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3 Espécies Tributárias

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Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
1 
QUADRO SINÓTICO 
 
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 
 
1. Natureza Jurídica dos Tributos. Espécies Tributárias: Impostos 
 
 
1.1. Art. 4º do CTN: hipótese de incidência e base de cálculo 
 
Art. 4º. A natureza jurídica 
específica do tributo é determinada 
pelo fato gerador da respectiva 
obrigação. 
 
• Importância na Interpretação das normas jurídicas 
de direito tributário. 
 
• Reconhecimento do objeto da relação jurídica 
tributária. 
 
• Conceito de hipótese de incidência e base de 
cálculo. 
 
1.2. Irrelevância: denominação e destino: Inc. I e II do art. 4º do CTN 
 
Art. 4º. A natureza jurídica específica do tributo é 
determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo 
irrelevantes para qualificá-la:. 
 
I – a denominação e demais características formais adotadas 
pela lei. 
 
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação. 
 
OBS: O STF (RE nº 138.284) deixa evidente a orientação jurisprudencial para a 
compreensão da natureza jurídica das Contribuições previstas no art. 149 da 
Constituição de 1988. Conforme o Acórdão, as Contribuições previstas no art. 
149 são tributos, cuja espécie é definida pela destinação dos recursos de sua 
arrecadação. Portanto, deve o intérprete do CTN analisar com restrições o inciso 
II, do art. 4º do CTN, no tocante às contribuições do art. 149. 
 
OBS: Sobre a definição do regime jurídico da espécie tributária contribuições 
previstas no art. 149 da CF nós nos ocuparemos quando do estudo do aspecto 
material da hipótese de incidência deste tributo mais a frente. 
 
2. Classificação das espécies tributárias 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
2 
 
 2.1. Imposto: art. 145, I da CF 
 
• Conceito: art. 16 do CTN: trata-se de tributo cuja 
obrigação ao contribuinte independe de uma 
contraprestação estatal; por isso, o imposto faz parte 
da categoria de tributos não-vinculados. Sua 
natureza jurídica será revelada por um fato-signo de 
riqueza, ou seja, nenhum tipo de imposto pode levar 
em consideração algum dado da realidade que não 
revele a riqueza do contribuinte. 
 
Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de 
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 
 
• Tributo não vinculado 
 
• Não vinculação de receita: art. 167, IV da CF 
 
Art. 167. São vedados: 
 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou 
despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação 
dos impostos a que se referem os artigos 158 e 159, a 
destinação de recursos para ações e serviços públicos de 
saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para 
realização de atividades da administração tributária, como 
determinado, respectivamente, pelos artigos 198, §2º, 212 e 
37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito 
por antecipação de receita, previstas no art. 165,§8º, bem 
como o disposto no §4º deste artigo. 
 
 
Art. 204. As ações governamentais na área da assistência 
social serão realizadas com recursos do orçamento da 
seguridade social, previstos no art. 195, além de outras 
fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes: 
 
Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito 
Federal vincular a programa de apoio à inclusão e promoção 
social até cinco décimos por cento de sua receita tributária 
líquida, vedada a aplicação desses recursos no pagamento 
de: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 
19.12.2003) 
 
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens 
de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou 
em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à 
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade 
brasileira, nos quais se incluem: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
3 
 
§ 6 º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a 
fundo estadual de fomento à cultura até cinco décimos por 
cento de sua receita tributária líquida, para o financiamento 
de programas e projetos culturais, vedada a aplicação desses 
recursos no pagamento de:(Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
 
Art. 80. Compõem o Fundo de Combate e Erradicação da 
Pobreza: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 31, de 
2000) (Vide Emenda Constitucional nº 67, de 2010) 
 
II - a parcela do produto da arrecadação correspondente a 
um adicional de cinco pontos percentuais na alíquota do 
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, ou do imposto 
que vier a substituí-lo, incidente sobre produtos supérfluos e 
aplicável até a extinção do Fundo; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 31, de 2000) 
III - o produto da arrecadação do imposto de que trata o art. 
153, inciso VII, da Constituição; (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 31, de 2000) 
 
 
 
• Classificação dos Impostos: 
 
• a) Pessoais: são aqueles cuja H.I. revela uma das 
condições pessoais no tocante a sua riqueza do 
contribuinte. Levam em conta as qualidades 
individuais do contribuinte que denotam a 
capacidade contributiva para a dosagem do aspecto 
quantitativo do tributo. Exemplo: IR; 
 
• b) Reais: são aqueles que não levam em 
consideração as condições pessoais do contribuinte, 
mas, sim, sinais de riqueza de características 
objetivas como, por exemplo, a propriedade de bens 
imóveis. Exemplo: IPTU, ITR, ITBI; 
 
• c) Diretos: são tributos incidentes na cadeia 
econômica e que são suportados pelo contribuinte 
sujeito passivo sem repasse no preço dos produtos 
ou mercadorias. Exemplos: IRPJ, ISS, IOF; 
 
• d) Indiretos: são aqueles que não suportados pelo 
contribuinte sujeito passivo, do ponto de vista 
econômico, eis que ocorre o repasse do tributo no 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc31.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc31.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc67.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc31.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc31.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc31.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc31.htm#art1
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
4 
preço das mercadorias ou produtos ao consumidor 
final. Exemplos: ICMS e IPI. 
 
