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TCC A importancia da afetividade para uma educação infantil de qualidade 1

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A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE PARA UMA EDUCAÇÃO INFANTIL DE QUALIDADE[1: Artigo cientifico apresentado ao Curso de Pedagogia da Faculdade Pio Décimo, como requisito parcial para aprovação na disciplina TCC II e obtenção do título de pedagogo. Aracaju. 1º semestre/2015.]
ORIENTANDA: Noelly Andrade Silva[2: Graduanda em Pedagogia na Faculdade Pio Décimo. noellygrh@hotmail.com]
ORIENTADORA: Profª. Dra. Maria de Lurdes P. R. T. dos Anjos[3: Professora doutora em História e Historiografia em Educação, docente do curso de Pedagogia da Faculdade Pio Décimo. mlprta@ig.com]
RESUMO:
Este Trabalho de Conclusão de Curso apresenta uma pesquisa sobre a importância da afetividade para uma educação infantil de qualidade, questões relacionadas com o papel do afeto no desenvolvimento da educação infantil, bem como sobre a relação afetiva professor, aluno e família. São muitas as contribuições da relação afetiva para o processo de aprendizagem; o ambiente escolar será o primeiro influente socializador fora do círculo familiar da criança, oferecer todas as condições necessárias para que ela se sinta protegida e segura é muito importante, com uma parceria totalmente positiva entre família e escola para que as crianças fiquem à vontade e seguras – já que é na escola que a criança começa a criar sua identidade, com auxílio do seu professor para isso, é preciso oferecer oportunidades afetivas para seu aprendizado e desenvolvimento. Ainda foram colocados os pontos mais importantes a serem adotados por todos os envolvidos no método de ensino, como a escola, os professores e as famílias, contribuindo para o sucesso na aprendizagem. Assim, foram desenvolvidos quatro capítulos fundamentados em pesquisa bibliográfica, a fim de esclarecer sobre a importância da afetividade em sala de aula, mostrando quais os aspectos educacionais ela apresenta e qual a necessidade da presença da mesma no ambiente escolar. Dessa forma, é esperado que haja um entendimento sobre os reflexos do uso da afetividade na educação infantil.
PALAVRAS-CHAVE: Afetividade. Desenvolvimento. Família.
ABSTRACT:
This work Completion of course presents a research project dedicated to develop an approach about the importance of affection for a quality early childhood education, a project that presents issues related to the role of affect in the development of early childhood education as well as on the relationship affective teacher, student and family. There are manycontributionsofaffectiverelationtothelearningprocess; theschoolenvironmentwillbethefirstinfluentialsocializingoutsidethefamilyofthechild, andprovideallnecessaryconditions for hertofeel safe andsecureisveryimportant, with a fully positive partnershipbetweenfamilyandschoolsothatchildrenfeelfreeandsecure - as itisatschoolthatthechildbeginstocreatehisidentitywiththe help oftheirteacher. For this, we must provideopportunities for youraffectivelearninganddevelopment. The mostimportant points werealsoplacedtobeadoptedbyallthoseinvolved in theteachingmethodsuch as school, teachersandfamilies, contributingtosuccess in learning. Thus, four chaptersweredevelopedbasedonliteraturereview in ordertoclarifytheimportanceofaffectivity in theclassroom, showingthattheeducationalaspects it presentsandwhatistheneedofthepresenceofthesame in theschoolenvironment. Thus, it isexpectedthatthereisanunderstandingoftheconsequencesofthe use ofaffection in earlychildhoodeducation.
KEYWORDS: Affection. Development. Family.
INTRODUÇÃO:
A afetividade é um fator muito importante na formação da criança? Sim, para torná-las mais seguras, felizes e capazes de conviver com um mundo cheio de conflitos e desafios, pois ela é uma importante aliada nas finalidades pedagógicas, responsável por criar vínculos relevantes e indispensáveis para o Ensino de Educação Infantil que deverá ser oferecido segundo a Política Nacional de Educação Infantil, (BRASIL, 1998), “[...] em creches ou entidades equivalentes (crianças de 0 a 3 anos) e em pré-escolas (crianças de 4 a 6 anos) ”. Como uma importante etapa inicial da Educação Básica que é integrante do sistema de ensino, tendo como principal objetivo estabelecer bases para a personalidade humana, vida emocional e social da criança.
