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MÉTODO DE EQUIVALENCIA PATRIMONIAL

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CONTABILIDADE 
AVANÇADA 
Aline Alves dos Santos
Método de Equivalência 
Patrimonial (MEP)
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer as finalidades e o enfoque do Método de Equiva-
lência Patrimonial.
 � Identificar as etapas relacionadas à aplicação e ao processo de 
contabilização do Método de Equivalência Patrimonial.
 � Analisar os Resultados Não Realizados e o tratamento adequado 
para esse processo.
Introdução
O método de equivalência patrimonial (MEP) consiste na atualiza-
ção de investimentos que foram aplicados em empresas controla-
das ou coligadas ou, ainda, em sociedades que estejam no mesmo 
grupo ou que estejam sob  domínio comum, com embasamento 
nas alterações ocorridas no patrimônio líquido dessas entidades.
Neste texto, você vai estudar sobre o procedimento correto com 
relação aos resultados não realizados e a alteração dos critérios de 
avaliação de investimentos. Vai analisar também os investimentos no 
exterior de coligadas e controladas.
O Método de Equivalência Patrimonial (MEP) 
O enfoque do MEP
O Método de Equivalência Patrimonial tem como propósito atualizar os va-
lores de investimentos realizados em controladas, coligadas ou demais socie-
dades que pertençam ao mesmo grupo ou que estejam sob algum domínio ou 
controle. Isso é feito com embasamento na alteração ocorrida no Patrimônio 
Líquido (PL) das empresas.
O CPC 18 (R2), divulgado em 13 de dezembro de 2012, é o pronuncia-
mento contábil que estabelece o método de contabilização de investimentos 
em empresas controladas e coligadas e define os requisitos para a aplicação 
para o Método de Equivalência Patrimonial (BRASIL, 2012).
De acordo com o CPC 18 (R2) (BRASIL, 2012):
Pelo método da equivalência patrimonial, o investimento em coligada, em 
empreendimento controlado em conjunto e em controlada (neste caso, no ba-
lanço individual) deve ser inicialmente reconhecido pelo custo e o seu valor 
contábil será aumentado ou diminuído pelo reconhecimento da participação 
do investidor nos lucros ou prejuízos do período, gerados pela investida após 
a aquisição. A participação do investidor no lucro ou prejuízo do período da 
investida deve ser reconhecida no resultado do período do investidor.
Pesquise a página web do Comitê de Pronunciamentos Contábeis para acompanhar a 
evolução do CPC 18 e suas atualizações.
As distribuições auferidas da empresa investida diminuem o valor contábil 
do investimento. As modificações consideradas legais integram as variações 
resultantes da reavaliação dos ativos imobilizados e, quando for adequado, as 
divergências de mudança em moeda estrangeira.
De acordo com o artigo 248 da Lei 6.404/76, os investimentos que neces-
sitam ser avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial são os investi-
mentos em coligadas ou controladas e em outras sociedades que pertençam ou 
estejam sob o controle de um grupo comum:
 � Todos os das empresas coligadas;
 � Todos os das empresas controladas;
 � Todos os que pertencerem às demais sociedades, sendo estas parte do 
mesmo grupo ou mantidas sob controle de pessoas físicas ou pessoas 
jurídicas. Nesse caso, não é levada em consideração a participação 
destas no capital.
Na avaliação do investimento pelo Método de Equivalência Patrimonial, 
você deve avaliar as modificações ocorridas no patrimônio líquido da em-
Contabilidade avançada2
presa investida. Também deve considerar casos de participação pelo capital 
votante.
Entre as razões relacionadas à variação do patrimônio líquido da inves-
tida, que sofre aumento ou redução, você pode incluir os itens a seguir. 
a. A redução pode ocorrer em consequência de:
 ■ Apuração de prejuízo;
 ■ Ajustes referentes a exercícios anteriores;
 ■ Exclusão de acionistas, sócios ou associados;
 ■ Distribuição de lucros;
 ■ Ajustes referentes a avaliações patrimoniais. 
b. O aumento pode ocorrer em ocorrência de:
 ■ Apuração de lucros;
 ■ Inclusão de associados, acionistas ou sócios;
 ■ Ajuste de exercícios anteriores;
 ■ Avaliações;
 ■ Ajustes referentes a avaliações patrimoniais.
