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7 Dissidio Individual 2 parte

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO (PROF: MARCELO ARAUJO)	 07
UNIDADE VII - DISSÍDIO INDIVIDUAL (2ª parte)
1- DEFESA DO RÉU – o direito de resposta do Réu encontra seu principal fundamento de validade na CF/88, consubstanciando-se nos princípios do devido processo legal (art. 5º, LV), da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º, XXXV), do contraditório e da ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes (art. 5º, LV). 
Segundo o artigo 297 do CPC de 1973, após a citação o Réu poderia oferecer exceção, contestação e reconvenção (não é considerada defesa, pois é ação do réu em face do autor dentro do mesmo processo).
O NCPC extinguiu as exceções como modalidade de resposta do Réu, prevendo apenas a contestação (artigos 335 a 342) e a reconvenção (artigo 343), que deverão ser apresentados no prazo de 15 dias, cujo termo inicial será a data:
a- - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição;
b-- do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4o, inciso I (desinteresse de ambas as partes pela composição);
c- prevista no art. 231, de acordo com o modo como foi feita a citação, nos demais casos.
A CLT só prevê expressamente a defesa, no sentido de contestação e as exceções de foro e de suspeição, sendo a reconvenção aplicada de forma subsidiaria (art. 769 da CLT).
No processo do trabalho, não há prazo fixo para apresentação de defesa (incluindo as exceções e a reconvenção), que deverão ser apresentadas em audiência; não havendo acordo, o reclamado terá 20 minutos para apresentação de defesa oral (artigos 847 e 852-F da CLT e art. 2º, Lei nº 5.584/70). Geralmente, a defesa é apresentada por escrito, podendo ser apresentada contra o mérito e contra o processo.
a) EXCEÇÃO – espécie de defesa contra o processo (defeitos, irregularidades ou vícios) que impedem o seu desenvolvimento normal, sem discussão do mérito da causa. Pode ser apresentada de forma verbal ou escrita (art. 847, CLT), preferencialmente por escrito, juntamente com a contestação (art. 847 da CLT), porém, isto não é pacífico, pois há entendimento que a apresentação da exceção de incompetência em razão do lugar suspende o processo (art. 799 da CLT), podendo a contestação ser apresentada no Juízo competente.
OBS:
1- Artigo 799 da CLT - incompetência relativa (art. 800/802 CLT), impedimento (art. 769 CLT c/c 144 do NCPC) e suspeição (art. 801 CLT c/c artigo 145 do NCPC). 
2- A apresentação de exceção suspende o andamento do processo (artigo 799 da CLT).
b) CONTESTAÇÃO – também chamada de peça de resistência ou de bloqueio, trata-se da impugnação à pretensão do Autor, na qual o réu se insurge, de todos os modos legalmente previstos, contra a pretensão deduzida na inicial, devendo ser apresenta na forma do Artigo 847 CLT c/c artigo 336 do NCPC (Princípio da concentração da defesa e da Eventualidade), devendo ser observado ainda o Princípio da Impugnação específica, previsto no artigo 341 do NCPC.
A contestação pode ser dirigida contra o processo ou contra a ação e ainda contra o mérito da causa:
b.1- Defesa contra o processo ou contra a ação, na qual são atacados os pressupostos processuais ou as condições da ação (Art. 337 do NCPC – Preliminares, argüidas antes do exame do mérito da ação; impedem o exame do mérito da causa e podem causar a extinção do processo sem resolução de mérito – artigo 485 IV e VI do NCPC e 338/339 do NCPC). Também conhecida como defesa processual ou objeção, podendo ser dilatórias (sanáveis) ou peremptórias (insanáveis).
b.2- Defesa indireta contra o mérito (exceção substancial) – o réu reconhece o fato constitutivo do direito do autor, mas opõe um outro fato impeditivo, modificativo ou extintivo do pedido formulado na inicial (vide art. 373, II, NCPC). 