O objetivo deste trabalho é analisar a importância da afetividade no âmbito da Educação Infantil. O interesse em pesquisar tal temática ocorreu diante da sensibilização sobre a importância do afeto em sala de aula. A existência de uma relação de afeto positiva entre o professor e o aluno faz com que a relação de ensino ocorra de forma natural, facilitando a inserção da criança em um novo ciclo que se inicia no ambiente escolar.
Na busca de compreender melhor a afetividade na Educação Infantil, realizamos uma pesquisa bibliográfica enfocando o universo teórico dos principais teóricos da educação, como Piaget, Vygotsky e Wallon que abordam em suas teorias a intima relação entre a capacidade de conhecer e de aprender, e atentam para afetividade como ponto de muita importância, tanto para o professor quanto para o aluno. Essa relação entre ambos contribui para uma educação infantil de qualidade.
A IMPORTÂNCIA DO AFETO EM SALA DE AULA
Quanto maior o afeto na sala de aula, o aluno terá mais aprendizado? Bem a criança deve se sentir acolhido pela escola como um todo. O aluno deve se apaixonar pelo método de ensino do professor, e criar sua auto- estima através do aprendizado. A educação infantil deve ser tratada com destreza, preparando suas emoções para um longo caminho a ser percorrido, pois cada novo aluno tratado com afeto é preparado para um futuro melhor, teremos resultados positivos para referências futuras.
No aspecto, podemos afirmar que as crianças são potencialmente curiosas, pois sempre estão atentas a tudo que está ao seu redor, através do seu ambiente bem como o contato com outras crianças, vão desenvolvendo suas capacidades afetivas, assim como sua autoestima, o pensamento, o raciocínio e sua linguagem. E esse papel deve ser desempenhado em parceria escola e família.
Em um ato que o professor passa a nomear objetos, organizar a sala e expressar sentimentos, mostrando suas origens e cultura, estar cooperando para que as crianças venham compreender o meio em que vivem nas quais estão inseridas. Entra neste ponto o papel da psicologia na educação. Piaget afirma que:
[...] a pedagogia moderna não saiu de forma alguma da psicologia da criança, da mesma maneira que os progressos da técnica industrial surgiram, passo a passo, das descobertas das ciências exatas. Foram muito mais o espírito geral das pesquisas psicológicas e, muitas vezes também, os próprios métodos de observação que, passando do campo da ciência pura ao da experimentação, vivificaram a pedagogia. (PIAGET, 1985, p. 148).
Em tese que o afeto é muito importante na atividade de ensinar, onde somos movidos pelo desejo e pela paixão nas relações de ensino e aprendizagem, onde é possível reconhecer e prever as qualidades afetivas que venham facilitar a aprendizagem. 
A pesquisa de Almeida (1997) tem contribuído para a discussão de suma importância afetiva para a constituição do sujeito e na construção do aprendizado, utilizando hipóteses básicos das teorias de Wallon e Vygotsky, nas suas pesquisas, no contexto geral buscando identificar a relação professor-aluno no aspecto afetivo, e as possíveis influencias no processo de aprendizagem.
CONCEITO DE AFETIVIDADE:
Para Henri Wallon (1954, p. 288), educador e médico francês: A afetividade é um domínio funcional, cujo desenvolvimento dependente da ação de dois fatores: o orgânico e o social. Entre esses dois fatores existe uma relação recíproca que impede qualquer tipo de determinação no desenvolvimento humano, tanto que a constituição biológica da criança ao nascer não será a lei única do seu futuro destino. Os seus efeitos podem ser amplamente transformados pelas circunstâncias sociais da sua existência onde a escolha individual não está ausente.
