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Curso de Direito Civil 
Resumo + Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 
 
 
 
 
 
Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 2 de 66 
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Sumário 
1- Conceito de Pessoa ...................................................................... 4 
2- Pessoal Natural ........................................................................... 4 
2.1- Conceito de pessoa natural ....................................................... 4 
2.2- Capacidade de Direito X Capacidade de Fato ............................ 4 
2.3- Capacidade x Legitimação ........................................................ 6 
2.4- Incapacidade absoluta e relativa .............................................. 6 
2.4.1- Incapacidade Absoluta ......................................................... 7 
2.4.2- Incapacidade Relativa .......................................................... 8 
2.5- Capacidade civil do índio .......................................................... 8 
2.6- CURATELA X TUTELA ................................................................. 8 
2.7- Cessação da Incapacidade ........................................................ 9 
2.8- Extinção da personalidade ...................................................... 10 
2.8.1- Morte presumida sem decretação de ausência ...................... 10 
2.8.2- Morte presumida com decretação de ausência ...................... 11 
2.8.3- Comoriência ..................................................................... 12 
2.9- Registro e averbação .............................................................. 13 
2.10- Direitos de personalidade ....................................................... 13 
2.10.1- Direito à integridade física .................................................. 15 
2.10.2- Integridade moral: Nome ................................................... 16 
2.10.3- Proteção à imagem e à transmissão da palavra ..................... 17 
2.10.4- Proteção à intimidade ........................................................ 17 
2.10.5- Estado ............................................................................. 18 
3- Pessoas Jurídicas ...................................................................... 19 
3.1- Conceito de Pessoa Jurídica .................................................... 19 
3.2- Classificação das pessoas jurídicas ......................................... 19 
3.3- Começo da existência legal das pessoas jurídicas .................. 21 
3.4- Fim da existência legal das pessoas jurídicas ......................... 23 
3.5- Associações ............................................................................ 23 
3.6- Sociedades ............................................................................. 25 
Sujeitos do Direito: pessoas naturais, pessoas jurídicas; personalidade; 
capacidade das pessoas naturais e das pessoas jurídicas; domicílio. Objeto 
do Direito: bens; divisão e espécie de bens. 
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Curso de Direito Civil 
Resumo + Questões comentadas 
Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 
 
 
 
 
 
Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 3 de 66 
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3.7- Das fundações ........................................................................ 26 
3.8- Partidos políticos .................................................................... 28 
3.9- Organizações religiosas .......................................................... 28 
3.10- EIRELI: empresa individual de responsabilidade limitada ...... 28 
3.11- Desconsideração da personalidade jurídica ............................ 28 
3.12- Grupos despersonalizados ou despersonificados .................... 29 
4- Domicílio Civil ............................................................................ 30 
4.1- Domicílio da Pessoa Natural ................................................... 30 
4.2- Domicílio da Pessoa Jurídica ................................................... 33 
5- Dos bens: Considerações Iniciais .............................................. 35 
6- Dos Bens Considerados em Si Mesmos ...................................... 36 
6.1- Bens móveis e imóveis ........................................................... 36 
6.1.1- Bens imóveis .................................................................... 36 
6.1.2- Bens móveis ..................................................................... 38 
6.2- Bens fungíveis e infungíveis ................................................... 39 
6.3- Bens consumíveis e inconsumíveis ......................................... 39 
6.4- Bens divisíveis e indivisíveis ................................................... 40 
6.5- Bens singulares e coletivos ..................................................... 41 
7- Dos Bens Reciprocamente Considerados ................................... 42 
7.1- Frutos ..................................................................................... 42 
7.2- Produtos ................................................................................. 43 
7.3- Benfeitorias ............................................................................ 43 
7.4- Pertenças ............................................................................... 44 
8- Bens Públicos e Bens Privados: regime jurídico......................... 45 
8.1- Terras devolutas ..................................................................... 47 
9- Bens no comércio e fora do comércio ........................................ 47 
10- Bem de família: legal e convencional ......................................... 48 
11- Questões Comentadas ............................................................... 49 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
"Grandes realizações não são feitas por impulso, 
mas por uma soma de pequenas realizações". 
Vincent Van Gogh 
 
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1- Conceito de Pessoa 
 
 
 
2- Pessoal Natural 
 
2.1- Conceito de pessoa natural 
A pessoa natural, sinônimo de pessoa física, é o ser humano considerado 
como sujeito de direitos e obrigações. Para ser uma pessoa, basta existir, basta 
nascer com vida, adquirindo personalidade jurídica. 
 Portanto, no conceito de pessoa natural não estão abrangidos seres que não 
sejam humanos, como animais, seres inanimados, entidades místicas e 
metafísicas. 
 
2.2- Capacidade de Direito X Capacidade de Fato 
 
Pessoa
Natural
(ou física)
Ser humano
Jurídica
(ou moral)
Organização que visa a 
realização de um certo interesse
Sujeito 
Passivo
Relação Jurídica
Sujeito Ativo 
(direito)
Prestação (bem jurídico)
Toda pessoa
é capaz de 
direitos e 
deveres
na ordem civil
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CONCLUSÃO: Para possuir capacidade plena, a pessoa precisa possuir 
capacidade de direito e capacidade de fato. 
 
 
A 
personalidade
civil da pessoa
começa do 
nascimento
com vida
os direitos
do 
nascituro
mas a lei põe a 
salvo, desde a 
concepção
Capacidade
de gozo ou de 
direito
começa do nascimento com 
vida
de fato ou de
exercício
precisa ter condições de exercer 
seus direitos por conta própria
C. de 
FATO
C. de 
DIREITO
Capacidade 
PLENA
Nascimento com vida
Maioridade (18 anos)
Capacidade de 
Direito ou de Gozo-
ILIMITADA 
Capacidade de Fato ou 
de Exercício 
 
LIMITADA 
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➔ O nascituro tem direito a receber doação (art. 542 do CC) 
➔ O nascituro tem direito a participar da sucessão hereditária (art. 
1.798 do CC) 
as três teorias acerca da aquisição da personalidade civil da pessoa natural 
pode ser esquematiza com abaixo: 
 
 
2.3- Capacidade x Legitimação 
A legitimação difere da capacidade de direito ou de gozo, pois esta 
todas as pessoas a possuem, ao passo que aquela é característica de apenas 
alguns. Como exemplo temos o art. 1.749, I do CC: 
Art. 1.749 do CC - Ainda com a autorização judicial, não pode o tutor, 
sob pena de nulidade: 
I - adquirir por si, ou por interposta pessoa, mediante contrato 
particular, bens móveis ou imóveis pertencentes ao menor; [...]. 
 
2.4- Incapacidade absoluta e relativa 
 
 
Natalista
A partir do nascimento com 
vida
Concepcionista
Personalidade 
Condicional
Direitos do nascituro sob 
condição suspensiva
Incapacidade
absoluta Representação
relativa Assistência
A partir da concepção: 
personalidade jurídica FORMAL. 
A partir do nascimento com vida: 
personalidade jurídica MATERIAL. 
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Macete: RIA! 
 
