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21/04/2023 13:01 Unicesumar - Ensino a Distância about:blank 1/10 ATIVIDADE 2 - FIL - CONHECIMENTO FILOSÓFICO E A MODERNIDADE - 51/2023 Período:10/04/2023 08:00 a 28/04/2023 23:59 (Horário de Brasília) Status:ABERTO Nota máxima:0,50 Gabarito:Gabarito será liberado no dia 29/04/2023 00:00 (Horário de Brasília) Nota obtida: 1ª QUESTÃO Para Locke, a propriedade privada já existe no estado de natureza. O homem era naturalmente livre e proprietário de sua pessoa e de seu trabalho. Como a terra dada por Deus em comum a todos os homens, ao incorporar seu trabalho à matéria bruta que se encontrava em estado natural o homem tornava-a sua propriedade privada, estabelecendo sobre ela um direito próprio do qual estavam excluídos todos os homens. MELLO, L. I. A. John Locke e o individualismo liberal. In WEFFORT, F. (org) Os clássicos da política. Vol. Editora Ática, são Paulo 2003. De acordo com o texto apresentado e seus estudos sobre a concepção de propriedade e Estado no pensamento de John Locke, analise as afirmativas a seguir. I. A propriedade privada, para Locke, pode ser entendida como um direito natural, que deveria ser assegurado a todos os indivíduos por meio do trabalho. II. A defesa da propriedade privada é parte essencial da criação do Estado, a preservação da propriedade de cada indivíduos, garante os direitos e a liberdade de todas as pessoas. III. A ideia de estado social, para Locke, passa por compreender o Estado como detentor de todo o poder, aquele que decide quem pode ou não ser livre, assim como em uma monarquia absolutista. É correto o que se afirma em: ALTERNATIVAS I, apenas. III, apenas. I e II, apenas. II e III, apenas. I, II e III. 2ª QUESTÃO 21/04/2023 13:01 Unicesumar - Ensino a Distância about:blank 2/10 Em segundo lugar, a outra fonte a partir da qual a experiência provê de ideias o entendimento é a percepção das operações interiores da nossa própria mente enquanto se debruça sobre as ideias que recebeu. Essas operações, quando a alma sobre elas reflete e as considera, abastecem o entendimento de uma outra série de ideias que não se poderiam receber das coisas exteriores. Tais são as de percepção, pensar, duvidar, acreditar, raciocinar, conhecer, querer e de todas as diversas ações do nosso próprio espírito, as quais - posto que delas temos consciência e as podemos observar em nós mesmos - recebemos no nosso entendimento tão distintamente como as que temos dos corpos que impressionam os nossos sentidos. Todo o homem possui totalmente em si mesmo esta fonte de ideias e, ainda que ela não seja um sentido por nada ter que ver com objectos externos, assemelha-se-lhe muito, todavia, e pode com propriedade ser chamada sentido interno. Mas, como à outra fonte das ideias chamo sensação, a esta denomino REFLEXÃO, porque por seu intermédio a mente só recebe as ideias que adquire ao refletir sobre as próprias operações internas. Portanto, na continuação deste discurso, quero que se entenda por reflexão o conhecimento que a alma adquire das suas próprias operações e respectivos modos, pelos quais o entendimento chega a ter ideias acerca de tais operações. Estas duas fontes, isto é, as coisas externas materiais, como objectos de SENSAÇÃO, e as operações internas da nossa mente, como objectos da REFLEXÃO, são, para mim, os únicos princípios de onde todas as nossas ideias originariamente procedem. Aqui emprego o termo operações num sentido lato, de modo que compreende não só as ações da mente em relação às suas ideias, mas também um certo tipo de paixões que, por vezes, delas procedem, tais como a satisfação ou inquietação que qualquer pensamento possa provocar. Fonte: LOCKE, J. Ensaio Sobre o Entendimento Humano. Tradução de Eduardo Abranches de Soveral. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2014, p. 107-108. Diante da afirmação, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas: I. Locke aplica uma teoria associacionista das ideias para explicar como o sujeito adquire ideias simples pela experiência externa, onde elas, por sua vez, podem ser elaboradas como ideias complexas pelo exercício da experiência interna. PORQUE II. Locke discorda da teoria inatista, apenas, em seu aspecto intelectual, sendo conivente com a mesma em sua esfera moral. ALTERNATIVAS As duas asserções estão corretas e são independentes. As duas asserções estão corretas, sendo que a primeira é a conclusão da segunda. A primeira afirmação está correta e a segunda está errada. Ambas declarações estão equivocadas. Somente a segunda afirmação está correta. 