Nesse conceito, pode-se dizer que a afetividade constitui uma propriedadefuncional tão importante para a vida social e emocional de um ser humano que demonstra a revelação de carinho ou cuidado que se pode se ter com alguém íntimo e querido, permitindo assim ao ser humano demonstrar os seus sentimentos e emoções a outro ser, criando um laço entre os seres humanos para representar a amizade, o amor, a paixão e a compreensão.
Nas ideias de Wallon (1954, p.42), “a afetividade seria a primeira forma de interação, com o meio ambiente e a motivação primeira do movimento [...]. As emoções são, também, a base do desenvolvimento do terceiro campo funcional, as inteligências”. Wallon baseou as suas ideias em quatro elementos básicos que se comunicam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do eu como pessoa.
Para Wallon (1986) “As emoções têm um papel predominante no desenvolvimento da pessoa. É por meio delas que o aluno exterioriza seus desejos e suas vontades [...]”. Vygotsky (1934, p. 120), delineou um trajeto histórico sobre o tema afetividade, afirmando que:
O desenvolvimento pessoal seria operado em dois níveis: o do desenvolvimento real ou efetivo e o afetivo referente às conquistas realizadas e o desenvolvimento potencial ou proximal relacionado às capacidades a serem construídas [...] os processos pelos qual o afeto e o intelecto se desenvolvem e estão inteiramente enraizados em suas inter-relações e influências mútuas.
Vygotsky busca esclarecer a mudança das primeiras emoções básicas, para os experimentos emocionais superiores, de maneira especial no que se refere à questão de os adultos apresentarem uma vida emocional mais apurada do que as crianças. Na teoria de Vygotsky emoções nunca deixarão de existir, mas se modificam, distanciando-se da sua origem biológica e tornando-se como elemento histórico cultural.
Sendo assim, os autores Wallon e Vygotsky destacam a íntima relação entre afeto e cognição, utilizando suas ideias catalogadas no que dizem respeito ao papel das emoções na concepção do caráter e da personalidade.
Buscando definir o conceito de afetividade, no ponto de vista da pedagogia, seguimos com as ideias de Gabriel Chalita (2004, p. 33) que nos mostra que: “[...] afetividade é ter afeto no preparo, afeto na vida e na criação. Afeto na compreensão dos problemas que afligem os pequenos [...]”
Concluindo as definições de Afetividade, é possível abranger a importância dos vínculos afetivos na vida da criança, um ser que está em pleno desenvolvimento, observa-se que a educação da criança primeiramente começa com a família e depois passa para a escola, mostrando e provando que a afetividade sempre estará ligada à educação, seja ela na família ou no ambiente escolar.
AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
	Hoje a Educação Infantil é a área que mais exige atenção, havendo uma concentração maior de preocupação por parte das instituições de ensino, onde a constituição garante que é direito de todas as crianças irem à escola e receber um acolhimento pedagógico de qualidade desde o primeiro ano escolar, entretanto enquanto a criança se desenvolve, ela tem o adulto como sua referência no seu aprendizado e amadurecimento, sendo assim cabe aos adultos desenvolverem na criança seus traços de personalidade passando todo seu aprendizado e conhecimento, como um ser social do bem, assim como dar atenção, respeito, carinho, dignidade, muito amor e afeto. A educação infantil é considerada o complemento da educação básica, sendo o responsável por oferecer a formação e a socialização da criança fora do ambiente familiar em seus primeiros passos dados para a sua formação, utilizando como base de aprendizagem, que será transferida pelo professor em oferecer as condições básicas e necessárias para que se sinta protegida e segura no ambiente escolar. 