 
 
 
 Absolutamente Incapaz Relativamente Incapaz 
Idade Menor de 16 anos 16 a 18 anos 
Pessoas Ébrios habituais, viciados em 
tóxicos, pródigos, aquele que não 
puder exprimir sua vontade (por 
causa transitória ou permanente). 
 
2.4.1- Incapacidade Absoluta 
 
 
 
 
 
 
Relativamente Incapaz Assistido
Representado Incapaz Absolutamente
São absolutamente
incapazes
os menores de 
16 anos
de exercer
pessoalmente os atos 
da vida civil
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2.4.2- Incapacidade Relativa 
 
Observação: Existem algumas situações excepcionais em que os 
relativamente incapazes podem praticar atos sozinhos, ou seja, sem a 
necessidade de assistência, como por exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.5- Capacidade civil do índio 
Art. 4º, Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por 
legislação especial. 
O Estatuto do Índio dispõe que todo ato praticado por silvícola, sem a 
assistência da FUNAI, é nulo. O próprio Estatuto, no entanto, dispõe que o juiz 
poderá considerar válido o ato se constatar que o silvícola tinha plena 
consciência do que estava fazendo e que o ato não foi prejudicial a ele. 
2.6- CURATELA X TUTELA 
 
 
 
 
São incapazes, relativamente a certos atos ou à 
maneira de os exercer:
os maiores
de 16 e 
menores de 
18 anos
os ébrios
habituais e 
os viciados
em tóxico
aqueles que, por causa 
transitória ou 
permanente, não
puderem exprimir sua 
vontade
pródigos
1. Fazer um testamento; 
Art. 1.860. Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos. 
2. Aceitar mandato para praticar negócios; 
Art. 666. O maior de dezesseis e menor de dezoito anos não emancipado 
pode ser mandatário, mas o mandante não tem ação contra ele senão de 
conformidade com as regras gerais, aplicáveis às obrigações contraídas por 
menores. 
3. Ser testemunha a partir de 16 anos, etc. 
Art. 228. Não podem ser admitidos como testemunhas: 
I - os menores de dezesseis anos; 
 
TUTELA ➔ amparo de menores 
CURATELA ➔ amparo de maiores com “problemas” 
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Art. 1.728 do CC -. Os filhos menores são postos em tutela: 
I - com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes; 
II - em caso de os pais decaírem do poder familiar. 
Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela: 
I - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua 
vontade; 
III - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
V - os pródigos. 
2.7- Cessação da Incapacidade 
1. Maioridade - ao completar 18 (dezoito) anos; 
2. Levantamento da interdição – pode verificar-se se cessar a causa que 
determinou o respectivo decretamento, quer mediante requerimento do 
próprio interdito, quer por quem tinha legitimidade para requerer o 
decretamento da interdição. (Ex.: o vício em tóxico deixa de existir); e 
3. Emancipação – aquisição da capacidade civil plena antes de completar 18 
(dezoito) anos, ou seja, representa a antecipação da capacidade civil plena. 
Também pode ser de 3 (três) tipos: voluntária, judicial e legal. 
 
 
 
 
Emancipação
Voluntária
- Concessão de ambos 
os pais; ou
- Concessão de um 
deles na falta do 
outro;
- Por instrumento 
público;
- Não depende de 
homologação judicial;
-Menor com 16 anos 
completos.
Judicial
- Quando os pais 
divergirem; ou
- Quando sob tutela;
- Por decisão 
judicial;
- Ouve-se o tutor;
- Menor com 16 
anos completos.
Legal
- Pelo casamento;
- Pelo exercício de 
emprego público
efetivo;
- Pela colação de grau 
em ensino superior;
- Pelo estabelecimento 
civil ou comercial, ou 
relação de emprego, 
16 anos completos e 
economia própria 
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 Ainda, são características da emancipação: 
Irrevogabilidade Não pode ser revogada pelos pais do menor. 
Perpetuidade Se o casamento for desfeito a emancipação continua. 
Pura e simples Não admite termo ou condição. 
 
2.8- Extinção da personalidade 
...conforme disposto no artigo 6° do Código Civil: 
 
 
2.8.1- Morte presumida sem decretação de ausência 
 
A existência da pessoa natural termina
com a morte
presume-se esta, quanto 
aos ausentes
nos casos em que a lei autoriza a 
abertura de sucessão definitiva
M
O
R
T
E
REAL
Pressupõe a existência de um cadáver 
para comprovar o óbito
CIVIL
Quando uma pessoa, embora viva, é 
tratada como morta, perdendo os seus 
direitos civis.
PRESUMIDA
Quando não há um cadáver para provar 
efetivamente a morte.
Pode ser declarada a 
morte presumida, 
sem decretação de
ausência
se for extremamente provável a morte 
de quem estava em perigo de vida
se alguém, desaparecido em campanha 
ou feito prisioneiro, não for encontrado 
até dois anos após o término da guerra
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2.8.2- Morte presumida com decretação de ausência 
Também é possível que a morte presumida seja declarada quanto aos 
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva 
(art. 6º, CC). 
 
 
 
 
 
1ª FASE: Curadoria dos bens do ausente - PRAZO: 1 
ANO
2ª FASE: Sucessão provisória - herdeiros se imitem 
na posse dos bens do ausente. PRAZO: 10 ANOS
3ª FASE: Sucessão definitiva - decretação de morte 
presumida. Herdeiros adquirem a propriedade dos 
bens do ausente.
CURADORIA
Poderes e obrigações fixados pelo JUIZ
Cônjuge do ausente - é o legítmo curador, se não 
estiver separado judicialmente ou de fato por mais de 2 
anos
Na falta do cônjuge - o curador será na ordem: os 
pais, os descendentes, começando pelo mais próximo,
e alguém escolhido pelo juiz
SUCESSÃO 
PROVISÓRIA
Inicia-se os procedimentos para resguardar os 
interesses dos herdeiros e demais interessados, pois a 
morte do ausente passa a ser mais provável com o 
passar do tempo;
Apos o prazo de um ano ou de 3 anos, conforme o 
caso, não havendo interessados na sucessão 
provisória, cumpre ao Ministério Público requerê-la 
ao juízo competente;
Prazo de 180 dias: para que a sentença da sucessão 
provisória produza efeitos depois de publicada. Trata-
se de mais um prazo para que o ausente apareça. A 
partir daí ocorre o trânsito em julgado da sentença 
de sucessão provisória.
Prazo de 30 dias: aos interessados, para requerer a 
abertura do inventário e a partilha de bens. Caso 
não apareçam, torna-se herança jacente (sem 
testamento nem herdeiros legítimos). 
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2.8.3- Comoriência 
Comoriência é o nome dado a essa presunção de morte simultânea, 
quando não se pode determinar a ordem dos falecimentos. O artigo 8° do 
Código Civil trata essa situação, conforme esquematizamos a seguir. 
SUCESSÃO DEFINITIVA
APÓS 10 anos do trânsito 
em julgado da sentença que 
abrir a sucessão provisória
PROVANDO-SE que o 
ausente possui 80 anos de 
idade e que há 5 anos 
datam as últimas notícias 
dele
CURADORIA DOS BENS
Duração: 1 ano (sem 
procurador) ou 3 anos 
(com procurador)
Ocorre a arrecadação dos 
bens do ausente e a 
entrega a um 
administrador.
Não havendo procurador, 
deve-se obedecer a ordem 
estipulada pelo art. 25: 1º 
cônjuge, 2º pais, 3º 
descendente, 4º curador 
dativo.
SUCESSÃO PROVISÓRIA
Duração: em regra 10 anos
Os herdeiros prestam 
caução e se imitem na 
posse dos bens.
Os herdeiros necessários 
(ascendente, descendente 
e cônjuge) não precisam 
prestar caução.
Os bens do ausente só 
podem ser vendidos por 
ordem judicial para evitar-
lhes a ruína.
SUCESSÃO DEFINITIVA
O ausente é declarado 
morto.
Os herdeiros passam a ter 
a propriedade dos bens.
Nos 10 primeiros anos a 
propriedade é resolúvel, 
pois, se o ausente 
reaparecer, terá direito aos 
bens que ainda restarem.
Se o ausente já tiver 80 anos de idade e a ausência durar, 
pelo menos, 5 anos, poderá ocorrer a sucessão definitiva, 
pois não é necessário que esperemos 3 anos (curadoria dos 
bens) + 10 anos (sucessão provisória) em decorrência da 
idade avançada apresentada. 
 
