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C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 2 de 66 www.exponencialconcursos.com.br Sumário 1- Conceito de Pessoa ...................................................................... 4 2- Pessoal Natural ........................................................................... 4 2.1- Conceito de pessoa natural ....................................................... 4 2.2- Capacidade de Direito X Capacidade de Fato ............................ 4 2.3- Capacidade x Legitimação ........................................................ 6 2.4- Incapacidade absoluta e relativa .............................................. 6 2.4.1- Incapacidade Absoluta ......................................................... 7 2.4.2- Incapacidade Relativa .......................................................... 8 2.5- Capacidade civil do índio .......................................................... 8 2.6- CURATELA X TUTELA ................................................................. 8 2.7- Cessação da Incapacidade ........................................................ 9 2.8- Extinção da personalidade ...................................................... 10 2.8.1- Morte presumida sem decretação de ausência ...................... 10 2.8.2- Morte presumida com decretação de ausência ...................... 11 2.8.3- Comoriência ..................................................................... 12 2.9- Registro e averbação .............................................................. 13 2.10- Direitos de personalidade ....................................................... 13 2.10.1- Direito à integridade física .................................................. 15 2.10.2- Integridade moral: Nome ................................................... 16 2.10.3- Proteção à imagem e à transmissão da palavra ..................... 17 2.10.4- Proteção à intimidade ........................................................ 17 2.10.5- Estado ............................................................................. 18 3- Pessoas Jurídicas ...................................................................... 19 3.1- Conceito de Pessoa Jurídica .................................................... 19 3.2- Classificação das pessoas jurídicas ......................................... 19 3.3- Começo da existência legal das pessoas jurídicas .................. 21 3.4- Fim da existência legal das pessoas jurídicas ......................... 23 3.5- Associações ............................................................................ 23 3.6- Sociedades ............................................................................. 25 Sujeitos do Direito: pessoas naturais, pessoas jurídicas; personalidade; capacidade das pessoas naturais e das pessoas jurídicas; domicílio. Objeto do Direito: bens; divisão e espécie de bens. C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 3 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 3.7- Das fundações ........................................................................ 26 3.8- Partidos políticos .................................................................... 28 3.9- Organizações religiosas .......................................................... 28 3.10- EIRELI: empresa individual de responsabilidade limitada ...... 28 3.11- Desconsideração da personalidade jurídica ............................ 28 3.12- Grupos despersonalizados ou despersonificados .................... 29 4- Domicílio Civil ............................................................................ 30 4.1- Domicílio da Pessoa Natural ................................................... 30 4.2- Domicílio da Pessoa Jurídica ................................................... 33 5- Dos bens: Considerações Iniciais .............................................. 35 6- Dos Bens Considerados em Si Mesmos ...................................... 36 6.1- Bens móveis e imóveis ........................................................... 36 6.1.1- Bens imóveis .................................................................... 36 6.1.2- Bens móveis ..................................................................... 38 6.2- Bens fungíveis e infungíveis ................................................... 39 6.3- Bens consumíveis e inconsumíveis ......................................... 39 6.4- Bens divisíveis e indivisíveis ................................................... 40 6.5- Bens singulares e coletivos ..................................................... 41 7- Dos Bens Reciprocamente Considerados ................................... 42 7.1- Frutos ..................................................................................... 42 7.2- Produtos ................................................................................. 43 7.3- Benfeitorias ............................................................................ 43 7.4- Pertenças ............................................................................... 44 8- Bens Públicos e Bens Privados: regime jurídico......................... 45 8.1- Terras devolutas ..................................................................... 47 9- Bens no comércio e fora do comércio ........................................ 47 10- Bem de família: legal e convencional ......................................... 48 11- Questões Comentadas ............................................................... 49 Bons estudos! "Grandes realizações não são feitas por impulso, mas por uma soma de pequenas realizações". Vincent Van Gogh C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 4 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 1- Conceito de Pessoa 2- Pessoal Natural 2.1- Conceito de pessoa natural A pessoa natural, sinônimo de pessoa física, é o ser humano considerado como sujeito de direitos e obrigações. Para ser uma pessoa, basta existir, basta nascer com vida, adquirindo personalidade jurídica. Portanto, no conceito de pessoa natural não estão abrangidos seres que não sejam humanos, como animais, seres inanimados, entidades místicas e metafísicas. 