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SEMI Contabilidade avancada I 05


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Contabilidades 
Avaçadas I
Autor: Juliana Leite Kirchner
Tema 05
Investimentos em Companhias do 
Exterior: Coligadas, Controladas, suas 
Equiparadas e Controladas no Exterior
seç
ões
Tema 05
Investimentos em Companhias do Exterior: 
Coligadas, Controladas, suas Equiparadas e 
Controladas no Exterior
Como citar este material:
KIRCHNER, Juliana Leite. Contabilidade 
Avançada I: Consolidação das Demonstrações 
Contábeis/Financeiras. Caderno de Atividades. 
Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014.
SeçõesSeções
Tema 05
Investimentos em Companhias do Exterior: 
Coligadas, Controladas, suas Equiparadas e 
Controladas no Exterior
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CONTEÚDOSEHABILIDADES
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
•	 Procedimentos de avaliação e mensuração dos investimentos societários no exterior.
•	 Contabilização da conta Investimentos no Exterior.
•	 Uniformidade dos critérios contábeis.
•	 Consolidação das Demonstrações Contábeis em sociedades controladas no exterior.
•	 Conversão das Demonstrações Contábeis em moeda estrangeira para moeda nacional.
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Contabilidade Avançada, dos autores 
José Hernandez Perez Junior e Luís Martins de Oliveira, editora Atlas, 2012.
Roteiro de Estudo:
Juliana Leite Kirchner Contabilidade Avançada 
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CONTEÚDOSEHABILIDADES
Investimentos em Companhias do Exterior: Coligadas, 
Controladas, suas Equiparadas e Controladas no 
Exterior
Os investimentos societários em empresas situadas no exterior implicam investimentos 
em moeda funcional, que é diferente da moeda funcional utilizada pela sociedade investidora 
no país em que se situa.
Moeda	 funcional,	 que	 pode	 ser	 identificada	 mediante	 os	 critérios	 estabelecidos	 pelo	
Pronunciamento Técnico CPC 2, em seus itens 11 a 16, é denominada, em conformidade a 
Iudicíbus et al. (2010, p. 208), “a moeda do ambiente econômico principal no qual a entidade 
opera e servirá como parâmetro para os procedimentos de mensuração das transações e 
eventos econômicos da entidade”. Deste modo, perfaz-se essencial analisar a avaliação de 
investimentos societários em companhias situadas no exterior e, logo, que utilizam moeda 
funcional diversa da utilizada no Brasil.
Habilidades 
Ao	final,	você	deverá	ser	capaz	de	responder	as	seguintes	questões:
•	 Quais são os procedimentos de avaliação e mensuração dos investimentos societários 
no exterior?
•	 Como ocorre a contabilização da conta Investimentos no Exterior?
•	 Qual a importância da uniformização das Demonstrações Contábeis e seus critérios?
•	 Qual a necessidade de Consolidação das Demonstrações Contábeis em sociedades 
controladas no exterior?
•	 Como ocorre a conversão das Demonstrações Contábeis em moeda estrangeira para 
a moeda nacional?
LEITURAOBRIGATÓRIA
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LEITURAOBRIGATÓRIA
A Instrução Normativa n. 247/1996, emitida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), 
em seu artigo 1o, estabelece que os investimentos permanentes realizados em companhias 
coligadas e controladas situadas no exterior devem ser avaliados tal como ocorre com os 
investimentos em companhias situadas no país. 
Como o Método da Equivalência Patrimonial é adotado para a avaliação dos investimentos 
efetivados em companhias nacionais, esse Método também deve ser aplicado à avaliação 
de investimentos realizados em companhias coligadas e controladas do exterior, desde que 
atendidos seus requisitos necessários, para que haja sua correta adoção e aplicação. 
Deste modo, as empresas que possuem investimentos permanentes, mediante a forma 
de participação societária, em companhias do exterior, para a correta contabilização de 
tais investimentos, devem adotar o Método de Equivalência Patrimonial em relação às 
suas coligadas e controladas. Para elas, são aplicáveis todos os requisitos inerentes ao 
Método de Equivalência Patrimonial e à avaliação de investimentos no país e que são 
aplicáveis às empresas nacionais, notadamente a condição ou a intenção de permanência 
do investimento, e não que seja intenção meramente especulativa ou temporária, para que 
assim os investimentos sejam considerados permanentes.
Destaca-se que os mesmos requisitos exigíveis para a aplicação do Método de Equivalência 
Patrimonial são, também, aplicáveis aos investimentos em sociedades controladas ou 
coligadas no exterior.
No que concerne a tais empresas que possuem investimentos no exterior, é preciso observar, 
ainda, alguns aspectos importantes, como a adoção de critérios contábeis uniformes, a 
inclusão das controladas no exterior na Consolidação de Demonstrações Contábeis, a 
adequada	 conversão	 dos	 elementos	 constantes	 nas	 demonstrações	 financeiras	 para	 a	
moeda nacional e a observância das disposições legais no que concerne à remessa de 
lucros. 
Reconhecimento e Mensuração de Investimentos Societários 
no Exterior que são Passíveis de Avaliação pelo Método de 
Equivalência Patrimonial
A Lei das Sociedades Anônimas e as normas reguladoras emitidas pela Comissão de 
Valores Mobiliários (CVM) estabelecem quais são os investimentos passíveis de avaliação 
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por intermédio do Método de Equivalência Patrimonial. Essas normas também devem ser 
aplicáveis aos investimentos em empresas situadas no exterior, para se determinar se são 
passíveis de avaliação por intermédio do Método de Equivalência Patrimonial. Assim, as 
participações societárias em coligadas, controladas ou controladas em conjunto situadas 
no exterior devem ser avaliadas pelo Método de Equivalência Patrimonial.
A	Sociedade	Investidora	deve	verificar,	primeiramente,	quais	são	os	investimentos	realizados	
em sociedade situada no exterior passíveis de avaliação pelo Método da Equivalência 
Patrimonial. 
