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2.3 David Hume e a psicologia TRABALHO

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David Hume 
Tema: Com este texto estudaremos a epistemologia de 
David Hume contida em seu livro Tratado sobre a Natureza 
Humana. 
Importância: O profundo pensamento humeano 
influenciou tanto seus contemporâneos, como os pensadores 
posteriores, portanto a relevância de nossa análise desde já 
se encontra justificada. 
Objetivo: Desejamos analisar a perspectiva cética deste 
pensador, que é considerada um das mais corrosivas do 
pensamento ocidental. 
Metodologia: Na busca do entendimento das reflexões 
de David Hume utilizamos a pesquisa bibliográfica, a partir de 
sua opus major. 
Num primeiro momento apresentaremos sua 
biobiliografia; a partir destes dados iniciais indicaremos sua 
posição no pensamento filosófico; por fim analisaremos seu 
Tratado sobre a Natureza Humana, a fim de indicarmos os 
pontos principais deste livro, que ainda recai sobre as 
verdades como um pesadelo constante. 
 
 
David Hume pode ser caracterizado como empirista 
(no que diz respeito à origem do conhecimento); cético 
(quando se trata da metafísica) utilitarista (com relação à 
moral e à política): 
 
“com a idade de 26 anos, chocou toda a cristandade 
com seu altamente herético Tratado sobre a natureza 
Humana – um dos clássicos e uma das maravilhas da filosofia 
moderna. Só conhecemos a mente, disse Hume, como 
conhecemos a matéria: pela percepção, embora nesse caso 
ela seja interna. Nunca percebemos qualquer entidade como 
a ‘mente’; percebemos meramente ideias, memórias, 
sentimentos, etc., separados. A mente não é uma substância, 
um órgão que tenha ideias; trata-se apenas de um nome 
abstrato para a série de ideias, as percepções, memórias e 
sentimentos são a mente; não existe uma ‘alma’ observável 
por detrás dos processos de pensamento.”1 
 
Para David Hume a epistemologia é um conhecimento 
abstrato, o qual nenhum homem sóbrio pode crer. 
 
David Hume identifica dois tipos de percepções: 
impressões; ideias (pensamentos). Aquelas são “percepções 
mais vivas”, as quais nos dão o conhecimento por intermédio 
dos sentidos, por esse motivo são mais intensas que as 
ideias. Enquanto que as ideias são representações das 
impressões no pensamento: o termo ideia utilizado por ele 
não tem o mesmo significado que em John Locke, pois para 
ele as ideias dependem tanto das experiências, como dos 
sentidos. O pensamento não é uma atividade ilimitada, uma 
vez que se limita à combinação dos dados adquiridos pelas 
sensações externas ou internas. Deste modo, podemos ver 
que todas as nossas ideias são frutos de experiências 
anteriores. 
Ao fazer a divisão conhecimento, em impressões e 
ideias, possibilitou o surgimento de um empirismo radical, 
porque introduz um critério, para decidir sobre a verdade das 
nossas ideias: para uma ideia ser verdadeira deve 
 
1 DURANT, Will. A História da Filosofia. São Paulo: Nova Cultural, 2000, pp. 
248-9. 
corresponder a alguma impressão, portanto, o limite do nosso 
conhecimento são impressões. 
 
 
Seção III 
Da associação das ideias 
As ideias se conectam por: semelhança; contiguidade; 
causa e efeito. São eles os laços que unem os pensamentos e 
originam as reflexões ou discursos. 
 
Seção IV 
Dúvidas céticas sobre as operações do 
entendimento 
Hume distingue os objetos da Razão ou da investigação 
humanas em duas relações: de ideias; de fatos. 
Não é necessário lembrar que essa diferenciação nos 
remete à classificação elaborada por Leibniz: verdades de 
razão e verdades de fato. 
Quanto ao primeiro tipo de conhecimento ele é 
independente dos fatos, por exemplo, os conhecimentos da 
lógica e da matemática. As relações que há entre essas ideias 
são formuladas em proposições analíticas e necessárias. 
Suas afirmações são intuitiva e demonstrativamente corretas, 
por exemplo, dois mais dois igual a quatro. Elas são 
operações do intelecto e não se referem a nada empírico. 
O conhecimento de fatos se justifica na experiência, nas 
impressões. As suas proposições não são 
demonstrativamente falsas. Seus raciocínios fundam-se na 
relação de causa e efeito: “Ousarei afirmar, como proposição 
geral, que não admite exceção, que o conhecimento desta 
relação não se obtém, em nenhum caso, por raciocínios a 
priori, porém nasce inteiramente da experiência quando 
vemos que quaisquer objetos particulares estão 
constantemente conjuntados entre si.”2 
Os objetos não trazem nas suas qualidades, que se 
apresentam aos sentidos, as causas e/ou os efeitos possíveis. 
O mesmo ocorre com a Razão caso ele não seja 
acompanhada de experiências. 
A relação de causa e efeito não é dada pela Razão, mas 
pela experiência: “não temos dificuldade em atribuir todo 
nosso conhecimento à experiência.”3 
Por mais que o espírito investigue minuciosamente ele 
não conseguirá determinar a partir do efeito sua causa, 
porque o efeito é diferente da causa. A única possibilidade 
seria por intermédio da experiência e da observação. 
Na segunda parte desta seção encontramos a 
classificação dos tipos de raciocínios: demonstrativos; morais. 
Estes tratam das questões de existências e de fatos, ao passo 
que aqueles nos remetem às relações de ideias. 
 