2.2- Capacidade de Direito X Capacidade de Fato Pessoa Natural (ou física) Ser humano Jurídica (ou moral) Organização que visa a realização de um certo interesse Sujeito Passivo Relação Jurídica Sujeito Ativo (direito) Prestação (bem jurídico) Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ).P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 5 de 66 www.exponencialconcursos.com.br CONCLUSÃO: Para possuir capacidade plena, a pessoa precisa possuir capacidade de direito e capacidade de fato. A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida os direitos do nascituro mas a lei põe a salvo, desde a concepção Capacidade de gozo ou de direito começa do nascimento com vida de fato ou de exercício precisa ter condições de exercer seus direitos por conta própria C. de FATO C. de DIREITO Capacidade PLENA Nascimento com vida Maioridade (18 anos) Capacidade de Direito ou de Gozo- ILIMITADA Capacidade de Fato ou de Exercício LIMITADA C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 6 de 66 www.exponencialconcursos.com.br ➔ O nascituro tem direito a receber doação (art. 542 do CC) ➔ O nascituro tem direito a participar da sucessão hereditária (art. 1.798 do CC) as três teorias acerca da aquisição da personalidade civil da pessoa natural pode ser esquematiza com abaixo: 2.3- Capacidade x Legitimação A legitimação difere da capacidade de direito ou de gozo, pois esta todas as pessoas a possuem, ao passo que aquela é característica de apenas alguns. Como exemplo temos o art. 1.749, I do CC: Art. 1.749 do CC - Ainda com a autorização judicial, não pode o tutor, sob pena de nulidade: I - adquirir por si, ou por interposta pessoa, mediante contrato particular, bens móveis ou imóveis pertencentes ao menor; [...]. 2.4- Incapacidade absoluta e relativa Natalista A partir do nascimento com vida Concepcionista Personalidade Condicional Direitos do nascituro sob condição suspensiva Incapacidade absoluta Representação relativa Assistência A partir da concepção: personalidade jurídica FORMAL. A partir do nascimento com vida: personalidade jurídica MATERIAL. C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 7 de 66 www.exponencialconcursos.com.br Macete: RIA! Absolutamente Incapaz Relativamente Incapaz Idade Menor de 16 anos 16 a 18 anos Pessoas Ébrios habituais, viciados em tóxicos, pródigos, aquele que não puder exprimir sua vontade (por causa transitória ou permanente). 2.4.1- Incapacidade Absoluta Relativamente Incapaz Assistido Representado Incapaz Absolutamente São absolutamente incapazes os menores de 16 anos de exercer pessoalmente os atos da vida civil C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 8 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 2.4.2- Incapacidade Relativa Observação: Existem algumas situações excepcionais em que os relativamente incapazes podem praticar atos sozinhos, ou seja, sem a necessidade de assistência, como por exemplo: 2.5- Capacidade civil do índio Art. 4º, Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. O Estatuto do Índio dispõe que todo ato praticado por silvícola, sem a assistência da FUNAI, é nulo. O próprio Estatuto, no entanto, dispõe que o juiz poderá considerar válido o ato se constatar que o silvícola tinha plena consciência do que estava fazendo e que o ato não foi prejudicial a ele. 2.6- CURATELA X TUTELA São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: os maiores de 16 e menores de 18 anos os ébrios habituais e os viciados em tóxico aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade pródigos 1. Fazer um testamento; Art. 1.860. Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos. 2. Aceitar mandato para praticar negócios; Art. 666. O maior de dezesseis e menor de dezoito anos não emancipado pode ser mandatário, mas o mandante não tem ação contra ele senão de conformidade com as regras gerais, aplicáveis às obrigações contraídas por menores. 3. Ser testemunha a partir de 16 anos, etc. Art. 228. Não podem ser admitidos como testemunhas: I - os menores de dezesseis anos; TUTELA ➔ amparo de menores CURATELA ➔ amparo de maiores com “problemas” C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 9 de 66 www.exponencialconcursos.com.br Art. 1.728 do CC -. Os filhos menores são postos em tutela: I - com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes; II - em caso de os pais decaírem do poder familiar. Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela: I - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; III - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; V - os pródigos. 2.7- Cessação da Incapacidade 1. Maioridade - ao completar 18 (dezoito) anos; 2. Levantamento da interdição – pode verificar-se se cessar a causa que determinou o respectivo decretamento, quer mediante requerimento do próprio interdito, quer por quem tinha legitimidade para requerer o decretamento da interdição. (Ex.: o vício em tóxico deixa de existir); e 3. Emancipação – aquisição da capacidade civil plena antes de completar 18 (dezoito) anos, ou seja, representa a antecipação da capacidade civil plena. Também pode ser de 3 (três) tipos: voluntária, judicial e legal. Emancipação Voluntária - Concessão de ambos os pais; ou - Concessão de um deles na falta do outro; - Por instrumento público; - Não depende de homologação judicial; -Menor com 16 anos completos. Judicial - Quando os pais divergirem; ou - Quando sob tutela; - Por decisão judicial; - Ouve-se o tutor; - Menor com 16 anos completos. Legal - Pelo casamento; - Pelo exercício de emprego público efetivo; - Pela colação de grau em ensino superior; - Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou relação de emprego, 16 anos completos e economia própria C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es tea rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 10 de 66 www.exponencialconcursos.com.br Ainda, são características da emancipação: Irrevogabilidade Não pode ser revogada pelos pais do menor. Perpetuidade Se o casamento for desfeito a emancipação continua. Pura e simples Não admite termo ou condição. 2.8- Extinção da personalidade ...conforme disposto no artigo 6° do Código Civil: 2.8.1- Morte presumida sem decretação de ausência A existência da pessoa natural termina com a morte presume-se esta, quanto aos ausentes nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva M O R T E REAL Pressupõe a existência de um cadáver para comprovar o óbito CIVIL Quando uma pessoa, embora viva, é tratada como morta, perdendo os seus direitos civis. PRESUMIDA Quando não há um cadáver para provar efetivamente a morte. Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 11 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 2.8.2- Morte presumida com decretação de ausência Também é possível que a morte presumida seja declarada quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva (art. 6º, CC). 