Para ser possível a avaliação de investimentos societários no exterior por intermédio do 
Método de Equivalência Patrimonial, a sociedade investidora deve: 
a)	Verificar	se	há	investimentos	em	filiais,	agências,	dependências	ou	sucursais	situadas	
no	exterior.	Deve-se	observar	que	as	filiais,	agências,	dependências	ou	sucursais	situadas	
no exterior, conforme disposição legislativa, adquirem personalidade jurídica própria, e, 
deste modo, constituem-se como subsidiária integral da empresa brasileira, o que permite 
a avaliação pelo Método de Equivalência Patrimonial. Porém, de modo contrário, caso não 
adquiram independência jurídica, seus ativos, passivos e resultados devem ser integrados 
à	 contabilização	 realizada	 pela	matriz	 no	 Brasil,	 como	 ocorre	 com	 qualquer	 outra	 filial,	
agência, dependência ou sucursal situadas no país.
b) Ajustar as Demonstrações Contábeis da sociedade investida para as normas contábeis 
da sociedade investidora: elaborar as Demonstrações Contábeis da sociedade investida na 
moeda funcional vigente no país em que se situa, no entanto, em conformidade às normas e 
aos procedimentos contábeis adotados pelo país que situa a sociedade investidora, e, após, 
converter as Demonstrações Contábeis da sociedade investida para a moeda funcional da 
sociedade investidora. 
c) Reconhecer, na Demonstração Contábil elaborada em consonância ao item “b”, o 
resultado da sociedade investida por intermédio do Método de Equivalência Patrimonial.
d)	Reconhecer,	em	uma	conta	específica	no	Patrimônio	Líquido,	os	ganhos	e	as	perdas	
cambiais no investimento.
e) E, caso seja um investimento em Sociedade Controlada, deve a sociedade investidora 
consolidar as Demonstrações Contábeis da Sociedade Investida.
LEITURAOBRIGATÓRIA
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Tratamento Contábil da Conta Investimentos no Exterior 
Os investimentos em companhias do exterior, mediante a forma de participação societária, 
devem atentar para os mesmos critérios de registro contábil aplicáveis aos investimentos, 
medianteparticipação societária em companhias sediadas no próprio país. 
Deve-se adotar, quando presentes os requisitos necessários, notadamente a condição ou 
intenção de permanência do investimento para que seja considerado permanente o Método 
de Equivalência Patrimonial.
Assim, os investimentos devem ser ajustados ao valor do Patrimônio Líquido na contabilidade 
da empresa investidora que se situa no Brasil, de modo a reconhecer sua participação nos 
resultados das empresas investidas situadas no exterior, à medida que são gerados em 
conformidade ao Regime de Competência. No entanto, por mais que se adotem os mesmos 
critérios de contabilização aplicáveis aos investimentos em participações societárias de 
sociedades situadas no país, a contabilização dos investimentos em companhias situadas 
no exterior deve atentar para algumas particularidades:
Registro do Resultado da Equivalência Patrimonial na 
Investidora
O resultado obtido mediante a aplicação do Método de Equivalência Patrimonial deve ser 
registrado nos registros contábeis da investidora mediante o desdobramento em duas 
contas, ou seja, no Resultado e em seu Patrimônio Líquido.
No Resultado, deve contar o efetivo resultado obtido pela sociedade investida, devidamente 
convertido.
No Patrimônio Líquido, deve constar o resultado com o intuito de alocar ao seu resultado no 
futuro, e inerente às variações cambiais tratadas em conta especial no Patrimônio Líquido 
das demonstrações convertidas da sociedade investida.
Aplicação do Método da Equivalência Patrimonial
Em se tratando de Investimentos em companhias controladas ou coligadas situadas no 
exterior, a aplicação do Método de Equivalência Patrimonial para a determinação do valor 
LEITURAOBRIGATÓRIA
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patrimonial do Investimento ocorre da mesma forma que o Método aplicado aos Investimentos 
em companhias situadas no país. 
Conforme já foi estudado, para se determinar o valor patrimonial do Investimento, deve-se 
aplicar a porcentagem de participação da sociedade investidora na sociedade investida 
sobre o Patrimônio Líquido da sociedade controlada ou coligada, porém, desde que já 
convertido em moeda nacional e devidamente ajustado aos critérios contábeis adotados 
pela sociedade investidora no país.
Ainda, o resultado obtido por intermédio do Método de Equivalência Patrimonial deve ser 
reconhecido diretamente no resultado do período.
Relativamente aos resultados não realizados, deve a sociedade investidora ajustar o 
Patrimônio Líquido da sociedade investida no exterior. No entanto, apenas quanto aos 
resultados não realizados decorrentes de transações realizadas pela sociedade investida 
com a sociedade investidora, suas coligadas e suas controladas.
E,	por	fim,	o	ajuste	da	equivalência	patrimonial	remete	ao	ajuste	que	deve	ser	feito	decorrente	
da	comparação	realizada	entre	o	valor	final	versus o valor contábil do investimento. Esse 
ajuste, que deve corresponder a ganhos ou perdas efetivos, deve ser feito na conta de 
Investimento, de modo que tenha como contrapartida a conta de Resultado do Exercício.
Uniformidade de Critérios Contábeis
Para todo investimento avaliado pelo Método da Equivalência Patrimonial, há a necessidade 
de uniformização das demonstrações contábeis, pois estas serão utilizadas como base 
para a aplicação do método de equivalência patrimonial e o cálculo do valor patrimonial do 
investimento. 
Relativamente à necessidade de uniformidade dos critérios contábeis adotados nas 
demonstrações contábeis da sociedade controlada ou coligada, Oliveira e Perez Junior 
(2010,	p.	189)	afirmam	que	
é fator fundamental que as demonstrações contábeis da coligada ou controlada 
que servirão de base aos ajustes da conta de investimentos ou à consolidação 
sejam elaboradas com uniformidade de critérios em relação aos princípios 
contábeis do Brasil que são adotados pela investidora. De fato, poderá 
acontecer de tais empresas no exterior adotarem, em suas demonstrações 
contábeis	 oficiais,	 critérios	 que	 atendam	 a	 requisitos	 legais	 ou	 fiscais	 dos	
respectivos países e apresentarem divergências que provoquem distorções de 
efeitos relevantes, em relação aos princípios contábeis vigentes no Brasil. 