Ex: alegação de justa causa (fato impeditivo); pagamentos ajustados de forma diversa ao postulado na inicial, compensação e retenção (fato modificativo - art. 767 da CLT) e quitação, renúncia, transação, prescrição e decadência (fatos extintivos). Acarretam a extinção do processo com resolução de mérito (artigo 487 do NCPC).
b.3- Defesa direta contra o mérito – também chamada de contestação direta, quando o Réu ataca o fato constitutivo do direito alegado pelo Autor, seja pela negativa de sua existência (ex: negativa de vínculo empregatício, de trabalho em regime de sobrejornada), seja pela negativa de seus efeitos jurídicos (pedido de adicional de transferência negado sob a alegação de que a transferência não é provisória, como exige o art. 469, § 3º, da CLT e sim definitiva). Contudo, a negativa não poderá ser genérica, mas sim específica, sob pena de serem considerados verdadeiros os fatos narrados pelo Autor (art. 341 do NCPC – princípio da impugnação específica)
OBS: 
1- Prescrição (Súmula nº 153 do TST e artigo 487, II, do NCPC – pode ser declarada de ofício ) e decadência (Sumula nº 62 e 100, TST e art 487, II, do NCPC– pode ser declarada de ofício) – devem ser argüidas no início da contestação (defesa) de mérito, pois impedem o exame do mérito dos fatos narrados na inicial (Prejudicial de mérito).
2- Compensação – art. 767 CLT (deve ser arguida na defesa, sob pena de preclusão, segundo a Súmula 48 do TST). Ex: HE já pagas, sendo postuladas diferenças pelo Rte, compensação de Aviso Prévio dado pelo empregado, danos causados pelo empregado, etc. Se restringe a dívidas trabalhistas (Súmula 18 do TST)
3- Retenção – art. 767 CLT (deve ser arguida na defesa, sob pena de preclusão, segundo a Súmula 48 do TST. Consiste num direito do empregador reter alguma coisa (uma ferramenta, por exemplo) do empregado até que este quite sua dívida com a empresa. 
4- Impugnação ao valor da causa – Rito Ordinário (acima de 40 SM) e Rito Sumaríssimo (até 40 SM – art 852-A e 852-B-1, CLT). Pelo NCPC, deve ser feito em forma de preliminar de defesa (artigo 293 e 337,III do NCPC).
5- Prazo mínimo para preparação da defesa – artigo 841 da CLT (5 dias)
c) RECONVENÇÃO (artigo 769 da CLT c/c artigo 343 do NCPC) - modalidade de resposta do Réu (não é considerada defesa, pois é ação do réu em face do autor dentro do mesmo processo); na verdade, é uma ação que o Réu propõe, em face do Autor, dentro do mesmo processo em que o primeiro é demandado, buscando tutela jurisdicional em que se resguarde um direito seu que alega ter sido lesado ou ameaçado de lesão pelo Autor, com a satisfação das condições da ação e dos pressupostos processuais. Segundo Nelson Nery Junior, existem quatro pressupostos específicos de admissibilidade da reconvenção:
c.1- Que o juiz da causa principal não seja absolutamente incompetente para julgar a reconvenção;
c.2- Que haja compatibilidade entre os ritos procedimentais da ação principal e da ação reconvencional;
c.3- Haver processo pendente (deve ser apresentada em audiência – art. 847 da CLT), e
c.4- Existência de conexão (art. 55 do NCPC).
OBS:
1- É inadmissível a reconvenção no processo de execução (não há sentença, mas sim, constrição judicial) e no processo cautelar (pois não se busca o julgamento da lide principal).
2- Hipóteses mais comuns de admissibilidade no processo do trabalho: reclamação trabalhista, inquérito judicial para apuração de falta grave e Ação de Consignação em Pagamento 
2 – INSTRUÇÃO PROCESSUAL – é a fase do processo de conhecimento em que são colhidas as provas que formarão o convencimento do Juiz sobre os fatos narrados pelas partes ou terceiros (testemunhas, peritos), para que possa proferir decisão. Segundo o artigo 832 da CLT, na sentença o Juiz deverá apreciar as provas produzidas nos autos. 
	No processo trabalhista, as partes comparecerão na ACIJ acompanhadas de suas testemunhas e das demais provas que tenham a produzir (art. 845 CLT), visto que, na hipótese de não haver conciliação entre as partes, o Reclamadoapresentará defesa escrita (mais utilizada na prática) ou verbal (art. 847 CLT). Após a apresentação de defesa, será feita a instrução processual, ou seja, serão produzidas as provas (requeridas ou não pelas partes) e deferidas pelo Juiz (artigo 848 CLT), em audiência una (artigo 849 CLT).
