDADE, que destrincharemos a seguir.
SOCIALIDADE - O Código Civil de 2.002, em sintonia com a Constituição Federal de 1.988, BUSCA A JUSTIÇA SOCIAL E REGIONAL E ACIMA DE TUDO A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. A propriedade não é mais absoluto ''pode ser desapropriada, CC/2.002 art. 1.228 § 1º e § 3º´´. O contrato passa a ter função social, é defeso conter elementos que estabeleçam vantagens exageradas de uma parte em prejuízo a outra. Deve conter regras implícitas ou explícitas que promovam o bem comum, o equilíbrio contratual, a justiça social, igualdade material, sempre buscando a materialização da dignidade da pessoa humana. 
ETICIDADE - Maria Helena Diniz aduz que o princípio da eticidade se relaciona tanto com o Direito Civil quanto com o Direito Constitucional, sendo aquele “que se funda no respeito à dignidade humana, dando prioridade à boa-fé subjetiva e objetiva, à probidade e à equidade”
ESSE PRINCÍPIO VISA COIBIR CONDUTAS NÃO ÉTICAS, TUDO QUE ESTEJA CONTRA O JUSTO, IDEAL, CORRETO, TUDO QUE OFENDA OS VALORES DA SOCIEDADE, tendo em vista que estas condutas devem ser reprimidas e punidas com extremo rigor. Estimula que os operadores do direito, não pratiquem a mera subsunção, mas que apliquem no caso concreto noções básicas de moral, ética, boa-fé, honestidade, lealdade e confiança.
OPERABILIDADE - Este princípio “confere ao julgador maior elastério, para que, em busca de solução mais justa, a norma, que, contendo cláusulas gerais ou conceitos indeterminados, possa, na análise de caso por caso, ser efetivamente aplicada, com base na valoração objetiva, vigente na sociedade atual (Miguel Reale)”
DA PERSONALIDADE E DA CAPACIDADE
PERSONALIDADE JURÍDICA: Aptidão genérica para adquirir direitos e contrair obrigações. A personalidade jurídica independe de qualquer coisa, basta apenas existir a VIDA, ou seja, quando alguém for considerado como pessoa, no âmbito legislativo, quer dizer que este há personalidade jurídica.
PESSOA: Pessoa é o ente físico ou coletivo suscetível de direitos e obrigações. (M. H. Diniz)
PESSOA NATURAL: É o ser humano considerado como sujeito de direitos e obrigações. (M. H. Diniz)
PESSOA JURÍDICA: Consiste num conjunto de pessoas ou bens, dotado de personalidade jurídica própria e constituído na forma da lei.
INICIO DA PERSONALIDADE – Art. 2º. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
	CORRENTE NATALISTA
	CORRENTE DA PERSONALIDADE CONDICIONAL
	CORRENTE CONCEPCIONISTA
	A personalidade da pessoa natural se inicia com o NASCIMENTO com VIDA.
NASCIMENTO → Separação do ventre da mãe
VIDA → 1ª Troca oxicarbônica (ar nos pulmões) 
NATIMORTO: Caberá a família registrar ou não a criança.
	Nascituro tem personalidade formal e após nascer com vida, passa a ter personalidade material. Ou seja, sua personalidade material está condicionada ao nascimento com vida.
FORMAL → Direitos da personalidade como integridade física.
MATERIAL → Direitos patrimoniais e obrigacionais.
	A personalidade começa com o advento da CONCEPÇÃO.
Obs. Enunciado nº 1 do Conselho de Justiça Federal aprovado na primeira jornada de direito civil se inclina para a teoria estendendo ao natimorto a proteção dada ao nascituro.
NASCITURO: É o sujeito de direitos, deveres e obrigações que se encontra implantado no ventre materno (feto). Para o direito brasileiro, o embrião ainda não é considerado pessoa humana, pois não se separou do corpo da mãe; mas a lei já o confere determinados direitos dispersos pelo código.
Ao nascer, se for verificado que a criança faleceu (parou de respirar), o feto precisará submeter-se a um exame pericial (exame de Galeno); e conforme o resultado, os efeitos sucessórios serão diferentes: 
Se for constatado que o feto respirou: Se a criança respirou, mesmo que por instantes, ela se torna pessoa humana para o direito civil, e, portanto, possui a capacidade de herdar, transferindo sua parte a seus ascendentes vivos, no caso, os pais. 