LEITURAOBRIGATÓRIA
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No entanto, em se tratando de investimentos em sociedades controladas e coligadas 
situadas no exterior, o problema a ser analisado é que tais sociedades elaboram sua 
contabilização em conformidade à moeda vigente no país em que operam, em conformidade 
às	práticas	contábeis	e	à	legislação	comercial	e	fiscal	em	vigor	nesse	país,	o	que	dificulta	
a uniformização de critérios contábeis, já que há a necessidade de que tais sociedades 
coligadas e controladas no exterior disponham de demonstrações contábeis expressas 
em reais e que sejam elaboradas em conformidade aos critérios contábeis que guardem 
uniformidade com os critérios praticados no Brasil.
Deste modo, em conformidade a Iudicíbus et al. (2010, p. 204), as Demonstrações Contábeis 
das sociedades investidas situadas no exterior devem ser elaboradas e apuradas em 
conformidade às práticas contábeis brasileiras e, assim, devem apresentar critérios contábeis 
uniformes em relação aos critérios contábeis adotados pela sociedade investidora no país.
Portanto, o recomendável é que sejam realizados ajustes extracontábeis às Demonstrações 
Contábeis apresentadas pelas sociedades coligadas e controladas situadas no exterior, de 
modo a uniformizar os princípios contábeis. No entanto, tais ajustes somente devem ser 
realizados	relativamente	às	diferenças	que	podem	resultar	em	reflexos	significativos,	já	que	
tais ajustes geram efeitos no Imposto de Renda aplicáveis às empresas estrangeiras.
O ajuste das Demonstrações Contábeis da sociedade investida em conformidade às 
normas contábeis aplicáveis à sociedade investidora é de fundamental importância, pois as 
informações contábeis produzidas tanto pela investida quanto pela investidora devem basear-
se em iguais critérios contábeis, mantendo a uniformidade de procedimentos e permitindo 
que seja realizada comparabilidade e adequação da consolidação das Demonstrações 
Contábeis.
Demonstrações Contábeis Consolidadas
O artigo 21 da Instrução Normativa n. 247/1996, emitida pela Comissão de Valores Mobiliários, 
estabelece que a sociedade investidora que possui investimento em participação societária 
permanente em sociedades controladas situadas no exterior deve elaborar e divulgar as 
Demonstrações Contábeis consolidadas.
Neste	 sentido,	 Iudicíbus	 et	 al.	 (2010,	 p.	 202)	 afirma	 que	 “a	Consolidação	 de	Balanços,	
quando elaborada, deve abranger também as controladas no exterior”. 
LEITURAOBRIGATÓRIA
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Entende-se por sociedades controladas situadas no exterior, em conformidade à 
disposição do artigo 3o, da Instrução Normativa n. 247/1996, emitida pela Comissão de 
Valores	Mobiliários,	as	filiais,	as	agências,	as	sucursais,	as	dependências	ou	escritórios	
de representação no exterior, quando o ativo e o passivo não se encontram incluídos na 
contabilidade da sociedade investidora.
Em conformidade às normas internacionais, em sociedades controladas, é obrigatória 
a realização de Demonstrações Contábeis consolidadas, pois o IASB não reconhece a 
existência de Balanço Individual de entidade que detenha sociedade controlada. Ainda, 
os princípios de consolidação exigem que as Demonstrações Contábeis encontrem-se 
expressas em uma única moeda.
Conversão das Demonstrações Contábeis de outras Moedas 
para a Moeda Nacional
A contabilização, por intermédio do Método de Equivalência Patrimonial, deve ser eviden-
ciada em moeda nacional.
Moeda nacional, ou moeda funcional, em conformidade ao Pronunciamento Técnico n. 
2, emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), denominado Efeitos das 
Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis, estabeleceque “moeda funcional é a moeda no ambiente econômico principal no qual a entidade opera”. 
As empresas sediadas no país e que possuem investimentos em sociedades situadas no 
exterior devem, necessariamente, dispor de Demonstrações Contábeis das sociedades 
coligadas e controladas situadas no exterior, mas com informações expressas em moeda 
nacional, bem como devem atentar para que tais Demonstrações Contábeis estejam 
elaboradas em conformidade aos critérios contábeis que guardem uniformidade com 
aqueles praticados no Brasil. 
No entanto, tais requisitos nem sempre são de fácil atendimento, tendo em vista que essas 
sociedades investidas, pelo fato de situarem-se no exterior, elaboram e desenvolvem toda 
sua contabilização, bem como suas Demonstrações Contábeis em conformidade às normas 
e à legislação do País em se situam, sendo tais informações expressas na moeda utilizada 
nesse País. 
LEITURAOBRIGATÓRIA
13
Deste modo, é necessário o estabelecimento de critérios que devem ser adotados no 
tratamento contábil de Investimentos no Exterior e na Conversão das Demonstrações 
Contábeis de outras Moedas para a Moeda Nacional, tendo em vista que é necessário 
que as Demonstrações Contábeis da sociedade controlada sejam convertidas da moeda 
estrangeira para o real, mediante a utilização de técnicas de conversão.
Neste sentido, o Pronunciamento Técnico CPC n. 2, denominado “Efeitos das Mudanças 
nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis”, emitido pelo Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis, dispõe os requisitos que a sociedade investidora deve observar 
sobre a conversão das Demonstrações Contábeis de sociedade coligada ou controlada 
sediada no exterior para a moeda de apresentação das Demonstrações Contábeis no Brasil, 
para	fins	de	realização	do	cálculo	do	Método	da	Equivalência	Patrimonial.