Lisboa, (1998 p. 63), posiciona-se a respeito desse assunto dizendo que:
[...] as creches e escolas são de grande importância para desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças [...]. Nesses locais, elas têm de aprender a brincar com as outras, respeitarem limites, controlar a agressividade, relacionar-se com o adulto e aprender sobre si mesma e seus amigos, tarefa estas de natureza emocional [...] fundamental para as crianças menores de seis anos é que elas se sintam importantes livres e queridas. Lisboa, (1998 p. 63).
Ressaltamos que na educação infantil a aprendizagem está intensamente ligada à vida afetiva da criança, cabe à escola não enfraquecer esta vida afetiva, mas contribuir para o fortalecimento e ampliação do ambiente sócio afetivo na formação dos pequenos estudantes. 
Neste seguimento, as instituições de Educação Infantil, agregando as funções de educar e cuidar, se comprometendo em auxiliar para o melhor desenvolvimento integral da criança no seu aspecto intelectual, físico, social e afetivo, vindo a complementar o ser da criança, inserindo a capacidade de aprender a conviver consigo mesma, e com seus semelhantes, no ambiente em que vive de forma articulada e gradual. 
	O ato de educar e o de cuidar na Educação das crianças de 0 a 6 anos podendo ser incluso como um momento único e sequencial que está recomendado pela LDB (Lei Diretrizes e Base Nacional 9394/96) onde regulamenta a Educação de modo geral, que à Educação Infantil determina como a primeira etapa da Educação Básica.
Segundo a LDB 9394/96, no artigo 29, preconiza-se que: “A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”.
Com base na LDB 9394/96, nas pesquisas consultadas, podemos assegurar que a Educação Infantil tem como objetivo cooperar para a formação integral da criança, de maneira lúdica e afetiva, com a inclusão da Educação Infantil na educação básica, obtendo a primeira etapa e o reconhecimento, que a educação dar início nos primeiros anos de vida é essencial para a realização de sua finalidade, assegurada também pelo art. 22, ainda da LDB que diz: “A Educação Básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e nos estudos posteriores.”
A escola de Educação Infantil é fundamental para a vida dos pequenos, é neste ambiente que as crianças se abrangem nas relações morais e éticas que compõem a sociedade na qual estão inseridas. É no momento dessa fase que acontece a formação de hábitos, costumes e valores que constroem os alicerces da personalidade, que carecem estar baseadas na afetividade.
Segundo Wallon (1979), diz que na pré-escola: Cabe o papel de preparar a emancipação da criança e reduzir a influência exclusiva da família e promover o seu encontro com outra criança da mesma idade.
Nas ideias de Wallon, posso dizer que compete à escola expandir e gerar um espaço sócio afetivo e saudável para as crianças, gerando uma socialização de forma ampliada do convívio dos pequenos.
O Ministério da Educação e a Secretaria de Ensino Fundamental em 1998, publicou o Referencial Nacional Curricular para a Educação Infantil, mostrando um avanço na busca de metas para a educação das crianças nas creches, pré-escolas e instituições semelhantes. Onde a leitura é obrigatória de forma direta ou indireta, estando ligado ao primeiro passo da Educação Básica, uma vez que se trata de um documento que expressa com nitidez os princípios da Educação Infantil, que carecem de estar ligados aos aspectos afetivos. A afinidade desses princípios com as diversas áreas do desenvolvimento infantil pode ser mais bem compreendida aproveitando uma leitura mais detalhada dos Parâmetros Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Significando assim, que para o desenvolvimento da criança é necessário aprender com os outros, por meio das junções afetivas que se constituem diariamente, segundo os PCN´s (1998), “a criança é um ser social que nasce com capacidades afetivas, emocionais e cognitivas. ”[4: “PCN’s” Os ParâmetrosCurriculares Nacionais — PCN — são referências para os Ensinos Fundamental e Médio de todo o país.]
A Educação Infantil pode impactar de forma positiva no desenvolver da criança mirando à qualidade de interações que estão representadas de forma favorável para o trajeto da vida, do lado a lado da escola, família e sociedade, que contribui para desenvolvimento da criança em todas as suas etapas: intelectual e social, física e afetiva.