1ª FASE: Curadoria dos bens do ausente - PRAZO: 1 ANO 2ª FASE: Sucessão provisória - herdeiros se imitem na posse dos bens do ausente. PRAZO: 10 ANOS 3ª FASE: Sucessão definitiva - decretação de morte presumida. Herdeiros adquirem a propriedade dos bens do ausente. CURADORIA Poderes e obrigações fixados pelo JUIZ Cônjuge do ausente - é o legítmo curador, se não estiver separado judicialmente ou de fato por mais de 2 anos Na falta do cônjuge - o curador será na ordem: os pais, os descendentes, começando pelo mais próximo, e alguém escolhido pelo juiz SUCESSÃO PROVISÓRIA Inicia-se os procedimentos para resguardar os interesses dos herdeiros e demais interessados, pois a morte do ausente passa a ser mais provável com o passar do tempo; Apos o prazo de um ano ou de 3 anos, conforme o caso, não havendo interessados na sucessão provisória, cumpre ao Ministério Público requerê-la ao juízo competente; Prazo de 180 dias: para que a sentença da sucessão provisória produza efeitos depois de publicada. Trata- se de mais um prazo para que o ausente apareça. A partir daí ocorre o trânsito em julgado da sentença de sucessão provisória. Prazo de 30 dias: aos interessados, para requerer a abertura do inventário e a partilha de bens. Caso não apareçam, torna-se herança jacente (sem testamento nem herdeiros legítimos). C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 12 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 2.8.3- Comoriência Comoriência é o nome dado a essa presunção de morte simultânea, quando não se pode determinar a ordem dos falecimentos. O artigo 8° do Código Civil trata essa situação, conforme esquematizamos a seguir. SUCESSÃO DEFINITIVA APÓS 10 anos do trânsito em julgado da sentença que abrir a sucessão provisória PROVANDO-SE que o ausente possui 80 anos de idade e que há 5 anos datam as últimas notícias dele CURADORIA DOS BENS Duração: 1 ano (sem procurador) ou 3 anos (com procurador) Ocorre a arrecadação dos bens do ausente e a entrega a um administrador. Não havendo procurador, deve-se obedecer a ordem estipulada pelo art. 25: 1º cônjuge, 2º pais, 3º descendente, 4º curador dativo. SUCESSÃO PROVISÓRIA Duração: em regra 10 anos Os herdeiros prestam caução e se imitem na posse dos bens. Os herdeiros necessários (ascendente, descendente e cônjuge) não precisam prestar caução. Os bens do ausente só podem ser vendidos por ordem judicial para evitar- lhes a ruína. SUCESSÃO DEFINITIVA O ausente é declarado morto. Os herdeiros passam a ter a propriedade dos bens. Nos 10 primeiros anos a propriedade é resolúvel, pois, se o ausente reaparecer, terá direito aos bens que ainda restarem. Se o ausente já tiver 80 anos de idade e a ausência durar, pelo menos, 5 anos, poderá ocorrer a sucessão definitiva, pois não é necessário que esperemos 3 anos (curadoria dos bens) + 10 anos (sucessão provisória) em decorrência da idade avançada apresentada. C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 13 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 2.9- Registro e averbação 2.10- Direitos de personalidade Na conceituação da Profª. Maria Helena Diniz, “os direitos da personalidade são direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio, ou seja, a sua integridade física (vida, alimentos, próprio corpo vivo ou morto, corpo alheio vivo ou morto, partes separadas do corpo vivo ou morto); a sua integridade intelectual (liberdade de pensamento, autoria científica, artística e literária); e a sua integridade moral (honra, recato, segredo profissional e doméstico, identidade pessoal, familiar e social)”. Os direitos da personalidade são aplicáveis, no que couber, às pessoas jurídicas. Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião presumir-se-ão simultaneamente mortos não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros Registro • nascimentos, casamentos e óbitos • emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz • interdição por incapacidade absoluta ou relativa • sentença declaratória de ausência e de morte presumida Averbação • sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a separação judicial e o restabelecimento da sociedade conjugal • atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 14 de 66 www.exponencialconcursos.com.br Intransmissibilidade e irrenunciabilidade: são as características mencionadas no art. 11 do CC. Entretanto, ressalta-se que alguns atributos da personalidade admitem a cessão de seu uso, tal comoa imagem que pode ser explorada economicamente, mediante uma retribuição em dinheiro. Absolutismo: o caráter absoluto decorre da oponibilidade erga omnes, ou seja, todas as pessoas devem respeitar os direitos da personalidade de outra, sem exceção. Não limitação: o Código Civil enumera um rol meramente exemplificativo de direitos da personalidade, pois é impossível imaginar uma lista taxativa de tais direitos. Conclui-se que eles são ilimitados. Imprescritibilidade: os direitos da personalidade não se extinguem pelo não uso ou pelo decurso de tempo. Impenhorabilidade: são direitos inerentes à pessoa humana e dela inseparáveis, e por essa razão, indisponíveis, ou seja, não podem ser penhorados. Não sujeição à desapropriação: pelo fato dos direitos da personalidade se ligarem à pessoa de modo indestacável, não podem ser retirados contra a sua vontade. Vitaliciedade: os direitos da personalidade são inatos (adquiridos no momento da concepção) e acompanham a pessoa até a sua morte. Entretanto, alguns direitos ultrapassam o momento da morte, tal como o respeito ao morto, à sua honra, à sua memória, ao seu direito de autor, etc. Com exceção dos casos previstos em lei os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária Em se tratando de morto, terá legitimação cônjuge sobrevivente qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 15 de 66 www.exponencialconcursos.com.br Ressalta-se que os legitimados acima agem em “nome próprio”, por direito próprio, visto que as lesões direcionadas ao falecido seriam sentidas por eles. São os denominados lesados indiretos. 2.10.1- Direito à integridade física Inatos • Direito à vida; •Direito à integridade física; •Direito à integridade moral. Adquiridos •Direito autoral; •Demais direitos conferidos pelo Direito Positivo. Salvo por exigência médica é defeso o ato de disposição do próprio corpo quando importar diminuição permanente da integridade física ou contrariar os bons costumes É valida a disposição gratuita do próprio corpo com objetivo científico altruístico no todo ou em parte para depois da morte proibido OU C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 16 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 2.10.2- Integridade moral: Nome João Pereira Neto Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida a tratamento médico intervenção cirúrgica Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos prenome sobrenome O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público ainda quando não haja intenção difamatória sem autorização, não pode ser usado em propaganda comercial prenome sobrenome agnome C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 17 