3- PRODUÇÃO DE PROVAS – segundo Carlos Henrique B. Leite, a prova, nos domínios do direito processual, é o meio lícito para demonstrar a veracidade ou não de determinado fato com a finalidade de convencer o Juiz acerca da sua existência ou inexistência. 
OBS: Princípios que devem nortear a temática probatória:
a- Contraditório e ampla defesa (art. 5º, LV, CF) – igualdade no direito de manifestação recíproca sobre as provas apresentadas e igualdade para apresentação de suas provas oportunamente (vide ainda artigos 765 da CLT e 370 do NCPC).
b- Necessidade da prova – não bastam meras alegações em Juízo; é preciso prová-las.
c- Unicidade da prova – exame da prova no seu conjunto e não isoladamente.
d- Proibição da prova obtida ilicitamente (art. 5º, LVI, CF) – dever de lealdade das partes em todos os atos processuais, notadamente na produção de provas.
e- Livre convencimento ou persuasão racional (art. 765 da CLC c/c art. 371 do NCPC) - o Juiz forma sua convicção apreciando livremente o valor das provas dos autos seu convencimento. 
f- Oralidade (art. 845, 848, 852 e 852-H, CLT) – produção de provas deve ser realizada em audiência, em AIJ, oralmente e na presença do Juiz.
g- Imediação – é o Juiz, como diretor do processo (art. 765, CLT), quem colhe, direta ou indiretamente, a prova (vide art. 848 e 852-D, CLT).
h- Aquisição processual – a prova produzida pelas partes é adquirida pelo processo, não podendo mais ser retirada ou desentranhada.
i- In dúbio pro mísero – em caso de dúvida razoável, o Juiz deve interpretar a prova em benefício do empregado (este princípio não é aceito pacificamente pela doutrina, pois o Juiz deve velar pela igualdade entre as partes).
j- Identidade física do Juiz – Sumula 136 do TST (cancelada)
h- Busca da verdade real – diz respeito a fatos que tenham importância para a prolação de uma sentença justa e fundamentada.
3.1) Objeto – Como regra geral, apenas os fatos devem ser provados, pois a parte não é obrigada a provar o direito, havendo uma presunção legal de que o Juiz conhece o direito (jura novit cura). Constituem objeto da prova os fatos relevantes, pertinentes e controvertidos Como exceção, temos a regra do artigo 374 do NCPC, segundo o qual, não dependem de prova os fatos notórios, afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária, admitidos no processo como incontroversos e aqueles em cujo favor milita presunção legal de existência ou validade.
OBS: Vide artigos 375 e 376 do NCPC
3.2) ônus da prova – dever da parte de fazer prova de suas alegações. No processo trabalhista, temos o artigo 818 da CLT (excessivamente simples) c/c o artigo 373 do NCPC, que institui as regras gerais de caráter genérico sobre a distribuição do encargo probatório às partes:
“Art. 373 NCPC:. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
O princípio que norteia o procedimento probatório é o princípio da iniciativa das partes, visto que a indicação das provas é ato de iniciativa das partes interessadas na demonstração da verdade dos fatos articulados nos autos
OBS: 
1- sobre inversão do ônus da prova, vide súmulas nº 06, VIII; 16, 212 e 338 do TST e artigo 6º do CDC. 
2- Teoria Dinâmica de Distribuição do Ônus da Prova :
- artigo 373, parágrafo 1º do NCPC § 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
Consiste em retirar o peso da carga da prova de quem se encontra em evidente debilidade de suportá-lo, impondo-o sobre quem se encontra em melhores condições de produzir a prova essencial ao deslinde do litígio. O cerne da Teoria Dinâmica da Distribuição do Ônus da Prova está justamente em permitir ao juiz uma maior flexibilização da regras dos ônus probatório de acordo com seu próprio convencimento e conforme seja a situação particular das partes em relação à determinada prova verificada por ele mesmo no processo submetido ao seu crivo, e não só aplicar os critérios gerais definidos na lei. Contudo, aquela visão estática que obrigava ao autor provar os fatos constitutivos de seu direito invocado, e, ao réu, os fatos obstativos da pretensão contra ele articulada, sem levar em consideração as condições probatórias de cada parte foi modificada pelo NCPC, pois muitas vezes, não produzia lídima justiça à causa submetida à apreciação pelo Poder Judiciário, pois pela regra geral tradicional, o ônus da prova poderia recair sobre a parte mais fraca do processo, isto é, sobre quem não tem condições de fazer a melhor prova capaz de lhe assegurar o direito por ela invocado, enquanto o juiz não faria nada para amenizar essa suposta injustiça, apenas aplicando a regra do ônus da prova se, ao final, do processo as partes não apresentarem suas alegações devidamente provadas. Daí a importância da teoria no atual processo civil.