As alterações resultantes de reavaliações ou ajustes de avaliação patri-
monial precisam ser apresentadas, em ágio ou deságio, no grupo de investi-
mentos em que ocorrerá o reconhecimento.
Verifique a alocação dos investimentos no grupo do Ativo:
 � ATIVO
 � ATIVO NÃO CIRCULANTE
 � INVESTIMENTOS
 � AVALIADOS PELO MEP
 � Investimentos na empresa XY
 � Ágio de reavaliação na empresa XY
 � Ágio por ajuste de avaliação patrimonial na empresa XY
 � (-) Deságio resultante de ajuste de avaliação patrimonial na empresa 
XY
A finalidade do MEP e sua aplicação legal
Conforme você aprendeu anteriormente, o Método de Equivalência Patrimo-
nial tem por objetivo modificar o valor contábil das participações societárias 
que possuem caráter permanente e que estão apresentadas no ativo não circu-
3Método de Equivalência Patrimonial (MEP)
lante da organização. Isso é feito de acordo com a redução ou o aumento do 
PL da empresa investida. Os custos referentes à aquisição de um investimento 
que foi avaliado pelo Método de Equivalência Patrimonial são ajustados de 
acordo com os lucros ou prejuízos verificados pela empresa investida. Estes 
vão ao encontro com as receitas ou despesas no resultado da empresa inves-
tidora. Os valores referentes a dividendos que foram declarados pela empresa 
investida devem ser reduzidos do investimento na empresa investidora.
Imagine que a empresa X apresentou, em seu Balanço Patrimonial de 31 
de dezembro de 2014, o seguinte valor: investimento de R$ 200.000,00 (apre-
sentado no ativo não circulante) no capital da empresa investida Y.
A empresa X possui uma participação de 30% no capital da empresa Y.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO DA EMPRESA Y:
CAPITAL R$ 780.000,00
RESERVA DE LUCROS R$ 190.000,00
R$ 970.000,00
Na apuração dos resultados em 31 de dezembro de 2015, a empresa X 
precisará realizar a atualização do valor correspondente ao seu investimento 
na empresa Y. Isso é uma consequência da mudança no patrimônio líquido da 
empresa Y. Desse modo, a quantia referente ao valor do investimento apresen-
tado na empresa X no ativo não circulante representará 30% do patrimônio 
líquido da empresa Y.
Para realizar a atualização do investimento, você precisa realizar o se-
guinte cálculo:
Empresa X = 30% sobre o PL de Y
Logo:
30% sobre R$ 970.000,00 = R$ 291.000,00 – valor correspondente à atua-
lização do investimento da empresa X na empresa Y. Você deve apresentar o 
valor encontrado referente à atualização no balanço patrimonial da empresa 
X.
Para apurar o valor da variação, você precisa realizar algumas etapas:
Contabilidade avançada4
Valor atualizado do investimento com percentual de 30% R$ 291.000,00
(-) Investimento inicial R$ (200.000,00)
= Correção R$ (91.000,00)
Para obter o valor de aumento ou redução que será registrado na conta em 
que o investimento é contabilizado, submetido à avaliação pelo Método de 
Equivalência Patrimonial, você deve considerar as seguintes etapas:
� Método de cálculo para atualização do valor do investimento: para 
obter esse valor, você precisa aplicar o percentual referente à partici-
pação no capital da empresa investida, usando como base o patrimônio 
líquido da empresa investida.
� Método para o cálculo de atualização: esse valor é obtido pela sub-
tração do valor de atualização do investimento do valor inicial refe-
rente ao investimento, identificado no balanço da empresa investidora.
� Processo de contabilização da receita (aumento) ou da despesa (re-
dução): a contabilização ocorre pelo lançamento de débito ou crédito 
na conta de investimentos. Serão consideradas como receita ou despesa 
no grupo Outras Receitas Operacionais, você deve registrá-lo a débito 
ou crédito em conta de Resultado Operacional.