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2.9- Registro e averbação 
 
 
 
2.10- Direitos de personalidade 
Na conceituação da Profª. Maria Helena Diniz, “os direitos da 
personalidade são direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe 
é próprio, ou seja, a sua integridade física (vida, alimentos, próprio 
corpo vivo ou morto, corpo alheio vivo ou morto, partes separadas do 
corpo vivo ou morto); a sua integridade intelectual (liberdade de 
pensamento, autoria científica, artística e literária); e a sua integridade 
moral (honra, recato, segredo profissional e doméstico, identidade 
pessoal, familiar e social)”. 
 
 
Os direitos da personalidade são aplicáveis, no que couber, às pessoas 
jurídicas. 
 
Se dois ou mais 
indivíduos falecerem
na mesma ocasião
presumir-se-ão 
simultaneamente
mortos
não se podendo 
averiguar se algum 
dos comorientes
precedeu aos outros
Registro
• nascimentos, casamentos e 
óbitos
• emancipação por outorga dos 
pais ou por sentença do juiz
• interdição por incapacidade 
absoluta ou relativa
• sentença declaratória de 
ausência e de morte presumida
Averbação
• sentenças que decretarem a 
nulidade ou anulação do 
casamento, o divórcio, a 
separação judicial e o 
restabelecimento da sociedade 
conjugal
• atos judiciais ou extrajudiciais 
que declararem ou reconhecerem 
a filiação
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 Intransmissibilidade e irrenunciabilidade: são as características 
mencionadas no art. 11 do CC. Entretanto, ressalta-se que alguns 
atributos da personalidade admitem a cessão de seu uso, tal comoa 
imagem que pode ser explorada economicamente, mediante uma 
retribuição em dinheiro. 
 Absolutismo: o caráter absoluto decorre da oponibilidade erga omnes, 
ou seja, todas as pessoas devem respeitar os direitos da personalidade 
de outra, sem exceção. 
 Não limitação: o Código Civil enumera um rol meramente 
exemplificativo de direitos da personalidade, pois é impossível imaginar 
uma lista taxativa de tais direitos. Conclui-se que eles são ilimitados. 
 Imprescritibilidade: os direitos da personalidade não se extinguem 
pelo não uso ou pelo decurso de tempo. 
 Impenhorabilidade: são direitos inerentes à pessoa humana e dela 
inseparáveis, e por essa razão, indisponíveis, ou seja, não podem ser 
penhorados. 
 Não sujeição à desapropriação: pelo fato dos direitos da 
personalidade se ligarem à pessoa de modo indestacável, não podem ser 
retirados contra a sua vontade. 
 Vitaliciedade: os direitos da personalidade são inatos (adquiridos no 
momento da concepção) e acompanham a pessoa até a sua morte. 
Entretanto, alguns direitos ultrapassam o momento da morte, tal como o 
respeito ao morto, à sua honra, à sua memória, ao seu direito de autor, 
etc. 
 
 
Com exceção dos 
casos previstos em 
lei
os direitos da 
personalidade 
são 
intransmissíveis e
irrenunciáveis
não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária
Em se tratando de 
morto, terá 
legitimação
cônjuge
sobrevivente
qualquer parente em 
linha reta, ou colateral
até o quarto grau
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 Ressalta-se que os legitimados acima agem em “nome próprio”, por 
direito próprio, visto que as lesões direcionadas ao falecido seriam sentidas por 
eles. São os denominados lesados indiretos. 
 
 
2.10.1- Direito à integridade física 
 
 
 
 
Inatos
• Direito à vida;
•Direito à integridade física;
•Direito à integridade moral.
Adquiridos
•Direito autoral;
•Demais direitos conferidos 
pelo Direito Positivo.
Salvo por 
exigência 
médica
é defeso o ato de 
disposição do 
próprio corpo
quando importar 
diminuição
permanente da 
integridade física
ou contrariar os 
bons costumes
É valida a disposição 
gratuita do próprio
corpo
com 
objetivo
científico altruístico
no todo ou 
em parte
para depois
da morte
proibido 
 OU 
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2.10.2- Integridade moral: Nome 
 
 
 
 
João Pereira Neto 
 
 
 
 
 
 
 
Ninguém pode ser 
constrangido a submeter-se, 
com risco de vida a
tratamento médico
intervenção cirúrgica
Toda pessoa tem direito ao 
nome, nele compreendidos
prenome sobrenome
O nome da 
pessoa 
não pode ser empregado por 
outrem em publicações ou 
representações que a 
exponham ao desprezo
público
ainda quando 
não haja 
intenção
difamatória
sem autorização, não pode 
ser usado em propaganda
comercial
 prenome sobrenome agnome 
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2.10.3- Proteção à imagem e à transmissão da palavra 
 
 
 
 
 
• Art. 12, §único: cônjuge sobrevivente, qualquer parente em linha reta, 
ou colateral até o quarto grau. 
• Art. 20, §único: o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes – 
somente parentes em linha reta. 
 
 
2.10.4- Proteção à intimidade 
E o artigo 21 do Código Civil dispõe que a “vida privada da pessoa natural 
é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências 
necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma”. 
 