3.3) Meios de prova (artigo 5º, LVI, CF, art. 369/372 do NCPC). As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz, ao qual caberá, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito, podendo indeferi, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento, podendo admitir a utilização de prova produzida em outro processo (prova emprestada), atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.
I- Documentos – os documentos devem acompanhar a petição inicial e a defesa (artigos 787 da CLT e 434 do NCPC), pois o descumprimento dessa regra pode ensejar o encerramento da instrução processual, a desconsideração do documento juntado tardiamente ou ainda a preclusão. Em casos excepcionais, a juntada de documentos é admitida em fase recursal (Súmula 8 do TST).Podem ser impugnados quanto a forma e/ou quanto ao conteúdo.
	Aspectos importantes:
a) Documentos originais ou cópias autenticadas – vide Artigo 830 da CLT e artigos 425 e 411 do NCPC.
b) Documento novo – artigo 435 do NCPC e Súmula nº 08 do TST.
c) Veracidade dos documentos apresentados pela parte contrária - Artigo 436 e 437 do NCPC
d) Incidente de exibição de documentos – art 396/404 do NCPC e Súmula nº 338 TST.
e) Incidente de falsidade – art 430 e seguintes, NCPC
f) Documento público – artigos 405 e 438 do NCPC. 
g) Documento eletrônico – vide artigos 11 e 13 da Lei nº 11.419/2006
II- Depoimento pessoal (chamado de interrogatório pela CLT- art 848 e artigo 385/388 do NCPC). Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a fim de que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento, sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício, devendo ser observado o seguinte:
a- Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal e advertida da pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo, se recusar a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena.
b- É vedado a quem ainda não depôs assistir ao interrogatório da outra parte.
c- O depoimento pessoal da parte que residir em comarca, seção ou subseção judiciáriadiversa daquela onde tramita o processo poderá ser colhido por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, o que poderá ocorrer, inclusive, durante a realização da audiência de instrução e julgamento.
Quando a parte, sem motivo justificado, deixar de responder ao que lhe for perguntado ou empregar evasivas, o juiz, apreciando as demais circunstâncias e os elementos de prova, declarará, na sentença, se houve recusa de depor.
A parte responderá pessoalmente sobre os fatos articulados, não podendo servir-se de escritos anteriormente preparados, permitindo-lhe o juiz, todavia, a consulta a notas breves, desde que objetivem completar esclarecimentos, sendo que a parte não é obrigada a depor sobre fatos:
a-I - criminosos ou torpes que lhe forem imputados;
b- a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo;
c- acerca dos quais não possa responder sem desonra própria, de seu cônjuge, de seu companheiro ou de parente em grau sucessível;
IV - que coloquem em perigo a vida do depoente ou das pessoas referidas no inciso III.
Exceção: esta regra não se aplica às ações de estado e de família.
Para alguns autores, a regra do artigo 385 do NCPC não se aplica ao processo do trabalho, ante a literalidade do artigo 848 da CLT. Contudo, o artigo 820 da CLT diz que se o Juiz não inquirir (tem o mesmo sentido de interrogar) as partes de ofício, qualquer delas poderá requerer, por seu intermédio, o interrogatório recíproco (posição adotada com fulcro no artigo 5º, LV,da CF). Aspectos importantes sobre o depoimento pessoal:
a) Objetivo do depoimento pessoal – provocação da confissão, que pode ser:
a.1- Real (rainha das provas) - Há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte admite a verdade de fato contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário. O reconhecimento da veracidade dos fatos alegados pela parte (obtida com seu próprio depoimento ou feita por procurador com poderes expressos para tal ato), goza de presunção absoluta, uma vez que a parte contrária retira de si o ônus probandi e o Juiz tem o dever de acatá-la como fator determinante para o deslinde da questão, de forma indivisível (por inteiro), não podendo ser aceita no tópico em que beneficia a parte e rejeitada no que lhe for desfavorável (vide art. 389 e 395 do NCPC).