Se for constatado que o feto não respirou: Significa que a criança não respirou, e, portanto, não adquire herança, e por consequência o patrimônio irá para os demais herdeiros. 
CAPACIDADE:
Capacidade de Direito: Trata-se da aptidão genérica para adquirir direitos e contrair deveres.
Capacidade de Fato: Trata-se da aptidão para exercer por si, atos da vida civil. 
CAPACIDADE DE DIREITO + CAPACIDADEDE FATO = CAPACIDADE PLENA
TEORIA DAS INCAPACIDADES 
	ABSOLUTAMENTE INCAPAZES (ART 3º I a III)
Serão nulos os atos praticados, portanto precisam de representação total. 
	RELATIVAMENTE INCAPAZES (ART. 4º I a IV
Os atos praticados tem que ser ASSISTIDOS.
	Menores de 16 anos
Os que por enfermidade ou deficiência mental não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos. (Comprovado através de exame médico)
Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade (incapacidade incidental, como no caso das pessoas que ingeriram grande quantidade de álcool, não sendo acostumada a beber; ou em caso de vertigem por doença, etc.)
	Maiores de 16 anos e menores de 18. (Visto que o indivíduo só adquire capacidade plena ao completar 18 anos)
Ébrios habituais, toxicômanos, deficientes mentais com discernimento reduzido (Só poderá adquirir capacidade de fato quando a interdição for cancelada) 
Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo
Pródigos (aqueles que não possuem controle sobre dinheiro, bens e patrimônios)
	Na falta dos pais → tutor ou curador (representantes) sob pena de nulidade
Não corre prazo prescricional ou decadencial
	Na falta dos pais → tutor (assistente)
 Se precisar interdição → curador (assistente)
Corre prazo prescricional ou decadencial, visto que a incapacidade pode ser cessada com parecer do juiz. 
 Os relativamente incapazes podem realizar testamentos, casar-se, testemunhar, mandatórios.
CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE
Cessa a incapacidade desaparecendo os motivos que a determinaram. Assim, no caso da loucura e da surdo-mudez, por exemplo, desaparece a incapacidade, cessando a enfermidade físico-psíquica que as determinou. Quando a causa é a menoridade, desaparece pela maioridade e pela emancipação. 
ART 5º “A menoridade cessa aos dezoitos anos completo, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil”
Parágrafo único: “Cessará, para os menores a incapacidade”:
	
Emancipação Voluntária ou Judicial.
	EMANCIPAÇÃO LEGAL
	EMANCIPAÇÃO VOLUNTÁRIA
	CASAMENTO
	EMPREGO PÚBLICO
	COLAÇÃO DE GRAU EM ENSINO SUPERIOR
	ECONOMIA PRÓPRIA
	Emancipação Voluntaria: Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independe de homologação judicial (vontade do pai ou do menor).
Emancipação Judicial: Destina-se ao menor sob tutela; por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos.
	Pelo casamento
- Casamento civil realizado em Cartório de Registro Civil:
- Idade mínima para casar: 16 anos.
Menores de 16 anos: somente com autorização do juiz. 
-Em caso de viuvez, aborto, divórcio ou morte, a emancipação é mantida. 
	Pelo exercício de emprego público efetivo
- O jovem de 16 anos que já possui contrato CLT, sendo efetivamente colaborador da empresa (não pode ser temporário), pode ser emancipado, pois considera-se que o jovem possui o mérito de responder pelos seus atos civis, considerando a responsabilidade do cargo.
	Pela colação de grau em curso de ensino superior
- O jovem é emancipado de forma legal a partir da cerimônia de colação.
	Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseisanos completos tenha economia própria.
- Empresa civil: é aquela que “vende” intelectualidade.
- Empresa comercial: é aquela que vende produtos concretos.
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA	 (É o fim da personalidade civil)
Art. 6º → A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura da sucessão definitiva.
	TIPOS DE MORTE
	 MORTE REAL
	 MORTE CIVIL 
 OU FICTA
	MORTE
PRESUMIDA
	É a morte mais comum. Ocorre quando há um corpo cujas funções vitais cessaram. Portanto, há prova da materialidade do fato.