 
 
Salvo se 
autorizadas ou se 
necessárias à 
administração da 
justiça 
ou à 
manutenção da 
ordem pública
transmissão da 
palavra
publicação
exposição 
utilização da 
imagem 
sem prejuízo da 
indenização que 
couber
se lhe 
atingirem 
honra
boa fama
respeitabilidade
se destinarem a 
fins comerciais
poderão ser 
proibidas, a 
seu 
requerimento
Em se tratando 
de morto ou 
de ausente
são partes legítimas 
para requerer essa 
proteção
cônjuge
ascendentes 
descendentes
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Para que seja publicada uma biografia NÃO é necessária autorização 
prévia do indivíduo biografado, das demais pessoas retratadas, nem de 
seus familiares. Essa autorização prévia seria uma forma de censura, não 
sendo compatível com a liberdade de expressão consagrada pela CF/88. 
Caso o biografado ou qualquer outra pessoa retratada na biografia 
entenda que seus direitos foram violados pela publicação, ele terá direito 
à reparação, que poderá ser feita não apenas por meio de indenização 
pecuniária, como também por outras formas, tais como a publicação de 
ressalva, de nova edição com correção, de direito de resposta etc. 
STF. Plenário. ADI 4815, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 10/06/2015. 
 
 
2.10.5- Estado 
 Define-se estado o modo particular de existir da pessoa natural, que 
pode ser visto sob três óticas: individual ou físico, familiar e político. 
 
 
 O estado individual (ou físico) está ligado a características do 
indivíduo, como idade, sexo, saúde mental e física, se possuidor de alguma 
deficiência, etc. 
 O estado familiar refere-se à posição que o indivíduo ocupa na família. 
 O estado político identifica a posição do indivíduo em relação a sua 
condição política e nascimento, se nacional (nato ou naturalizado), ou 
estrangeiro. 
 
 
 
 
Estado
individual ou
físico
familiar político
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3- Pessoas Jurídicas 
 
3.1- Conceito de Pessoa Jurídica 
A pessoa jurídica é o conjunto de pessoas naturais ou de 
patrimônios, que visa a consecução de certos fins, reconhecida pela ordemjurídica como sujeito de direitos e obrigações. Para existir, são necessários três 
requisitos: 
1) Organização de pessoas ou de bens; 
2) Licitude de propósitos ou fins; e 
3) Capacidade jurídica reconhecida por norma. 
 
3.2- Classificação das pessoas jurídicas 
 
 
 
Além dessas, temos a classificação das pessoas jurídicas quanto às funções 
e capacidade: as pessoas jurídicas são de direito público (interno – art. 41 
do CC - ou externo – art. 42 do CC) e de direito privado. 
 
Quanto à 
nacionaldade
nacionais
organizadas conforme a lei 
brasileira, com sede de sua 
administração no país
estrangeiras
não poderá funcionar no país 
sem autorização do Poder 
Executivo, sujeitando-se aos 
tribunais brasileiros, quanto 
aos atos aqui praticados
Quanto à
estrutura 
interna
universitas 
personarum 
conjunto de pessoas que, 
apenas coletivamente, goza de 
certos direitos e os exerce por 
meio de uma vontade única. Ex: 
associações e sociedades.
universitas 
borum
patrimônio personalizado 
destinado a um fim e que lhe dá 
unidade. Ex: fundações.
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Pessoas Jurídicas de 
Direito Público 
Interno
União
Estados, 
Distrito 
Federal e 
Territórios
Municípios
autarquias,
inclusive 
associações 
públicas
demais 
entidades 
de 
caráter 
público 
criadas 
por lei
Pessoas Jurídicas de 
Direito Público 
Externo
Estados estrangeiros
todas as pessoas que forem regidas 
pelo direito internacional público
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3.3- Começo da existência legal das pessoas jurídicas 
 
 
 
 
 
 
Pessoas Jurídicas de 
Direito Privado
associações
sociedades
fundações
organizações religiosas
partidos políticos
empresas individuais de 
responsabilidade limitada
autorização / 
aprovação do Poder 
Executivo
(quando necessário)
Inscrição do 
ato
constitutivo
no respectivo 
registro
averbando-se no 
registro todas as 
alterações por que 
passar o ato 
constitutivo
Constituição 
Pessoa Jurídica
Elaboração do 
ato constitutivo
Contrato social ou estatuto social ou 
testamento ou escritura pública
Registro do ato 
constitutivo
RPEM-registro público das empresas 
mercantis
RCPJ-registro civil das pessoas 
jurídicas
Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado 
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 (art. 46): 
 
Obs.: É entendimento jurisprudencial que a pessoas jurídica poderá sofrer dano 
moral. Tanto é que temos a Súmula nº 227 do STJ: “A pessoa jurídica pode 
sofrer dano moral”. 
 
Pessoa Natural
Natureza declaratória
Personalidade: com o 
nascimento e antes do registro
Pessoa Jurídica
Natureza constitutiva
Personalidade: com o registro
O direito de 
anular a 
constituição
das PJ de direito 
privado
por defeito do ato 
respectivo
decai em três (3) anos
contando o prazo da 
publicação de sua 
inscrição no registro
O registro
declarará:
a denominação, os fins, a sede, o tempo de 
duração e o fundo social, quando houver
o nome e a individualização dos fundadores ou 
instituidores, e dos diretores
o modo por que se administra e representa, 
ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente
se o ato constitutivo é reformável no tocante à 
administração, e de que modo
se os membros respondem, ou não, 
subsidiariamente, pelas obrigações sociais
as condições de extinção da pessoa jurídica e o 
destino do seu patrimônio, nesse caso
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3.4- Fim da existência legal das pessoas jurídicas 
A existência legal das pessoas jurídicas de direito privado termina através 
da dissolução (ato declaratório motivado por causas supervenientes à 
constituição da sociedade, oriundo de deliberação dos sócios, do Poder Judiciário 
ou de autoridade administrativa, com a finalidade de fazer cessar as atividades) 
e da liquidação (objetiva a desativação operacional da sociedade e a apuração 
do ativo e passivo para posterior pagamento das dívidas e partilha do patrimônio 
remanescente entre os sócios). Após estar encerrada a liquidação promove-se 
o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica no respectivo registro. Caso a 
pessoa jurídica esteja em funcionamento decorrente de autorização do Poder 
Executivo, o seu término também pode ocorrer através de um ato 
governamental que cassar a autorização para o funcionamento. 
 
3.5- Associações 
Surgem quando não há um fim lucrativo ou intenção de dividir o 
resultado, embora tenham patrimônio, formado por contribuição de seus 
membros para a obtenção de fins culturais, educacionais, esportivos, religiosos, 
beneficentes, recreativos, morais, etc. 
 
Obs.: Enunciado nº 534 da VI Jornada de Direito de Civil: “As associações 
podem desenvolver atividade econômica, desde que não haja finalidade 
lucrativa”. 
Constituem-se as 
associações
pela união de 
pessoas
que se 
organizem 
para fins não
econômicos
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O artigo 56 estabelece que “A qualidade de associado é intransmissível, 
se o estatuto não dispuser o contrário”. E, conforme seu parágrafo único: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sob pena de 
nulidade, o 
estatuto das 
associações conterá:
a denominação, os fins e a sede da 
associação
os requisitos para a admissão, demissão
e exclusão dos associados
os direitos e deveres dos associados
as fontes de recursos para sua manutenção
o modo de constituição e de funcionamento 
dos órgãos deliberativos
as condições para a alteração das 
disposições estatutárias e para a dissolução
a forma de gestão administrativa e de 
aprovação das respectivascontas
Se o associado for 
titular de quota ou 
fração ideal do 
patrimônio da 
associação
a transferência
daquela não
importará, de per si
na atribuição da 
qualidade de 
associado ao 
adquirente ou 
ao herdeiro
salvo disposição 
diversa do estatuto 
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➢ Competência privativa da AGE: 
 
 
➢ Convocação de órgãos deliberativos: 
 
➢ Dissolução da associação: 
 
 
 
3.6- Sociedades 
A SOCIEDADE é uma pessoa jurídica de direito privado constituída 
por “pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou 
serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos 
resultados“ (art. 981, CC). 
 
