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Uso dos porquês
Escrever de acordo com a norma-padrão não é fácil. Quando o assunto é uso dos porquês então, as dificuldades só aumentam, em razão das muitas possibilidades de grafia.
 
O uso dos porquês causa muitas dúvidas, pois as possibilidades são muitas, então, é preciso ficar atento
A língua portuguesa é repleta de palavras que muitas vezes fazem com que o falante fique em situação difícil. Uma das dúvidas mais frequentes é em relação ao uso dos porquês. São tantas possibilidades que muitos não sabem por qual caminho seguir. Para que esses problemas sejam solucionados, é importante atentar para algumas questões:
O porquê pode ser usado em frases interrogativas;
Pode introduzir uma oração coordenada explicativa;
Pode introduzir uma oração subordinada causal;
Pode ser uma palavra substantivada, ou seja, não é um substantivo, mas, em determinado contexto, funciona como tal. Quando isso ocorre, recebe a “companhia” do artigo ou de um pronome.
Sempre que houver a necessidade de usar o porquê, a primeira preocupação deve ser em descobrir que função será exercida por ele. A partir disso, as regras devem ser lembradas. Acompanhe-as:
 O porquê interrogativo deve ser grafado separado, veja o exemplo: Por que não fez a tarefa?  Atente para o fato de que, nesse caso, é possível substituir o porquê pela expressão “por qual razão”.  Já no enunciado: Estudamos por que um dia o futuro será melhor, é possível substitui-lo pela expressão “para que”. Ainda é possível substituir o porquê pela expressão “pelo(a) qual” e suas variações:  A vitória por que lutamos chegará.           
 O porquê explicativo ou causal, popularmente conhecido como o porquê de resposta, deve ser escrito todo junto, mas sem acento. Nesse caso, indicará uma explicação, equivalendo à conjunção “pois”; ou uma causa, representando a conjunção “como”. Veja o exemplo: “A situação se agravou, porque o custo de vida aumentou.”
Quando for substantivado deve ser escrito junto, mas deve ser acentuado. Para saber quando utilizá-lo, basta prestar atenção aos seus acompanhantes, se for artigo ou pronome, então, pode acentuá-lo, e não esqueça que nesse caso o “porquê” não se separa.
Alguns devem estar se perguntando, mas quando o porquê deve ser escrito separado e com acento? Sempre que o porquê aparecer no final de frases interrogativas (diretas – quando há a presença da interrogação –, ou indiretas – quando a pergunta fica implícita).     
Resumindo:
Porque (junto) – usado para frases afirmativas (explicativas ou causais);
Por que (separado) – em frases interrogativas ou quando pode ser substituído por “pelo qual” e suas variações;
Por  quê (separado e com acento) – no final de frase interrogativa.
Porquê (junto e com acento) – quando for uma palavra substantivada.
 
Para finalizar, acompanhe alguns exemplos do uso dos porquês, em um trecho do texto de Clóvis Sanches “Os porquês do porquinho”:
Aconteceu na Grécia! 
Era uma vez um jovem porquinho belo e bom, muito pequenino, cuja vida foi dedicada à procura dos porquês da floresta. Tal porquinho, incansável em sua busca, passava o dia percorrendo matas, cavernas e savanas perguntando aos bichos e aos insetos que encontrava pelo caminho todos os tipos de porquês que lhes viessem à cabeça. 
- Por que você tem listras pretas se os cavalos não as têm? - perguntava gentilmente o porquinho às zebras. 
- Pernas compridas por quê, se outros pássaros não as têm? - indagava às seriemas, de forma perspicaz. 
- Por que isso? Por que aquilo? 
Era um festival de porquês, dia após dia, ano após ano, sem que ele encontrasse respostas adequadas aos seus questionamentos de porquinho. 
Por exemplo, sempre que se deparava com uma abelha trabalhando arduamente, ele perguntava por quê. E a pergunta era sempre a mesma: 
- Saberias, por acaso, por que fazes o mel, oh querida abelhinha? 
E a abelha, com seus conhecimentos de abelha, sempre respondia assim ao porquê: 
- Fabrico o mel porque tenho que alimentar a colmeia. 
Mas a resposta das abelhas não o satisfazia, porque eram os ursos os maiores beneficiados com aquela atividade.

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