Para Wallon (1995), a criança na pré-escola; [...] atribui a emoção como os sentimentos, desejos e manifestações da vida afetiva, demonstra os sentimentos como um papel fundamental no processo de desenvolvimento humano.
Essas emoções para Wallon, tem um papel principal para o desenvolvimento do ser humano. É através delas que a criança mostra suas vontades e desejos, destacando que a afetividade é um dos elementos fundamentais para o desenvolver do ser humano. Assim podemos perceber que a afetividade e a cognição são essenciais, de acordo com as ideias de Piaget, que diz, não existe estados afetivos sem elementos cognitivos, assim como não existem, comportamentos puramente cognitivos.
Na hipótese de Jean Piaget, o desenvolver intelectual é considerado por ter dois elementos: o cognitivo e o afetivo. Colateral ao desenvolvimento cognitivo está o desenvolvimento afetivo. Afeto inclui desejos, sentimentos, tendências, interesses, valores e emoções em um modo geral.
O conceito de Cognitivo é uma expressão que está relacionada com oprocesso de aquisição de conhecimento (cognição). A cognição envolve fatores diversos como o pensamento, a linguagem, a percepção, a memória, o raciocínio etc., que fazem parte do desenvolvimento intelectual. A psicologia cognitiva está ligada ao estudo dos processos mentais que influenciam o comportamento de cada indivíduo e o desenvolvimento cognitivo (intelectual). Segundo o pensador suíço Jean Piaget, a atividade intelectual está ligada ao funcionamento do próprio organismo, ao desenvolvimento biológico de cada pessoa, já o conceito de Afetividade é um termo que deriva da palavra afetiva e afeto. 
Designa a qualidade que abrange todos os fenômenos afetivos. No âmbito da psicologia, afetividade é a capacidade individual de experimentar o conjunto de fenômenos afetivos (tendências, emoções, paixões, sentimentos). A afetividade consiste na força exercida por esses fenômenos no caráter de um indivíduo. A afetividade tem um papel crucial no processo de aprendizagem do ser humano, porque está presente em todas as áreas da vida, influenciando profundamente o crescimento cognitivo. A afetividade potência o ser humano a revelar os seus sentimentos em relação a outros seres e objetos. Graças à afetividade, as pessoas conseguem criar laços de amizade entre elas e até mesmo com animais irracionais, isto porque os animais também são capazes de demonstrar afetividade uns com os outros e com os seres humanos. As relações e laços criados pela afetividade não são baseados somente em sentimentos, mas também em atitudes.
Na esfera da educação infantil, é preciso existir a inter-relação do professor com os seus alunos em grupo, e com cada um em particular a cada momento, utilizando o tempo, na sala, nos corredores ou nos passeios escolares, com a função desse vínculo afetivo que se tem a interação com os objetos e construindo um conhecimento bastante envolvente.
Segundo afirma Saltini (1997, p. 89), que “essa inter-relação é o fio condutor, o suporte afetivo do conhecimento. ” O autor referido complementa: “Neste caso, o educador serve de continente para a criança”. Poderíamos dizer, portanto, que:
O continente é o espaço onde podemos depositar nossas pequenas construções e onde elas tomam um sentido, um peso e um respeito, enfim, onde elas são acolhidas e valorizadas, tal qual um útero acolhe um embrião. (SALTINI, 1997, p. 89).
Entretanto não restam dúvidas de que se torna indispensável o aspecto de um professor que tenha a plena convicção de sua importância, não apenas como um mero conhecedor da realidade atual, mas sim como um influente transformador, tendo uma visão sócio crítica da realidade, acolhendo assim o seu aluno.