2.2. Imposto de competência residual: art. 154, I 
 
Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, 
impostos não previstos no artigo 
anterior, desde que sejam não-
cumulativos e não tenham fato gerador 
ou base de cálculo próprios dos 
discriminados nesta Constituição; 
 
• Competência Privativa da União 
 
• Lei Complementar 
 
• Imposto Novo 
 
• Não-cumulativo 
 
2.3. Imposto extraordinário de guerra: art. 154, II, da 
CF/art. 76 do CTN 
 
Art. 154. A União poderá instituir: 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, 
impostos extraordinários, compreendidos ou não em 
sua competência tributária, os quais serão 
suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de 
sua criação. 
 
CTN 
 
Art. 76. Na iminência ou no caso de guerra externa, 
a União pode instituir, temporariamente, impostos 
extraordinários compreendidos ou não entre os 
referidos nesta Lei, suprimidos, gradativamente, no 
prazo máximo de cinco anos, contados da celebração 
da paz. 
 
• Competência Privativa da União 
 
• Lei Ordinária 
 
• Imposto vinculado. Atender as despesas de Guerra 
 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
5 
• Bitributação Permitida Constitucionalmente 
 
• Supressão em Cinco Anos• Não Atende ao Princípio da Anterioridade 
 
2.4. Classificação dos Imposto segundo CTN: 
 
• Impostos que gravam o comércio exterior: II e IE 
 
• Impostos sobre o Patrimônio e a Renda: IRPF; 
IRPJ; ITR; IGF; IPVA e IPTU 
 
• Impostos sobre a transmissão, circulação e 
produção: IPI; ITCMD; ICMS; ITBI e ISS 
 
• Impostos Extraordinários 
 
• Imposto de Competência Residual 
 
3. Espécies Tributárias: Taxas 
 
• Conceito: art. 145, II da CF c.c. o arts. 77, 78, 79 e 
80 do CTN 
 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela 
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos 
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a 
sua disposição; 
 
CTN 
 
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo 
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas 
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício 
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou 
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado 
ao contribuinte ou posto à sua disposição. 
 
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato 
gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser 
calculada em função do capital das empresas. 
 
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da 
administração pública que, limitando ou disciplinando 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
6 
direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a 
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente 
à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina 
da produção e do mercado, ao exercício de atividades 
econômicas dependentes de concessão ou autorização do 
Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à 
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
 
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder 
de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos 
limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, 
tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, 
sem abuso ou desvio de poder. 
 
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 
consideram-se: 
 
I - utilizados pelo contribuinte: 
 
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; 
 
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, 
sejam postos à sua disposição mediante atividade 
administrativa em efetivo funcionamento; 
 
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades 
autônomas de intervenção, de unidade, ou de necessidades 
públicas; 
 
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, 
separadamente, por parte de cada um dos seus usuários. 
 
Art. 80. Para efeito de instituição e cobrança de taxas, 
consideram-se compreendidas no âmbito das atribuições da 
União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, 
aquelas que, segundo a Constituição Federal, as 
Constituições dos Estados, as Leis Orgânicas do Distrito 
Federal e dos Municípios e a legislação com elas compatível, 
competem a cada uma dessas pessoas de direito público. 
 
 
3.1. Taxas em razão da prestação de serviço efetiva ou 
potencial de serviços públicos prestados ao contribuinte 
ou postos à sua disposição 
 
• Tributo vinculado a uma contraprestação estatal. 
 
• A hipótese de incidência das taxas revela um 
comportamento do ente público (ação estatal) no 
sentido de prestar serviço público ou efetivo poder 
de polícia. 
 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
7 
• Competência comum. Coerência com a 
competência para prestar o serviço ou fiscalizar. 
Proibição de Municípios instituir taxas de 
fiscalização sobre as importações de mercadorias, 
por exemplo. 
 
• Conceito de serviços públicos. Designação da lei. O 
serviço público que será remunerado por taxa é o de 
utilização compulsória, efetivo ou potencial, 
como, por exemplo, o serviço de coleta de lixo e o 
serviço de coleta de esgoto, em face do respeito às 
normas de saúde pública. 
 
• Submetidos ao mesmo regime de cobrança de taxas 
é a prestação de serviços públicos de utilização 
relativamente facultativa, onde o cidadão não está 
obrigado a utilizar tais serviços, mas, ao precisar 
exercer algum direito vai necessitar se valer do 
serviço público, tais como o serviço público de 
emissão de passaporte, o serviço público judicial 
(taxa judiciária). 
 
OBS: CUIDADO. SERVIÇOS PÚBLICOS DE UTILIZAÇÃO 
FACULTATIVA. NÃO INCIDÊNCIA DE TAXAS. 
 
• Serviços públicos específicos e divisíveis. Serviços 
públicos específicos são aqueles prestados pelo ente 
estatal em caráter de exclusividade fruto de sua 
atuação em sociedade visando o bem estar 
coletivo. Serviço público que permita identificar o 
sujeito passivo ou o usuário. 
 
• Serviços públicos divisíveis são aqueles prestados 
em caráter individualizado e usufruído 
separadamente em unidades autônomas pelos 
contribuintes. 
 
• Serviços públicos universais: não incidência. 
Serviços de iluminação pública (Súmula 670 do 
STF); serviços de segurança pública; limpeza e 
conservação de logradouros; asfaltamento de ruas. 
 
• Serviços públicos efetivos e potenciais. 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
8 
 
• Base de cálculo: § 2º do art. 145 da CF e Parágrafo 
Único do art. 77 do CTN: custo na prestação dos 
serviços. 
 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de 
impostos. 
 
CTN 
 
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo 
Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas 
respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício 
regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou 
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao 
contribuinte ou posto à sua disposição. 
 
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato 
gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser 
calculada em função do capital das empresas. 
 