� Lançamento (contabilização) dos dividendos recebidos: se houver 
lucro na empresa investida, quando do recebimento dos dividendos 
pela investidora no exercício seguinteem relação ao exercício anterior, 
você deve registrar o lançamento a débito na conta Banco e na conta 
Movimento. Também deve registrar crédito na conta de Investimentos.
A contabilização do MEP
Após apurar o valor referente à variação, você pode identificar o valor da 
correção. Posteriormente, pode registrar a contabilização. Considerando que 
o valor de correção encontrado foi positivo de R$ 91.000,00, o registro será
apresentado da seguinte forma:
5Método de Equivalência Patrimonial (MEP)
Débito – Investimentos na empresa Y (coligada) R$91.000,00
Crédito – Receitas de Participações Societárias R$ 91.000,00
A quantia de R$ 91.000,00 representa a atualização do investimento da 
empresa X na empresa Y, obedecendo aos critérios do Método de Equiva-
lência Patrimonial.
O débito na conta investimentos resulta no aumento do saldo da conta no balanço pa-
trimonial da empresa X no período de 31 de dezembro de 2015. Isso ocasiona um mon-
tante de R$ 291.000,00, representados pelos 30% do patrimônio líquido da empresa Y.
O crédito de R$ 91.000,00 representa uma receita da participação societária. Ela deve 
ser reconhecida na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e identificada como 
Outras Receitas Operacionais.
Se a situação apresentasse prejuízo, o patrimônio líquido da empresa Y so-
freria uma redução e por consequência o registro contábil seria demonstrado 
de outra forma:
 � Débito – Despesas em participações societárias de investimentos
 � Crédito – Redução do valor investido pelo MEP
Você deve saber que o resultado de equivalência patrimonial que ocasiona alterações 
no resultado da organização, independente de ser positivo ou negativo, não deve re-
fletir nos cálculos do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição 
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Você precisa considerar que, se o resultado apre-
sentasse uma receita, ela deveria ser excluída. No caso de uma despesa, ela deveria ser 
inserida para fins dos cálculos desses impostos.
Contabilidade avançada6
Os resultados não realizados e seu enfoque
A comercialização de mercadorias ou serviços pode ocorrer entre um grupo 
de empresas. Nesse caso, elas podem ser coligadas, controladoras, contro-
ladas ou ter participação em holding. Na ocorrência do processo de vendas, 
você deve excluir os valores para a execução do método de equivalência pa-
trimonial.
Na avaliação de investimentos pelos métodos de equivalência patrimonial, 
o artigo 9º da Instrução 247/1996 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 
estabelece que devem ser considerados os lucros não realizados resultantes 
de negociações com a investidora ou também com as empresas coligadas e 
controladas.
Os lucros não realizados mediante a negociação poderão ocorrer nas se-
guintes situações:
 � Quando o lucro já estiver incluso no resultado de uma empresa coli-
gada e controlada, além de compensado por inserção no custo de aqui-
sição dos ativos de qualquer natureza por meio do balanço patrimonial 
da empresa investidora;
 � Quando o lucro fizer parte do resultado de uma empresa coligada e 
controlada e for compensado por meio da inserção no custo de aqui-
sição de ativos de qualquer natureza no balanço patrimonial de outras 
empresas controladas e coligadas.
A obtenção do lucro por meio de uma empresa investidora resulta no au-
mento do seu patrimônio líquido. Ocorre que, no momento em que a empresa 
investidora realizar a aplicação do percentual referente à participação no ca-
pital da investida, com base no patrimônio líquido, acontecerá uma atuali-
zação do valor do investimento. Isso resultará em variação no lucro.
O lucro correspondente da operação entre as empresas investida e inves-
tidora representa um acréscimo no patrimônio líquido da empresa investida. 
Mas, para que esse lucro possa ser considerado para fins de aplicação do mé-
todo de equivalência patrimonial, é preciso que ocorra no momento da venda 
de estoque para terceiros. Nessa ação de venda do ativo, a modificação do pa-
trimônio líquido para fins de aplicação do MEP ocorrerá por meio da sua baixa, 
por intermédio da depreciação, amortização ou teste de recuperabilidade.