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 2.10.3- Proteção à imagem e à transmissão da palavra • Art. 12, §único: cônjuge sobrevivente, qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. • Art. 20, §único: o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes – somente parentes em linha reta. 2.10.4- Proteção à intimidade E o artigo 21 do Código Civil dispõe que a “vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma”. Salvo se autorizadas ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública transmissão da palavra publicação exposição utilização da imagem sem prejuízo da indenização que couber se lhe atingirem honra boa fama respeitabilidade se destinarem a fins comerciais poderão ser proibidas, a seu requerimento Em se tratando de morto ou de ausente são partes legítimas para requerer essa proteção cônjuge ascendentes descendentes C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 18 de 66 www.exponencialconcursos.com.br Para que seja publicada uma biografia NÃO é necessária autorização prévia do indivíduo biografado, das demais pessoas retratadas, nem de seus familiares. Essa autorização prévia seria uma forma de censura, não sendo compatível com a liberdade de expressão consagrada pela CF/88. Caso o biografado ou qualquer outra pessoa retratada na biografia entenda que seus direitos foram violados pela publicação, ele terá direito à reparação, que poderá ser feita não apenas por meio de indenização pecuniária, como também por outras formas, tais como a publicação de ressalva, de nova edição com correção, de direito de resposta etc. STF. Plenário. ADI 4815, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 10/06/2015. 2.10.5- Estado Define-se estado o modo particular de existir da pessoa natural, que pode ser visto sob três óticas: individual ou físico, familiar e político. O estado individual (ou físico) está ligado a características do indivíduo, como idade, sexo, saúde mental e física, se possuidor de alguma deficiência, etc. O estado familiar refere-se à posição que o indivíduo ocupa na família. O estado político identifica a posição do indivíduo em relação a sua condição política e nascimento, se nacional (nato ou naturalizado), ou estrangeiro. Estado individual ou físico familiar político C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 19 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 3- Pessoas Jurídicas 3.1- Conceito de Pessoa Jurídica A pessoa jurídica é o conjunto de pessoas naturais ou de patrimônios, que visa a consecução de certos fins, reconhecida pela ordemjurídica como sujeito de direitos e obrigações. Para existir, são necessários três requisitos: 1) Organização de pessoas ou de bens; 2) Licitude de propósitos ou fins; e 3) Capacidade jurídica reconhecida por norma. 3.2- Classificação das pessoas jurídicas Além dessas, temos a classificação das pessoas jurídicas quanto às funções e capacidade: as pessoas jurídicas são de direito público (interno – art. 41 do CC - ou externo – art. 42 do CC) e de direito privado. Quanto à nacionaldade nacionais organizadas conforme a lei brasileira, com sede de sua administração no país estrangeiras não poderá funcionar no país sem autorização do Poder Executivo, sujeitando-se aos tribunais brasileiros, quanto aos atos aqui praticados Quanto à estrutura interna universitas personarum conjunto de pessoas que, apenas coletivamente, goza de certos direitos e os exerce por meio de uma vontade única. Ex: associações e sociedades. universitas borum patrimônio personalizado destinado a um fim e que lhe dá unidade. Ex: fundações. C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 20 de 66 www.exponencialconcursos.com.br Pessoas Jurídicas de Direito Público Interno União Estados, Distrito Federal e Territórios Municípios autarquias, inclusive associações públicas demais entidades de caráter público criadas por lei Pessoas Jurídicas de Direito Público Externo Estados estrangeiros todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 21 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 3.3- Começo da existência legal das pessoas jurídicas Pessoas Jurídicas de Direito Privado associações sociedades fundações organizações religiosas partidos políticos empresas individuais de responsabilidade limitada autorização / aprovação do Poder Executivo (quando necessário) Inscrição do ato constitutivo no respectivo registro averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo Constituição Pessoa Jurídica Elaboração do ato constitutivo Contrato social ou estatuto social ou testamento ou escritura pública Registro do ato constitutivo RPEM-registro público das empresas mercantis RCPJ-registro civil das pessoas jurídicas Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com: C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 22 de 66 www.exponencialconcursos.com.br (art. 46): Obs.: É entendimento jurisprudencial que a pessoas jurídica poderá sofrer dano moral. Tanto é que temos a Súmula nº 227 do STJ: “A pessoa jurídica pode sofrer dano moral”. Pessoa Natural Natureza declaratória Personalidade: com o nascimento e antes do registro Pessoa Jurídica Natureza constitutiva Personalidade: com o registro O direito de anular a constituição das PJ de direito privado por defeito do ato respectivo decai em três (3) anos contando o prazo da publicação de sua inscrição no registro O registro declarará: a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social, quando houver o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais as condições de extinção da pessoa jurídica e o destino do seu patrimônio, nesse caso C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 23 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 3.4- Fim da existência legal das pessoas jurídicas A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado termina através da dissolução (ato declaratório motivado por causas supervenientes à constituição da sociedade, oriundo de deliberação dos sócios, do Poder Judiciário ou de autoridade administrativa, com a finalidade de fazer cessar as atividades) e da liquidação (objetiva a desativação operacional da sociedade e a apuração do ativo e passivo para posterior pagamento das dívidas e partilha do patrimônio remanescente entre os sócios). Após estar encerrada a liquidação promove-se o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica no respectivo registro. Caso a pessoa jurídica esteja em funcionamento decorrente de autorização do Poder Executivo, o seu término também pode ocorrer através de um ato governamental que cassar a autorização para o funcionamento. 