OBS: Taxa do Lixo. Extinção da cobrança no Município de São Paulo pela Lei 
nº 14.125, de 29.12.05. CUIDADO: ainda é cobrada a taxa de recolhimento do 
lixo dos hospitais no Município de São Paulo. Constitucionalidade. Súmula 
Vinculante 29 (STF). 
 
OBS: Súmula Vinculante 29 STF: É constitucional a adoção, no cálculo do 
valor da taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de 
determinado imposto, desde que não haja identidade entre uma e outra. 
 
Exemplos da Jurisprudência: Taxa de Coleta de Lixo tomando por base de 
cálculo o tamanho dos imóveis (metragem) e a base de cálculo das Taxas 
relativas às Custas Processuais e Emolumentos Judiciais concernentes aos 
serviços notariais e registrais de baixa e registro, tendo como parâmetro o valor 
atribuído ao valor da causa ou condenação. Limite: Súmula 667 do STF: Viola 
a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem 
limite sobre o valor da causa. 
 
 
 3.2. Taxas em razão do exercício regular do poder de 
 polícia 
 
• Tributo vinculado 
 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
9 
• Competência comum 
 
• Conceito de poder de polícia: art. 78 do CTN. 
Qualquer disciplina ou limitações de direitos 
individuais veiculadas por Lei poderá dar ensejo a 
tributação por taxa na prestação do poder de polícia. 
 
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da 
administração pública que, limitando ou disciplinando 
direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a 
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente 
à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina 
da produção e do mercado, ao exercício de atividades 
econômicas dependentes de concessão ou autorização do 
Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à 
propriedade e aos direitosindividuais ou coletivos. 
 
• É o que acontece com as limitações urbanísticas 
do direito de construir, com Taxa de Alvará 
(Funcionamento). 
 
• Taxa de Fiscalização e Anúncio. 
 
• Taxa de Fiscalização de Títulos Valores 
Mobiliários, instituída pela Lei nº 7.940/1989. 
 
• A Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental 
(Lei nº 10.165/2000) 
 
• Efetividade. Não se pode cobrar taxa pelo exercício 
do poder de polícia potencial, ou seja, a fiscalização 
ainda em implementação ou por simples 
amostragem. A Súmula 157 do STJ : É ilegítima a 
cobrança de taxa, pelo Município, na renovação de 
licença para localização de estabelecimento 
comercial ou industrial. Trata-se de exigência de 
efetivo poder de polícia de caráter cíclico, ou seja, 
deve existir a ação fiscalizadora concreta como 
exigência da taxa renovável. 
 
• Base de cálculo. É o custo na prestação deste poder 
de polícia. OBS: Súmula Vinculante n. 29 do 
STF. 
 
3.3. Diferenças entre Taxa e Preço Público 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
10 
 
• Conceito de preço público. O conceito jurídico de 
preço público vincula-se a remuneração pela 
prestação de serviço público de caráter facultativo 
ou prestação de serviço público prestado em regime 
de concessão. Nesse sentido, o preço público não é 
espécie tributária, constituindo-se em instituto 
de direito administrativo regido por este regime 
jurídico. A jurisprudência confirma este 
entendimento por meio da edição da Súmula do 
STF 545: 
 
Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, 
diferentemente daqueles, são compulsórias e tem sua cobrança condicionada 
a prévia autorização orçamentária, em relação a lei que as instituiu. 
 
• O preço público decorre de uma atividade exercida 
pelo Estado como se fosse um particular, sem 
estar investido de sua soberania. 
 
• A taxa decorre de prestação de serviço público e 
poder de polícia que não pode ser transferido ao 
particular. O preço público decorre de remuneração 
por atividade que pode ser transferida ao particular. 
 
• A taxa advém de obrigação prevista em lei. O preço 
público decorre de acordo de vontades. 
 
• A taxa visa cobrir o custo pela prestação do serviço 
ou do poder de polícia realizado. A cobrança de 
preço público visa o lucro. 
 
OBS: CUIDADO. PEDÁGIO. Modalidade de remuneração pela prestação de 
serviços de conservação de rodovias. Se o pedágio é cobrado pelo Poder 
Público e este é que diretamente presta o serviço de conservação das 
rodovias estamos diante uma taxa. Posição da Jurisprudência definida neste 
caso pelo STF no RE nº 181.475-RS. Contudo, se o pedágio é cobrado sob o 
regime de concessão de serviço público, ou seja, se o particular prestar o 
serviço de conservação da rodovia, por meio de concessão do serviço público, 
estará se remunerando por meio de preço público, em razão do princípio 
inafastável de direito administrativo que trata o equilíbrio econômico-
financeiro do contrato de concessão de serviços públicos, que não se coaduna 
com o regime jurídico de direito tributário previsto na CF de 1988, como, por 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
11 
exemplo, o respeito ao princípio da anterioridade tributária para o aumento de 
tributos. 
 
• Tarifas. Modalidade de preço público cobrado pelas 
concessionárias prestadoras de serviços públicos, 
tais como, de fornecimento de energia elétrica 
particular; fornecimento de água; prestação de 
serviços de telefonia fixa e móvel. 
 
• Cobrança pelo Uso da Água: Lei nº12.183, de 
29.12.2005 do Estado de São Paulo. Taxa ou tarifa? 
 