A morte precisa ser cardiorrespiratória, ou seja, morte cerebral e respiratória. É o tipo de morte que atesta o dia e a hora da morte. Pode ser:
 
	É tratar uma pessoa que está de fato viva, como morta.
No ordenamento brasileiro não há a morte civil, pois num direito civil constitucional, ou seja, iluminado pelas premissas da carta magna como o princípio da dignidade humana não pode haver tal previsão, contudo, há dois institutos que trazem resquícios de morte civil: - Deserdamento e o afastamento do herdeiro por indignidade. (Art. 1814)
O indivíduo está vivo, porém “morto” para o Direito Civil, sendo assim, não pode exercer algumas relações jurídicas de fato, ou seja, como a pessoa foi considerada indigna de receber herança, esta será deserdada, mas não impedida de casar, trabalhar, estudar, etc.
	Não há um corpo, ou seja, não há prova da materialidade do fato. Decorre de uma DECLARAÇÃO JUDICIAL. 
Sem decretação de ausência (Art. 7º): É caracterizada pela ausência do corpo, visto que, o falecido encontrava em situação de risco. 
Se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida
Se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Par. Único → A declaração de morte presumida, nesse casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
Com decretação de ausência: Refere-se àquelas pessoas que desapareceram por motivo algum, simplesmente sumiram. O juiz então nomeia um curador para cuidar dos bens do ausente:
Curadoria do ausente: O tutor cuida dos bens, e pode durar de 1 a 3 anos. 
Sucessão provisória: Abre-se o inventário e os herdeiros adquirem os bens, entretanto somente em posse, ou seja, o patrimônio pertence aos indivíduos, mas os mesmos não poderão ser vendidos durante ao menos 10 anos, visto que se o falecido retornar nesse período de tempo pode resgatar o patrimônio. 
Sucessão definitiva: As garantias serão canceladas e os bens depositados serão totalmente divididos entre os herdeiros. 
COMORIÊNCIA OU MORTE SIMULTÂNEA → Art. 8º 
Quando duas ou mais pessoas com laços sucessórios morrem no mesmo acidente ou evento e não é possível precisar quem veio a falecer primeiro, presumir-se-á então que morreram simultaneamente, ou seja, essas pessoas falecem na mesma ocasião, sem que haja possibilidade de constatar qual delas morreu primeiro, presumindo – se assim que faleceram na mesma hora. Esta presunção é o instituto da Comoriência.
	A importância em saber quem faleceu primeiro se dá, pois, a herança será dividida de modo diferente, por exemplo, se for comprovado que A (esposa) faleceu primeiro do que B (marido), quem receberá a herança será B (marido) e por falecer logo em seguida, transmitirá os bens herdados para seus ascendentes ou descendentes, não transferindo qualquer parte para os herdeiros de A (esposa); e vice-versa. Se for constatado morte simultânea, ou seja, que ambos faleceram exatamente na mesma hora, a herança será dividida em dois e transmitida para seus respectivos herdeiros. 
	Para instituir morte por comoriência ou simultânea é preciso que existam provas legais referentes à hora da morte. Se não houver possibilidade de comprovação através de exames periciais, também serão consideradas provas complementares, por exemplo, testemunhas. 
REGISTRO PÚBLICO E AVERBAÇÃO 
Geralmente as pessoas confundem averbação com registro, porém, registro é um ato ocorrido nos cartórios; já a averbação é um ato secundário que modifica o teor do registro, e é feito por determinação judicial, e esse procedimento dá publicidade, eficácia e segurança aos atos jurídicos. Um exemplo é o caso da certidão de casamento registrada em cartório, quando ocorre uma separação judicial, a decisão será escrita, ou seja, averbada na terceira e última coluna do livro de registros.
	REGISTRO PÚBLICO → ART 9º
	AVERBAÇÃO (fala) → ART 10
	Serão registrados em registro público
	Far-se-á averbação em registro público
	
Nascimentos, casamentos e óbitos
Emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz
Interdição por incapacidade absoluta ou relativa
Sentença declaratória de ausência e morte presumida
	
Das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal
Dos atos judiciais ou extraconjugais que declararem ou reconhecerem a filiação
Dos atos judiciais ou extrajudiciais de adoção
DIREITOS DA PERSONALIDADE
	São direitos subjetivos, imprescritíveis, intransmissíveis e inalienáveis (regra) da pessoa humana e em alguns casos da pessoa jurídica. 
São direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio, ou seja, sua integridade física, sua integridade intelectual e sua integridade moral. (M. H. Diniz)
ART. 11 a 21 DO C.C + ARTS 1º E 5º DA CF
	DIREITOS DA PERSONALIDADE → PODEM SER TRIPARTIDOS
	INTEGRIDADE FÍSICA
	INTEGRIDADE MORAL
	INTEGRIDADE INTELECTUAL
	VIDA (O Estado tenta zelar sempre pela vida, portanto não permite o suicídio, porém em caso de tentativa não ocorre pena legal, apenas em caso de induzimento ou instigação e auxilio de terceiros).
ALIMENTOS 
TUTELA SOBRE O PRÓPRIO CORPO, estando este, VIVO OU MORTO. (Referente a doação do corpo humano; são bens que não podem ser comercializados, apenas doados após a morte, ou seja, é preciso ser disponibilizado de forma gratuita, contanto que esteja declarado por escrito que a doação será para fins benéficos, como ciência e altruísmo. Em casos onde a pessoa está viva, pode-se doar apenas órgãos duplos ou células que se reproduzem, sendo assim, não pode-se doar qualquer membro).
	
HONRA
RECATO
SEGREDO PESSOAL, PROFISSIONAL E DOMÉSTICO
IDENTIDADE PESSOAL, FAMILIAR E SOCIAL
	
LIBERADE DE PENSAMENTO
AUTORIA CIENTÍFICA, ARTÍSTICA E LITERÁRIA
Obs.: Quem violar esses decretos terá como solução a reparação de danos (indenização) MATERIAL ou MORAL.
CARACTERÍSTICAS DO DIREITOS DA PERSONALIDADE
	INALIENABILIDADE
	IMPRESCRITIBILIDADE
	OPONIBILIDADE ERGA OMNES
	
	
	
	Os direitos da personalidade são irrenunciáveis, não podendo o seu titular deles dispor ou mesmo limitar voluntariamente o seu exercício, por razões de ordem pública e de segurança jurídica individual social
O fato de o titular permitir a exploração econômica de aspectos personalíssimos que não comprometam a vida ou a saúde dele, não fere a ideia de irrenunciabilidade
	Os direitos da personalidade são vitalícios e perduram até a morte do seu respectivo titular
Há alguns direitos personalíssimos, contudo, que ultrapassam a própria existência física da pessoa:
 - Ex. Direito moral do autor, direito à jjjjjjjjjjj imagem, direito à honra. 
	Os direitos da personalidade podem ser defendidos contra qualquer pessoa, devendo a coletividade respeitá-los e o Estado assegurá-los.
São direitos subjetivos absolutos, oponíveis erga omnes. 
	ARTIGO 12
	Cláusula geral de tutela → São ilimitados
	ARTIGOS 13 a 15
	Proteção à integridade Física
	ARTIGOS 16 a 19
	Nome
	ARTIGO 20
	Honra e Imagem (face, corpo, voz, status) - Exceção: Pessoas famosas
	ARTIGO 21
	Proteção à privacidade (É inviolável a intimidade correspondente a casa da pessoa humana, exceto em casos de flagrantedelito, eminente próximo, desastre na ocasião ou mandato judicial.)
INDIVIDUALIZAÇÃO DA PESSOA NATURAL → ATRIBUTOS DA PERSONALIDADE
	NOME
	ESTADO
	DOMICÍLIO
	É a designação ou sinal exterior que individualiza e identifica-se a pessoa no seio da família e da sociedade. É imutável, salvo exceções: 
	Provém do Latim Status, empregada pelos romanos para designar os vários predicados integrantes da personalidade
	Domicílio é a sede jurídica da pessoa, onde se presume que ela esteja presente para efeitos de direito e onde exerce ou pratica, habitualmente, seus atos e negócios jurídicos. Pode ser um domicílio residencial ou profissional. 
	Elementos do nome:
Prenome → É o nome próprio de cada pessoa que serve para distinguir membros da mesma família. Pode ser simples ou composto. 
Sobrenome → Sinal que identifica a procedência familiar da pessoa.