3ª QUESTÃO 21/04/2023 13:01 Unicesumar - Ensino a Distância about:blank 3/10 Texto 1 “Todo o nosso mundo moderno está preso na rede da cultura alexandrina e reconhece como ideal o homem teórico, equipado com as mais altas forças cognitivas, que trabalha a serviço da ciência, cujo protótipo e tronco ancestral é Sócrates. Todos os nossos meios educativos têm originalmente esse ideal em vista: qualquer outra existência precisa lutar penosamente para pôr-se à altura, como existência permitida e não como existência proposta. Em um sentido quase aterrador, durante longo tempo, o homem culto era encontrado aqui unicamente na forma do homem douto; mesmo as nossas artes poéticas tiveram de desenvolver-se a partir de imitações doutas e, no efeito capital da rima, reconhecemos ainda a gênese de nossa forma poética a partir de experimentos artificiais com uma linguagem não familiar, propriamente erudita”. Fonte: NIETZSCHE, F. O Nascimento da Tragédia. Tradução, notas e introdução de J. Guinsburg. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. p. 106. Texto 2 “A ciência foi promovida nos últimos séculos, em parte porque com ela e mediante ela se esperava compreender melhor a bondade e a sabedoria divinas — o motivo principal na alma dos grandes ingleses (como Newton) —, em parte porque se acreditava na absoluta utilidade do conhecimento sobretudo na íntima ligação moral, saber e felicidade — o motivo principal na alma dos grandes franceses (como Voltaire) —, em parte porque na ciência pensava-se ter e amar algo desinteressado inocente, no qual os impulsos maus dos homens não teriam participação — o motivo principal na alma de Spinoza, que, como homem de conhecimento, sentia-se divino: — graças a esses três erros, portanto”. Fonte: NIETZSCHE, F. A Gaia Ciência. Tradução, notas e introdução de Paulo Cézar de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p. 82. Com base no exposto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas: I. Para Nietzsche, a razão pode trazer prejuízos à compreensão da existência e em nossa maneira de vivenciá-la. PORQUE II. Destituindo a razão de seu trono, resta, apenas, o pensamento religioso como único guia válido ao ser humano. Este, assim, consegue suportar a existência. Assinale a alternativa correta: ALTERNATIVAS As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. As asserções I e II são falsas. 4ª QUESTÃO 21/04/2023 13:01 Unicesumar - Ensino a Distância about:blank 4/10 As 95 teses fixadas por Lutero na porta da igreja do Castelo de Wittenberg em 1517 são consideradas marco da eclosão da Reforma Protestante. Nelas, o monge agostiniano propôs mudanças em diversos pontos da doutrina católica, a realização dos ritos em idiomas populares, a hierarquia católica e a venda de indulgências são destacadas como denúncias centrais em seu protesto. De movimento religioso, a Reforma passou a ser um movimento político, resultando em profundas mudanças que extrapolaram o território germânico. Excomungado pelo Papa Leão X, em 1521, Lutero continuou sistematizando e divulgando suas propostas. NASCIMENTO, E. S. A reforma protestante e a educação pública: uma reflexão a partir do pensamento de Matinho Lutero.Paidéia: r. do cur. de ped.da Fac. de Ci. Hum., Soc. e da Saú, Univ. Fumec Belo Horizonte Ano 14 n. 21 p. 153-173 jan./jun. 2019. Disponível em: https://bityli.com/CzDvf. (Adaptado). De acordo com o texto e seus conhecimentos sobre a reforma protestante de Martinho Lutero, analise as afirmativas a seguir. I. O voto de castidade, a venda de indulgencias e as pregações em latim, foram sempre defendidas por Lutero. II. A fé, para Lutero, não residiria em nenhum templo, mas nas palavras e nos ensinamentos das escrituras sagradas. III. A teologia luterana entende que só as Escrituras seriam o ponto fundamental à fé, todos os seres humanos teriam a capacidade de interpreta-las. IV. O luteranismo acreditava que a palavra de Deus só poderia ser ensinada por meio do Latim, que era o idioma oficial da igreja para realização das pregações. É correto o que se afirma em: ALTERNATIVAS I e IV, apenas. II e III, apenas. III e IV, apenas. I, II e III, apenas. II, III e IV, apenas. 