4. Espécies Tributárias: Contribuições de Melhoria e Empréstimos 
Compulsórios 
 
4.1. Contribuição de Melhoria: art. 145, III c.c. os arts. 81 e 82 
do CTN 
 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os 
seguintes tributos: 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
 
CTN 
 
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito 
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para 
fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como 
limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra 
resultar para cada imóvel beneficiado. 
Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos 
mínimos: 
I - publicação prévia dos seguintes elementos: 
a) memorial descritivo do projeto; 
b) orçamento do custo da obra; 
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição; 
d) delimitação da zona beneficiada; 
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para 
cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas; 
II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de 
qualquer dos elementos referidos no inciso anterior; 
III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação 
a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial. 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
12 
§ 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo 
da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada 
em função dos respectivos fatores individuais de valorização. 
§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do 
montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que 
integram o respectivo cálculo. 
 
• Conceito de contribuição de melhoria: tributo que 
tem por hipótese de incidência um elo intermediário 
que liga o obrigado ao Estado por conta de uma 
atuação indireta do poder público. 
 
• Regime Jurídico: art. 81 do CTN. Competência 
Comum 
 
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, 
pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, 
no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída 
para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra 
valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa 
realizada e como limite individual o acréscimo de valor 
que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. 
 
• Obra pública. Não faz parte do núcleo conceitual do 
tributo a reforma ou manutenção de uma obra 
pública existente. 
 
• Tributo vinculado indiretamente a uma atuação 
estatal, eis que a hipótese de incidência do tributo é 
a valorização do imóvel beneficiado por obra 
pública. Diferença com as taxas. 
 
• Base de cálculo: é a valorização do imóvel sofrida 
pela realização da obra pública, cujo limite 
individual não poderá exceder a 3% do maior valor 
fiscal do imóvel, que corresponde ao valor venal do 
imóvel aferido para fins de cobrança do IPTU, do 
ITBI ou do ITR, conforme o art. 12 do Decreto-lei 
nº 195/1967. 
 
• Requisito Limite Geral. Impossibilidade de 
arrecadação do tributo maior que o custo total da 
obra. 
 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
13 
• A cobrança do tributo somente ocorrerá após o 
término da obra. 
 
• A cobrança do tributo será somente efetuada uma 
única vez por obra executada. 
 
• Definição da área abrangida pela obra pública; 
definição do fator de absorção da valorização 
imobiliária e do processo administrativo de 
impugnação devem ser definidos por meio de lei. 
 
 
5. Empréstimo Compulsório: art. 148, I e II da CF 
 
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá 
instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de 
calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; 
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de 
relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 
150, III, "b". 
 
• Competência da União e instituída por meio de lei 
complementar. 
 
• Conceito: art. 15 do CTN. 
 
Art. 15.Somente a União, nos seguintes casos 
excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios: 
I - guerra externa, ou sua iminência; 
II - calamidade pública que exija auxílio federal 
impossível de atender com os recursos orçamentários 
disponíveis; 
III - conjuntura que exija a absorção temporária de 
poder aquisitivo. 
Parágrafo único. A lei fixará obrigatoriamente o prazo 
do empréstimo e as condições de seu resgate, 
observando, no que for aplicável, o disposto nesta Lei. 
 
• Requisitos essências para a sua instituição: a) 
calamidade pública; b) guerra externa ou sua 
iminência e c) investimento público de caráter 
urgente e relevante. 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
14 
 
• As calamidades públicas são eventos naturais 
(tempestades, desmoronamentos, incêndios), ou 
sociais tão significativos que exigem despesas não 
previstas pela União. 
 
• A guerra externa ou sua iminência se caracteriza 
pela participação do País em beligerância militar 
externa (jamais interna), que acarrete despesas 
públicas extraordinárias não previstas pela União. 
 
• O investimento público de caráter urgente e 
relevante é aquele previsto nos termos do art. 12, § 
4º, da lei nº 4.320/1964, tais como obras, 
construções de estradas, prédios públicos, açudes, 
melhorias etc., que não tenham previsão 
orçamentária da União para serem feitos e de 
realização imprescindível ao desenvolvimento 
nacional beneficiando toda a população brasileira. 
 
 
Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas: 
 
§ 4º Classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a 
execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados 
necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de 
trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e 
constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial 
ou financeiro. 
 
• Não recepção pela Constituição de 88 do inciso III, 
do art. 15 do CTN, com a finalidade de atribuir 
função extrafiscal ao empréstimo compulsório. 
Portanto, não se admite pela Carta Magna de 88, 
que o empréstimo compulsório possa assumir a 
feição de conjuntura que exija absorção temporária 
de poder aquisitivo. Ex: Plano Collor de 1990. 
Inconstitucionalidade 
 
• Espécie tributária autônoma? Não 
 
• Hipótese de incidência híbrida. A Lei 
Complementar irá assumir a feição de imposto, 
taxa, contribuição de melhoria ou contribuições do 
art. 149 da CF. 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
15 
 
• Norma jurídica tributária e administrativa. 
Imprescindível devolução do tributo e em dinheiro. 
Parágrafo único do art. 15 do CTN. 
 
• Vinculação constitucional da receita obtida pelo 
empréstimo compulsório aos requisitos essenciais 
para a sua criação. 
 
• Empréstimo compulsório e imposto extraordinário 
de guerra: correlação e bis in idem 
constitucionalmente permitido. 
 
• Aplicação do princípio da anterioridade tributária. 
O empréstimo compulsório decorrente de guerra 
externa ou sua iminência ou para cobrir despesas 
decorrentes de calamidade pública não obedece ao 
princípio da anterioridade tributária, ou seja, a lei 
complementar terá vigência e eficácia imediata. 
 
• Contudo, com relação ao empréstimo compulsório 
decorrente de investimento público de caráter 
urgente e de relevante interesse nacional deverá ser 
obedecido os dois critérios da anterioridade 
tributária: a anual e a nonagesimal. 
 