 
2 HUME, D.. Investigação Acerca do Entendimento Humano. São Paulo: 
Nova Cultural, 1999, pp. 49-50. 
3 HUME, D.. Investigação Acerca do Entendimento Humano. São Paulo: 
Nova Cultural, 1999, p. 50. 
Seção IV 
Solução cética destas dúvidas 
Primeira parte 
“Os acadêmicos [céticos] falam sempre da dúvida e da 
suspensão do juízo, do risco das resoluções apressadas, em 
confinar as investigações do entendimento a estreitos limites e 
em renunciar a todas as especulações que transbordam as 
fronteiras da vida e da prática cotidianas.”4 
Hume fica admirado com todas acusações contra o 
ceticismo, pois ela é inofensiva. Talvez, diz ele, seja esse o 
motivo de tanto ódio a ponto de acusá-la de libertina e 
irreligiosa. 
A preocupação do ceticismo se limita às investigações 
diárias. Nos raciocínios céticos não se apoia em argumentos 
do entendimento, mas tão somente na experiência. 
O raciocínio não é capaz de identificar uma relação de 
causa e efeito: não se pode deduzir que um evento seja causa 
e outro efeito simplesmente, porque um antecede o outro. 
Essa relação encontrada pelo raciocínio nada mais é 
que um costume ou hábito: “o costume é o último princípio 
que podemos assinalar em todas as nossas conclusões 
derivadas da experiência. [...] o costume nos determina a 
esperar um devido ao aparecimento do outro. [...] Portanto, 
todas as inferências tiradas da experiência são efeitos do 
costume e não do raciocínio.”5 
Desse modo Hume nos leva a concluir que um 
raciocínio que não seja pautado pela experiência é apenas 
hipotético e que é um conhecimento sem fundamento. 
 
4 HUME, D.. Investigação Acerca do Entendimento Humano. São Paulo: 
Nova Cultural, 1999, p. 59. 
5 HUME, D.. Investigação Acerca do Entendimento Humano. São Paulo: 
Nova Cultural, 1999, pp. 61-62. 
A reflexão humeana reduz, em primeiro lugar, o 
conhecimento às impressões atuais. Em segundo a 
recordação nada mais seria do que impressões passadas. Por 
fim o conhecimento do futuro seria impossível, uma vez que 
não é possível ter impressões do futuro. 
 
Segunda parte 
Nessa parte Hume distingue a ficção da crença. A 
diferença ocorre em um sentimento localizado à crença. Essa 
é mais viva que a imaginação: “é qualquer coisa sentida pelo 
espírito, que distingue as ideiasdos juízos das ficções da 
imaginação.”6 
A origem da relação de causa e efeito depende por 
completo da experiência e do hábito e não da Razão. 
 
 
6 HUME, D.. Investigação Acerca do Entendimento Humano. São Paulo: 
Nova Cultural, 1999, p. 67. 
Seção VI 
Da probabilidade 
Hume admite que não há acaso no mundo, entretanto a 
ignorância a respeito da causa de um evento origina essa 
crença. 
“Como o costume nos determina a transferir o passado 
para o futuro em todas as nossas inferências, esperamos – se 
o passado tem sido inteiramente regular e uniforme – o 
mesmo evento com a máxima segurança e não toleramos 
qualquer suposição contrária.”7 
 
Seção VII 
Da Ideia de Conexão Necessária 
Primeira parte 
David Hume inicia essa parte afirmando que a diferença 
básica entre as ciências matemáticas e morais se encontra na 
clareza e distinção daquelas. Não obstante, essa vantagem 
termina aí, porque a cadeia de raciocínios das matemáticas 
são mais longas do que as das ciências morais: “Portanto, o 
principal obstáculo para o nosso aperfeiçoamento nas 
ciências morais ou metafísicas consiste na obscuridade das 
ideias e na ambiguidade dos termos. A principal dificuldade 
nas matemáticas refere-se à extensão das inferências e do 
pensamento necessário para formular qualquer conclusão.”8 
Ele admite que as “ideias são cópias de impressões”. As 
ideias complexas nada mais são do que enumerações de 
ideias simples. 
Ao observarmos um único caso de causa e efeito não 
 