a.2- Ficta – goza de presunção relativa, prevalecendo nos caos em que não há outros meios probatórios constantes dos autos capazes de elidí-la (documental, testemunhal e confissão real). Ocorre pelo não-comparecimento da parte à audiência em que deveria prestar depoimento pessoal, desde que devidamente intimado para tal fim (vide Súmula nº 74 do TST) ou quando a parte comparece a audiência esse recuse a responder as questões formuladas pelo Juiz ou afirme ignorar os fatos relevantes e pertinentes para a solução da lide (vide artigo 385, § 1º e 390, § 1º, NCPC).
b) Confissão judicial espontânea ou provocada – vide artigos 390 e 391 do NCPC.
c) Confissão extrajudicial - vide artigos 394 do NCPC.
d) Ordem dos depoimentos – art. 361, II, NCPC- pode ser invertida, não é regra absoluta ou inflexível no processo do trabalho.
OBS: Vide artigo 819 da CLT .
III- Testemunhas – a prova testemunhal tornou-se o meio mais utilizado no processo do trabalho, sendo certo que pode ser testemunha toda pessoa natural que esteja no pleno exercício de sua capacidade e que não sendo impedida ou suspeita, tenha conhecimento dos fatos relativos ao conflito de interesses constantes do processo no qual irá depor, sob pena de ser contraditada pela parte contrária (vide artigos 829 da CLT; 447 e 457, § 1º do CPC e Súmula nº 357 do TST). O processo do trabalho, como regra geral (artigo 821 da CLT), admite que a parte indique 03 testemunhas para depor (com exceção do Inquérito Judicial - 06 testemunhas e Rito Sumaríssimo – 02 testemunhas - regra do artigo 852-H, CLT).
No processo do trabalho, as partes podem comparecer a AIJ acompanhadas de suas testemunhas (art. 845 da CLT), inexistindo obrigatoriedade de apresentação de rol de testemunhas (artigo 825 da CLT e 450 do NCPC), sendo que somente quando a testemunha não comparecer espontaneamente a AIJ é que o Juiz (de ofício ou a requerimento da parte) poderá determinar sua intimação (vide artigo 825, PU da CLT) e, inclusive, condução coercitiva.
Procedimento - vide artigos 820/825, 828/829, 845 e 848 § 2º, todos da CLT
	Aspectos importantes:
a) Intimação das testemunhas – artigo 455 do NCPC (pelo Advogado)
b) Comparecimento independente de intimação – artigo 455, § 1º, do NCPC
c) Ordem dos depoimentos – art. 456 NCPC (pode ser modificada; ex. justa causa)
d) Ausência de testemunha notificada ou arrolada – art 730 CLT e artigo 362, II, do NCPC|
e) Fatos que independem de prova testemunhal – artigos 442 e 443 do NCPC.
IV- Perícia – meio de prova onde técnicos capacitados, por determinação judicial, manifestam o seu parecer sobre determinado fato ou coisa, apresentando-o ao Juízo da causa. A prova técnica consiste em exame, vistoria ou avaliação (vide artigo 3º da Lei nº 5584/70 e artigos 156 e 464 do NCPC), podendo ser decretada de ofício pelo Juiz ou requerida pela parte (que pode indicar assistente técnico as suas expensas), e o perito pode escusar-se do encargo ou ser substituído, conforme regra dos artigos 467 e 468 do NCPC.
	O laudo pericial, por mais detalhado e preciso, não impede o Juiz de formar o seu convencimento com base em outros fatos ou elementos dos autos (artigo 470 do NCPC). Exemplos: art 195 CLT (periculosidade e insalubridade) – obrigatória; 879 (liquidação por arbitramento), perícia médica, etc...
OBS: 
1- Prova técnica simplificada – artigo 464, § 2º a 4º do NCPC.
2- vide artigos 465 (prazo para quesitos e indicação de assistente técnico) e 469 (quesitos suplementares), ambos do NCPC e artigo 827 da CLT (oitiva do perito).
3- É lícito ao Juiz determinar, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova perícia, quando a matéria não lhe parecer suficientemente esclarecida. 