6. Espécies Tributárias: Contribuições do Art. 149 da CF 
 
6.1. Contribuições Especiais: Art. 149 da CF 
 
 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir 
contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico 
e de interesses das categorias profissionais ou econômicas, 
como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, 
observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e II, e sem 
prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às 
contribuições a que alude o dispositivo. 
 
§ 1° - os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o 
custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que 
trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da 
contribuição dos servidores titulares de cargos da União. 
 
Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão 
instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
16 
custeio do serviço de iluminação pública, observado o 
disposto no art. 150, I e III. 
 
 
• Critério Finalístico contido na Constituição e na Lei Tributária. 
 
• Destinação do produto da arrecadação à realização dos fins determinados 
na Constituição e na Lei. 
 
• Referibilidade indireta ao sujeito passivo submetido ao pagamento da 
contribuição social. 
 
• As contribuições especiais são tributos e são compostas pelas exações 
cuja tônica não está nem no objetivo de custear as funções gerais e 
indivisíveis do Estado (como ocorre com os impostos) nem numa 
utilidade divisível produzida pelo Estado e fruível pelo indivíduo (como 
ocorre com os tributos conhecidos como taxa, pedágio e contribuição de 
melhoria, que reunimos no segundo grupo). 
 
• A característica peculiar do regime jurídico deste terceiro grupo de 
exações está na destinação a determinada atividade, exercitável por 
entidade estatal ou paraestatal, ou por entidade não estatal reconhecida 
pelo Estado como necessária ou útil à realização de uma função de 
interesse público. 
 
• Nesse grupo se incluem as exações previstas no art. 149 da Constituição, 
ou seja: 
 
a) Contribuições sociais gerais; 
b) Contribuições sociais de seguridade social; 
c) Contribuições de intervenção no domínio econômico; 
d) Contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas 
e) Contribuição referida no art. 149-A da Constituição (acrescido pela EC 
n. 39/2002), destinada ao custeio do serviço de iluminação pública 
(COSIP). 
 
• No tocante a espécie tributária as contribuições especiais são tributos 
vinculados a uma atividade estatal, situadas, porém, em posição 
intermediária entre impostos e taxas. 
 
• Esta espécie tributária está mais próxima dos impostos, eis que a hipótese 
de incidência e base de cálculo revelam um fato signo de riqueza do 
contribuinte (completa desvinculação), do que das taxas (total 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
17 
vinculação), eis que não pressupõe uma atuação estatal específica e 
divisível relativa ao contribuinte. 
 
• Existiria, assim, uma referibilidade indireta, de uma atuação estatal 
relacionada a um grupo determinado; o fato gerador pode até se 
assemelhar bastante ao dos impostos, mas só estará completo o regime 
jurídico constitucional das contribuições diante de uma atuação estatal 
indireta relativa ao grupo no qual se situa o contribuinte, traço 
diferenciador das contribuições. 
 
6.2. Contribuições e Princípios Constitucionais Tributários 
 
• Princípio da Legalidade. Instituição e Majoração por meio de Lei 
Ordinária. 
 
OBS: Nova Contribuição Social (Art. 195, §4º), 
necessidade de Lei Complementar 
 
 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos 
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional nº 20, 
de 1998) 
(...) 
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da 
seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. 
 
OBS: CIDE-COMBUSTÍVEIS. Redução e 
restabelecimento de alíquotas, por meio de Decreto: 
Art. 177, §4º, I, “b”, da CF. 
 
Art. 177. Constituem monopólio da União: 
(...) 
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de 
importação ou comercialização de petróleoe seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool 
combustível deverá atender aos seguintes requisitos: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 
2001) 
(...) 
I - a alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
(...) 
b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 
150,III, b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 
 
• Princípio da Anterioridade. Obediência ao regime jurídico geral da 
anterioridade, ou seja, criação e majoração das contribuições deve ser 
obedecida regra da anterioridade anual e da anterioridade nonagesimal. 
 
OBS: CIDE-COMBUSTÍVEIS. Se aplica unicamente a regra da anterioridade 
nonagesimal, para redução e estabelecimento de alíquotas. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art12
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art12
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc33.htm#art3
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
18 
 
OBS: Contribuições Sociais. Obedece unicamente a regra da anterioridade 
nonagesimal, conforme o §6º, do Art. 195, da CF. 
 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos 
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (Vide Emenda Constitucional nº 20, 
de 1998) 
(...) 
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos 
noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes 
aplicando o disposto no art. 150, III, "b". 
 
• Princípio da Capacidade Contributiva. Previsão do Art. 195, §9º. 
 
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas ou 
bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão-de-
obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho.(Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 47, de 2005) 
 
• Princípio da Vedação ao Confisco. Proibição de desproporção entre a 
cobrança da contribuição e a atuação do Estado, ou quando inexistir a 
atuação do Estado nas finalidades que se propõe na Constituição e na Lei. 
 
• Imunidades Aplicáveis. As entidades beneficentes de assistência social 
sem fins lucrativas não serão atingidas pelas Contribuições Sociais, na 
previsão no Art. 195, §7º, da CF, bem como, as contribuições sociais e 
CIDE não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação, conforme 
o Art. 149, §2º, Inciso I, da CF. 
 