Agnome → Elemento secundário do nome que serve para identificar o indivíduo distinguindo de outro membro de sua família. Ex: Neto, Filho, Jr, Sobrinho.
Partícula → Elementos que ligam outros. Ex. Da, do, das, dos. 
Imutabilidade do nome:
Em regra, o nome não pode ser alterado, contudo há exceções pelas quais é possível fazer a alteração do nome. LRP (Lei de Registros Públicos) e C.C.
TRANSEXUAL. (pessoas que alteram seu sexo primitivo mediante intervenção jurídica).
RECONHECIMENTO DE FILHO (o reconhecimento pode ser por livre vontade ou compulsoriamente, ou seja, instituído pelo juiz por meio de provas).
ADOÇÃO (Há obrigatoriedade da retirada do sobrenome do adotado).
NOME VEXATÓRIO (são nomes extremamente ridículos, que podem causar constrangimento ao individuo).
SEPARAÇÃO / DIVÓRCIO (o individuo pode tirar o sobrenome do cônjuge se tiver interesse).
ERRO GRÁFICO (grafia incorreta)
TRADUÇÃO DE NOME 
ESTRANGEIRO (pronuncia difícil) 
8. MAIORIDADE (pode-se alterar o nome ao completar 18 anos + 1 dia, ou por motivação judicial, após completar 19 anos).
9. CASAMENTO (acréscimo facultativo do sobrenome do cônjuge).
10. FUNDADA COAÇÃO OU AMEAÇA (proteção a testemunha).
11. HOMONIMO (quando há a mesma grafia do nome, e por isso existe a possibilidade de acrescentar outro nome para diferenciar).
 Obs: Codinome (apelido reconhecido), pode ser inserido depois do pré-nome, ou até mesmo substituído. Pode ser um pseudônimo, um heterônimo ou alcunha (negativo). 
	FAMILIAR → Indica a situação do indivíduo na família, em relação ao matrimônio (solteiro, casado, divorciado, viúvo ou separado judicialmente) e ao parentesco por consangüinidade (pai, filho, irmão) ou por afinidade (cunhado, sogro, genro)
INDIVIDUAL → Modo de ser da pessoa quanto à idade, sexo, cor, altura, saúde (insano, incapaz)
POLÍTICO → Designa a posição do indivíduo na sociedade política, podendo ser nacional (nato ou naturalizado), estrangeiro ou até mesmo apátrida. 
	É possível ter mais de um domicilio, contanto que o indivíduo resida nos mesmo alternadamente.
Domicílio Civil → 2 REQUISITOS.
OBJETIVO ou MATERIAL → Residência
SUBJETIVO ou PISÍQUICO → Ânimo de permanecer (animus manenge) ou Ânimo definitivo (animus definitivus)
ESPÉCIES DE DOMICÍLIO:
VOLUNTÁRIO → O geral é aquele que depende da vontade exclusiva do interessado. Qualquer pessoa, não sujeita a domicílio necessário, tem a liberdade de estabelecer o local em que pretende instalar a sua residência com ânimo definitivo, bem como de mudá-lo, quando lhe convier. (Art. 74). Segundo Carlos Roberto Gonçalves, pode ser geral (escolhido livremente) ou especial (fixado com base no contrato, sendo denominado, conforme o caso, foro contratual ou de eleição.) 
 Obs: É necessário notificar a mudança de domicilio, mesmo que ao demonstrar comportamento de quem já está realizando a mudança, a notificação já esteja “feita”. 
NECESSÁRIO OU LEGAL → O necessário ou legal é aquele que está previsto na lei em detrimento da condição ou situação de certas pessoas:
Militar → Lugar onde servir, sendo da Marinha ou Aeronáutica, a sede do comando a que estiver subordinado
Preso → Lugar onde cumpre sentença, contudo, se não tiver sentença transitado em julgado, seu domicílio será voluntário.
Marítimo → Lugar onde o navio estiver matriculado
Servidor Público → Lugar onde exerce sua função
Incapaz → O do representante ou assistente
PESSOA JURÍDICA
É a unidade de pessoas naturais ou de patrimônios que visa à consecução de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica como sujeito de direitos e obrigações (M. H. Diniz)
Pode ser chamada de coletiva, pois são disponibilizados direitos e deveres a um determinado grupo, ou seja, para ser pessoa jurídica é necessário se unir em grupos para exercer algo licito e cumprir determinados requisitos. 