Assim quando a criança vai para seu primeiro dia de aula, ela precisa ser muito bem recepcionada, pois é nesse momento que um pequeno rompimento do seu ambiente familiar para iniciar uma nova etapa, onde deverá ser agradável, para que exista um reforço da situação. Quando a criança percebe que a professora gosta dela, e que a professora exibe algumas qualidades como: dedicação, vontade de ajudar e atitude democrática, e principalmente tem a paciência, facilita a aprendizagem; ao notar os gostos da criança, o professor aproveita ao máximo suas capacidades e estimula para o ensino. Ao oposto, utilizando autoritarismo, inimizade e desinteresse que pode levar o aluno a perder a motivação e o interesse por aprender, já que estes sentimentos são consequência da antipatia por parte dos alunos, que por fim agregarão o professor à disciplina, tendo assim pontos totalmente negativos para ambos. 
Num certo comentário de Chardelli (2002) a todo momento, a escola recebe crianças com auto estima baixa, tristeza, dificuldades em aprender ou em se entrosar com os coleguinhas e as rotulamos de complicadas, sem limites ou sem educação e não nos colocamos diante delas a seu favor, não compactuamos e nem nos aliamos a elas, não as tocamos e muito menos conseguimos entender o verdadeiro motivo que as deixou assim. A escola facilita o papel da educação nos tempos atuais, que seria construir pessoas plenas, priorizando o ser e não o ter, levando o aluno a ser crítico e construir seu caminho. 
Saltini também comenta questão da manutenção da serenidade por parte da educadora e da criança. Assim explica o autor,
A serenidade e a paciência do educador mesmo em situações difíceis fazem parte da paz que a criança necessita. Observar a ansiedade, a perda de controle e a instabilidade de humor, vai assegurar à criança ser o continente de seus próprios conflitos e raivas, sem explodir, elaborando-os sozinha ou em conjunto com o educador. A serenidade faz parte do conjunto de sensações e percepções que garantem a elaboração de nossas raivas e conflitos. “Ela conduz ao conhecimento do si mesmo, tanto do educador quando da criança”. (SALTINI, 1997, p. 91).
Também no entender de Saltini (1997, p. 90), é preciso[...] encorajar a criança a descobrir e inventar, sem ensinar ou dar conceitos prontos. A resposta pronta só deve ser dada quando a pergunta da criança focaliza um ato social arbitrário (funções do objeto cotidiano). Manter-se atento à série de descobertas que as crianças vão fazendo, dando-lhes o máximo de possibilidades para isso. Dar atenção a cada uma delas, encorajando-as a construir e a se conhecer. Dar maior incentivo à pergunta que à resposta. Sempre buscando no grupo a resposta o professor procurará sistematizar e coordenar as ideias emergentes. A relação que se estabelece com o grupo como um todo e a pessoal com cada criança é diferenciada em todos os seus aspectos quantitativos e cognitivos respeitando-se a maturidade de seu pensamento e a individualidade. [...]
Assim quando ocorrem explosões de raiva, o educador precisa ter bastante habilidade, para quando for necessário manter uma conversa com a criança, em que se possa mostrar o que está acontecendo, utilizando o silêncio e o corpo, para abraçar quando ela assim o aceitar; e compartilhar com os outros alunos, os sentimentos que estão sendo demonstrados.
O papel da afetividade na Educação Infantil seria como uma fonte de energia na cognição aproveitaria para o funcionamento no desenvolver da criança. Podendo dizer que a afetividade na Educação Infantil coopera para o sucesso na ação de ensino-aprendizagem, onde a afetividade e a cognição são aspecto paralelo, onde estão ligados, e influenciam pela socialização, através da escola, família e sociedade, pois é muito importante para a formação de pessoas felizes. Idealizando a afetividade como um reconhecimento construído através das vivências,que se configura como dever da escola, do professor e da família, a tarefa de despertar na criança as potencialidades do coração.
FAMÍLIA E ESCOLA NA VIDA DA CRIANÇA
O convívio familiar tem que estar estruturado e unido por laços afetivos, que possa sempre ter muito cuidado, respeito, segurança e amor. Segundo Chalita (2001 p. 23), “A família tem como função primordial a de proteção, tendo, sobretudo, potencialidades para dar apoio emocional para a resolução de problemas e conflitos [...]”