Compete privativamente
à assembléia geral: 
destituir os 
administradores
alterar o 
estatuto
A convocação dos órgãos 
deliberativos far-se-á na 
forma do estatuto
garantido a 1/5 (um quinto) 
dos associados o direito de 
promovê-la
Dissolvida a 
associação, o 
remanescente
do seu 
patrimônio 
líquido
será destinado à 
entidade de fins não
econômicos 
designada no 
estatuto
ou, omisso este, por 
deliberação dos 
associados, à instituição 
municipal, estadual ou 
federal, de fins idênticos
ou semelhantes
Sendo exigido 
deliberação da 
assembleia 
especialmente 
convocada para esse 
fim, cujo quorum 
será o estabelecido 
no estatuto, bem 
como os critérios de 
eleição dos 
administradores. 
 o, bem como os 
critérios de eleição 
dos 
administradores. 
as deliberações 
depois de deduzidas, se for o 
caso, as quotas ou frações 
ideais referidas no parágrafo 
único do art. 56 
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3.7- Das fundações 
 
 
 
...a instituição de uma fundação deve atravessar as seguintes fases: 
dotação de bens livres (arts. 63 e 64, CC), elaboração do estatuto (art. 
SOCIEDADE
Fins 
econômicos
Partilha dos 
resultados 
(lucros)
Pluralidade 
de sócios 
Affectio 
Societatis
• por escritura pública ou testamento
• dotação especial de bens livres
• especificando o fim a que se destina, 
• e declarando, se quiser, a maneira de 
administrá-la
Para criar
uma 
fundação, o 
seu 
instituidor 
fará
A fundação
somente
poderá 
constituir-se 
para fins de:
assistência social
cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e 
artístico
educação
saúde
segurança alimentar e nutricional
defesa, preservação e conservação do meio ambiente e 
promoção do desenvolvimento sustentável
pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias 
alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção 
e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e 
científicos
promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos 
direitos humanos
atividades religiosas
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Profs. Wangney Ilco e Dicler Forestieri 27 de 66 
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65), aprovação do Estatuto pelo Ministério Público e registro no Cartório 
do Registro Civil de Pessoas Jurídicas. 
❖ Fase da dotação de bens livres (arts. 63 e 64): 
 
 
 
 
 
 
Quando insuficientes
para constituir a 
fundação, os bens a 
ela destinados serão
incorporados em 
outra fundação que se 
proponha a fim igual
ou semelhante
se de outro modo não 
dispuser o instituidor
Constituída 
a fundação 
por negócio jurídico 
entre vivos
o instituidor é 
obrigado a
transferir-lhe a 
propriedade, ou 
outro direito real, 
sobre os bens dotados
e, se não o fizer, 
serão registrados, em 
nome dela, por 
mandado judicial
• o Ministério Público do Estado onde
situadas
Velará pelas 
fundações 
• caberá o encargo ao Ministério
Público do Distrito Federal e
Territórios
Se funcionarem no 
Distrito Federal ou 
em Território
• caberá o encargo, em cada um deles, 
ao respectivo Ministério Público.
Se estenderem a 
atividade por mais 
de um Estado
Requisitos
Alteração 
do estatuto
da fundação
Deliberação por dois terços dos competentes para 
gerir e representar a fundação
NÃO contrarie ou desvirtue o fim da fundação
APROVAÇÃO pelo 
Ministério Público
no prazo máximo de 
45 dias
findo o qual ou no caso de o 
Ministério Público a denegar, 
poderá o juiz supri-la, a 
requerimento do interessado
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3.8- Partidos políticos 
Sua organização e seu funcionamento são regulados por lei específica 
(Lei 9.096/95). Art. 44, § 3o Os partidos políticos serão organizados e funcionarão 
conforme o disposto em lei específica. 
 
3.9- Organizações religiosas 
Também têm natureza de associação. 
Art. 44, § 1o São livres a criação, a organização, a estruturação interna e 
o funcionamento das organizações religiosas, sendo vedado ao poder 
público negar-lhes reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e 
necessários ao seu funcionamento. 
 
3.10- EIRELI: empresa individual de responsabilidade limitada 
A empresa individual de responsabilidade limitada, EIRELI, foi criada pela 
lei nº 12.441/2011 como nova forma de organização do empresário 
individual; não é um novo tipo de sociedade. 
 
 
3.11- Desconsideração da personalidade jurídica 
A partir de sua personalidade jurídica, o ente jurídico pode adquirir 
direitos e contrair obrigações. Desta forma, em consequência, fica caracterizado 
o chamado princípio da autonomia patrimonial, 
Todavia, no intuito de evitar o uso indevido da personalidade jurídica, em 
certas circunstâncias, a regra da separação patrimonial poderá ser afastada 
momentaneamente por meio da aplicação da chamada Teoria da 
Desconsideração da Personalidade Jurídica ou disregard doctrine. 
 
 
EIRELI
Pessoa Jurídica de 
Direito Privado (art. 44,CC)
Inscrição no registro 
competente: RPEM ou RCPJ
Constituída por única 
pessoa
Titular de todo o capital social
Pessoa Natural ou Jurídica
Capital social
Totalmente integralizado
Não inferior a 100 salários-
mínimos vigente
Nome empresarial
Firma ou Denominação + 
"EIRELI"
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Art. 50: 
 
Em resumo, temos que: 
 