Perda de Influência Significativa sobre uma Coligada e Perda 
de Controle sobre uma Controlada 
Conforme	 você	 estudou	 anteriormente,	 a	 caracterização	 de	 controle	 e	 de	 influência	
significativa	é	requisito	primordial	para	a	aplicação	do	Método	de	Equivalência	Patrimonial.
No	entanto,	caso	ocorra	a	perda	de	influência	significativa	sobre	uma	sociedade	coligada	e	
a perda de controle sobre uma sociedade controlada, isso acarretará alterações na natureza 
do investimento, tendo em vista que se caracterizam como eventos econômicos. Porém, 
como se caracterizam como eventos economicamente similares, devem ser contabilizados 
de forma similar. Neste sentido, Iudicíbus et al. (2010, p. 204) ressalta que a orientação 
contábil aplicável à perda de controle de uma sociedade controlada foi estendida à perda 
de	influência	significativa	de	eventos	e	transações	de	uma	coligada.	
IMPORTANTE! Ao se estudar os Investimentos em Sociedades Coligadas e Sociedades 
Controladas no Exterior, deve-se analisar o Pronunciamento n. 2, denominado “Efeitos 
nas Mudanças das Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis”, 
emitido pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). O referido Pronunciamento 
define	como	devem	se	dar	a	ocorrência	e	o	registro	de	transações	em	moeda	estrangeira	
e operações no exterior nas Demonstrações Contábeis de uma sociedade localizada no 
Brasil, como devem ser registradas as variações cambiais dos ativos e passivos em moeda 
estrangeira e como é possível converter as Demonstrações Contábeis de uma entidade 
de uma moeda para outra, destacando o processo de convergência das normas contábeis 
brasileiras para as normas internacionais de contabilidade.
LEITURAOBRIGATÓRIA
14
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Acesse o texto do Pronunciamento Técnico CPC n. 2, que dispõe sobre Efeitos das Mudanças 
nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis. Disponível em:
<http://www.cpc.org.br/pdf/CPC02.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. Mediante leitura 
fácil e didática, você terá acesso ao Pronunciamento Técnico emitido pelo Comitê de 
Pronunciamentos	Técnicos,	o	qual	trata,	especificamente,	como	devem	se	dar	a	ocorrência	e	
o registro de transações em moeda estrangeira e operações no exterior nas Demonstrações 
Contábeis de uma sociedade localizada no Brasil, como devem ser registradas as variações 
cambiais dos ativos e passivos em moeda estrangeira e como é possível converter as 
Demonstrações Contábeis de uma entidade de uma moeda para outra, destacando o 
processo de convergência das normas contábeis brasileiras para as normas internacionais 
de contabilidade.
Acesse o texto da Instrução Normativa n. 247/1996, emitida pela Comissão de Valores 
Mobiliários. Disponível em: <http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=icvm247>. 
Acesso em: 02 jan. 2014. 
Em seu artigo 1o, estabelece que os investimentos permanentes realizados em companhias 
coligadas e controladas situadas no exterior devem ser avaliados tal como ocorre com os 
investimentos em companhias situadas no país.
Acesse o site Portal de Contabilidade. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.
com.br/>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
Trata-se	de	um	portal	contábil	e	jurídico	de	conteúdo	essencial	e	eficaz	para	o	estudo	e	o	
entendimento da Ciência Contábil, em todas as suas dimensões, pois aborda diferentes 
temáticas por diversos ângulos.
LINKSIMPORTANTES
15
Acesse o artigo Investimentos em Coligadas e Controladas, de Alex Pereira, Caroline 
Suélen, Edilaine Aparecida, Fabrício Oscar e Rhafaella de Morais. Disponível em: 
<ht tp : / /www. j jve loso.com/docenc ia /Arqu ivos /ContabIn termediar ia /Apres_
Investimentos_3P_1S10b.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
Esse artigo ampliará seus conhecimentos sobre os conceitos de investimento, investimentos 
em	coligadas	e	controladas,	influência	significativa,	entre	outros	conceitos	importantes.
Vídeos
Assista ao vídeo Canal IFRS 10 – Investimentos, elaborado pelo Conselho Regional de Con-
tabilidade de São Paulo. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=jRr8vaa4Hgs>. 
Acesso em: 02 jan. 2014. 
O vídeo, com participação de José Hernandez Perez Júnior, demonstra como deve ser feito 
o investimento em empresas controladas e coligadas, tópico da Seção 14 do CPC PMEs; 
trata também da avaliação pelo Método da Equivalência Patrimonial e evidencia como deve 
ser feita a divulgação das informações, entre outros pontos importantes. 
LINKSIMPORTANTES
Instruções: 
Este	é	o	momento	de	você	finalmente	exercitar	seu	aprendizado	por	meio	
da resolução das questões deste Caderno de Atividades. 
Lembre-se de que, para responder às questões, você precisará assistir 
às	 teleaulas,	 ler	o	Livro-Texto,	 refletir	e	pesquisar	mais	sobre	os	 temas	
relativos a esta disciplina.
É de fundamental importância a realização dessas atividades, tendo em 
vista	que	permitem	que	você	reflita	e	aprimore	seus	conhecimentos,	bem	
como permitem a organização de seu aprendizado.
AGORAÉASUAVEZ
16
Questão 1:
Se o investidor possui direta ou indireta-
mente, no caso de controlada, 20% ou mais 
do poder de voto, indica-se que ele possui 
influência	significativa.	Discorra	acerca	da	
influência	significativa.
Questão 2:
Considere o seguinte caso hipotético:
Suponha que o capital seja de 1.000 ações, 
sendo 334 ações ordinárias (ON) e 666 
preferenciais (PN). Neste caso, o investidor 
com 50% das ordinárias mais uma, ou seja, 
com 168 ações, tem o controle acionário, o 
que representa menos de 17% do capital 
total.
A descrição se refere a um exemplo de:
a) Controlada.
b) Downstream.
c) Coligada.
d) Compartilhamento.
e) Just in Time.