6.3. Contribuições Sociais: art. 149, 1ª parte da CF. 
 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir 
contribuições sociais, de intervenção no domínio 
econômico e de interesse das categorias profissionais ou 
econômicas, como instrumento de sua atuação nas 
respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, 
e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, 
relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 
 
• Competência exclusiva da União 
 
OBS: Existe a possibilidade de instituição de uma Contribuição para os 
Estados-membros, Distrito Federal e Municípios, para o custeio do sistema 
de previdência de seus servidores públicos, conforme o §1º, do Art. 149, da 
CF. 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art12
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art12
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm#art1
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
19 
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus 
servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, 
cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da 
União. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
 
6.3.1. Contribuições Sociais Gerais 
 
OBS: Contribuições que se destinam a outras atividades do Estado, fora do 
campo de atuação da Seguridade Social (saúde, previdência e assistência social) 
e incidem sobre uma única base econômica do contribuinte. 
 
• Salário-Educação: art. 212, §5º. Custeia o ensino fundamental público e 
pago por todas as empresas privadas. 
 
OBS: Súmula 732 do STF: é constitucional a cobrança da contribuição do 
salário-educação, seja sob a Carta de 1969, seja sob a Constituição Federal de 
1988 e no regime da Lei 9.424/96. 
 
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca 
menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, 
da receita resultante de impostos, compreendida a 
proveniente de transferências, na manutenção e 
desenvolvimento do ensaio. 
 
§ 5º - O ensino fundamental público terá como 
fonte adicional de financiamento a contribuição 
social do salário-educação recolhida, pelas 
empresas, na forma da lei. 
 
• Classificam-se, ainda, como contribuições da espécie aquelas aludidas no 
artigo 240 da Constituição Federal, que estabelece ressalvou a cobrança, a 
par do disposto no artigo 195 da CF, das então existentes contribuições 
compulsórias dos empregadores sobre a folha de salários, destinadas às 
entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas 
ao sistema sindical. 
 
• São as chamadas contribuições destinadas a entidades privadas (Sistema 
"S"). Trata-se de tributo exigido de pessoas privadas (empregadores) 
relativamente a fatos distintos de atividade estatal, destinados a entidades 
privadas (SENAI, SESI, SESC, SENAC, SENAR, SEST, SENAT, etc) 
 
Art. 240. Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 as atuais contribuições compulsórias 
dos empregadores sobre a folha de salários, destinadas às entidades privadas de serviço 
social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm#art1
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
20 
• Empresas prestadoras de serviços e de consultoria, como por exemplo, as 
Bancas Jurídicas, estão vinculadas ao SESC e SENAC, desde que 
comprovem não estarem vinculadas a outro serviço social prestado aos 
trabalhadores do segmento econômico, conforme a Súmula 499 do STJ: 
"As empresas prestadoras de serviços estão sujeitas às contribuições 
ao Sesc e Senac, salvo se integradas noutro serviço social". 
 
• Contribuições Sociais Gerais da Lei Complementar nº 110/2001. 
Contribuições destinadas a complementar a atualização monetária a que 
tinham os trabalhadores em razão dos expurgos inflacionários das contas 
vinculadas do FGTS, referentes aos planos econômicos Collor, Bresser e 
Verão 
 
OBS: O FGTS não tem natureza tributária. Posicionamento 
jurisprudencial do STF RE 120.189. 
 
6.3.2. Contribuições Sociais de Seguridade Social 
 
• Art. 195 da CF. 
 
Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, 
nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: 
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, 
incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer 
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Incluído 
pela Emenda Constitucional nº 20, de1998) 
b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
c) o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo 
contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência 
social de que trata o art. 201; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 
1998) 
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. 
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
§ 1º - As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade 
social constarão dos respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União. 
§ 2º - A proposta de orçamento da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos 
órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art195iv
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
21 
metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a 
gestão de seus recursos. 
§ 3º - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em 
lei, não poderá contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos 
fiscais ou creditícios. 
§ 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou 
expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. 
§ 5º - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou 
estendido sem a correspondente fonte de custeio total. 
§ 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos 
noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes 
aplicando o disposto no art. 150, III, "b". 
§ 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de 
assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. 
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como 
os respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem 
empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma 
alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos 
termos da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste artigo poderão ter alíquotas 
ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de 
mão-de-obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) 
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de saúde e 
ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos 
Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
§ 11. É vedada a concessão de remissão ou anistia das contribuições sociais de que tratam os 
incisos I, a, e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei 
complementar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
§ 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições 
incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
§ 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou 
parcial, da contribuição incidente na forma do inciso I, a, pela incidente sobre a receita ou o 
faturamento. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 
 
• Do empregador: art. 195, I: 
 
• Contribuição do Pró-labore, Autônomos, 
Administradores e Avulsos, art. 195, I, a 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195§8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195§8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195§8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195§8
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art195§12
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art195§12
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc42.htm#art195§12
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
22 
• Contribuição sobre Folha de Salários, art. 195, I, a 
 
• Contribuição ao PIS, Art. 195, I, b 
 
• Contribuição ao PIS na importação de mercadorias 
e produtos: art. 195, IV 
 
• Contribuição ao COFINS: art. 195, I, b 
 
• COFINS na importação de mercadorias e produtos: 
art. 195, IV 
 
• CSLL – Contribuição sobre o Lucro: art. 195, I, c 
 
• SAT: Art. 7º, Inciso XXVIII, art. 201, I c.c. o §10 
do art. 201, todos da CF 
 
 
 
 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
• 
 
 
 
 
 
 
 
• 
 
• Estabelece ainda o § 8° do artigo 195 da 
Constituição Federal a contribuição social para a 
seguridade social devida pelo produtor, parceiro, 
meeiro ou arrendatário rural, bem como o pescador 
 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além 
de outros que visem à melhoria de sua condição social: 
 
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do 
empregador, sem excluir a indenização a que este está 
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; 
 
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma 
de regime geral, de caráter contributivo e de filiação 
obrigatória, observados critérios que preservem o 
equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da 
lei: 
 
I- cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e 
idade avançada. 
 