5ª QUESTÃO 21/04/2023 13:01 Unicesumar - Ensino a Distância about:blank 5/10 “Quisemos, portanto, dizer que toda a nossa intuição não é senão a representação de fenômeno: que as coisas intuímos não são em si mesmas tal qual as que intuímos nem que suas relações são em si mesmas constituídas do modo como nos aparecem e que, se suprimíssemos o nosso sujeito ou também apenas a constituição subjetiva dos sentidos em geral, em tal caso desapareceriam toda a constituição, todas as relações dos objetos no espaço e no tempo, e mesmo espaço e tempo. Todas essas coisas enquanto fenômenos não podem existir em si mesmas, mas somente em nós. O que há com os objetos em si e separados de toda esta receptividade da nossa sensibilidade, permanece-nos inteiramente desconhecido. Não conhecemos senão o nosso modo de percebê-los, o qual nos é peculiar e não tem que concernir necessariamente a todo ente, mas sim a todo homem. Temos a ver unicamente a priori, isto é, antes de toda percepção real, e chama-se por isso intuição pura; a última, porém, é o que em nosso conhecimento a faz chamar-se conhecimento a posteriori, isto é, intuição empírica. Aquelas inerem à nossa sensibilidade de modo absolutamente necessário, seja de que espécie forem nossas sensações; estas podem ser bem diversas. Mesmo se pudéssemos elevar essa nossa intuição ao grau supremo de clareza, com isso não nos aproximaríamos mais da natureza dos objetos em si mesmo. Com efeito, em todo caso conheceríamos inteiramente apenas o nosso modo de intuição, isto é, a nossa sensibilidade, e está sempre só sob as condições espaço e tempo originariamente inerentes ao sujeito: o que possam ser os objetos em si mesmos jamais se nos tornaria conhecido nem mesmo pelo conhecimento mais esclarecido do seu fenômeno, o qual unicamente nos é dado”. Fonte: KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura. Tradução de Valério Rohden e Udo Baldur Moonsburger. São Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 83-84. Seguindo a reflexão de Kant sobre a Doutrina da Estética Transcendental, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: ( ) A estética transcendental é fundamental para o projeto filosófico kantiano, pois, mesmo não gerando conceitos ao entendimento, ela contribui na universalização dos pressupostos, para intuir as representações dos fenômenos da coisa em si. ( ) Tanto o espaço quanto o tempo podem ser, objetivamente, delimitados pela simples observação do mundo e de nosso contato direto com o mesmo. ( ) A reflexão pura sobre as qualidades do espaço e do tempo geram juízos sintéticos a priori. ( ) A coisa em si é, plenamente, verificada pela intuição. ALTERNATIVAS V, V, F, F. F, V, F, V. V, V, V, F. F, F, F, V. V, F, V, F. 6ª QUESTÃO 21/04/2023 13:01 Unicesumar - Ensino a Distância about:blank 6/10 Leia o fragmento a seguir: “Todos os raciocínios referentes a questões de fato parecem fundar-se na relação de causa e efeito. É somente por meio dessa relação que podemos ir além da evidência de nossa memória e nossos sentidos. Se perguntássemos a um homem por que ele acredita em alguma afirmação factual acerca de algo que está ausente – por exemplo, que seu amigo acha-se no interior, ou na França –, ele nos apresentaria alguma razão, e essa razão seria algum outro fato, como uma carta recebida desse amigo ou o conhecimento de seus anteriores compromissos e resoluções. Um homem que encontre um relógio ou qualquer outra máquina em uma ilha deserta concluirá que homens estiveram anteriormente nessa ilha. Todos os nossos raciocínios relativos a fatos são da mesma natureza. E aqui se supõe invariavelmente que há uma conexão entre o fato presente e o fato que dele se infere. Se nada houvesse que os ligasse, a inferência seria completamente incerta. Por que a audição de uma voz articulada e de um discurso com sentido na escuridão nos assegura da presença de alguma pessoa? Porque esses são os efeitos da constituição e do feitio do ser humano, e estão intimamente conectados a ele. Se dissecarmos todos os