Questão 3:
Em circunstâncias que determinem situa-
ções	que	configurem	a	existência	de	per-
das já previstas mas não contabilizadas 
pelas coligadas ou controladas, deve ser 
constituída uma provisão para perdas em 
Investimentos. Sobre este assunto, a Ins-
trução CVM 247/96, em seu artigo 12, inci-
so II, estabelece como perdas potenciais:a) Responsabilidade formal ou operacio-
nal para cobertura de passivo a desco-
berto e tendência de perecimento de in-
vestimento. 
b) Tendência de perecimento do investi-
mento e elevado risco de paralisação de 
operações de coligadas e controladas. 
c) Eventos que resultarem em perdas não 
provisionadas pelas coligadas ou contro-
ladas em suas demonstrações contábeis. 
d) Elevado risco de paralisação de ope-
rações de coligadas e controladas e res-
ponsabilidade formal ou operacional para 
cobertura de passivo a descoberto. 
e) Perdas decorrentes de sinistros já 
ocorridas e ainda não registradas conta-
bilmente pela controlada ou coligada.
AGORAÉASUAVEZ
Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo 
pedido e para o modo de resolução de cada questão.
17
Questão 4:
De acordo com a Instrução n. 247/1996 da 
CVM, consideram-se as participações so-
cietárias equiparadas às coligadas quando 
uma sociedade participa da outra:
a) Com 5% ou mais do capital votante e 
mais de 20% do Exigível a Longo Prazo, 
sem,	 entretanto,	 ocorrer	 dependência	 fi-
nanceira. 
b) Com 5% do capital votante sem, entre-
tanto, controlá-la, independentemente da 
participação total do capital da investida. 
c) Com 10% ou mais do capital total da 
investida, sem, entretanto, controlá-la, 
independentemente da participação total 
no Exigível da investida. 
d) Com 10% ou mais do capital votante 
exercendo o controle econômico e admi-
nistrativo, independentemente da partici-
pação total do capital da investida. 
e) Com 10% ou mais do capital votante, 
sem, entretanto, controlá-la, independen-
temente da participação total do capital 
da investida.
Questão 5:
De acordo com a Instrução CVM n. 
247/1996, para a determinação do cálculo 
do valor do investimento e o respectivo cál-
culo da equivalência patrimonial não são 
excluídos:
a) Os prejuízos decorrentes de transa-
ções com a investidora, coligadas e con-
troladas.
b) Os resultados obtidos em transações 
realizadas com controladas indiretas e 
coligadas equiparadas. 
c) Todos os resultados apurados em ven-
da de imobilizados e transferência de re-
alizáveis ocorrida entre controladas, coli-
gadas e a investidora. 
d) Os lucros apurados em operações de 
venda de imobilizados das empresas coli-
gadas efetivas para a investidora. 
e) Quaisquer resultados obtidos em tran-
sações efetuadas entre investidora, coli-
gadas e controladas. 
Questão 6:
Complete: 
O método da Equivalência Patrimonial reco-
nhece, na investidora, as alterações ocorri-
das nas empresas investidas quando estas 
afetarem: __________________________
Questão 7:
A empresa Dona S/A possui capital social 
formado por 2 milhões de ações. A empre-
sa Sócia S/A possui 30% desse capital e 
avalia o investimento pelo Método da Equi-
valência	 Patrimonial.	 No	 fim	 do	 exercício	
AGORAÉASUAVEZ
18
social, a empresa Dona S/A, tendo apura-
do lucro líquido de R$ 300.000,00, resolveu 
contabilizar a distribuição de dividendos 
calculados em 40% desse lucro. Demons-
tre como o contador, ao ser comunicado 
deste fato, promoveu o lançamento no Di-
ário da empresa Sócia S/A para registrar o 
dividendo. 
Questão 8:
Em um investimento avaliado pelo Método 
da Equivalência Patrimonial, a constituição 
da Reserva de Reavaliação de Ativo Imobi-
lizado na investida origina que lançamento 
na investidora?
Questão 9:
Considere a ocorrência de eventos aleató-
rios, em empresas controladas, que tragam 
como consequência uma diminuição ines-
perada dos ativos da investida, tornando o 
valor total desse item patrimonial inferior ao 
somatório das obrigações para com tercei-
ros	e	identificando-se,	ainda,	a	responsabi-
lidade formal da controladora, na cobertura 
do passivo a descoberto de sua controlada. 
Qual seria o procedimento contábil a ser 
efetuado pela controladora? 
Questão 10:
A	caracterização	de	controle	e	de	 influên-
cia	significativa	é	requisito	primordial	para	
a aplicação do Método de Equivalência Pa-
trimonial. No entanto, caso ocorra a perda 
de	influência	significativa	sobre	uma	socie-
dade coligada e a perda de controle sobre 
uma sociedade controlada, isso acarretará 
alterações na natureza do investimento, 
tendo em vista que se caracterizam como 
eventos econômicos. Porém, como se ca-
racterizam como eventos economicamen-
te similares, devem ser contabilizados de 
forma similar. O que ocorre, contabilmente, 
na	hipótese	de	perda	da	 influência	signifi-
cativa e da perda de controle?
AGORAÉASUAVEZ
19
FINALIZANDO
Neste tema, você aprendeu que os investimentos em participações societárias de 
caráter permanente podem ser avaliados, em conformidade à Lei n. 6404/1976 (Lei das 
Sociedades por Ações), por intermédio de dois métodos: o Método de Custo, que avalia 
os investimentos societários por intermédio do custo de aquisição, deduzidas as perdas 
estimadas permanentes, e o Método de Equivalência Patrimonial, que mensura os 
investimentos realizados pelas sociedades investidoras em suas investidas no momento 
em que os resultados são gerados, e não no momento de distribuição de dividendos ou de 
alienação.
Por intermédio do Método de Equivalência Patrimonial, em conformidade à Lei n. 