4- VIDE artigo 790-B da CLT, art 3º da lei nº 5584/70, Súmulas 293, 341 e 457 do TST, OJ 278 da SDI-1 do TST e OJ 98 da SDI-2 do TST
V- Inspeção Judicial – feita quando houver necessidade do Juiz deslocar-se até o local onde se encontre a pessoa ou coisa. A CLT é omissa, portanto, com fulcro no artigo 765 da CLT, aplica-se a regra dos artigos 481 do NCPC. As partes tem direito a assistir à inspeção, prestando esclarecimentos e fazendo observações de interesse para a causa. Concluída a diligência, será lavrado auto circunstanciado, contendo tudo o que for útil para o julgamento do processo.
VI- Indícios e presunções – art. 374, IV, CPC.
- Indícios- narração ou exibição de fatos ou coisas que darão resultado lógico. 
- Presunção – decorre do raciocínio lógico. Ex: Súmulas nº. 43 e 212 do TST.
OBS:
1- Usos e costumes – art 8º, CLT. Ex: Súmula nº 172 TST (integração de HE pagas com habitualidade)
2- Prova emprestada –discutível sua aplicação: não-aceita (princípio da identidade física do Juiz - incabível) e aceita (princípio da economia processual). Sua eficácia, segundo Arruda Alvim, dependeria de 03 aspectos: identidade entre as partes, identidade da relação fática e observância dos princípios e formalidades legais - PREVISTA NO ARTIGO 372 DO NCPC
4- TRÂMITES FINAIS - RAZÕES FINAIS -- Artigo 850 CLT (orais) e 364, § 2º, NCPC (escritas - memoriais); também chamadas de alegações finais. É uma faculdade das partes de manifestarem-se nos autos, antes da prolação da sentença.
OBS: Nas alegações finais devem ser alegadas possíveis nulidades, caso isso não tenha sido possível durante a audiência.
5- ÚLTIMA PROPOSTA CONCILIATÓRIA- renovação da proposta conciliatória (artigo 850 CLT); obrigatória, sob pena de nulidade da sentença e posteriores atos processuais.
6- REDAÇÃO DA ATA E JUNTADA AOS AUTOS - os fatos ocorridos durante a realização da audiência (inicialou de instrução) deverão ser resumidos e registrados em ata de audiência, que deverá ser juntada aos autos em 48 horas (Art. 851 CLT e Súmula 30 do TST)).
7- CONVERSÃO DO JULGAMENTO EM DILIGÊNCIA (Artigos 765 e 796,a, da CLT c/c artigo 370 do NCPC) - ocorre antes da prolação da sentença, podendo ser utilizada para sanar possíveis irregularidades ou até mesmo para que sejam produzidas mais provas necessárias para a formação do livre convencimento do Juízo para o julgamento do processo.
OBS: suspensão do processo – vide artigo 313 do NCPC
8- SENTENÇA; ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, EFEITOS:
a) Sentença – o Juiz é um dos integrantes da relação jurídica processual, atuando com imparcialidade, investido da autoridade estatal, para que possa dirimir a questão controvertida. Os pronunciamentos do juiz, segundo o artigo 203 do NCPC, consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. A sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos artigos 485 e 487 do NCPC, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução, de acordo com a prova produzida nos autos.
OBS:
1- Vide artigos 831/836 da CLT, c/c artigos 371, 203, § 2º, 3º e 4º e 489 do NCPC e 93, IX da CF/88. 
a.1- Requisitos da sentença – requisitos essenciais no processo trabalhista: nome das partes, resumo do pedido e da defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão (artigo 832 da CLT): Segundo a regra do artigo 489 do NCPC, a sentença é dividida em 03 partes: relatório (nome das partes, resumo do pedido e da defesa e o registro das principais ocorrências ocorridas durante o andamento do processo, ou seja, uma síntese de todo o processo), fundamentos (análise do direito e das provas produzidas no processo e a respectiva motivação da decisão –base intelectual da sentença- com garantia constitucional, art. 93, IX, CF) ) e dispositivo (conclusão, um resumo da condenação, de forma direta (mais correta – ex: julgo procedente o pedido, para condenar o Réu a pagar ao Autor diferenças salariais decorrente de desvio de função, desde...) ou indireta (ex: julgo procedente o pedido, formulado na alínea b da petição inicial...). A inobservância destes requisitos poderá acarretar na nulidade do julgado, com exceção no Rito Sumaríssimo (artigo 852-I da CLT).