Para que você possa compreender melhor os resultados não realizados, 
observe o que estabelece a Lei 6.404/76:
7Método de Equivalência Patrimonial (MEP)
Art. 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimen-
tos em coligadas ou em controladas e em outras sociedades que 
façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob controle co-
mum serão avaliados pelo método da equivalência patrimonial, 
de acordo com as seguintes normas: (Redação dada pela Lei nº 
11.941, de 2009).
I - o valor do patrimônio líquido da coligada ou da controlada será 
determinado com base em balanço patrimonial ou balancete de 
verificação levantado, com observância das normas desta Lei, na 
mesma data, ou até 60 (sessenta) dias, no máximo, antes da data 
do balanço da companhia; no valor de patrimônio líquido não 
serão computados os resultados não realizados decorrentes de 
negócios com a companhia, ou com outras sociedades coligadas 
à companhia, ou por ela controladas;
II - o valor do investimento será determinado mediante a apli-
cação, sobre o valor de patrimônio líquido referido no número 
anterior, da porcentagem de participação no capital da coligada 
ou controlada;
III - a diferença entre o valor do investimento, de acordo com o 
número II, e o custo de aquisição corrigido monetariamente; so-
mente será registrada como resultado do exercício:
a) se decorrer de lucro ou prejuízo apurado na coligada ou con-
trolada;
b) se corresponder, comprovadamente, a ganhos ou perdas efetivos;
c) no caso de companhia aberta, com observância das normas 
expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários.
§ 1º Para efeito de determinar a relevância do investimento, nos 
casos deste artigo, serão computados como parte do custo de 
Contabilidade avançada8
aquisição os saldos de créditos da companhia contra as coligadas 
e controladas.
§ 2º A sociedade coligada, sempre que solicitada pela compa-
nhia, deverá elaborar e fornecer o balanço ou balancete de verifi-
cação previsto no número I. 
Alteração dos métodos de avaliação dos 
investimentos
Se os investimentos de uma Pessoa Jurídica passassem da avaliação pelo custo 
para a avaliação do Método de Equivalência Patrimonial de um exercício es-
pecífico, o aumento ou a redução dos investimentos teria como contrapartida:
 � O crédito ou o débito em uma conta específica de ajustes de exercícios 
anteriores no patrimônio líquido, em relação à divergência efetiva entre 
o valor de custo e o valor de investimento avaliado pelo Método de 
Equivalência Patrimonial. Isso até o período correspondente a 31 de 
dezembro do exercício imediatamente anterior àquele em que ocorreu 
a alteração do método;
 � O crédito ou o débito em conta específica de resultado, no que diz 
respeito à divergência existente entre a avaliação do investimento pelo 
Método de Equivalência Patrimonial no exercício vigente e no anterior.
Coligadas e controladas – a análise dos 
investimentos no exterior
Os resultados provenientes da avaliação de participações societárias no exte-
rior, por intermédio do Método de Equivalência Patrimonial, não resultarão 
em alterações no lucro real da empresa investidora localizada no Brasil, exe-
cutando os mesmos métodos usados já aplicados em território nacional aos in-
vestimentos. Em relação aos lucros de controladas, coligadas e filiais: ficarão 
sujeitos à tributação vigente no Brasil.
A CPC 2 retrata os efeitos nas mudanças de taxas de câmbio e a conversão 
de demonstrações contábeis, aprovada pela CVM 534/08. A Instrução 247/96 
da CVM define, no artigo1º, que o investimento permanente de sociedade 
9Método de Equivalência Patrimonial (MEP)
aberta em coligadas, suas equiparadas e empresas controladas situadas dentro 
e fora do país deve ser avaliado pelo Método de Equivalência Patrimonial. Na 
mesma instrução, o artigo 21 estabelece que a companhia de capital abertoque tiver participação societária permanente em empresas controladas precisa 
elaborar e publicar demonstrações contábeis consolidadas.
Entre as empresas controladas apontadas no artigo 3º estão agências, su-
cursais, filiais, escritórios ou dependências de representação no exterior. Isso 
quando os ativos e passivos não estiverem inclusos no balanço da empresa 
investidora por meio de regulamentações determinadas.
O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) é responsável pela emissão 
do Pronunciamento nº XXV. Esse documento trata sobre os investimentos societários 
no exterior e os métodos de conversão de demonstrações contábeis de outras moedas 
para reais.