Posso dizer que a família tem o papel primordial de preparar o emocional da criança, e ir preparando ela para os primeiros anos escolares, pois o ciclo familiar em que está inserida é o seu primeiro recinto de aprendizagem. O papel da família está vinculado aos cuidados e a proteção, e também em dar todo apoio e auxiliando no método de escolarização, para que as crianças venham ser capazes de constituir vínculos afetivos que venha a beneficiar a evolução da criança.
O professor que atua na área infantil tem que estar consciente da sua função e o seu valor nesse método, juntamente com o apoio dos pais, sendo assim os docentes o papel muito importante pelo encorajamento ao crescimento e desenvolvimento integral dos pequenos. Para conviver com crianças na educação infantil, o professor precisa estar compassivo aos seus sentimentos, pois precisa ser capaz para poder lidar com circunstâncias que exijam compreensão, paciência e técnica, utilizando capacidades para lidar com momentos inesperados que solicitam ter habilidade e criatividade, entretanto, deve sempre utilizar seu conhecimento e a sua sociabilidade que estejam unidas aos aspectos afetivos, para o apoio do aluno e o alivio dos pais.
Nos seguimentos das ideias de Chalita, o Docente de Educação Infantil precisa ter:
[...] luz própria e caminhar com pés próprios. Não é possível que ele pregue a autonomia sem ser autônomo; que fale de liberdade sem experimentar a conquista da independência que é saber, que ele queira que seu aluno seja feliz, sem demonstrar afeto. E para que possa transmitir afeto é preciso que sinta afeto, que viva o afeto. Ninguém dá o que não tem.
O amor e afeto tornam-se ferramentas importantes para o ensino da valorização da criança para a educação. Acredito em um ensino mais sensível, que abrace uma pedagogia da dedicação utilizando o amor como base, para que venha entusiasmar as famílias e as escolas, onde venha beneficiar seus novos conhecimentos, entre desafios e realizações, através do amor levando o professor e os pequenos a se desenvolverem por meio da afetividade.
No conceito de Augusto Cury (2003, p. 72): “Ser um mestre inesquecível é formar seres humanos que farão a diferença no mundo”. Um professor que planta uma semente no seu aluno e que marca esse aluno, ele vai levar consigo para o resto da sua vida, tomando-o como exemplo o seu mestre e passando adiante em suas situações, mostrando tudo aquilo que ele absorveu com seu mestre lá atrás. E é nesse segmento que o professor deve se basear, dando o melhor de si, se entregando, e cada vez mais implantando as melhores sementes em seus alunos para que elas sirvam de como alicerce para novas gerações. 
METODOLOGIA:
Na procura de envolver o tema, a importância da afetividade para uma educação infantil de qualidade, mencionamos no decorrer desse texto os principais teóricos da educação, destacando a importância na metodologia de ensino e aprendizagem. Como Wallon, Vygotsky e Piaget, que destacam suas hipóteses a relação entre o afeto e a cognição, no que se pronuncia ao papel das emoções para o desenvolvimento e construção da criança. 
Essas abordagens formam um conjunto de temas que irão contribuir na valorização da afetividade, que sempre deve estar vinculada na educação infantil, através do afeto e das emoções na vida dos pequeninos, e, especialmente diferenciando o papel do professor de educação infantil. Sendo assim, o atual trabalho tem como objetivo em buscar as principais obras educacionais e pedagógicas citações teóricas sobre a afetividade no processo de desenvolvimento e aprendizagem infantil, selecionando contribuições positivas da relação afetiva entre professor e aluno para o processo de aprendizagem escolar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O afeto é um dos principais fatores que contribuem para o aperfeiçoamento do método de ensino aprendizagem. Assim, o tema “A importância da afetividade para uma educação infantil de qualidade” apresenta extrema importância na área educacional, considerando que a afetividade impulsiona a aptidão de aumentar o conhecimento voltado para o conhecer e o aprender, de forma que os vínculos afetivos e aprendizados vão estabelecer as trocas a partir das interações entre o meio e o sujeito.