	Além dos requisitos essenciais acima mencionados, o processo trabalhista exige alguns requisitos complementares que devem constar do dispositivo da sentença: prazo para cumprimento da sentença (exceção – Súmula 303 do TST), despesas processuais (art. 832, § 1º e 2º, CLT; artigos 789 e 790, CLT) e responsabilidade pelo recolhimento das contribuições previdenciárias (art. 832, § 3º, CLT)
A sentença deverá resolver todas as questões postuladas pelas partes; no entanto, não poderá julgar além do pedido (sentença ultra petita), aquém do pedido (sentença citra petita), ou de natureza diversa do que é solicitado (sentença extra petita).- vide artigos 140, 141 e 492 do NCPC.
b) Classificação ou efeitos da sentença:
b.1- Declaratória : declara a existência ou inexistência de uma relação jurídica ou a autenticidade ou falsidade de um documento (artigo 19 do NCPC). Todas as sentenças tem um cunho declaratório, antes de serem constitutivas ou condenatórias. Ex: reconhecimento de vínculo empregatício e de estabilidade provisória. 
b.2- Constitutiva: criam, modificam ou extinguem direitos. Ex: inquérito judicial para apuração de falta grave de empregado estável, objetivando a terminação do contrato de trabalho, por justa causa e dissídio coletivo.de natureza econômica. 
b.3- Condenatórias – objetiva o reconhecimento do direito a uma obrigação (de dar, de fazer ou não fazer). Neste caso, é reconhecido o direito, além de uma ordem para que o vencido a cumpra, mediante um processo de execução.Ex: Reclamação trabalhista pretendendo o pagamento de parcelas resilitórias, anotação de CTPS, recolhimento de FGTS e para o empregador se abster de praticar algum ato em face de seu empregado.
b.4 Mandamentais ou executivas – contém uma ordem, uma determinação dirigida à autoridade impetrada (ex: MS, HC) ou ao Réu para que faça ou deixe de fazer alguma coisa (ex: multa por tempo de atraso, busca e apreensão, impedimento de atividade nociva), ou seja, a sentença (se procedente) determina providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.
OBS:
1- Classificação das sentenças segundo o resultado da lide (artigos 203, § 1º, 485 e 487 do NCPC):
- Terminativas (sentenças processuais) – extinguem o processo sem resolução de mérito (art. 485 do NCPC e lides simuladas –art. 142 do NCPC).
- Definitivas – são as sentenças que apreciam o mérito (art. 487 do CPC).
2- Tutela provisória (artigo 294 do NCPC) – de urgência ou de evidência.
A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada (artigo 300/302 do NCPC), pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, podendo ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito, enquanto que a tutela da evidência (artigo 311 do NCPC) será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
3- Impugnação de decisão que concede tutela antecipada antes da sentença de mérito – cabível Mandado de Segurança; quando concedida em sentença de mérito, será atacada via Recurso Ordinário, podendo ser obtido efeito suspensivo do recurso, mediante ação cautelar (Vide Súmula 414 do TST). 
9- CORREÇÃO EX OFÍCIO - ao publicar a sentença, esta pode conter inexatidões materiais de cálculos. Nestes casos, pode haver a correção de ofício pelo Juiz, a requerimento das partes ou da Procuradoria do Trabalho, antes da execução (artigo 833 da CLT c/c 494 do NCPC). A sentença também poderá ser corrigida via embargos declaratórios (artigos 897-A CLT , 1022 e 494,II do NCPC). 
10- COISA JULGADA FORMAL E MATERIAL - Com a publicação, a sentença torna-se irretratável, ou seja, a sentença não poderá ser alterada ou revogada pelo mesmo órgão jurisdicional que a prolatou. Contudo, a mesma poderá ser impugnada pelo vencido, através do recurso cabível a espécie, observando o duplo grau de jurisdição garantido constitucionalmente (artigo 5º, LV, CF/88). Não sendo interposto recurso da sentença de mérito proferida pelo Juiz, ou tendo sido interpostos todos os recursos cabíveis ou quando simplesmente não cabe nenhum recurso, haverá o trânsito em julgado da sentença, que não mais poderá ser reformada (exceção: Ação Rescisória – coisa julgada material). 