3.12- Grupos despersonalizados ou despersonificados 
 Nem todo grupo social constituído para a execução de uma atividade é 
dotado de personalidade. Apesar de alguns grupos possuírem características 
peculiares à pessoa jurídica, lhes faltam requisitos indispensáveis à 
personificação. Os principais são os seguintes: 
- Família: apesar de ser a base da sociedade, não tem legitimidade ativa ou 
passiva no campo processual; 
- Espólio: é o conjunto de bens formado com a morte de alguém. Tal ente 
possui legitimidade, devendo ser representado pelo inventariante, entretanto, 
não deve ser considerado pessoa jurídica; 
Em caso de 
abuso da 
personalidade
jurídica
caracterizado
por
desvio de finalidade
confusão patrimonial
pode o juiz
decidir
que os efeitos de certas e 
determinadas relações de 
obrigações sejam estendidos
aos bens particulares dos 
administradores ou sócios
da pessoa jurídica
a requerimento
da parte
do Ministério 
Público
quando lhe 
couber intervir 
no processo
Desconsideração 
da personalidade 
jurídica - CÓDIGO 
CIVIL
Abuso da 
personalidade 
Desvio de Finalidade (Ex.:
fundação que objetiva o lucro)
Confusão Patrimonial (Ex.: 
celebra contrato particular)
Decisão 
Judicial
Requerimento de parte ou do 
MP
Obrigações estendidas aos 
sócios ou administradores
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- Herança jacente ou vacante: caso a pessoa faleça e não deixe sucessores, 
os seus bens serão destinados ao poder público e, da mesma forma que o 
espólio, tal conjunto de bens não pode ser considerado pessoa jurídica; 
- Massa falida: é o conjunto de bens formado com a decretação de falência de 
uma pessoa jurídica, sendo que não constitui uma pessoa jurídica pois 
representa uma simples arrecadação de coisas e direitos; 
- Sociedade de fato: são empresas que não possuem estatuto ou contrato 
social e, por isso, não foram registradas; 
- Sociedades irregulares: é o ente constituído por uma empresa que possui 
estatuto ou contrato social, entretanto tal documento não foi registrado na Junta 
Comercial estadual, tal como ocorre com a sociedade em comum e a sociedade 
em conta de participação; 
- Condomínio: para alguns doutrinadores, o condomínio edilício constitui uma 
pessoa jurídica, tanto que pode ter inscrição no CNPJ, para outros doutrinadores 
não constitui pessoa jurídica. 
 E se cair na prova perguntando se o condomínio é ou não pessoa jurídica? 
 A tendência moderna tem sido aceitar o condomínio como pessoa jurídica 
(com personalidade jurídica), 
4- Domicílio Civil 
 
4.1- Domicílio da Pessoa Natural 
 
 
 
•é o lugar onde a pessoa é encontrada. O normal é a 
idéia do recolhimento. Local onde é encontrada para 
dormir ou pernoite.
Morada
•é a morada habitual. É o local onde a pessoa é 
encontrada habitualmente. Ex: Casa de praia.
Residência
•é a residência com ânimo definitivo (vontade de
permanecer). Não é residência eterna. É o local onde a pessoa
é encontrada habitualmente e não sabe quando vai sair. A
pessoa pode até não ter vontade de permanecer, mas enquanto
ela permanecer de modo habitual é domicílio, (Ex.: morar em
um bairro que não gosta).
Domicílio
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Domicílio
Residência
Morada
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Voluntário
Comum ou geral. Elementos 
objetivos (residência) e subjetivo 
(ânimo definitivo)
Especial - contratantes 
estabelecem um local (foro) para 
cumprimento de obrigações ou 
para dirimir controvérsias.
Necessário ou legal
Incapaz, servidor público, 
militar, marítimo, preso
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Art. 71 do CC - Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde, 
alternadamente, viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. 
(PLURALIDADE DE DOMICÍLIOS) 
Art. 72 do CC -É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações 
concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida. (DOMICÍLIO 
PROFISSIONAL) 
Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada 
um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem. 
(PLURALIDADE DE DOMICÍLIOS PROFISSIONAIS) 
Art. 73 do CC - Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que não tenha 
residência habitual, o lugar onde for encontrada. (AUSÊNCIA DE 
RESIDÊNCIA) 
 
 
 
Domicílio da 
pessoal
natural
é o lugar onde ela estabelece a 
sua residência com ânimo 
definitivo
Se, porém, a pessoa natural tiver 
diversas residências onde, 
alternadamente, viva
considerar-se-á 
domicílio seu 
qualquer delas
É também
domicílio da 
pessoa natural
quanto às 
relações
concernentes 
à profissão
o lugar onde 
esta é 
exercida
Se forem em 
lugares 
diversos
cada um
deles 
constituirá 
domiícilio
(para as relações 
que lhe 
corresponderem)
não tiver 
residencia 
habitual
o lugar onde 
for 
encontrada
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Obs.: Macete utilizado pelos “concurseiros”: SIM PM (servidor, incapaz, militar, 
preso e marítimo). 
 
 
 
 
 
 
 
4.2- Domicílio da Pessoa Jurídica 
 
 
Domicílio 
necessário
incapaz
é o do seu representante ou 
assistente
servidor 
público
lugar em que exercer
permanentemente suas funções
militar
onde servir, e, sendo da Marinha ou da 
Aeronáutica, a sede do comando a 
que se encontrar imediatamente
subordinado
marítimo onde o navio estiver matriculado
preso lugar em que cumprir a sentença
Quanto às 
pessoas 
jurídicas, o 
domicílio é:
da União ==> o Distrito Federal
dos Estados e Territórios ==> as respectivas capitais
do Município ==> o lugar da administração municipal
das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem 
as respectivas diretorias e administrações, ou onde 
elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos 
constitutivos
- Todas as pessoaspossuem domicílio. 
- O Código Civil adota a teoria da pluralidade 
domiciliar. 
- Para o preso ter domicílio necessário de ve 
haver uma sentença condenatória transitada 
em julgado. 
 
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Domicílio da pessoa jurídica de direito público interno 
União Distrito Federal. 
Estados e Territórios Respectivas capitais. 
Municípios 
Lugar onde funcione a administração 
municipal. 
 
Domicílio das demais pessoas jurídicas 
Regra 
Onde elegerem domicílio especial no 
seu estatuto ou atos constitutivos. 
Na falta de domicílio especial 
Lugar onde funcionarem as respectivas 
diretorias e administrações. 
Diversos estabelecimentos 
(pluralidade domiciliar) 
Cada um deles será considerado 
domicílio para os atos nele praticados. 
Se a administração ou diretoria 
tiver sede no estrangeiro 
o lugar do estabelecimento, sito no 
Brasil, a que ela corresponder. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos 
em lugares diferentes
cada um deles será considerado domicílio
para os atos nele praticados
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5- Dos bens: Considerações Iniciais 
Bens são valores materiais (corpóreos) ou imateriais 
(incorpóreos) que têm valor econômico e que podem servir 
de objeto a uma relação jurídica. 
 
Obs.: Coisas X bens: são conceitos que não se confundem, embora a coisa 
represente espécie da qual o bem é o gênero. 
 
 
 
 
 
 
 
 
BEM
Corpóreo A coisa se encontra aqui
Incorpóreo
Das diferentes classes de bens
Dos Bens 
Considerados em 
Si Mesmos
Dos Bens 
Reciprocamente 
Considerados
Dos Bens 
Públicos
Bens considerados em 
si mesmos
• Móveis e imóveis
• Fungíveis e infungíveis
• Consumíveis e inconsumíveis
• Divisíveis e indivisíveis
• Singulares e insugulares
Bens reciprocamente 
considerados
• Principais e acessórios
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6- Dos Bens Considerados em Si Mesmos 
 
6.1- Bens móveis e imóveis 
6.1.1- Bens imóveis 
É tudo que se incorpora naturalmente (acessão natural) ou 
artificialmente (acessão artificial) ao solo. 
 
