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DIREITO PENAL - CASO CONCRETO 5 Respondido

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Direito Penal II 
Aluna: Elaine Cristina Santos de Souza 
Matrícula: 201307057128 
 
SEMANA 5 – Caso Concreto 1 
 
 
1) Toni e Chris foram condenados como incursos nas sanções do artigo 121, caput, (réu Chris) e 
artigo 121, § 2º, I, (réu Toni), na forma do artigo 29, todos do Código Penal. Chris foi condenada à 
pena de 07 (sete) anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicial semiaberto, e Toni, à pena 
de 13 (treze) anos e 07 (sete) meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicial fechado pela 
prática de homicídio qualificado pelo motivo torpe. Inconformados com a pena fixada pelo 
Conselho de Sentença interpõem recurso de apelação por intermédio de seus advogados com 
vistas à reforma da sentença e a realização de novo julgamento pelo Tribunal do Júri ou à 
readequação da pena imposta com base no art. 593, III, alíneas “b”, “c” e “d”, do Código de 
Processo Penal (fl. XX). 
Sustenta a defesa, em suas razões, em relação ao réu Toni (fl. XY) que houve equívoco do juízo 
no que tange à aplicação da pena, havendo erro e injustiça quando da fixação da reprimenda. 
Alega que a pena-base foi fixada acima do devido, sendo as circunstâncias e consequências 
normais e inerentes ao tipo penal, não se mostrando fatores a considerar para aumentar a pena-
base. Acrescenta que a vítima contribuiu para a ocorrência do crime, devendo a pena-base ser 
fixada no mínimo legal. Aduz, com base no artigo 593, III, “d”, do CPP, que a decisão dos jurados 
é manifestamente contrária à prova produzida nos autos, devendo ser realizado novo júri. Requer 
o provimento da apelação, para reconhecer que a decisão dos jurados é manifestamente 
contrária à prova dos autos (artigo 593, III, “d”, do CPP) ou que seja provido o apelo, com base no 
artigo 593, III, “a”, “b” e “c”, do CPP. Ante o exposto, responda às questões apresentadas de 
forma objetiva e fundamentada a partir dos estudos realizados sobre individualização de pena: 
a) A tese defensiva deve prosperar no que concerne à fixação da pena-base acima do mínimo 
legal? 
R: A tese defensiva deve prosperar, tendo em vista que as circunstâncias que já integram o tipo 
penal não podem servir, de igual forma, para agravar a reprimenda além do mínimo legal, sob 
pena de “bis in idem”. É que, como se sabe, se determinada circunstância é inerente a o tipo 
penal ela já foi considerada pelo legislador quando tal crime foi criado, não podendo novamente 
ser considerada na dosimetria. 
 
b) A qualificadora motivo torpe, prevista no §2, inciso I do art.121, do Código Penal foi utilizada 
pelo magistrado em qual momento do sistema trifásico de aplicação de pena? 
R: Como o texto do problema nada menciona a respeito da segunda fase (agravante e atenuante) 
e da terceira fase (causas de aumento e de diminuição), a qualificadora do motivo torpe foi 
considerada pelo magistrado, de forma errônea, na primeira fase da do sistema trifásico de 
aplicação da pena. Isso pode ser verificado na seguinte passagem: "Alega que a pena-base" - 
Pena-base é aquela verificada na primeira fase, quando se começa a dosimetria. 
 
c) Diferencie qualificadora de causa aumento de pena. 
R: Qualificadora é aquela que altera o patamar da pena base. No crime de homicídio, por 
exemplo, a pena base é de 6 a 20 anos. Quando o homicídio (art. 121, CP) é qualificado (por 
motivo fútil, à traição, com uso de veneno, fogo, asfixia etc.) a pena base muda e pula para 12 a 
30 anos. Isto é uma qualificadora (e normalmente, se não todas as vezes, está explícito no 
Código que aquelas disposições são qualificadoras). A causa de aumento é utilizada, após já 
fixada a pena base, para incrementar a punição. Os limites da pena base já foram estabelecidos, 
o que se faz é utilizá-los para, com um cálculo simples, majorar a pena. Esse é o caso, por 
exemplo, do roubo (art. 157, CP) praticado com arma de fogo (art. 157, inciso I). Não se pode 
chamar de roubo qualificado, uma vez que o uso de arma de fogo é uma causa de aumento. 
 
2) (OAB. EXAME DE ORDEM UNIFICADO JULHO/2011. TIPO 1 . BRANCO. QUESTÃO 63) Em 
relação ao cálculo da pena, é correto afirmar que: 
a) a análise da reincidência precede à verificação dos maus antecedentes, e eventual 
acréscimo de pena com base na reincidência deve ser posterior à redução pela 
participação de menor importância. 
X b) é defeso ao juiz fixar a pena intermediária em patamar acima do máximo previsto, ainda 
que haja circunstância agravante a ser considerada. 
c) o acréscimo de pena pela embriaguez preordenada deve se feito posteriormente à 
redução pela confissão espontânea. 
d) é possível que o juiz, analisando as circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal, 
fixe pena-base em patamar acima do máximo previsto.

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