Logo, o objetivo da coisa julgada repousa na segurança das relações jurídicas e na pacificação dos conflitos, possibilitando a convivência social. A Coisa Julgada é dividida da seguinte forma:
a) Coisa JulgadaFormal – representa a estabilidade que a sentença adquire no processo em que foi proferida, quer tenha havido análise de mérito ou não. Tanto as sentenças terminativas quanto as definitivas atingem o estado de coisa julgada formal, decorrente da preclusão recursal, isto é, no mesmo processo já não será mais possível impugnar, seja por meio de recurso ou qualquer outro meio, a sentença que transitou em julgado (preclusão máxima dentro do processo). A coisa julgada formal não impede a propositura de nova ação, porquanto a torna a decisão imodificável apenas no processo em que esta foi prolatada, com exceção da hipótese prevista no artigo 485, V, do NCPC (coisa julgada, litispendência ou perempção).
OBS: A sentença que extingue o processo sem resolução de mérito somente faz coisa julgada formal.
b) Coisa Julgada material (art. 502 e 503 do NCPC) – a sentença que julgar total ou parcialmente a lide (pedido) e transitar em julgado (não cabe mais recurso), tem força de lei nos limites da lide e das questões decididas; ela representa a imutabilidade do que foi decidido no processo, ou seja, o que foi decidido não poderá ser mais discutido no mesmo processo ou em qualquer outro processo. Seu principal objetivo é estabilizar definitivamente a relação jurídica que foi submetida a prestação jurisdicional do Estado-Juiz.
OBS: 
1- Somente a coisa julgada material pode ser atacada por Ação Rescisória.
2- Acordo judicial (art. 831, PU, CLT e Súmula 418 do TST) – coisa julgada material
3- Vide artigos 502 e seguintes do NCPC e 836 da CLT.
4- Relativização da coisa julgada material (art. 884, § 5º, CLT) – autoriza a desconsideração do título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo STF, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou ato normativo tidos pelo STF como incompatíveis com a Constituição Federal. 
c) Limites da coisa julgada:
c.1- Objetivos: A sentença, que julgar total ou parcialmente a lide, tem força de lei nos limites da lide e das questões decididas (art. 503 do NCPC). O limite objetivo da coisa julgada é a parte dispositiva da sentença, ou seja, o acolhimento ou a rejeição do pedido, não se inserindo no âmbito da coisa julgada os motivos e a verdade dos fatos (artigo 504 do NCPC), sendo que o Juiz terá que decidir a lide nos limites em que a ação foi proposta (art. 141 NCPC).
c.2- Subjetivos – a autoridade da coisa julgada vincula as partes e não terceiros (art. 506 do NCPC).
d) Duplo grau de jurisdição: 
Art. 496 NCPC. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença:
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público;
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.
§ 1o Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-los-á.
§ 2o Em qualquer dos casos referidos no § 1o, o tribunal julgará a remessa necessária.
§ 3o Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a:
I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público;
II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;
III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.
§ 4o Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em:
I - súmula de tribunal superior;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
 OBS: Vide Decreto-lei nº 779/69, Súmula nº 303 do TST e Oj nº 247 da SDI-1 do TST.
e) Decisões interlocutórias no processo trabalhista - vide artigo 893, § 1º, CLT e súmula nº 214 do TST.
11- INTIMAÇÃO - a publicação e respectiva intimação da sentença é ato necessário para sua eficácia. No processo do trabalho, ela ocorre da seguinte forma :
a- Art. 834 CLT: Salvo nos casos previstos nesta Consolidação, a publicação das decisões e sua notificação aos litigantes, ou seus patronos, consideram-se realizadas nas próprias audiências em que forem as mesmas proferidas.
b- Art. 852 CLT: Da decisão serão os litigantes notificados, pessoalmente, ou por seu representante na própria audiência. No caso de revelia, a notificação far-se-á pela forma estabelecida no § 1º do art. 841.
OBS:
1- Vide artigo 841 e § 2º do artigo 851, CLT; Súmula nº 30 do TST e art. 852-I, § 3º, CLT (Rito Sumaríssimo).
c- Súmula nº 197 do TST - O prazo para recurso da parte que, intimada, não comparecer à audiência em prosseguimento para a prolação da sentença, conta-se de sua publicação. 
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