Dos Bens
Considerados em 
Si Mesmos
móveis
fungíveis
consumíveis
divisíveis
singulares
imóveis
infungíveis
inconsumíveis
indivisíveis
coletivos
Bens 
imóveis
Por 
natureza
Somente o 
solo
Por acessão
Natural
Tudo que adere 
ao solo 
naturalmente: 
árvores, frutos e 
subsolo
Artificial 
(ou industrial)
Tudo que 
resulta do 
trabalho 
humano: 
construções e 
plantações
Por 
determinação 
legal (art. 80)
O legislador 
resolveu 
enquadrar 
como bem 
imóvel: 
sucessão 
aberta, 
direitos reais 
sobre imóveis 
e as ações que 
os asseguram 
 OU 
 OU 
 OU 
 OU 
 OU 
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Bens 
imóveis
o solo
E tudo quanto 
se lhe 
incorporar 
natural
artificialmente
para os efeitos 
legais
os direitos reais 
sobre imóveis
e as ações que 
os asseguram
o direito à 
sucessão aberta
as edificações que, separadas 
do solo, mas conservando a 
sua unidade 
forem removidas para 
outro local
os materiais provisoriamente
separados de um prédio
para nele se 
reempregarem
 OU 
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6.1.2- Bens móveis 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bens 
Móveis
Por 
natureza
Com ou Sem movimento próprio
Semoventes (gado) e móveis 
propriamente dito (caneta)
Por 
antecipação
Têm uma finalidade última como móvel, 
mesmo temporariamente imóveis
Árvores plantadas para corte
Por 
determinação 
legal
É a lei que os considera como móveis, 
e, consequentemente, aplica-se as 
disposições sobre bens móveis nas 
relações que os envolvam (art. 83)
Os direitos reais sobre objetos móveis e 
respectivas ações; os direitos de 
obrigação, e respectivas ações; além 
dos direitos do autor
Bens móveis
as energias
que tenham 
valor 
econômico
os direitos
reais sobre 
objetos 
móveis
e as ações
correspondentes
os direitos
pessoais de 
caráter
patrimonial
e respectivas 
ações
materiais
destinados a alguma 
construção, 
enquanto não forem 
empregados
e os provenientes 
da demolição de 
algum prédio
 
Sobre os navios e aeronaves, apesar de poderem ser dados 
em hipoteca (instituto jurídico característico de bens imóveis), 
eles não perdem a característica de bens móveis. 
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6.2- Bens fungíveis e infungíveis 
 
 
 
 
6.3- Bens consumíveis e inconsumíveis 
 A definição legal (art. 86 do CC) é “São consumíveis os bens móveis cujo 
uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também 
considerados tais os destinados à alienação”. Embora não haja definição no 
CC, o bem será inconsumível quando não atender a esses requisitos. 
 
 
 
 
 
Bens IMÓVEIS
•por natureza;
•por acessão industrial ou artificial;
•por acessão intelectual;
•por determinação legal.
Bens MÓVEIS
•por natureza;
•por antecipação;
•por determinação legal.
Bens 
móveis
fungíveis
substituíveis por 
outros da mesma
espécie
qualidade
quantidade
infungíveis insubstituíveis
Bens consumíveis
o uso importa 
destruição 
imediata
destinadosà 
alienação
 OU 
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6.4- Bens divisíveis e indivisíveis 
 
 
 
Assim temos: Bem indivisível por natureza x Bem indivisível por lei 
 
 
Bens divisíveis
podem ser 
fracionados sem
que haja
alteração na sua substância
diminuição considerável de 
valor
prejuízo do uso a que se 
destinam
Bens naturalmente divisíveis podem 
tornar-se indivisíveis por
determinação da lei
vontade das partes
Indivisibilidade
NATURAL - Ex.: Animal
LEGAL- Ex.: Lote mínimo
Convencional - vontade das partes
 OU 
 
COMODATUM AD POMPAM VEL OSTENTATIONEM ➔ o bem 
se torna infungível e inconsumível em decorrência da 
vontade das partes. 
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6.5- Bens singulares e coletivos 
São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per 
si, independentemente dos demais (art. 89 do CC). A expressão “per si”, 
oriunda do latim, significa por si, ou seja, de forma individual. 
 
 
 
 
 
 
Bens Singulares São considerados individualmente 
 
UNIVERSALIDADES 
 
Consideram o 
conjunto 
DE FATO vontade 
do dono 
Pluralidade de bens singulares 
que, pertinentes à mesma 
pessoa, tenham destinação 
unitária. 
DE DIREITO por 
força de lei 
O complexo de relações 
jurídicas, de uma pessoa, 
dotadas de valor econômico. 
 
 
 
Bens singulares
embora reunidos
se consideram de per si, 
independentemente dos demais
Universalidade de fato
• pluralidade de bens singulares, 
pertinentes à mesma pessoa, 
• que tenham destinação 
unitária
• Os bens que formam essa 
universalidade podem ser objeto 
de relações jurídicas próprias
Universalidade de direito
• complexo de relações 
jurídicas, de uma pessoa, 
• dotadas de valor econômico
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7- Dos Bens Reciprocamente Considerados 
Em relação ao solo a árvore é acessório, mas em relação ao fruto que ela 
produz é principal (art. 92, CC): 
 
 
7.1- Frutos 
Frutos são elementos que são produzidos peridocamente pelo bem 
principal, sem provocar alteração em sua substância. 
Quanto à origem os frutos dividem-se em: 
➢ Frutos naturais: aqueles produzidos pela força orgânica (ex.: 
bezerro, carneiro, maçã, laranja); 
➢ Frutos industriais: os produzidos pela arte humana (ex.: tecido 
produzido pelo tear); e 
➢ Frutos civis: aqueles produzidos pela coisa em razão da cessão 
remunerada da posse (ex.: rendimentos, juros, aluguel). 
 
Bens Reciprocamente 
Considerados
Principal
bem que existe
sobre si
abstrata concretamente
Acessório
a existência
supõe a do 
principal
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7.2- Produtos 
 Ao contrário dos frutos, os produtos não são renováveis periodicamente, 
e provocam alteração na substância do bem principal que os produz. Por 
exemplo, o carvão mineral. 
 
