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→ MODALIDADE DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 1) QUANTO À NATUREZA DO ÓRGÃO a) Político - ato de bem governar em prol do interesse público. É a corte constitucional, não integra a estrutura do Poder Judiciário. b) Jurisdicional - é exercido por um órgão do Poder Judiciário. Só o juiz ou tribunal pode apreciar o controle constitucional sob o aspecto jurisdicional. 2) QUANTO AO MOMENTO DO EXERCÍCIO ( PROMULGAÇÃO): a) Preventivo (prévio) - aquele que tem por finalidade impedir que um projeto de lei inconstitucional venha a ser uma lei. b) Repressivo (posterior) - é utilizado quando a lei já está em vigor. Caso haja um erro do lado preventivo, pode se desfazer essa lei que escapou dos trâmites legais e passou a ser uma lei inconstitucional. OBS: Em regra, cabe ao órgão jurisdicional o papel repressivo , já a prevenção ao órgão político, porém aos dois órgãos há exceções. 3) QUANTO AO MODO DE CONTROLE a) INCIDENTAL ( indireto, concreto, por via de exceção) : pelo sistema de via incidental, ou de exceção ou de defesa conforme também é conhecido, o controle será exercido como questão prejudicial e premissa lógica do pedido principal, ou seja, deve ser analisado qual é o fundamento da pretensão do autor, como temos o exemplo da ação constitucional o mandado de segurança que visa a proteger direito líquido e certo. PRODUZ EFEITOS INTER PARTES b) PRINCIPAL ( direto, abstrato, por via de ação) : a análise de constitucionalidade da lei será o seu objeto principal, autônomo e exclusivo da causa, a propositura de uma ação judicial que visa considerar que a lei ora editada pode ser declarada constitucional ou inconstitucional. PRODUZ EFEITOS ERGA OMNES -----> Sistemas de controle de constitucionalidade a) DIFUSO O Controle Difuso é realizado por qualquer juízo ou tribunal, do Poder Judiciário. Devem ser observadas e respeitadas as regras de competência processual de acordo com as normas estabelecidas no ordenamento de processo civil, além do previsto na Constituição Federal. É verificado no controle difuso, um caso concreto, e a declaração de inconstitucionalidade ocorre de forma incidental prejudicialmente ao exame de mérito. Ou seja, é feito um pedido ao Juízo, fundamentando-se na inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, a alegação de inconstitucionalidade será a causa de pedir. b) CONCENTRADO As ações diretas no sistema concentrado tem por mérito a questão da inconstitucionalidade das leis ou atos normativos federais e estaduais. Não se discute nenhum interesse subjetivo, por não haver partes (autor e réu) envolvidas no processo. Logo, ao contrário do sistema difuso, o sistema concentrado possui natureza objetiva, com interesse maior de propor uma ADIN para discutir se uma lei é ou não inconstitucional e na manutenção da supremacia constitucional. OBS: A REGRA É QUE SE A NORMA FOR INCONSTITUCIONAL ELA É NULA , POR ISSO É INVÁLIDA, RECONHECE UM VÍCIO CONGÊNITO QUE SEMPRE EXISTIU, ASSIM SUA DECISÃO É DE NATUREZA DECLARATÓRIA , E SEUS EFEITOS SÃO EX TUNC ( RETROATIVOS) PARA PROTEGER ASSIM A SUPREMACIA DA CF. TEORIA DA NULIDADE X TEORIA DA ANULABILIDADE NULIDADE ANULABILIDADE MARSHALL KELSEN EUA AUSTRIA DIFUSO CONCENTRADO NULA ANULÁVEL VALIDADE EXISTÊNCIA DECLARATÓRIA CONSTITUTIVO NEGATIVA EX TUNC ( RETROATIVOS) EX NUNC ( PROSPECTIVOS) SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO SUPREMACIA DO PARLAMENTO FEDERAL ( REGRA NO BR) OBS 3: AO DECLARAR A INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU ATO NORMATIVO, E TENDO EM VISTA RAZÕES DE SEGURANÇA JURÍDICA OU EXCEPCIONAL INTERESSE SOCIAL , PODERÁ O STF, POR MAIORIA DE DOIS TERÇOS DE SEUS MEMBROS, RESTRINGIR OS EFEITOS DAQUELA DECLARAÇÃO OU DECIDIR QUE ELA SÓ TENHA EFICÁCIA A PARTIR DE SEU TRÂNSITO EM JULGADO OU OUTRO MOMENTO QUE VENHA A SER FIXADO. ----> ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE 1º - Quanto ao Objeto a) MATERIAL x FORMAL: * A formal: é quando um ato legislativo tenha sido produzido em desconformidade com as normas de competência ou com o procedimento estabelecido para seu ingresso no mundo jurídico. A material: é quando o conteúdo do ato infraconstitucional estiver em contrariedade com alguma norma substantiva prevista na Constituição, seja uma regra ou um princípio. b) VÍCIO DE DECORO PARLAMENTAR : Realidade do “mensalão” Possibilidade de se decretar nulidade de normas que foram aprovadas pela dinâmica do mensalão ( Troca de votos por dinheiro) C) Inconstitucionalidade por ação x por omissão A primeira dessas duas formas de inconstitucionalidade se apresenta por meio de uma conduta positiva do Poder Público. Ocorre com a edição de uma lei ou resolução, por exemplo, que afrontem a sistemática constitucional. A segunda advém, por seu turno, de uma abstenção. O Poder Público, no momento em que deveria agir, silencia. Ocorre em face das normas de eficácia limitada, ou seja, aquelas cuja força normativa depende da edição de ato infraconstitucional. Para sanar tal inconstitucionalidade há a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão. * INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL 1) INCONSTITUCIONALIDADE ORGÂNICA : se traduz da inobservância da regra de competência para a edição do ato. EX: A assembleia legislativa de um Estado da Federação editar uma lei em matéria penal ou em matéria de direito civil, incorrerá em inconstitucionalidade por violação da competência da União na matéria. OBS: A União poderá delegar aos Estados a criação de uma lei, por Lei Complementar, se houver a criação de lei sem a LC que a autorize , vira inconstitucional de forma orgânica. 1.1 ) INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL PROPRIAMENTE DITA : se traduz da inobservância do processo legislativo próprio, este é compreendido por iniciativa , deliberação, votação, sanção ou veto, promulgação e publicação. Inconstitucionalidade do ente federativo, refere-se a distribuição de competência Ex : artigo 22 e 24 CF 1.1.1) INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL OBJETIVA Seria hipótese a Lei Complementar aprovada com quórum de Lei Ordinária. Ou ainda Emenda Constitucional aprovada por quórum não qualificado, ou em apenas uma das casas legislativas. 1.1.2) INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL SUBJETIVA Exemplo de vício formal subjetivo é a lei de iniciativa exclusiva ou reservada do Presidente da República e que é proposta por parlamentar. 2) INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL POR VIOLAÇÃO A PRESSUPOSTOS OBJETIVOS DO ATOSe caracteriza pela inobservância dos critérios para a criação de uma lei, podemos citar como exemplo a criação de um município que deverá seguir o que está expresso no artigo 18, §4º e o artigo 62 da carta magna “ Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. § 1º Brasília é a Capital Federal. § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.”
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