	PESSOAS JURÍDICAS
DE DIREITO PÚBLICO
	PESSOAS JURÍDICAS
DE DIREITO PRIVADO
	Têm seu início com fatos históricos, criação constitucional, lei especial e tratados internacionais.
	
Fundações
Organizações Religiosas
Sociedades
Partidos Políticos
Associações
Eireli
	INTERNO
	Territórios
Estados
Autarquias 
Municípios
União
Distrito Federal
Associações Públicas
Fundações Públicas
Concessionárias de serviços públicos. 
	
	EXTERNO
	Estados Estrangeiros
Organizações Internacionais.
	
PESSOA JURIDICA DE DIREITO PRIVADO
	Pessoa jurídica de Direito Privado sem fins lucrativos:
ASSOCIAÇÕES: Pessoa jurídica de Direito Privado sem fins lucrativos, constituída pela união de pessoas que se organizam para fins não – econômicos, ou seja, pode ser uma associação recreativa, desportiva, educativa, entre outros; o objetivo não pode ser o lucro, contudo pode haver lucro, mas não partilhado entre os associados. Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado.
São chamadas associações e não sócios. (Art. 53 C.C.)
Exemplo: A.A.S.P = Associação dos advogados de São Paulo (não é obrigatória a participação, porém existem conveniências em aderir-se ao grupo).
 Qualificações para que a associação seja considerada como tal (Art. 54 C.C):
Necessariamente precisa ter uma denominação, os fins e a sede da associação.
É preciso obter fontes para adquirir o capital de investimento e fontes de recurso para a sua manutenção.
No estatuto das associações deverá conter a forma de gestão administrativa e a prestação de contas sob a utilização do capital.
Precisam-se descrever quais os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados, desde que estejam fundamentados os motivos.
É obrigatória a prescrição dos direitos e deveres dos associados.
É imprescindível caracterizar as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução da associação, visto que, esta possui direitos intransmissíveis. (No caso da dissolução, se sobrar remanescente, o dinheiro é transpassado para outra associação semelhante que possua a mesma finalidade, porém se não houver associação de mesma competência, o momento que restar será confiscado para a o Ministério da Fazendo – FISCO)
As associações são constituídas por meio de ESTATUTO em forma de papel, é um documento onde contém todas as cláusulas referentes à associação, e será registrado no Órgão competente chamado de R.C.P.J (Registro Civil de Pessoa Jurídica).
FUNDAÇÕES: Pessoa Jurídica de Direito Privado criada por um instituidor por meio de escritura pública ou testamento dotando um acervo de bens para a realização de fins determinados, de interesse público, de modo permanente e estável. (Art. 62). Não visa lucro, tem destinação eminentemente social, portanto são isentas de impostos, o que legitima o Ministério Público a fiscalizá-las.
Exemplo: Lamara (Fundação para deficientes visuais)
	 F.C.C.C (Fundação cacique, cobra, coral, que possui outro tipo de finalidade, sendo destinada a meteorologia) 
Possuem finalidade: 
As fundações são criadas por Escritura Pública (E.P) ou Testamento (T).
	Escritura Pública (E.P): A fundação é constituída por escritura públicase o instituidor estiver vivo. – “Inter vivos”.
	Testamento (T): A fundação é constituída por testamento se o instituidor estiver morto. – “Causa Mortis”.
	Esses documentos são convertidos posteriormente em ESTATUTO da Fundação e deve ser registrado no R.C.P.J (Registro Civil de Pessoa Jurídica.
ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS: Pessoa Jurídica de Direito Privado que tem por finalidade qualquer doutrina que congrega a comunidade para a fé, visto que, deve-se respeitar qualquer forma de religião. (Art. 62 C.C.)
Foram introduzidas no Código Civil de 2002 por lei especial em 2003.
Exemplo: Criador e Criatura – Criação
 As Organizações religiosas são constituídas por meio de ESTATUTO e registradas no R.C.P.J (Registro Civil de Pessoa Jurídica).
PARTIDOS POLITICOS: Pessoa Jurídica de Direito Privado que possui fins políticos, não se caracterizando pelo fim econômico ou não. (Art. 44 C.C.). 
É regida por lei especial.