C.C. 
 
Art. 201 § 10 – Lei determinará a cobertura do risco de 
acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo 
regime geral de previdência social e pelo setor privado. 
 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
23 
artesanal e respectivos cônjuges, que exerçam suas 
atividades em regime de economia familiar, sem 
empregados permanentes, cobrada mediante a 
aplicação de uma alíquota sobre o resultado da 
comercialização da respectiva produção. 
 
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e o pescador artesanal, bem como os 
respectivos cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, sem 
empregados permanentes, contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma 
alíquota sobre o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos da 
lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) 
 
• Do empregado: art. 195, II. Descontada 
diretamente em folha, conforme o salário e dos 
demais segurados da previdência social, não 
incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão 
concedidas pelo regime geral de previdência social 
de que trata o art. 201. 
 
9.4. Contribuição e Intervenção no Domínio Econômico – 
 CIDE 
 
• Tributo eminentemente de caráter extrafiscal, ondea União exerce o seu 
papel de interferência na economia, regulando o mercado, influindo na 
oferta de bens e de sua demanda, conforme as normas de direito 
econômico e concorrencial previstos na CF de 88. 
 
• A instituição de contribuição de intervenção é possível quando ocorra: 
 
(i) efetiva intervenção do Estado no domínio econômico, nos limites das 
possibilidades constitucionalmente previstas para tanto; 
 
(ii) em atividade originariamente reservada ao setor privado ou que tenha a 
este sido transferida por autorização, concessão ou permissão; 
 
(iii) e que cause um gasto excepcional do Estado ou benefício especial a 
determinado grupo de indivíduos, componentes do setor objeto da 
intervenção efetuada. 
 
• Sem estabelecer as respectivas hipóteses de incidência possíveis e, bem 
assim, os aspectos a elas inerentes, o mencionado dispositivo deixa "em 
aberto" ao legislador infraconstitucional a possibilidade de estabelecer o 
aspecto material das CIDEs que vierem a ser criadas, estabelecendo 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art195§8
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
24 
restrição apenas quanto à observância do disposto nos artigos 146, III e 
150, I e III, da Magna Carta. 
 
• Apenas o § 2.º do art. 149, introduzido pela Emenda Constitucional 
33/2001, restringiu em certa medida a esfera de alcance para a instituição 
dessa exação pela União, eis que, antes de seu advento detinha a União, 
nesse campo, verdadeira "carta em branco", com possibilidades quase 
ilimitadas para a criação das CIDEs, a vista da textura aberta dos termos e 
expressões encontrados no referido artigo 149 da CF. 
 
• A base de cálculo da CIDE pode ser o faturamento, a receita bruta ou o 
valor da operação, ou ainda, no caso de importação o valor aduaneiro. 
 
• A CIDE pode incidir sobre as importações de produtos e serviços, 
conforme o inciso II, do § 2º, do art. 149. 
 
• Vedação ao legislador federal para instituir a CIDE no tocante às 
competências privativas dos Estados-membros, Distrito Federal e 
Municípios, eis que não podem tributar as hipóteses de incidência 
específicas aos respectivos entes políticos. 
 
• Contribuição do IAA. Exemplo histórico. 
 
• CIDE Combustíveis: Lei nº 10.336/01. Incidente sobre a importação ou 
comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados 
e álcool combustível, cuja finalidade é: a) subsidiar preços e transporte de 
álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo; 
b) financiar projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo 
e do gás e c) financiar programas de infraestrutura de transportes. 
 
• Contribuição do Sebrae. Jurisprudência do STF Recurso Extraordinário 
nº. 396.266. 
 
• CIDE de Transferência de Tecnologia: Lei nº. 10.168 de 30.12.2000. 
Com a finalidade de estimular o desenvolvimento tecnológico brasileiro, 
mediante programas de pesquisa científica e tecnológica cooperativa 
entre universidades, centros de pesquisa e o setor produtivo. É 
incidente sobre os valores pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas 
remetidos a cada mês, a residentes ou domiciliados no exterior, a título de 
remuneração decorrente de licença de uso ou adquirente de 
conhecimentos tecnológicos, bem como de contratos que envolvam 
transferência de tecnologia. 
 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
25 
• O Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante, devido 
pelos usuários dos serviços de transporte marítimo, que tem a finalidade 
de atender ao encargo de intervenção da União no apoio ao 
desenvolvimento da marinha mercante e da indústria de construção e 
reparação naval brasileira, cuja hipótese de incidência é a operação de 
descarregamento da embarcação em porto brasileiro. 
 
• Contribuição ao INCRA, devida pelas empresas privadas, sob percentual 
incidente sobre folha de salários, destinada a promoção da reforma agrária 
e de colonização. Súmula nº 516 do STJ: a contribuição de intervenção 
no domínio econômico para o INCRA, devida pelos empregadores 
rurais e urbanos, não foi extinta pelas Leis n.s 7.787/1989, 8.212/1991 e 
8.213/1991, não podendo ser compensada com a Contribuição ao INSS. 
 
9.5. Contribuição no interesse de categorias profissionais ou 
econômicas – CICP 
 
• São tributos de competência exclusiva da União Federal, regulados pela 
Lei nº 12.514/2011, que destinam-se a custear as pessoas jurídicas de 
direito público ou privado que têm por escopo fiscalizar e regular o 
exercício de determinadas profissões previstas em Lei, bem como 
representar, coletiva ou individualmente, categorias profissionais dos 
trabalhadores ou econômicas dos empregadores, defendendo seus 
interesses. 
 