 
7.3- Benfeitorias 
 As benfeitorias podem ser entendidas como algo para conservar, 
embelezar ou melhorar o uso de um bem. As benfeitorias podem ser 
voluptuárias, úteis ou necessárias. 
Frutos 
(quanto ao 
estado)
pendentes ainda não separados do bem principal
percebidos
ou colhidos
já separados do bem principal
estantes
separados do principal e armazenados
para venda
percipiendos
deveriam ter sido percebidos (ou 
colhidos) mas não foram
consumidos
perderam a existência com seu 
consumo
Produtos
não são 
renováveis
periodicamente
provocam
alteração na 
substância do 
bem principal 
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7.4- Pertenças 
 
 
 
Benfeitorias
voluptuárias
são de mero deleite
ou recreio (piscina)
não aumentam o uso
habitual do bem, 
ainda que 
o tornem 
mais 
agradável
sejam de 
elevado 
valor
úteis
aumentam ou 
facilitam o uso do 
bem (garagem)
necessárias tem por fim 
conservar o 
bem
evitar que se 
deteriore
Pertenças
são bens que se 
detinam, de modo 
duradouro, ao
uso
serviço
aformoseamento 
de outro.
não constituindo 
partes integrantes
 OU 
 OU
 
 OU 
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8- Bens Públicos e Bens Privados: regime jurídico 
 
 ... são públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas 
jurídicas de direito público interno; todos os outros são privados, seja qual 
for a pessoa a que pertencerem (art. 98 do CC). Portanto, o Critério utilizado 
pelo legislador foi o da titularidade do bem, independente de sua afetação 
(destinação). 
Obs.: Res Nullius: são as coisas de ninguém, como por exemplo: bens 
abandonados e os peixes no fundo do mar. 
Enunciado 287 do CJF – Art. 98. O critério da classificação de bens 
indicado no art. 98 do Código Civil não exaure a enumeração dos bens 
públicos, podendo ainda ser classificado como tal o bem pertencente a 
pessoa jurídica de direito privado que esteja afetado à prestação de 
serviços públicos. 
Os negócios jurídicos que dizem 
respeito ao bem principal
não abrangem as pertenças
salvo se o 
contrário resultar
da
lei
manifestação de 
vontade
circunstâncias
do caso
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Obs.: Afetação: é o ato ou fato pelo qual se confere a um bem a finalidade pública de 
uso comum ou especial. Decorre de ato legal ou administrativo. Desafetação: ocorre 
a transformação de um bem de uso comum em bem de uso especial ou dominical, ou 
ainda, um bem de uso especial se transforma na categoria de uso comum ou dominical. 
 
 
Bens
Públicos
de uso 
comum do 
povo
rios, mares, estradas, ruas e 
praças
de uso 
especial
edifícios ou terrenos destinados a 
serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, 
territorial ou municipal, inclusive os 
de suas autarquias
dominicais
constituem o patrimônio das pessoas 
jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal, ou real, 
de cada uma dessas entidades
pertencentes às pessoas jurídicas de 
direito público a que se tenha dado 
estrutura de direito privado
Não dispondo a lei em 
contrário
Não estão sujeitos 
a usucapião!
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Art. 102 do CC - Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
Súmula nº 340 do Supremo Tribunal Federal: “Desde a 
vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens 
públicos, não podem ser adquiridos por usucapião”. 
Art. 183, §3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. 
(urbano) 
Art. 191, Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por 
usucapião. (rural) 
 
 
CARACTERÍSTICAS DOS BENS PÚBLICOS 
- INALIENABILIDADE: trata-se de uma característica relativa, pois atinge 
somente os bens públicos de uso comum do povo e de uso especial; 
- IMPENHORABILIDADE: os bens públicos não podem ser dados em 
garantia; e 
- IMPRESCRITIBILIDADE: os bens públicos são insuscetíveis de aquisição 
por usucapião. 
 
8.1- Terras devolutas 
Terras devolutas são terrenos públicos, ou seja, propriedades públicas 
que nunca pertenceram a um particular, mesmo estando ocupadas. .... por não 
estarem reservadas para um determinado fim, as terras devolutas são bens 
públicos dominicais. 
 
9- Bens no comércio e fora do comércio 
 
 
 
Bens no comércio
Passíveis de serem 
vendidos, trocados, doados, 
emprestados, etc.
Bens fora do 
comércio
São inalienáveis ou 
insuscetíveis de apropriação
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10- Bem de família: legal e convencional 
 O bem de família legal é aquele tratado pela Lei nº 8.009/90, que 
dispõe sobre a impenhorabilidade do bem de família. Refere-se ao imóvel 
próprio do casal ou da entidade familiar. Como regra é: ”é impenhorável e 
não responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, 
previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais 
ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam”. Tal regra é afastada nos 
casos previstos em lei. 
Obs.: Uma importante distinção entre o bem de família convencional e legal é 
no que diz respeito à fiança. O imóvel de fiador constituído como bem de família 
convencional (conforme o CC) não poderá ser penhorado. Agora, não há 
vedação para a penhora de imóvel de fiador considerado como bem de família 
apenas com base na Lei nº 8.009/90, nos termos do art. 3º, inciso VII da 
referida lei. 
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução 
civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se 
movido: 
VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de 
locação. 
 
Então, pessoal! Esta foi a parte teórica da aula de hoje. A seguir, temos uma 
lista de questões comentadas, ok? 
Bom treino! 
Bens fora 
do comércio
Naturalmente 
indisponíveis
Aqueles insuscetíveis de serem 
apropriados pelo homem ou de uso 
inexaurível, tais como luz do sol, água do 
mar, ar atmosférico.
Legalmente 
indisponíveis 
Bens de uso comum e especial, 
suscetíveis de uso pelo homem: os 
direitos de personalidade, os órgãos 
humanos, os bens dos incapazes, os 
bens públicos, o bem de família, as 
terras ocupadas por índios, etc.
Indisponíveis 
por vontade 
humana
Bens em testamentos ou doados, com 
cláusula de inalienabilidade, temporária 
ou vitalícia, nos casos e formas previstos 
em lei, por ato inter vivos ou causa 
mortis.
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11- Questões Comentadas 
 
1. (CESPE/Analista Portuário - Área Jurídica-EMAP/2018) Julgue o item 
seguinte, relativo à desconsideração da personalidade jurídica, à 
responsabilidade civil e à ausência. 
A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória de bens de 
ausente não produzirá efeitos imediatamente, necessitando de um lapso 
temporal de cento e oitenta dias, contado da sua publicação; exceção a essa 
determinação ocorre quando há testamento, sendo os efeitos da sentença 
produzidos logo após o trânsito em julgado do procedimento de abertura 
testamentária. 
Comentários 
O item está errado, pois não é do trânsito em julgado do “procedimento de 
abertura testamentária”, mas do trânsito em julgado da sentença de abertura 
da sucessão provisória, conforme art. 28 do CC. Aí está o erro. 
Art. 28, CC. A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória só 
produzirá efeito cento e oitenta dias depois de publicada pela imprensa; mas, 
logo que passe em julgado, proceder-se-á à abertura do testamento, se houver, 
e ao inventário e partilha dos bens, como se o ausente fosse falecido. 
Logo, temos que: 
• REGRA: A sentença que determinar a abertura da sucessão provisória de 
bens de ausente não produzirá efeitos imediatamente, necessitando de 
um lapso temporal de cento e oitenta dias, contado da sua publicação. 
• EXCEÇÃO: Há testamento. Após o trânsito em julgado da sentença de 
abertura da sucessão provisória, abre-se o testamento. Daí temos os 
efeitos da sentença. 
 
2. (CESPE/Analista Portuário - Área Jurídica-EMAP/2018) Acerca das 
obrigações, dos direitos de personalidade e do negócio jurídico, julgue o item 
subsequente. 
A doutrina classifica os direitos da personalidade em três grupos não exaustivos: 
o de direitos à integridade física, o de direitos à integridade intelectual e o de 
direitos à integridade moral. 
Comentários 
O item está certo. Na conceituação da Profª.

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