 Os Partidos Políticos são constituídos por meio de ESTATUTO e registrados no R.C.P.J (Registro Civil de Pessoa Jurídica).
EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada): Pessoa Jurídica de Direito Privado que possui a particularidade de ser constituída por uma única pessoa, titular da totalidade do seu capital social, sendo assim, não possui sócios. (Art. 44 C.C.)
Para se constituir EIRELI, é necessário que o instituidor determine que o capital social não seja inferior a 100 (cem) vezes o maior salário – mínimo vigente no País. 
	A vantagem da EIRELI é que em caso de falência da empresa, os credores tentarão retirar o patrimônio na mesma, entretanto, por estar vinculada a apenas uma pessoa física, não há possibilidade de retirar os bens do individuo, somente do capital da empresa. 
	Deve ser registrada na Junta Comercial (J.C).
PESSOA JURIDICA DE DIREITO PRIVADO
	Pessoa jurídica de Direito Privado com fins lucrativos:
SOCIEDADE: Pessoa Jurídica de Direito Privado constituída pela união de duas ou mais pessoas com interesses e finalidades comuns. (Art. 44 C.C).
Sendo assim, celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício da atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados. A atividade pode restringir – se à realização de um ou mais negócios determinados. 
BENS
Os bens são definidos como coisas ou objetos que possuem utilidade e servem para atender uma necessidade humana. Eles podem ser trocados/vendidos numa relação jurídica por causa de seu valor econômico ou pelo interesse que desperta. Eles são classificados dentro do Código Civil dentro do livro  'Dos Bens'.
O Código Civil classifica os bens como 'Bens Considerados em Si Mesmos', que por sua vez, dividem-se em:
BENS CONSIDERADOS EM SI MESMOS
BENS MÓVEIS
Os bens móveis são aqueles que podem ser deslocados, sem prejuízos em sua estrutura. Eles podem ser adquiridos por herança, comprados. Ex.: livros, eletrodomésticos, celular, etc. Podem ser classificados em:
Bens móveis por natureza – são bens que podem ser transportados naturalmente ou por uma pessoa. Ex.: animais, materiais que ainda não foram utilizados para construção ou os materiais provenientes da demolição de algum prédio.
Bens móveis por determinação legal – móveis com fins legais, como as energias com valor econômico, direitos pessoais patrimoniais e suas ações, direitos reais sobre os objetos móveis e suas ações. Ex.: o direito autoral sobre um objeto móvel, ou seja, todos a produção intelectual, como patentes, desenho industrial, obras artísticas, etc.
Bens por antecipação – aqueles incorporados ao solo, mas com objetivo de transformá-los em móveis, como por exemplo, as árvores cortadas para a produção de um determinado produto.
BENS IMÓVEIS
Os bens imóveis são aqueles que não podem ser deslocados, sem que haja danos em sua estrutura. Eles precisam ter uma escritura e registro em cartório. Ex.: Apartamento, casa, etc. Os bens imóveis podem ser divididos em:
Bens imóveis por natureza – o solo, a superfície com todos os seus elementos, como as árvores.
Bens imóveis por acessão física industrial ou artificial – são aquelas adquiridas por meio do trabalho humano e incorporadas ao solo. Ex.: plantações, construções, etc.
Bens imóveis por acessão intelectual – são aqueles que se mantém imóveis pela vontade do proprietário. Ex.: objetos de decoração, máquinas, etc.
Bens imóveis por determinação legal – são direito que não podem ser móveis ou imóveis, mas para fins de segurança jurídica o legislador considera imóvel. Ex.: penhor agrícola, apólices da dívida pública, etc.
BENS FUNGÍVEIS
Os bens fungíveis são aqueles que podem ser trocados por outros semelhantes, conforme a qualidade e a quantidade. Ex.: dinheiro, roupa, gado, etc.
BENS INFUNGÍVEIS
Os bens infungíveis não podem ser trocados, pois são únicos. Ex.: uma escultura, um quadro famoso, etc.
É importante destacar que um bem fungível poderá rapidamente se tornar infungível em determinada situação. Por exemplo, como foi dito, o dinheiro é um bem fungível, mas se o indivíduo for um colecionador ele se tornará infungível, pois esse indivíduo irá considerá-lo único.