• São exemplos destas espécies as contribuições que os advogados pagam à 
Ordem dos Advogados do Brasil, as contribuições que os médicos pagam 
ao Conselho Regional de Medicina, as contribuições que os contabilistas 
pagam ao Conselho Regional de Contabilidade, além de outras com iguais 
características. 
 
• É elemento essencial, nesta espécie de contribuição, identificar a 
existência de um grupo profissional, em relação ao qual a finalidade 
constitucional autorizadora da instituição da contribuição se relaciona, 
notadamente o interesse público a regulação e disciplina das profissões 
estabelecidas em Lei. 
 
• Se não há um grupo profissional ao qual a finalidade se refira, faltará um 
elemento do modelo constitucional das contribuições. 
 
• O sujeito passivo deve participar efetivamente de uma categoria 
profissional, que se submete ao controle, registro e fiscalização das 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
26 
entidades reguladoras, pessoas jurídicas de direito público (autarquias), na 
condição de arrecadadores do tributo 
 
• Neste sentido é interessante destacar a posição de Américo Lacombe, 
citado por José Maurício Conti, segundo a qual os Conselhos e Ordens 
fiscalizadoras do exercício das diversas profissões, nada mais são do que 
autarquias criadas pela União, com a finalidade precípua de exercer poder 
de polícia mediante a fiscalização das diversas profissões, concluindo-se, 
daí, que os valores das anuidades exigidas pelas mencionadas autarquias 
nada mais são do que taxas de polícia. 
 
• Entendimento semelhante esposa Roque Carrazza, citado por José 
Eduardo Soares de Melo, que observa que os Conselhos profissionais 
praticam atos de polícia, já que deliberam sobre inscrições em seus 
quadros, decidem sobre assuntos relacionados à ética profissional, 
aplicam penalidades, aferem a habilitação profissional, todas estas 
atividades caracterizadoras de autêntico poder estatal de polícia, razão 
pela qual teriam ditas contribuições a natureza de taxa de polícia. 
 
• A seu turno temos, como subespécie dessa contribuição a Contribuição 
Sindical (Patronal e dos Tabalhadores), com fundamento no Art. 8º, 
Inciso IV da Constituição Federal, c.c. o art. 578 a 610 da CLT. 
 
• Essa contribuição era recolhida anualmente, equivalente a um dia de 
trabalho para os empregados, impondo aos empregadores o dever de retê-
las dos seus empregados e repassar o montante a Caixa Econômica 
Federal, independentemente de sua filiação ao Sindicato de sua categoria. 
 
• Com efeito, com a reforma da CLT, promovida pela Lei nº 13.467/2017, 
restou estabelecido a facultatividade da cobrança da contribuição sindical, 
a depender da manifestação de vontade do trabalhador de querer filiar-se 
ao sindicato. 
 
• O Supremo Tribunal Federal na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 
5794 declarou a constitucionalidade da referida alteração da legislação 
trabalhista, concluindo que não se pode admitir que a contribuição 
sindical seja imposta a trabalhadores e empregadores quando a 
Constituição determina que ninguém é obrigado a se filiar ou a se manter 
filiado a uma entidade sindical. Além disso, os Ministros do STF 
concordaram que ofim da obrigatoriedade da contribuição sindical não 
ofende a Constituição. 
 
Professor Doutor Flávio Galvão 
 
 
27 
• Com esta decisão do STF cremos que a contribuição sindical não mais 
se compadece da natureza jurídica de tributo, tal qual a contribuição 
confederativa, pois a necessidade de manifestação de vontade do 
trabalhador exclui a perspectiva de enquadramento ao art. 3º, do 
CTN. 
 
• Por outro lado, a Contribuição Confederativa, prevista no Art. 8º, inciso 
IV, da CF, não é tributo, pois depende da vontade do trabalhador se filiar 
ao Sindicato de sua categoria, que a paga para a manutenção do sistema 
confederativo de representação de sua categoria. 
 
• Súmula nº 666 do STF e Súmula Vinculante nº 40 do STF: A 
contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição 
Federal, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo. 
 
 
Art. 578 - As contribuições devidas aos Sindicatos pelos que participem das categorias econômicas 
ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas entidades serão, sob a 
denominação do "imposto sindical", pagas, recolhidas e aplicadas na forma estabelecida neste 
Capítulo. (Vide Decreto-Lei nº 229, de 1967) (Vide Lei nº 11.648, de 2008) 
 
Art. 579 - A contribuição sindical é devida por todos aqueles que participarem de uma determinada 
categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do sindicato representativo 
da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 
591. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967) (Vide Lei nº 11.648, de 2008) 
 
 
9.6. Contribuição de iluminação pública: art. 149-A da CF. 
 
Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal 
poderão instituir contribuição, na forma das 
respectivas leis, para o custeio do serviço de 
iluminação pública, observado o disposto no art. 
150, I e III. 
 
Lei Municipal nº. 13.479 de 30.12.02 e Decreto Municipal nº. 43.143/03 
 
Histórico Jurisprudencial. Súmula 670 do STF: O serviço de iluminação 
pública não pode ser remunerado mediante taxa. 
 
Aplicação dos princípios constitucionais da legalidade, irretroatividade e 
anterioridade, este por seu turno, dentro do critério geral, obedecendo-se a 
anterioridade anual e nonagesimal. 
 
Constitucionalidade chancelada pelo STF, com repercussão geral no RE 
573.675. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0229.htm#art35v
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0229.htm#art35v
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11648.htm#art7
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0229.htm#art579
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11648.htm#art7

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