3.5- Associações Surgem quando não há um fim lucrativo ou intenção de dividir o resultado, embora tenham patrimônio, formado por contribuição de seus membros para a obtenção de fins culturais, educacionais, esportivos, religiosos, beneficentes, recreativos, morais, etc. Obs.: Enunciado nº 534 da VI Jornada de Direito de Civil: “As associações podem desenvolver atividade econômica, desde que não haja finalidade lucrativa”. Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 24 de 66 www.exponencialconcursos.com.br O artigo 56 estabelece que “A qualidade de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário”. E, conforme seu parágrafo único: Sob pena de nulidade, o estatuto das associações conterá: a denominação, os fins e a sede da associação os requisitos para a admissão, demissão e exclusão dos associados os direitos e deveres dos associados as fontes de recursos para sua manutenção o modo de constituição e de funcionamento dos órgãos deliberativos as condições para a alteração das disposições estatutárias e para a dissolução a forma de gestão administrativa e de aprovação das respectivascontas Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da associação a transferência daquela não importará, de per si na atribuição da qualidade de associado ao adquirente ou ao herdeiro salvo disposição diversa do estatuto C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 25 de 66 www.exponencialconcursos.com.br ➢ Competência privativa da AGE: ➢ Convocação de órgãos deliberativos: ➢ Dissolução da associação: 3.6- Sociedades A SOCIEDADE é uma pessoa jurídica de direito privado constituída por “pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados“ (art. 981, CC). Compete privativamente à assembléia geral: destituir os administradores alterar o estatuto A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto garantido a 1/5 (um quinto) dos associados o direito de promovê-la Dissolvida a associação, o remanescente do seu patrimônio líquido será destinado à entidade de fins não econômicos designada no estatuto ou, omisso este, por deliberação dos associados, à instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes Sendo exigido deliberação da assembleia especialmente convocada para esse fim, cujo quorum será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores. o, bem como os critérios de eleição dos administradores. as deliberações depois de deduzidas, se for o caso, as quotas ou frações ideais referidas no parágrafo único do art. 56 C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 26 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 3.7- Das fundações ...a instituição de uma fundação deve atravessar as seguintes fases: dotação de bens livres (arts. 63 e 64, CC), elaboração do estatuto (art. SOCIEDADE Fins econômicos Partilha dos resultados (lucros) Pluralidade de sócios Affectio Societatis • por escritura pública ou testamento • dotação especial de bens livres • especificando o fim a que se destina, • e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la Para criar uma fundação, o seu instituidor fará A fundação somente poderá constituir-se para fins de: assistência social cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico educação saúde segurança alimentar e nutricional defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos humanos atividades religiosas C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 27 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 65), aprovação do Estatuto pelo Ministério Público e registro no Cartório do Registro Civil de Pessoas Jurídicas. ❖ Fase da dotação de bens livres (arts. 63 e 64): Quando insuficientes para constituir a fundação, os bens a ela destinados serão incorporados em outra fundação que se proponha a fim igual ou semelhante se de outro modo não dispuser o instituidor Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos o instituidor é obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens dotados e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial • o Ministério Público do Estado onde situadas Velará pelas fundações • caberá o encargo ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território • caberá o encargo, em cada um deles, ao respectivo Ministério Público. Se estenderem a atividade por mais de um Estado Requisitos Alteração do estatuto da fundação Deliberação por dois terços dos competentes para gerir e representar a fundação NÃO contrarie ou desvirtue o fim da fundação APROVAÇÃO pelo Ministério Público no prazo máximo de 45 dias findo o qual ou no caso de o Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 28 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 3.8- Partidos políticos Sua organização e seu funcionamento são regulados por lei específica (Lei 9.096/95). Art. 44, § 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão conforme o disposto em lei específica. 3.9- Organizações religiosas Também têm natureza de associação. Art. 44, § 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. 3.10- EIRELI: empresa individual de responsabilidade limitada A empresa individual de responsabilidade limitada, EIRELI, foi criada pela lei nº 12.441/2011 como nova forma de organização do empresário individual; não é um novo tipo de sociedade. 3.11- Desconsideração da personalidade jurídica A partir de sua personalidade jurídica, o ente jurídico pode adquirir direitos e contrair obrigações. Desta forma, em consequência, fica caracterizado o chamado princípio da autonomia patrimonial, Todavia, no intuito de evitar o uso indevido da personalidade jurídica, em certas circunstâncias, a regra da separação patrimonial poderá ser afastada momentaneamente por meio da aplicação da chamada Teoria da Desconsideração da Personalidade Jurídica ou disregard doctrine. EIRELI Pessoa Jurídica de Direito Privado (art. 44,CC) Inscrição no registro competente: RPEM ou RCPJ Constituída por única pessoa Titular de todo o capital social Pessoa Natural ou Jurídica Capital social Totalmente integralizado Não inferior a 100 salários- mínimos vigente Nome empresarial Firma ou Denominação + "EIRELI" C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te arq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 29 de 66 www.exponencialconcursos.com.br Art. 50: Em resumo, temos que: 3.12- Grupos despersonalizados ou despersonificados Nem todo grupo social constituído para a execução de uma atividade é dotado de personalidade. Apesar de alguns grupos possuírem características peculiares à pessoa jurídica, lhes faltam requisitos indispensáveis à personificação. Os principais são os seguintes: - Família: apesar de ser a base da sociedade, não tem legitimidade ativa ou passiva no campo processual; - Espólio: é o conjunto de bens formado com a morte de alguém. Tal ente possui legitimidade, devendo ser representado pelo inventariante, entretanto, não deve ser