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Modelo de Recurso Ordinário (Trabalhista)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 99ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE SALVADOR – BAHIA
Processo nº: XXX
AERODUTO – EMPRESA PÚBLICA DE GERENCIAMENTO DE AEROPORTOS, já devidamente qualificada nos autos do processo identificado em epígrafe, vem, de forma tempestiva e respeitosa, por intermédio do advogado que esta subscreve, à presença de Vossa Excelência, diante de sua inconformidade com a r. Sentença que julgou procedente os pedidos aduzidos por PAULO (SOBRENOME), Reclamante no processo supra descrito, interpor RECURSO ORDINÁRIO, com fundamento no artigo 895, inciso I da Consolidação das Leis do Trabalho para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho, pelo qual junta à presente as suas razões de recurso, nos termos do artigo 895 da CLT, requerendo seja recebido, processado e remetido para julgamento do insigne Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região.
Seguem comprovantes de recolhimento do depósito recursal e das custas arbitradas. 
Nestes termos, pede deferimento.
Local/Data
Advogado(a)
OAB/UF
COLENDO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 5ª. REGIÃO
Processo nº: XXX
Recorrente: AERODUTO – EMPRESA PÚBLICA DE GERENCIAMENTO DE AEROPORTOS 
Recorrido: PAULO (SOBRENOME)
DAS RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO 
Inobstante o reconhecido saber do Juízo a quo, conforme demonstrado a seguir, a r. Sentença que julgou procedentes os pedidos do Autor, merece ser anulado, pelas razões a seguir aduzidas. 
DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
DA LEGITIMIDADE 
Tendo em vista a Recorrente ser a segunda Reclamada, é parte legítima para recorrer.
DO INTERESSE PROCESSUAL 
Tem interesse processual, visto que é parte sucumbente da decisão recorrida, a qual objetiva anular.
DA TEMPESTIVIDADE 
A publicação da r. Sentença ocorreu dia (DATA), razão pela qual o prazo para interposição do Recurso Ordinário iniciou dia (DATA) findando dia (DATA), exegese do artigo 895, I, da CLT.
Tempestivo, pois, o presente recurso.
DO DEPÓSITO RECURSAL
Recolhido no valor de (valor em reais), no prazo do recurso, por meio da guia GFIP em anexo, conforme Súmulas 245 e 426, ambas do TST.
DAS CUSTAS PROCESSUAIS
Recolhidas no valor de (valor em reais), correspondentes a 2% do valor da condenação, no prazo do recurso, por meio da guia de GRU em anexo, conforme art. 789, I, da CLT.
DA PRELIMINAR DE NULIDADE DA SENTENÇA POR CERCEIO DE DEFESA
Requer a nulidade da sentença, por cerceamento de defesa, em virtude do indeferimento da oitiva da testemunha requerida pela Ré; e, ainda, em virtude do indeferimento da prova pericial, ambos nos termos do art. 5º, LV, da CRFB/88:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(...)
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
(...)
(Grifo nosso)
DO RESUMO PROCESSUAL
Trata-se de Reclamação Trabalhista movida por Paulo (Sobrenome) em desfavor da Tudo Limpo Ltda., 1ª (primeira) Reclamada; e Aeroduto – Empresa Pública de Gerenciamento de Aeroportos, 2ª (segunda) Reclamada, na qual a sentença decretou revelia e confissão da 1ª Reclamada por não estar representada regularmente. Julgou procedentes os pedidos de pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, bem como de incidência de correção monetária sobre o valor do salário mensal pago após a “virada do mês”. Outrossim, condenou a 2ª Reclamada, subsidiariamente, em todos os pedidos, fundamentando a procedência na revelia e confissão da 1ª Reclamada. 
É esta a sinopse que se apresenta do procedimento que se passa a discutir.
DA REVELIA
Excelências, não há o que se falar em revelia da 1ª ré, visto que, tratando-se de microempresa, admite-se que o preposto não seja empregado da microempresa, conforme a Súmula 377 do TST. Vejamos: 
Súmula Nº 377 - Preposto. Exigência da condição de empregado. Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
DA INSALUBRIDADE 
Excelências, o Exmo. Juiz a quo equivocou-se ao fixar o grau de insalubridade, haja vista que, por força do art. 192, § 2º, da CLT, mesmo havendo revelia, exige-se a perícia. Vejamos: 
Art. 195. A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. 
§ 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas. 
§ 2º - Arguida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associado, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho. 
§ 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho, nem a realização ex officio da perícia.
(Grifamos)
DA CORREÇÃO MONETÁRIA 
Excelências, outra vez equivocou-se o Exmo. Juiz a quo, visto que o pagamento ocorreu até o 5º (quinto) dia útil do mês subsequente ao vencido, sendo assim não deve haver correção monetária. Neste sentido, discorre a Súmula 381 do TST: 
Súmula Nº 381 - Correção monetária. Salário. Art. 459 DA CLT. O pagamento dos salários até o 5º dia útil do mês subseqüente ao vencido não está sujeito à correção monetária. Se essa data limite for ultrapassada, incidirá o índice da correção monetária do mês subsequente ao da prestação dos serviços, a partir do dia 1º.
DO USO DO EPI
Excelências, merece, também, reforma o julgado quanto ao adicional de insalubridade, pois o trabalho, nas condições do autor, teve a insalubridade neutralizada pelo EPI fornecido, nos termos do artigo 191 da CLT e da Súmula 80 do TST. Vejamos:
Art. 191. A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá: 
I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; 
II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. 
Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização, na forma deste artigo.
(Grifo nosso)
Súmula Nº 80 - Insalubridade A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional.
DA RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA
Excelências, mais uma vez equivocou-se o Exmo. Juiz a quo ao responsabilizar subsidiariamente a Recorrente, visto que ficou comprovada a devida fiscalização dos contratos pela mesma. Sendo assim, por força do inciso V da Súmula 331 do TST, deve ser descartada tal responsabilidade. Vejamos: 
Súmula Nº 331 - CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE (nova redação do item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974).
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional(art. 37, II, da CF/1988).
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta.
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial.
V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada.
VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral.
(Grifamos)
DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, requer o conhecimento e o provimento do presente Recurso Ordinário, para anular a sentença em virtude do indeferimento da prova testemunhal e pelo indeferimento da prova pericial, reformar a decisão recorrida e julgar improcedentes os pedidos formulados na Reclamação Trabalhista, nos moldes supramencionados, como medida da mais lídima justiça.
Nestes termos,
Pede deferimento. 
Loca/Data
Advogado(a)
OAB/UF

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