outros raciocínios dessa natureza, descobriremos que eles se fundam na relação de causa e efeito, e que essa relação se apresenta como próxima ou remota, direta ou colateral. Calor e luz são efeitos colaterais do fogo, e um dos efeitos pode ser legitimamente inferido do outro." Fonte: HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano e sobre os princípios da moral. Tradução de José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Unesp, 2004. p. 54-55. Sobre o exposto, assinale a alternativa correta: ALTERNATIVAS No pensamento de David Hume, a razão humana não tem a primazia para poder predizer determinados fenômenos. Segundo o autor, não é relegado à crença e ao hábito a segurança, relativa, na predição de fenômenos da natureza. De acordo com Hume, o ser humano não consegue, em hipótese alguma, formar ideias de pura causalidade, até mesmo nas matemáticas. O hábito é a porta de entrada para que a razão possa efetivar relações causais nas ciências da natureza. O autor é favorável à concepção de que os sentidos e a razão humana podem compreender as qualidades primárias dos objetos dispostos na natureza. 7ª QUESTÃO 21/04/2023 13:01 Unicesumar - Ensino a Distância about:blank 7/10 “E, no que diz respeito às ideias das coisas corporais, não reconheço nelas nada de tão grande nem de tão excelente que não me pareça poder vir de mim mesmo; pois, se as considero de mais perto e se examino da mesma maneira que ontem examinava a ideia da cera, vejo que nela se encontra apenas muito pouca coisa que eu concebia clara e distintamente, a saber: a grandeza ou então a extensão em comprimento, largura e profundidade; a figura que é formada pelos termos e limites dessa extensão; a situação que os corpos diversamente figurados guardam entre si; e o movimento ou a mudança dessa situação, aos quais se podem acrescentar a substância, a duração e o número”. Fonte: DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. Tradução de Maria Ermantina de Almeida Prado Galvão. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005. p. 69. Aqui, verificamos como Descartes considera as ideias advindas da experiência como fonte de inúmeros equívocos. Assim, o autor elaborou sua teoria inatista, a fim de poder atingir a formulação de ideias claras e distintas que são realmente verdadeiras. Com base no exposto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas: I. Para responder tal questão, Descartes formulou sua teoria inatista, e ela afirma que essas ideias claras e distintas sempre estiveram consigo, que foram impressas em sua consciência pela experiencia da natureza. Para garantir a universalidade, a validade e universalidade delas, ele também afirma que tais ideias inatas forma impressas e são conservadas em sua alma por Deus. PORQUE II. É possível explicar como esses pensamentos se apresentam como válidos, verdadeiros e mais íntimos em seu espírito. Aqui, vemos como o inatismo se torna um pressuposto necessário para provar a concepção de que as ideias advindas dos sentidos são mais seguras que as ideias provenientes da razão. Assinale a alternativacorreta: ALTERNATIVAS As asserções I e II são verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. As asserções I e II são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. As asserções I e II são proposições falsas. 8ª QUESTÃO 21/04/2023 13:01 Unicesumar - Ensino a Distância about:blank 8/10 Na figura a seguir temos a escultura Pietà, obra de Michelangelo, ilustre artista do período renascentista: Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Michelangelo%27s_Piet%C3%A0_Saint_Peter%27s_Basilica_Vatican_City.jpg. Acesso em: 17 mar. 2023. Sobre as diversas influências do Renascimento na cultura ocidental, analise as afirmativas a seguir: I. Maquiavel é conhecido como um autor que apresentou uma nova perspectiva no campo da Filosofia Política, principalmente por meio da sua noção de que o regime político deveria cumprir um papel moralizador. II. Erasmo de Roterdã foi um teólogo que buscou revisar a visão cristã de seu período histórico, para isso incorporou a seus estudos o exame das línguas clássicas (latim, hebraico e grego antigo). III. Uma das grandes marcas dos pensadores renascentistas foi o sincretismo teórico, onde eram mesclados aspectos da doutrina cristã de sua época com os recém-descobertos escritos pagãos da cultura greco-romana clássica. IV. O Renascimento valorizava unicamente o modelo de ensino vigente na época, conhecido como Escolástica. É correto o que se afirma em: ALTERNATIVAS II e III, apenas. I, III e IV, apenas. III e IV, apenas. I e IV, apenas. II, III e IV, apenas. 