considerado pessoa jurídica; Em caso de abuso da personalidade jurídica caracterizado por desvio de finalidade confusão patrimonial pode o juiz decidir que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica a requerimento da parte do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo Desconsideração da personalidade jurídica - CÓDIGO CIVIL Abuso da personalidade Desvio de Finalidade (Ex.: fundação que objetiva o lucro) Confusão Patrimonial (Ex.: celebra contrato particular) Decisão Judicial Requerimento de parte ou do MP Obrigações estendidas aos sócios ou administradores OU C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 30 de 66 www.exponencialconcursos.com.br - Herança jacente ou vacante: caso a pessoa faleça e não deixe sucessores, os seus bens serão destinados ao poder público e, da mesma forma que o espólio, tal conjunto de bens não pode ser considerado pessoa jurídica; - Massa falida: é o conjunto de bens formado com a decretação de falência de uma pessoa jurídica, sendo que não constitui uma pessoa jurídica pois representa uma simples arrecadação de coisas e direitos; - Sociedade de fato: são empresas que não possuem estatuto ou contrato social e, por isso, não foram registradas; - Sociedades irregulares: é o ente constituído por uma empresa que possui estatuto ou contrato social, entretanto tal documento não foi registrado na Junta Comercial estadual, tal como ocorre com a sociedade em comum e a sociedade em conta de participação; - Condomínio: para alguns doutrinadores, o condomínio edilício constitui uma pessoa jurídica, tanto que pode ter inscrição no CNPJ, para outros doutrinadores não constitui pessoa jurídica. E se cair na prova perguntando se o condomínio é ou não pessoa jurídica? A tendência moderna tem sido aceitar o condomínio como pessoa jurídica (com personalidade jurídica), 4- Domicílio Civil 4.1- Domicílio da Pessoa Natural •é o lugar onde a pessoa é encontrada. O normal é a idéia do recolhimento. Local onde é encontrada para dormir ou pernoite. Morada •é a morada habitual. É o local onde a pessoa é encontrada habitualmente. Ex: Casa de praia. Residência •é a residência com ânimo definitivo (vontade de permanecer). Não é residência eterna. É o local onde a pessoa é encontrada habitualmente e não sabe quando vai sair. A pessoa pode até não ter vontade de permanecer, mas enquanto ela permanecer de modo habitual é domicílio, (Ex.: morar em um bairro que não gosta). Domicílio C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 31 de 66 www.exponencialconcursos.com.br Domicílio Residência Morada D O M I C Í L I O P e s s o a n a tu r a l Voluntário Comum ou geral. Elementos objetivos (residência) e subjetivo (ânimo definitivo) Especial - contratantes estabelecem um local (foro) para cumprimento de obrigações ou para dirimir controvérsias. Necessário ou legal Incapaz, servidor público, militar, marítimo, preso C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 32 de 66 www.exponencialconcursos.com.br Art. 71 do CC - Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. (PLURALIDADE DE DOMICÍLIOS) Art. 72 do CC -É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida. (DOMICÍLIO PROFISSIONAL) Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem. (PLURALIDADE DE DOMICÍLIOS PROFISSIONAIS) Art. 73 do CC - Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha residência habitual, o lugar onde for encontrada. (AUSÊNCIA DE RESIDÊNCIA) Domicílio da pessoal natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência com ânimo definitivo Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências onde, alternadamente, viva considerar-se-á domicílio seu qualquer delas É também domicílio da pessoa natural quanto às relações concernentes à profissão o lugar onde esta é exercida Se forem em lugares diversos cada um deles constituirá domiícilio (para as relações que lhe corresponderem) não tiver residencia habitual o lugar onde for encontrada C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 33 de 66 www.exponencialconcursos.com.br Obs.: Macete utilizado pelos “concurseiros”: SIM PM (servidor, incapaz, militar, preso e marítimo). 4.2- Domicílio da Pessoa Jurídica Domicílio necessário incapaz é o do seu representante ou assistente servidor público lugar em que exercer permanentemente suas funções militar onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado marítimo onde o navio estiver matriculado preso lugar em que cumprir a sentença Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é: da União ==> o Distrito Federal dos Estados e Territórios ==> as respectivas capitais do Município ==> o lugar da administração municipal das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos - Todas as pessoaspossuem domicílio. - O Código Civil adota a teoria da pluralidade domiciliar. - Para o preso ter domicílio necessário de ve haver uma sentença condenatória transitada em julgado. C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 34 de 66 www.exponencialconcursos.com.br Domicílio da pessoa jurídica de direito público interno União Distrito Federal. Estados e Territórios Respectivas capitais. Municípios Lugar onde funcione a administração municipal. Domicílio das demais pessoas jurídicas Regra Onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. Na falta de domicílio especial Lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações. Diversos estabelecimentos (pluralidade domiciliar) Cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados. Se a administração ou diretoria tiver sede no estrangeiro o lugar do estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder. Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 35 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 5- Dos bens: Considerações Iniciais Bens são valores materiais (corpóreos) ou imateriais (incorpóreos) que têm valor econômico e que podem servir de objeto a uma relação jurídica. Obs.: Coisas X bens: são conceitos que não se confundem, embora a coisa represente espécie da qual o bem é o gênero. BEM Corpóreo A coisa se encontra aqui Incorpóreo Das diferentes classes de bens Dos Bens Considerados em Si Mesmos Dos Bens Reciprocamente Considerados Dos Bens Públicos Bens considerados em si mesmos • Móveis e imóveis • Fungíveis e infungíveis • Consumíveis e inconsumíveis • Divisíveis e indivisíveis • Singulares e insugulares Bens reciprocamente considerados • Principais e acessórios X C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 36 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 6- Dos Bens Considerados em Si Mesmos 6.1- Bens móveis e imóveis 6.1.1- Bens imóveis É tudo que se incorpora naturalmente (acessão natural) ou artificialmente (acessão artificial) ao solo. Dos Bens