Algumas organizações que possuem investimentos permanentes no exte-
rior, por meio de participação societária, buscam a resolução do tratamento 
contábil correto relativo aos investimentos. Isso ocorre em relação a:
 � Adesão do Método de Equivalência Patrimonial em empresas coli-
gadas ou controladas localizadas no exterior;
 � Consolidação das demonstrações contábeis que precisam inserir as 
empresas controladas situadas no exterior.
O ajuste desses investimentos deve ser realizado por meio do valor do 
patrimônio líquido da empresa investidora situada no Brasil. Você deve re-
conhecer a participação nos resultados das organizações localizadas no exte-
rior de acordo com a apuração, considerando o regime de competência. Caso 
a empresa investida possua uma filial em outro país, onde predominem as 
normas internacionais de contabilidade, o processo envolverá somente as-
pectos relacionados à moeda. Isso acontece porque as práticas de contabili-
dade são universais, em decorrência da adoção do processo de convergência 
das normas internacionais.
Contabilidade avançada10
Processo de contabilização de investimentos no exterior: a contabili-
zação de contas de investimento precisa obedecer aos mesmos procedimentos 
de um investimento realizado no país.
Integralização de capital: deve ser reconhecido pelo custo incorrido. 
Caso o investimento tenha sido realizado em moeda estrangeira, o custo que 
deve ser contabilizado em reais se refere ao valor efetivamente incorrido. 
Nele, a taxa de câmbio vigente no período da remessa representa as ações ou 
quotas subscritas e integralizadas.
Ações ou quotas bonificadas: as ações ou quotas que forem recebidas 
sem custos pela empresa investidora por meio de sua coligada ou controlada 
fora do Brasil não podem ter o registro em reais. Neste caso, deve ser ob-
servado o método de conversão na moeda estrangeira ajustado aos critérios 
brasileiros. A moeda funcional representa a moeda do ambiente econômico 
em que atua a empresa investidora e, por isso, deve ser realizada a conversão.
Variação cambial referente a investimentos no exterior: no fim de 
cada exercício contábil, a empresa investidora deverá realizar a atualização 
do saldo de investimento aplicado no exterior. Isso deve ser feito conforme a 
taxa de câmbio corrente no final do período em que a apropriação cambial é 
realizada no patrimônio líquido, em Ajustes de Avaliação Patrimonial.
O tratamento em relação à equivalência patrimonial: o ajuste origi-
nário da diferença entre o valor final e o contábil do investimento correspon-
derá a um ajuste em relação à conta de investimentos, assim como à conta 
específica de resultado do exercício. Você deve observar se a representação é 
de ganhos ou perdas.
MEP em diversas controladas
O CPC 18 (R2), deve ser aplicado por todas as entidades investidoras que te-
nham o controle individual ou conjunto sobre a investida, além das entidades 
que tenham influência significativa sobre a investida. A Instrução CVM 247 
(1996) expandiu a aplicação do método da equivalência patrimonial para en-
tidades que tenham diversas controladas. A referida Instrução incluiu as so-
ciedades que estejam sob controle em conjunto ( joint ventures) ou que sejam 
controladas mediante acordo de votos, independentemente do percentual de 
participação no capital votante, como entidades que devem seguir o Método 
de Equivalência Patrimonial (BRASIL, 2012).
Dessa forma, por exemplo, se a holding de um determinado conglome-
rado econômico possuir investimentos em uma controlada que detenha parti-
11Método de Equivalência Patrimonial (MEP)
cipações (mesmo que não relevantes ou que não caracterizem coligação) em 
outras empresas controladas por essa holding, esses investimentos devem ser 
avaliados pelo MEP.
Se a investidora mantiver direta ou indiretamente (por meio de diversas 
controladas, por exemplo), vinte por cento ou mais do poder de voto da inves-
tida, presume-se que ele tenha influência significativa na entidade investida, 
a menos que possa ser claramente demonstrado o contrário.
De acordo com o CPC 18 (R2) (BRASIL, 2012, documento on-line):
A existência de influência significativa por investidor geralmente é eviden-
ciada por uma ou mais das seguintes formas: (a) representação no conselho 
de administração ou na diretoria da investida; (b) participação nos processos 
de elaboração de políticas, inclusive em decisões sobre dividendos e outras 
distribuições; (c) operações materiais entre o investidor e a investida; (d) in-
tercâmbio de diretores ou gerentes; (e) fornecimento de informação técnica 
essencial.
