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MpMagEst SATPRES Tributário RAlexandre Aula04 260413 CarlosEduardo

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MpMagEst 
Tributário 
Ricardo Alexandre 
Data: 26/04/2013 
Aula 04 
 
MpMasEst – 2013 
Anotador(a): Carlos Eduardo de Oliveira Rocha 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
RESUMO 
 
SUMÁRIO 
 
1. Espécies tributárias 
2. Princípios constitucionais tributários 
 
 
1. ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 
 
1.1. Contribuições especiais 
 
Obs.: todas as contribuições são criadas para arrecadar recursos para uma atividade específica. 
Obs.: quando o governo encontra restrições para criar tributos, acaba fazendo por via de 
contribuições. 
Obs.: os impostos são repartidos com os demais entres, enquanto as contribuições especiais o valor 
arrecadado permanece com o ente arrecadador, contudo há exceção CIDE combustível (art. 149 CF) 
 
“Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições 
sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das 
categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua 
atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, 
III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, 
relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.” 
 
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir 
contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do 
serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I 
e III 
 
São contribuições sociais: 
 
a) Contribuições sociais 
b) CIDE 
c) Corporativas (interesse de categorias profissionais) 
d) COSIP (contribuição iluminação pública) 
 
Há uma única exceção onde as contribuições poderão ser criadas pelos demais entes federativos (art. 
149, §1º), qual seja, contribuição para o regime previdenciário. 
 
“§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão 
contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em 
benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, 
cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores 
titulares de cargos efetivos da União. 
 
 
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Obs.: não se admite contribuição para custeio de assistência e saúde, apenas para previdência. 
Portanto, é inconstitucional criar contribuições para custear a assistência e saúde de seus servidores. 
 
Obs.: a alíquota cobrada pelos estados e municípios deve respeitar o mínimo cobrado pela união. Se a 
União cobra 11% os estados não poderão cobrar 10%, mas poderão cobrar 12%. O STF diz que a 
fixação de alíquota mínima serve para atender o equilíbrio financeiro. 
 
1.1.1. Contribuições sociais – são criadas para que a União tenha recursos para atuação nas 
áreas sociais: 
 Previdência ex.: 
Seguridade social envolve Assistência Cofins 
 Saúde 
 
Contudo área social não se restringe as atividades da seguridade social ex.: educação 
 
1.1.2. CIDE– contribuição de intervenção no domínio econômico – há modalidades ex.: 
combustível, royalty (tributa determinada atividade para incentivar aquela área). 
CIDE combustível é a única das contribuições especiais que a União reparte as receitas 
com os demais entes federativos (29% aos Estados) e do que cada estado recebe, repassa 
25% aos municípios (Art. 177 da CF): 
 
“Art. 177. Constituem monopólio da União: 
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio 
econômico relativa às atividades de importação ou 
comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus 
derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes 
requisitos: I - a alíquota da contribuição poderá ser: 
a) diferenciada por produto ou uso; 
b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe 
aplicando o disposto no art. 150,III, b; 
II - os recursos arrecadados serão destinados: 
a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool 
combustível, gás natural e seus derivados e derivados de 
petróleo; 
b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a 
indústria do petróleo e do gás; 
c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de 
transportes. 
 
1.1.3. Contribuição sindical Art. 8º, IV da CF (corporativas) 
 
“IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando 
de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio 
do sistema confederativo da representação sindical respectiva, 
independentemente da contribuição prevista em lei;” 
 
Obs.: são duas contribuições, uma fixada pela assembleia geral (contribuição optativa) e 
outra fixada em lei (que possui natureza tributária, fixada em lei e, portanto compulsória). 
 
1.1.4. Contribuição para o serviço de iluminação pública - COSIP 
 
 
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Primeiro caso julgado pelo STF envolveu o município de São José/SC (Município de Belo 
Horizonte se habilitou como amicus curiae) – onde a contribuição é calculada sobre o valor 
da conta de energia elétrica o fato gerador seria consumir a energia e, então, a mesma 
base de cálculo de ICMS. O STF entendeu que o tributo é constitucional, dizendo que não 
se trata de taxa nem de imposto, sob os argumentos: não é taxa porque não corresponde 
a uma contraprestação individualizada. Não é imposto porque a arrecadação é vinculada a 
determinada despesa (imposto não pode ter receita vinculada). O STF entendeu que se 
trata de um tributo sui generis. 
 
2. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS 
 
2.1. Limitação constitucional do poder de tributar – “o Estado pode muito, mas não pode tudo”. O art. 
150 ao 153 da CF não é exaustivo: 
 
Limitações destinadas à todos os entes federados: 
 
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios:” 
 
 Não se pode instituir ou majorar tributo sem a existência de lei (art. 150, I). Para extinguir 
tributo também é necessário lei (atenção ao princípio do paralelismo das formas, se criado por 
lei, não pode extinguir por decreto, mas pode ser extinto por ato normativo hierarquicamente 
superior). Veja-se que é autorizado por medida provisória que possui força de lei. 
Lembrar que há tributos cuja criação só é admitida por lei complementar: Imposto sobre 
grandes fortunas, empréstimos compulsórios, Impostos residuais 
 
Imposto de importação, exportação, IOF e imposto sobre produtos industrializados podem ter 
suas alíquotas alteradas por atos do executivo Art. 153, §1º: 
 
“Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
I - importação de produtos estrangeiros; 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou 
nacionalizados; 
IV - produtos industrializados; 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou 
valores mobiliários; 
§ 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os 
limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos 
enumerados nos incisos I, II, IV e V.” 
Obs.: ato do poder executivo, não significa que se trata exclusivamente do presidente da 
república (STF).

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