11.638/2007 e à Lei n. 6404/1976, são avaliados os investimentos em controladas, em 
coligadas (considerando que a sociedade investidora apresenta sobre a sociedade investida 
uma	influência	significativa	na	administração	ou	participação	com	20%	ou	mais	do	capital	
votante) e em outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo (Joint Ventures) ou 
que estejam sob controle comum. 
Deste modo, as avaliações permanentes em outras sociedades são sempre avaliadas 
por intermédio do Método de Equivalência Patrimonial, e não há previsão de avaliação 
desses investimentos pelo Método de Custo. O Método de Equivalência Patrimonial deve 
ser aplicado tanto para sociedades investidas situadas no Brasil quanto para sociedades 
investidas situadas no exterior. Os investimentos societários em empresas situadas no 
exterior implicam investimentos em moeda funcional, que é diferente da moeda funcional 
utilizada pela sociedade investidora no país em que se situa. 
A Instrução Normativa n. 247/1996, emitida pela Comissão de Valores Mobiliários, em 
seu artigo 1o, estabelece que os investimentos permanentes realizados em companhias 
coligadas e controladas situadas no exterior devem ser avaliados tal como ocorre com os 
investimentos em companhias situadas no país. Como o Método da Equivalência Patrimonial 
é adotado para a avaliação dos investimentos efetivados em companhias nacionais, esse 
Método também deve ser aplicado à avaliação de investimentos realizados em companhias 
20
coligadas e controladas do exterior, desde que atendidos seus requisitos necessários, para 
que haja sua correta adoção e aplicação. 
Deste modo, as empresas que possuem investimentos permanentes, mediante a forma 
de participação societária, em companhias do exterior, para a correta contabilização de 
tais investimentos, devem adotar o Método de Equivalência Patrimonial em relação às 
suas coligadas e controladas. Para elas, são aplicáveis todos os requisitos inerentes ao 
Método de Equivalência Patrimonial e à avaliação de investimentos no país e que são 
aplicáveis às empresas nacionais, notadamente a condição ou a intenção de permanência 
do investimento, e não com intenção meramente especulativa ou temporária, para que 
assim os investimentos sejam considerados permanentes.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
FINALIZANDO
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. C. Contabilidade Avançada. São Paulo: Atlas, 2007.
BRASIL. Lei n. 6.404/1976. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>.Acesso em: 02 
jan. de 2014.
_______. Lei n. 10.406/2002 (Novo Código Civil). Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014.
_______. Lei n. 11.638/2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 02 
jan. de 2014.
_______. Lei n. 11.491/2009. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 02 
jan. de 2014.
_______. Regulamento do Imposto de Renda - RIR/1999. <http://www.planalto.gov.br>. 
Acesso em: 02 jan. de 2014.
21
_______. Instruções Normativas da Receita Federal. Disponível em: <http://www.receita.
fazenda.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014.
_______. Instruções da Comissão de Valores Mobiliários – CVM. Disponíveis em: <http://
www.cvm.gov.br>. Acesso em: 02 jan. de 2014.
_______. Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamento Contábeis – CPC. Disponível 
em: <http://www.cpc.org.br/pronunciamentos>. Acesso em: 02 jan. de 2014.
DELFINO, Angelita. Avaliação de Investimentos pelo Método da Equivalência Patrimonial: 
um estudo comparativo da aplicação das normas brasileiras, norte-americanas e interna-
cionais.	Disponível	em:	<http://www.unifin.com.br/Content/arquivos/20111006155419.pdf>.	
Acesso em: 02 jan. 2014.
FIPECAFI – FUNDAÇÃO INSTITUTO DE PESQUISAS CONTÁBEIS, ATUÁRIAS E FI-
NANCEIRAS. Manual de Contabilidade das sociedades por ações: aplicável também às 
demais sociedades. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
_______. Suplemento do Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações: aplicável 
também às demais sociedades. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 
KIRCHNER, Juliana Leite et. al. Educação sem fronteiras, 7: Ciências Contábeis. Vali-
nhos: Anhanguera Publicações, 2012.
MARION, J. C.; REIS, A. C. de R. (Coords.). Mudanças nas demonstrações contábeis. 
São Paulo: Saraiva, 2003.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
MARTIS, Eliseu; IUDICIBUS, Sérgio et al. Manual de Contabilidade Societária: aplicável a 
todas	as	sociedades	-	Fipecafi.	São	Paulo:	Atlas,	2011.
NEVES, S.; VICECONTI, P. E. V. Contabilidade avançada e análise das demonstrações 
financeiras. 13. ed. São Paulo: Frase, 2004.
OLIVEIRA, Luis Martins; PEREZ Junior, José Hernadez. Contabilidade Avançada: texto e 
testes com as respostas. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
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OLIVEIRA, Alexandre M. S. et al. Contabilidade Internacional. São Paulo: Atlas, 2008.
REFERÊNCIAS
22
OLIVEIRA, Gustavo Pedro. Contabilidade Tributária. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
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SCHIMDT, P.; SANTOS, J. L.; FERNANDES, L. A. Contabilidade Avançada: Aspectos 
Societários e Tributários. São Paulo: Atlas, 2008.
_______. Contabilidade Internacional: Equivalência Patrimonial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 
2006.
ZANETTE, M. et al. Educação sem fronteiras: Ciências Contábeis. Campo Grande: Uni-
derp Interativa, 2011.
REFERÊNCIAS
Coligada: entidade, incluindo aquela não constituída na forma de sociedade, sobre a 
qual	o	investidor	tem	influência	significativa	e	que	não	é	nem	controlada	nem	participa	em	
empreendimento controlado em conjunto (Joint Venture).
Combinação de Negócios: união de entidades ou negócios separados produzindo 
demonstrações contábeis de uma única entidade que reporta. Operação ou outro evento por 
meio do qual um adquirente obtém o controle de um ou mais negócios, independentemente 
da forma jurídica da operação.
Controlada: entidade, incluindo aquela sem personalidade jurídica, tal como uma 
associação, controlada por outra entidade (conhecida como controladora).