7 HUME, D.. Investigação Acerca do Entendimento Humano. São Paulo: 
Nova Cultural, 1999, p. 73. 
8 HUME, D.. Investigação Acerca do Entendimento Humano. São Paulo: 
Nova Cultural, 1999, p. 75. 
podemos descobrir uma conexão necessária. Assim, os 
objetos externos não são capazes de nos fornecer essa 
conexão a partir de um só caso. 
David Hume chama atenção para o fato de que muitos 
filósofos recorrem ao mesmo argumento do vulgo ao aceitar o 
espírito ou a inteligência como causa do que ocorre na 
natureza: pretendem que tudo tenha como causa um Ser 
Supremo. 
 
Segunda parte 
Depois de todo o arrazoado anterior David Hume 
concluiu que na natureza não encontramos uma caso sequer 
no qual possamos, por intermédio da Razão, fazer uma 
conexão possível, portanto, a ideia de conexão não significa 
nada. 
Ao encontrarmos uma conexão entre uma causa e um 
efeito devemos ter claro que ela existe apenas em nosso 
pensamento. Ele define causa “como um objeto seguido por 
outro, de tal forma que todos os objetos semelhantes ao 
primeiro são seguidos de objetos semelhantes aos 
segundos.”9 
Resumindo essa segunda seção ele diz que “toda ideia 
é copiada de uma impressão ou de uma sensação 
precedentes.”10 Caso não possamos identificar a impressão, 
então, podemos concluir que a ideia não existe. 
 
Seção VIII 
Da Liberdade e da Necessidade 
 
9 HUME, D.. Investigação Acerca do Entendimento Humano. São Paulo: 
Nova Cultural, 1999, p. 86. 
10 HUME, D.. Investigação Acerca do Entendimento Humano. São Paulo: 
Nova Cultural, 1999, pp. 86-7. 
Primeira parte 
David Hume afirma que pretende mostrar que a respeito 
das doutrinas da necessidade e da liberdade a confusão se 
faz devido somente às palavras empregadas. 
A fim de termos uma concepção exata da necessidade é 
preciso analisar sua origem. Caso tudo mudasse 
constantemente na natureza seria impossível chegar à noção 
de necessidade: não seria possível ao homem conhecer a 
relação de causa e efeito. Portanto, a ideia de causa e efeito 
tem sua origem dos acontecimentos naturais, sendo, pois, o 
espírito determinado pelo costume de inferir o aparecimento 
de algo como tendo origem em outro elemento: “Além da 
conjunção constante de objetos semelhantes e da 
consequente inferência de um para o outro, não temos 
nenhuma ideia de qualquer necessidade ou conexão.”11 
Com relação aos filósofos ocorre que eles estabelecem 
a conexão necessária entre causa e efeito, entretanto quando 
essa não ocorre afirmam ser devido a uma “desconhecida 
oposição de causas contrárias.”12 
É um equívoco estudar a liberdade13 e a necessidade 
“examinando as faculdades da alma, a influência do 
entendimento e as operações da vontade.”14 É preciso 
começar por um ponto mais simples: analisar o corpo e a 
matéria bruta, a fim de saber se é possível tirar alguma ideia 
 
11 HUME, D.. Investigação Acerca do Entendimento Humano. São Paulo: 
Nova Cultural, 1999, p. 90. 
12 HUME, D.. Investigação Acerca do Entendimento Humano. São Paulo: 
Nova Cultural, 1999, p. 94. 
13 “um poder de agir ou não agir segundo as determinações da vontade; 
[...].” In HUME, D.. Investigação Acerca do Entendimento Humano. São 
Paulo: Nova Cultural, 1999, p. 100. 
14 HUME, D.. Investigação Acerca do Entendimento Humano. São Paulo: 
Nova Cultural, 1999, p. 98. 
de causalidade e necessidade. 
A liberdade se opondo à necessidade é sinônimo de 
acaso, o qual todos estão de acordo: não existe. 
 
Segunda parte 
A necessidade é definida por David Hume de duas 
maneiras: “ou na conjunção constante de objetos 
semelhantes, ou na inferência que faz o entendimento de um 
objeto a outro.”15 
 
Seção IX 
Da Razão dos Animais 
“Se as causas são inteiramente semelhantes, a analogia 
é perfeita e a inferência, tirada delas, é considerada segura e 
conclusiva; [...].”16 
 
 
15 HUME, D.. Investigação Acerca do Entendimento Humano. São Paulo: 
Nova Cultural, 1999, p. 101. 
16 HUME, D.. Investigação Acerca do Entendimento Humano. São Paulo: 
Nova Cultural, 1999, p. 106.

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