Compreendemos que o sentido da aprendizagem é exclusivo e particular na vida de cada ser humano por isso, que o desenvolver-se da aprendizagem é um processo continuado, e a afetividade é desempenho indispensável na formação da criança, uma vez que um ensino que deixe de abordar o sentimento (aspectos afetivos) em uma classe e na família poder gerar danos incontáveis no desenvolver cognitivo da criança.
É importante um laço entre escola e família para a evolução da criança, é preciso que a criança sinta na escola um lugar onde ela encontre apoio, carinho, incentivo e que usem métodos para desenvolver habilidades, sentimentos e capacidades. Que de pequeno construa um caminho para o saber, e que os pais em casa deem sequência ao trabalho feito na escola, é fundamental o apoio de todos fazendo com que a criança se sinta mais segura para expandir sua auto- estima e suas habilidades adquiridas ao decorrer do tempo.
Sendo assim, a criança consegue ter um desenvolvimento saudável e adequado dentro do espaço escolar, e consequentemente no social. É importante que haja um contato de relações interpessoais positivas, com aceitação, possibilitando assim o sucesso dos objetivos educativos.
No papel de educadores, precisamos estar atentos ao fato de que enquanto não dermos atenção ao fator afetivo na relação professor-aluno, podemos correr o risco de estarmos só atuando com a construção do real, do conhecimento, deixando de lado o trabalho da coordenação do próprio sujeito, que abrange valores e o seu próprio caráter, primordial para o desenvolvimento integral.
Portanto, a família e o professor, como educadores que são, precisam entender que tem uma grande missão, que é formar um ser humano, e isso tão-somente ocorrerá como fruto do amor e da afetividade que será responsável por fazer brotar um verdadeiro ser humano no mundo. O afeto e o amor são a solução para uma educação melhor, acreditamos em uma educação mais humana, vindo a adotar uma pedagogia do amor, da paciência e da compreensão, tendo a competência de influenciar nossas próprias vidas, as famílias, as escolas e, especialmente nas salas de aula; abrindo caminhos para novos horizontes, conhecimentos, desafios e conquistas, um trabalho realizado em uma forte parceria entre família e escola, voltado totalmente para o afeto, que tenha como objetivo o desenvolvimento integral da criança a partir dos laços trabalhados na afetividade.
A afetividade em uma educação infantil de qualidade tem como alvo contribuir para o desenvolvimento integral da criança, de forma afetiva e lúdica, entendendo que a integração entre afetividade e cognição é essencial.
REFERÊNCIAS:
ALMEIDA, A. R. S. (1997) A emoção e o professor: um estudo à luz da teoria de HENRI WALLON. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 13, n º 2, p. 239-249, mai/ago.
BRASIL, Ministério da Educação e Desporto, Secretaria de Educação fundamental Referencial Curricular para a Educação Infantil. Brasília: MEC,1998. (vol.1-3. Conhecimento de mundo).
CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto - São Paulo: Editora Gente, 2004.
CHARDELLI, Rita de Cássia Rocha. Brincar e ser feliz. Endereço eletrônico: Disponível em:<http://7mares.terravista.pt/forumeducacao/Textos/textobrincareserfeliz.htm>.Acesso em:
CURY, Augusto Jorge. Pais Brilhantes,professores fascinantes. Rio de Janeiro: Estante, 2003. 
LEI nº. 9.394/96 – Das Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Dezembro de 1996 (Artigos. 22 e 29).
 Disponível em: http://www.significados.com.br/cognitivo/ Acesso em: 18/05/2015
Disponível em: http://www.significados.com.br/afetividade/ Acesso em 18/05/2015
PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1985.
SALTINI, Cláudio J. P. Afetividade & inteligência. Rio de Janeiro: DPA, 1997.
VIGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. 
WALLOW, H. A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições, 1995.

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