BENS CONSUMÍVEIS
Os bens consumíveis são aqueles são rapidamente eliminados ou consumidos. Ex.: alimentos, bebidas, etc.
BENS INCONSUMÍVEIS
Os bens inconsumíveis são aqueles que podem ser usados por um longo período, pois não se destroem rapidamente. Ex.: cds, roupas, etc.
BENS DIVISÍVEIS
Os bens divisíveis são aqueles que podem ser repartidos, sendo que após essa fragmentação será possível, apenas ter a parte econômica do todo. Ex.: terreno, barra de ouro, etc.
BENS INDIVISÍVEIS
Os bens indivisíveis são aqueles que não podem ser repartidos, caso contrário, o bem perderá o seu valor econômico. Ex.: animal, navio (deverá ser hipotecado), relógio, etc.
Eles podem ser indivisíveis por 5 causas
Indivisíveis por sua própria natureza - aqueles que não podem ser fracionados sem que haja alteração materialmente de sua substância. Ex.: Boi.
Indivisíveis por motivo de ordem econômica - é aquele que se for fracionado sofre uma sensível desvalorização. Ex.: Diamante.
Indivisíveis por razão determinante do negócio jurídico - não pode ser fracionado em virtude dos termos contratuais explícitos.
Indivisíveis por vontade das partes - mediante contrato não pode se dividir os bens.
Indivisíveis por determinação legal - ação societária e modulo rural são bens indivisíveis por determinação legal.
BENS SINGULARES
São bens, mesmo reunido, são considerados individuais e independentes. Ex.: um boi, um carro, mesmo fazendo parte de outra coisa maior (boiada, concessionária), podem ser vendidos separadamente.
BENS COLETIVOS
São bens considerados universais de fato (rebanho) ou de direito (patrimônio). Outro exemplo é uma biblioteca, que não estaria seria uma se estivesse apenas um livro.
BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS
BENS PRINCIPAIS
São bens que são independentes de outros. Ex.: um terreno.
BENS ACESSÓRIOS
São aqueles que dependem do principal para existir. Ex.: as plantações que precisam de um terreno. Os acessórios, por sua vez, do art. 95 a 97 do Código Civil, classificam-se em:
FRUTOS – aqueles produzidos em um período, sendo que se retirados não irão afetar o valor da coisa.
Eles podem ser subdivididos em 3:
Civis - que decorre de ficção negocial ou legal. Ex.: Rendimentos (juros), aluguel e etc.
Naturais - produzido sem que haja intervenção humana.
Industriais - são os frutos manufaturados.
Os frutos podem ser:
Pendentes - é aqueles que ainda estar ligado ao bem principal porque ainda não chegou o tempo de ser destacado.
Percipiendos - é o fruto que ainda estar ligado ao bem principal.
Percebidos - são aqueles que já foram destacados do bem principal.
Estantes - são aqueles que estão armazenados para vendas.
Consumidos - aqueles que não existe mais como fruto.
PRODUTOS - aqueles que são extraídos de algo diminuindo a sua quantidade.
RENDIMENTOS - frutos civis. Ex.: juros, aluguel eetc.
PERTENÇAS - são bens acessórios caracterizados por serem partes não integrantes do bem principal, mas que a ele está ligado de forma duradoura. Ex.: ar-condicionado.
BENFEITORIAS - podem ser NECESSÁRIAS, quando feitas para conservação (obras, pagamento de impostos, etc.); ÚTEIS, quando servem para otimizar o uso de algo (adubação); VOLUPTUÁRIAS, utilizadas para fins de beleza, como jardins, fontes, etc.
QUANTO A TITULARIDADE DOS BENS
BENS PÚBLICOS
Os bens públicos são aqueles que pertencem a órgãos públicos, ou seja, da União, dos Estados e Municípios. São classificados em:
Bem de uso comum – é aberto e é de livre acesso a todas as pessoas. Ex.: praia, ruas, praças, etc.
Bem de uso especial – quando tem um fim específico. Ex.: escolas públicas, quarteis, etc.
Bens dominicais – responsáveis por formar o patrimônio do órgão público. Ex.: terrenos que fazem parte dos órgãos públicos e constituem seu patrimônio.
BENS PARTICULARES
Os bens particulares serão aqueles usufruídos por pessoas ou empresas.

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