Controladora: entidade que possui uma ou mais controladas.
CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis: criado pela Resolução CFC n. 1.055/05, 
o CPC tem como objetivo o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos 
sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações desta natureza, para 
permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização 
GLOSSÁRIO
23
e à uniformização de seu processo de produção, levando sempre em consideração a 
convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais.
Investimentos: recursos aplicados em participações em outras sociedades e em direitos de 
qualquer natureza que não se destinam à manutenção da atividade da empresa. O conceito 
principal é que a empresa não deve usar os bens nas suas atividades rotineiras; ações, 
patentes, obras de arte, imóveis destinados ao arrendamento, imóveis não utilizados.
Normas Internacionais de Contabilidade: normas e interpretações adotadas pela Junta 
Internacional de Normas Contábeis (IASB). Tais normas englobam as Normas Internacionais 
de Relatórios Financeiros (IFRS), as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS) e as 
interpretações desenvolvidas pelo Comitê de Interpretações das Normas Internacionais de 
Relatórios Financeiros (IFRIC) ou pelo antigo Comitê Permanente de Interpretações (SIC).
GLOSSÁRIO
Questão 1
Resposta: É	o	poder	de	participar	nas	decisões	financeiras	e	operacionais	da	investida,	
sem controlar de forma individual ou conjunta essas políticas.
Questão 2
Resposta: A
Justificativa: Controlada é a entidade, incluindo aquela sem personalidade jurídica, tal 
como uma associação, controlada por outra entidade (conhecida como controladora). Já a 
Controladora caracteriza a entidade que possui uma ou mais controladas.
Questão 3
Resposta: E
GABARITO
24
Justificativa: Artigo 12 da Instrução CVM 247, de 27 de março de 1996 
DAS PERDAS PERMANENTES EM INVESTIMENTOS AVALIADOS PELO MÉTODO DA 
EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL 
Art. 12 - A investidora deverá constituir provisão para cobertura de: 
I - perdas efetivas, em virtude de: 
a) - eventos que resultarem em perdas não provisionadas pelas coligadas e controladas em 
suas demonstrações contábeis; ou 
b) responsabilidade formal ou operacional para cobertura de passivo a descoberto. 
II - perdas potenciais, estimadas em virtude de: 
a) tendência de perecimento do investimento; 
b) elevado risco de paralisação de operações de coligadas e controladas; 
c) eventos que possam prever perda parcial ou total do valor contábil do investimento ou do 
montante de créditos contra as coligadas e controladas; ou 
d)	 cobertura	 de	garantias,	 avais,	 fianças,	 hipotecas	ou	penhor	 concedidos,	 em	 favor	 de	
coligadas e controladas, referentes a obrigações vencidas ou vincendas quando caracterizada 
a incapacidade de pagamentos pela controlada ou coligada. 
Parágrafo 1º Independentemente do disposto na letra “b” do inciso I, deve ser constituída 
ainda provisão para perdas, quando existir passivo a descoberto e houver intenção manifesta 
da	investidora	em	manter	o	seu	apoio	financeiro	à	investida.	
Parágrafo 2º A provisão para perdas deverá ser apresentada no ativo permanente por 
dedução e até o limite do valor contábil do investimento a que se referir, sendo o excedente 
apresentado	em	conta	específica	no	passivo.
Questão 4
Resposta: E
Justificativa: Artigos 2º e 3º da Instrução CVM 247, de 27 de março de 1996 
GABARITO
25
GABARITO
DAS COLIGADAS E CONTROLADAS 
Art. 2º Consideram-se coligadas as sociedades quando uma participa com 10% (dez por 
cento) ou mais do capital social da outra, sem controlá-la. 
Parágrafo	Único.		Equiparam-se	às	coligadas,	para	os	fins	desta	Instrução:	
a) as sociedades quando uma participa indiretamente com 10% (dez por cento) ou mais do 
capital votante da outra, sem controlá-la; 
b) as sociedades quando uma participa diretamente com 10% (dez por cento) ou mais do 
capital votante da outra, sem controlá-la, independentemente do percentual da participação 
no capital total. 
Art.	3º	Considera-se	controlada,	para	os	fins	desta	Instrução:	
I - sociedade na qual ainvestidora, diretamente ou indiretamente, seja titular de direitos de 
sócio que lhe assegurem, de modo permanente: 
a) preponderância nas deliberações sociais; e 
b) o poder de eleger ou destituir a maioria dos administradores. 
II	-	filial,	agência,	sucursal,	dependência	ou	escritório	de	representação	no	exterior,	sempre	
que os respectivos ativos e passivos não estejam incluídos na contabilidade da investidora, 
por	força	de	normatização	específica;	e	
III - sociedade na qual os direitos permanentes de sócio, previstos nas alíneas “a” e “b” do 
inciso I deste artigo estejam sob controle comum ou sejam exercidos mediante a existência 
de acordo de votos, independentemente do seu percentual de participação no capital 
votante. 
Parágrafo Único. Considera-se, ainda, controlada a subsidiária integral, tendo a investidora 
como única acionista.
Questão 5
Resposta: A 
Justificativa: Artigo 9º da Instrução CVM 247, de 27 de março de 1996 
26
Art. 9º O valor do investimento, pelo método da equivalência patrimonial, será obtido 
mediante o seguinte cálculo: 
I - aplicando-se a percentagem de participação no capital social sobre o valor do patrimônio 
líquido da coligada e da controlada; e 
II - subtraindo-se, do montante referido no inciso I, os lucros não realizados, conforme 
definido	no	parágrafo	1º	deste	artigo,	líquidos	dos	efeitos	fiscais.	
Parágrafo 1º Para os efeitos do inciso II deste artigo, serão considerados lucros não 
realizados aqueles decorrentes de negócios com a investidora ou com outras coligadas e 
controladas, quando: 
a) o lucro estiver incluído no resultado de uma coligada e controlada e correspondido por 
inclusão no custo de aquisição de ativos de qualquer natureza no balanço patrimonial da 
investidora; ou 
b) o lucro estiver incluído no resultado de uma coligada e controlada e correspondido por 
inclusão no custo de aquisição de ativos de qualquer natureza no balanço patrimonial de 
outras coligadas e controladas. 
