Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RELATÓRIO DE SEGURANÇA: ASSUNTO: Auditoria de Segurança do Trabalho em espaço confinado. ELABORADO POR: EMANOEL JOSÉ COSTA JÚNIOR. 1 – FINALIDADE. Este relatório tem como finalidade relatar e propor medidas corretivas / preventivas para as Não Conformidades encontradas na Auditoria de Segurança ENTRE OUUTROS. Apesar de não existirem estatísticas precisas no Brasil, pois o Ministério do Trabalho ainda não registra uma classificação de acidentes de trabalhos ocorridos em Espaços Confinados, é consenso, por parte de especialistas em Segurança do Trabalho, que o número de acidentes nestes ambientes é muito alto. Além de serem frequentes, os acidentes de trabalho em Espaços Confinados geralmente são fatais. Eles acontecem por diversos motivos, sendo o principal a falta de informação sobre os riscos inerentes à atividade. Para tentar minimizar os acidentes e preservar a integridade física dos indivíduos envolvidos nos trabalhos nesses locais, o Ministério do Trabalho publicou em 2006, inspirado em modelos americanos bem-sucedidos, a NR-33, que dispõe sobre os procedimentos operacionais que devem ser seguidos pelas empresas e seus funcionários, no que diz respeito às atividades realizadas em Espaços Confinados. “A Norma Regulamentadora nº 33 – Saúde e Segurança nos Trabalhos em Ambientes Confinados – tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços.” Exemplos de atividades realizadas em Espaços Confinados: Limpeza; Inspeção de equipamentos; Manutenção; Reparos; Instalação de equipamentos; Resgate de trabalhadores acidentados; Principais riscos nos trabalhos em Espaços Confinados: Existem três riscos principais que podem ser detectados na maioria dos Espaços Confinados: Presença de poeiras e gases tóxicos; Existência de substâncias inflamáveis que podem gerar explosão; Insuficiência de ventilação. Apesar de as situações acima serem as mais comumente encontradas nesses ambientes, existem outras tão perigosas quanto, como: Queda de altura; Temperaturas extremas; Choque elétrico e soterramento. Também não podemos esquecer de mencionar os fatores psicossociais – como estresse, fobias, ansiedade etc – que podem alterar a percepção do trabalhador e levá-lo a sofrer um acidente. Equipamentos de Proteção para trabalho em Espaços Confinados: EPIs- Equipamentos de Proteção Individual: Capacete com jugular; Luvas de Raspa ou de PVC; Trava-quedas e acessórios; Cinto de Segurança tipo paraquedista; Botas de Segurança; Óculos de Segurança; Respiradores; EPCs- Equipamentos de Proteção Coletiva e instrumentos: Ventilador/ Insuflador de ar; Rádios comunicadores; Tripés/ Monopés; Equipamentos de resgate; Cadeira para acesso sem escada; Cabos de aço; Detectores de gases portáteis; Explosímetros; Lanternas apropriadas; Extintores de incêndio; Medidas de Proteção: Além do uso dos Equipamentos adequados, existem diversas medidas de proteção que devem ser adotadas para evitar acidentes em Espaços Confinados. Essas medidas podem ser classificadas como Técnicas; Administrativas e Pessoais: Medidas Técnicas: Evitar a entrada de pessoas não autorizadas nos Espaços Confinados; Antecipar, conhecer, avaliar e controlar os riscos nos Espaços Confinados; Monitorar a atmosfera nos Espaços Confinados antes e durante os trabalhos; Utilizar equipamentos de medida direta, testados, com alarmes e protegidos contra interferências; Medidas Administrativas: Manter cadastro atualizado dos Espaços Confinados e seus riscos; Definir medidas para isolar, sinalizar, controlar ou eliminar riscos; Implementar procedimento de trabalhos em Espaços confinados; Adaptar modelo de Permissão de Entrada e Trabalho (PET); Designar os trabalhadores que integrarão as equipes de operações em Espaços Confinados e capacitá-los; Implementar o Programa de Proteção Respiratória; Medidas Pessoais: Exames médicos específicos, com emissão do ASO; Capacitação de todos os envolvidos nos trabalhos (inclusive indiretamente); Proibir trabalhos realizados individualmente ou isoladamente; Fornecer todos os equipamentos e instrumentos de proteção previstos na PET; PET- Permissão de Entrada e Trabalho A PET é um documento escrito, contendo o conjunto de medidas de controle, com vistas à entrada e realização do trabalho, de forma segura, em Espaços Confinados. Também contém as medidas de emergência e de salvamento nesses ambientes. Nenhum trabalho pode ser iniciado sem a PET, que possui data de início e término dos trabalhos. Para cada nova entrada no Espaço Confinado, é necessária uma nova PET, ainda que o prazo da anterior ainda não tenha vencido. Integram a equipe de trabalho em Espaços Confinados: Responsável Técnico; Supervisor de Entrada; Vigia; Trabalhadores Autorizados. Capacitação: De acordo com a NR-33, a capacitação deve ser anual e deve ser ministrada por instrutores com proficiência no assunto comprovada. A carga horária varia, de acordo com o tipo de atuação do trabalhador: Trabalhadores Autorizados e Vigias – mínimo 16h; Supervisores de Entrada – mínimo 40h. Emergência e Salvamento: De acordo com a NR-33, O empregador deve elaborar e implementar procedimentos de emergência e resgate adequados aos espaços confinados incluindo, no mínimo: Capacitação de equipe de salvamento; Descrição de possíveis acidentes; Descrição de medidas de salvamento e primeiros socorros; Correta utilização de equipamentos de emergência, resgate, primeiros socorros e transporte; Acionamento de socorro especializado; Simulações anuais de salvamento. A NR-33, quando seguida e respeitada, pode significar a diferença entre a vida e a morte de trabalhadores, além de resguardar o empregador de possíveis danos materiais e prejuízos financeiros. É preciso que todas as partes interessadas tenham a consciência de que a Segurança e Saúde no Trabalho está diretamente ligada à qualidade de vida no trabalho. Como diz a máxima: “Antes de se preocupar em produzir, é preciso cuidar de quem produz”. Rio de Janeiro, 16 de março de 2017. NOME / ASSINATURA EMANOEL JOSÉ COSTA JÚNIOR. ______________________________________ TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Compartilhar