Relatório da Administração
No Relatório de Administração são divulgadas informações complementares 
às demonstrações contábeis. O Relatório de Administração é apresentado fora 
das demonstrações contábeis, de maneira a complementar as informações, 
com comentários da administração a respeito das principais características 
do desempenho, posição financeira e patrimonial da empresa, investimentos 
realizados; pesquisa e desenvolvimento; descrição dos negócios, reorganiza-
ções societárias, entre outros. O art. 243 da Lei nº 6404, de 15 de dezembro 
de 1976, determina que o relatório anual da administração deve relacionar os 
investimentos da companhia em sociedades coligadas e controladas e men-
cionar as modificações ocorridas durante o exercício (BRASIL, 1976). 
Segundo o CPC 26 (R1) (2011), a entidade deve divulgar, no Relatório da 
Administração ou em notas explicativas, as políticas contábeis significativas 
que a administração fez no processo de aplicação nos julgamentos realizados 
e que têm efeito mais significativo nos montantes reconhecidos nas demons-
trações contábeis. Algumas divulgações são requeridas por outros Pronun-
ciamentos Técnicos, Orientações e Interpretações Técnicas emitidos pelo 
próprio CPC, como, por exemplo, o Pronunciamento Técnico CPC 45 (2012) - 
Divulgação de Participações em Outras Entidades, que requer que a entidade 
divulgue os julgamentos que foram feitos ao determinar se a entidade controla 
outra entidade.
Contabilidade avançada12
ALMEIDA, M. C. Contabilidade intermediária: de acordo com as novas exigências do MEC 
para o curso de Ciências Contábeis. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por 
Ações. Diário Oficial da União, Brasília, 17 dez. 1976 (suplemento). Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404compilada.htm. Acesso em: 2 jun. 2020.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Deliberação CVM 534/08. 2008. Disponível em: 
http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/deliberacoes/anexos/0500/deli-
534consolid.pdf. Acesso em: 2 jun. 2020
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Instrução CVM 247/96. 1996. Disponível em: http://
www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/200/inst247conso-
lid.pdf. Acesso em: 2 jun. 2020.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Lei 6404/76. Brasília, DF, 1976. Disponível em: < 
http://www.cvm.gov.br/legislacao/leis/lei6404.html>. Acesso em: 15 set. 2016
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 02 (R2) - Efeitos das mudan-
ças nas taxas de câmbio e conversão de demonstrações contábeis. 2010. Dispo-
nível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/
Pronunciamento?Id=9. Acesso em: 2 jun. 2020.COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 18 (R2) - Investimento em coliga-
da, em controlada e em empreendimento controlado em conjunto. 2012. Dispo-
nível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronunciamentos/
Pronunciamento?Id=49. Acesso em: 2 jun. 2020.
Leituras recomendadas
13Método de Equivalência Patrimonial (MEP)
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 26 (R1) - Apresentação das demons-
trações contábeis. 2011. Disponível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emi-
tidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=57. Acesso em: 2 jun. 2020.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 45 - Divulgação de participações 
em outras entidades. 2012. Disponível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-
-Emitidos/Pronunciamentos/. Acesso em: 2 jun. 2020.
COSTA, R. N. Contabilidade avançada: uma abordagem direta e atualizada. Curitiba: In-
tersaberes, 2012.
GELBCKE, E. R. et al. Manual de contabilidade societária: aplicável a todas as Sociedades 
de acordo com as normas internacionais e do CPC. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
MACKENZIE, B. et. al. IFRS 2012: interpretação e aplicação. Porto Alegre: Bookman, 2013.
NEVES, S. Contabilidade avançada e análise das demonstrações financeiras. 11. ed. São 
Paulo: Frase Editora, 2002.
PEREZ JUNIOR, J. H. Contabilidade avançada: texto e testes com as respostas. 7. Ed. São 
Paulo: Atlas, 2010.
RIBEIRO, O. M. Contabilidade avançada. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. 
Contabilidade avançada14

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