Considerados em Si Mesmos móveis fungíveis consumíveis divisíveis singulares imóveis infungíveis inconsumíveis indivisíveis coletivos Bens imóveis Por natureza Somente o solo Por acessão Natural Tudo que adere ao solo naturalmente: árvores, frutos e subsolo Artificial (ou industrial) Tudo que resulta do trabalho humano: construções e plantações Por determinação legal (art. 80) O legislador resolveu enquadrar como bem imóvel: sucessão aberta, direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram OU OU OU OU OU C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 37 de 66 www.exponencialconcursos.com.br Bens imóveis o solo E tudo quanto se lhe incorporar natural artificialmente para os efeitos legais os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram o direito à sucessão aberta as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade forem removidas para outro local os materiais provisoriamente separados de um prédio para nele se reempregarem OU C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 38 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 6.1.2- Bens móveis Bens Móveis Por natureza Com ou Sem movimento próprio Semoventes (gado) e móveis propriamente dito (caneta) Por antecipação Têm uma finalidade última como móvel, mesmo temporariamente imóveis Árvores plantadas para corte Por determinação legal É a lei que os considera como móveis, e, consequentemente, aplica-se as disposições sobre bens móveis nas relações que os envolvam (art. 83) Os direitos reais sobre objetos móveis e respectivas ações; os direitos de obrigação, e respectivas ações; além dos direitos do autor Bens móveis as energias que tenham valor econômico os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados e os provenientes da demolição de algum prédio Sobre os navios e aeronaves, apesar de poderem ser dados em hipoteca (instituto jurídico característico de bens imóveis), eles não perdem a característica de bens móveis. C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 39 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 6.2- Bens fungíveis e infungíveis 6.3- Bens consumíveis e inconsumíveis A definição legal (art. 86 do CC) é “São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação”. Embora não haja definição no CC, o bem será inconsumível quando não atender a esses requisitos. Bens IMÓVEIS •por natureza; •por acessão industrial ou artificial; •por acessão intelectual; •por determinação legal. Bens MÓVEIS •por natureza; •por antecipação; •por determinação legal. Bens móveis fungíveis substituíveis por outros da mesma espécie qualidade quantidade infungíveis insubstituíveis Bens consumíveis o uso importa destruição imediata destinadosà alienação OU C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 40 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 6.4- Bens divisíveis e indivisíveis Assim temos: Bem indivisível por natureza x Bem indivisível por lei Bens divisíveis podem ser fracionados sem que haja alteração na sua substância diminuição considerável de valor prejuízo do uso a que se destinam Bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei vontade das partes Indivisibilidade NATURAL - Ex.: Animal LEGAL- Ex.: Lote mínimo Convencional - vontade das partes OU COMODATUM AD POMPAM VEL OSTENTATIONEM ➔ o bem se torna infungível e inconsumível em decorrência da vontade das partes. C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 41 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 6.5- Bens singulares e coletivos São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais (art. 89 do CC). A expressão “per si”, oriunda do latim, significa por si, ou seja, de forma individual. Bens Singulares São considerados individualmente UNIVERSALIDADES Consideram o conjunto DE FATO vontade do dono Pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária. DE DIREITO por força de lei O complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico. Bens singulares embora reunidos se consideram de per si, independentemente dos demais Universalidade de fato • pluralidade de bens singulares, pertinentes à mesma pessoa, • que tenham destinação unitária • Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações jurídicas próprias Universalidade de direito • complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, • dotadas de valor econômico C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 42 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 7- Dos Bens Reciprocamente Considerados Em relação ao solo a árvore é acessório, mas em relação ao fruto que ela produz é principal (art. 92, CC): 7.1- Frutos Frutos são elementos que são produzidos peridocamente pelo bem principal, sem provocar alteração em sua substância. Quanto à origem os frutos dividem-se em: ➢ Frutos naturais: aqueles produzidos pela força orgânica (ex.: bezerro, carneiro, maçã, laranja); ➢ Frutos industriais: os produzidos pela arte humana (ex.: tecido produzido pelo tear); e ➢ Frutos civis: aqueles produzidos pela coisa em razão da cessão remunerada da posse (ex.: rendimentos, juros, aluguel). Bens Reciprocamente Considerados Principal bem que existe sobre si abstrata concretamente Acessório a existência supõe a do principal OU C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 43 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 7.2- Produtos Ao contrário dos frutos, os produtos não são renováveis periodicamente, e provocam alteração na substância do bem principal que os produz. Por exemplo, o carvão mineral. 7.3- Benfeitorias As benfeitorias podem ser entendidas como algo para conservar, embelezar ou melhorar o uso de um bem. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. Frutos (quanto ao estado) pendentes ainda não separados do bem principal percebidos ou colhidos já separados do bem principal estantes separados do principal e armazenados para venda percipiendos deveriam ter sido percebidos (ou colhidos) mas não foram consumidos perderam a existência com seu consumo Produtos não são renováveis periodicamente provocam alteração na substância do bem principal E C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 44 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 7.4- Pertenças Benfeitorias voluptuárias são de mero deleite ou recreio (piscina) não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável sejam de elevado valor úteis aumentam ou facilitam o uso do bem (garagem) necessárias tem por fim conservar o bem evitar que se deteriore Pertenças são bens que se detinam, de modo duradouro, ao uso serviço aformoseamento de outro. não constituindo partes integrantes OU OU OU OU OU C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 45 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 8- Bens Públicos e Bens Privados: regime jurídico ... são públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são privados, seja qual for a pessoa a que pertencerem (art. 98 do CC). Portanto, o Critério utilizado pelo legislador foi o da titularidade do bem, independente de sua afetação (destinação). Obs.: Res Nullius: são as coisas de ninguém, como por exemplo: bens abandonados e os peixes no fundo do mar. Enunciado 287 do CJF – Art. 98. O critério da classificação de bens indicado no art. 98 do Código Civil não exaure a enumeração dos bens públicos, podendo ainda ser classificado como tal o bem pertencente a pessoa jurídica de direito privado que esteja afetado à prestação de serviços públicos. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças salvo se o contrário resultar da lei manifestação de vontade circunstâncias do caso C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to rais r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 46 de 66 www.exponencialconcursos.com.br Obs.: Afetação: é o ato ou fato pelo qual se confere a um bem a finalidade pública de uso comum ou especial. Decorre de ato legal ou administrativo. Desafetação: ocorre a transformação de um bem de uso comum em bem de uso especial ou dominical, ou ainda, um bem de uso especial se transforma na categoria de uso comum ou dominical. Bens Públicos de uso comum do povo rios, mares, estradas, ruas e praças de uso especial edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias dominicais constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado Não dispondo a lei em contrário Não estão sujeitos a usucapião! C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 47 de 66 www.exponencialconcursos.com.br Art. 102 do CC - Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. Súmula nº 340 do Supremo Tribunal Federal: “Desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião”. Art. 183, §3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. (urbano) Art. 191, Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. (rural) CARACTERÍSTICAS DOS BENS PÚBLICOS - INALIENABILIDADE: trata-se de uma característica relativa, pois atinge somente os bens públicos de uso comum do povo e de uso especial; - IMPENHORABILIDADE: os bens públicos não podem ser dados em garantia; e - IMPRESCRITIBILIDADE: os bens públicos são insuscetíveis de aquisição por usucapião. 8.1- Terras devolutas Terras devolutas são terrenos públicos, ou seja, propriedades públicas que nunca pertenceram a um particular, mesmo estando ocupadas. .... por não estarem reservadas para um determinado fim, as terras devolutas são bens públicos dominicais. 9- Bens no comércio e fora do comércio Bens no comércio Passíveis de serem vendidos, trocados, doados, emprestados, etc. Bens fora do comércio São inalienáveis ou insuscetíveis de apropriação C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 48 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 10- Bem de família: legal e convencional O bem de família legal é aquele tratado pela Lei nº 8.009/90, que dispõe sobre a impenhorabilidade do bem de família. Refere-se ao imóvel próprio do casal ou da entidade familiar. Como regra é: ”é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam”. Tal regra é afastada nos casos previstos em lei. Obs.: Uma importante distinção entre o bem de família convencional e legal é no que diz respeito à fiança. O imóvel de fiador constituído como bem de família convencional (conforme o CC) não poderá ser penhorado. Agora, não há vedação para a penhora de imóvel de fiador considerado como bem de família apenas com base na Lei nº 8.009/90, nos termos do art. 3º, inciso VII da referida lei. Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido: VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação. Então, pessoal! Esta foi a parte teórica da aula de hoje. A seguir, temos uma lista de questões comentadas, ok? Bom treino! Bens fora do comércio Naturalmente indisponíveis Aqueles insuscetíveis de serem apropriados pelo homem ou de uso inexaurível, tais como luz do sol, água do mar, ar atmosférico. Legalmente indisponíveis Bens de uso comum e especial, suscetíveis de uso pelo homem: os direitos de personalidade, os órgãos humanos, os bens dos incapazes, os bens públicos, o bem de família, as terras ocupadas por índios, etc. Indisponíveis por vontade humana Bens em testamentos ou doados, com cláusula de inalienabilidade, temporária ou vitalícia, nos casos e formas previstos em lei, por ato inter vivos ou causa mortis. C óp ia r eg is tr ad a pa ra F el ip e G om es ( C P F : 0 16 .5 35 .9 76 -5 8) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso de Direito Civil Resumo + Questões comentadas Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 49 de 66 www.exponencialconcursos.com.br 11- Questões Comentadas 1. (CESPE/Analista Portuário - Área Jurídica-EMAP/2018) Julgue o item seguinte, relativo à desconsideração da personalidade jurídica, à responsabilidade civil e à ausência. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória de bens de ausente não produzirá efeitos imediatamente, necessitando de um lapso temporal de cento e oitenta dias, contado da sua publicação; exceção a essa determinação ocorre quando há testamento, sendo os efeitos da sentença produzidos logo após o trânsito em julgado do procedimento de abertura testamentária. Comentários O item está errado, pois não é do trânsito em julgado do “procedimento de abertura testamentária”, mas do trânsito em julgado da sentença de abertura da sucessão provisória, conforme art. 28 do CC. Aí está o erro. Art. 28, CC. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só produzirá efeito cento e oitenta dias depois de publicada pela imprensa; mas, logo que passe em julgado, proceder-se-á à abertura do testamento, se houver, e ao inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido. Logo, temos que: • REGRA: A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória de bens de ausente não produzirá efeitos imediatamente, necessitando de um lapso temporal de cento e oitenta dias, contado da sua publicação. • EXCEÇÃO: Há testamento. Após o trânsito em julgado da sentença de abertura da sucessão provisória, abre-se o testamento. Daí temos os efeitos da sentença. 2. (CESPE/Analista Portuário - Área Jurídica-EMAP/2018) Acerca das obrigações, dos direitos de personalidade e do negócio jurídico, julgue o item subsequente. A doutrina classifica os direitos da personalidade em três grupos não exaustivos: o de direitos à integridade física, o de direitos à integridade intelectual e o de direitos à integridade moral. Comentários O item está certo. Na conceituação da Profª.
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