Parágrafo 2º Os prejuízos decorrentes de transações com a investidora, coligadas e 
controladas não devem ser eliminados no cálculo da equivalência patrimonial. 
Parágrafo 3º Os lucros e os prejuízos, assim como as receitas e as despesas decorrentes 
de negócios que tenham gerado, simultânea e integralmente, efeitos opostos nas contas de 
resultado	das	coligadas	e	controladas,	não	serão	excluídos	para	fins	de	cálculo	do	valor	do	
investimento.
Questão 6
Resposta: O Patrimônio Líquido das empresas investidas.
Questão 7
Resposta: Sócia: 
Ativo Permanente: 
Investimento em Dona --- 30% do PL 
GABARITO
27
GABARITO
Dos 300.000 apurados como lucro, a empresa Sócia tem direito a 30%. 
Sócia: 
Ativo Permanente: 
Investimento em Dona --- 30% do PL + “30% x 300.000 = 90.000” 
Lançamento a ser realizado na investidora: 
D – Investimentos Permanentes 
C – Receita da Equivalência Patrimonial – 90.000
40% do lucro foi distribuído como dividendos. Logo: 
Lançamento a ser realizado na investidora (Sócia): 
D – Dividendos a Receber – “40% x 30% x 300.000” = “40% x 90.000” = 36.000 
C – Investimentos Permanentes – 36.000
Logo:
Dividendos a Receber 
a Investimentos Permanentes 
a Ações da Empresa Dona S/A 
pelo valor que cabe como acionista R$ 36.000,00
Questão 8
Resposta: Débito de “Ativo Permanente - Investimentos” subgrupo “Investimentos Avaliados 
pela Equivalência Patrimonial” e crédito no “Patrimônio Líquido”, subgrupo “Reserva de 
Reavaliação de Coligadas e Controladas”. 
D – Investimentos – Ativo Permanente 
C – Reserva de Reavaliação em Coligadas e Controladas – Patrimônio Líquido
28
Questão 9
Resposta: Provisionar as perdas com investimento até o limite do valor contábil do 
investimento; o valor excedente a esse limite deverá ser registrado no passivo em conta 
específica,	mesmo	que	para	efeitos	fiscais	essa	provisão	seja	indedutível.
Artigo 12 da Instrução CVM 247, de 27 de março de 1996 
DAS PERDAS PERMANENTES EM INVESTIMENTOS AVALIADOS PELO MÉTODO DA 
EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL 
Art. 12 - A investidora deverá constituir provisão para cobertura de: 
I - perdas efetivas, em virtude de: 
a) - eventos que resultarem em perdas não provisionadas pelas coligadas e controladas em 
suas demonstrações contábeis; ou 
b) responsabilidade formal ou operacional para cobertura de passivo a descoberto. 
II - perdas potenciais, estimadas em virtude de: 
a) tendência de perecimento do investimento; 
b) elevado risco de paralisação de operações de coligadas e controladas; 
c) eventos que possam prever perda parcial ou total do valor contábil do investimento ou do 
montante de créditos contra as coligadas e controladas; ou 
d)	 cobertura	 de	garantias,	 avais,	 fianças,	 hipotecas	ou	penhor	 concedidos,	 em	 favor	 de	
coligadas e controladas, referentes a obrigações vencidas ou vincendas quando caracterizada 
a incapacidade de pagamentos pela controlada ou coligada. 
Parágrafo 1º Independentemente do disposto na letra “b” do inciso I, deve ser constituída 
ainda provisão para perdas, quando existir passivo a descoberto e houver intenção manifesta 
da	investidora	em	manter	o	seu	apoio	financeiro	à	investida.	
Parágrafo 2º A provisão para perdas deverá ser apresentada no ativo permanente por 
dedução e até o limite do valor contábil do investimento a que se referir, sendo o excedente 
apresentado	em	conta	específica	no	passivo.
GABARITO
29
Questão 10
Resposta: A orientação contábil aplicável à perda de controle de uma sociedade controlada 
foi	estendida	à	perda	de	influência	significativa	de	eventos	e	transações	de	uma	coligada.
a) Perda de Influência Significativa:	ao	ocorrer	a	perda	de	influência	significativa	sobre	
uma sociedade coligada situada no exterior, essa sociedade deixa de ser coligada. Assim, 
na	data	da	perda	de	 influência	significativa,	deve	a	sociedade	 investidora,	que	perdeu	a	
influência	 significativa,	 mensurar	 o	 investimento	 remanescente	 como	 um	 instrumento	
financeiro,	não	aplicando	mais	o	Método	de	Equivalência	Patrimonial,	e	sim	o	Valor	Justo.	
Neste	sentido,	Iudícibus	et	al.	(2010,	p.	205)	afirma	que	“a	participação	que	restou,	como	
não	confere	influência	significativa	ao	investidor,	deve	ser	tratada	contabilmente	como	um	
ativo	financeiro”.	
b) Perda de Controle: ao ocorrer a perda de controle integral sobre uma sociedade 
controlada situada no exterior, caso reste alguma participação societária remanescente 
sobre a sociedade que anteriormente era controlada, deve-se esta participação societária 
ser avaliada ao Valor Justo na data em que o controle foi perdido, e não mais pelo Método 
da Equivalência Patrimonial. Após, o tratamento contábil que irá persistir entre a sociedade 
investidora controladora e a sociedade investida controlada irá depender da relação que 
permanecerá entre ambas.
No	caso	de	perda	de	influência	significativa	ou	no	caso	de	perda	de	controle,	a	participação	
societária remanescente, se houver, deverá ser avaliada a Valor Justo, na data em que a 
influência	significativa	ou	o	controle	for	perdido.
GABARITO