9ª QUESTÃO 21/04/2023 13:01 Unicesumar - Ensino a Distância about:blank 9/10 Texto I “Depois, examinando atentamente o que eu era e vendo que podia fingir que não tenho nenhum corpo e que não havia nenhum mundo, nem lugar algum onde eu existisse, mas que nem por isso podia fingir que não existia; e que, pelo contrário, pelo próprio fato de eu pensar em duvidar da verdade das outras coisas, decorria muito evidentemente e muito certamente que eu existia; ao passo que, se apenas eu parasse de pensar, ainda que tudo o mais, ainda que tudo o mais que imaginara fosse verdadeiro, não teria razão alguma de acreditar que eu existisse; por isso reconheci que eu era uma substância, cuja única essência ou natureza é pensar, e que, para existir, não necessita de nenhum lugar nem depende de coisa alguma material. De sorte que este eu, isto é, a alma pela qual sou o que sou, é inteiramente distinta do corpo, e até mais fácil de conhecer que ele, e, mesmo se o corpo não existisse, ela não deixaria de ser tudo o que é." Fonte: DESCARTES, R. Discurso do Método. Tradução de Maria Ermantina de Almeida Prado Galvão. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 38-39. Texto II “Mas apresenta-se ainda outra via para investigar-se, entre as coisas cujas ideias tenho em mim, há algumas que existem fora de mim. A saber, se tais ideias são tomadas apenas na medida em que são de certas formas de pensar, não reconheço entre eles nenhuma diferença ou desigualdade, e todas parecem proceder de mim de uma mesma maneira; mas, considerando-se como imagens, das quais umas representam uma coisa e as outras uma outra, é evidente que são muito diferentes umas das outras. Pois, de fato, aqueles que me representam substâncias são, sem dúvida, algo a mais e contêm sem si (por assim falar) mais realidade objetiva, ou seja, participam por representações em mais graus de ser ou de perfeição do que as que me representam somente modos ou acidentes." Fonte: DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. Tradução de Maria Ermantina de Almeida Prado Galvão. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005. p. 65. Com base nas passagens de Descartes, assinale a alternativa correta: ALTERNATIVAS O inatismo é caracterizado como um postulado que atesta que podemos adquirir um conhecimento totalmente seguro a partir da experiência e da natureza. A corrente de pensamento que contempla o inatismo como elemento essencial para o conhecimento é o ceticismo. O inatismo consiste na concepção de que o conhecimento é impresso na alma, desde sua criação, sem pressupor a ideia de um ser mais que perfeito que o ser humano. A concepção inatista do conhecimento ignora a noção de uma dualidade da alma. O inatismo consiste na pressuposição de que existem ideias na alma que não foram adquiridas pela experiência, mas que sempre estiveram nela. 10ª QUESTÃO 21/04/2023 13:01 Unicesumar - Ensino a Distância about:blank 10/10 “Como de um lado, enquanto se esforça por atingir a si mesma na essência, só apreende sua própria efetividade separada, assim, de outro lado, não pode apreender o Outro como algo singular ou efetivo. Onde é procurado, não pode ser encontrado; pois deve justamente ser um além, algo tal que não se pode encontrar. Buscado como singular, ele não é uma singularidade pensada universal; não é conceito, mas é singular como objeto ou como algo efetivo: objeto da certeza sensível imediata, e por isso mesmo é somente uma coisa tal que desvaneceu. Portanto, para a consciência, só pode fazer-se presente o sepulcro de sua vida. Mas, porque o próprio sepulcro é uma efetividade, e é contra a sua natureza manter uma posse duradoura, assim também essa presença do sepulcro é somente a luta de um esforço que tem de fracassar. Só que, ao fazer essa experiência - de que o sepulcro de sua essência imutável efetiva não tem nenhuma efetividade, e de que a singularidade evanescente, enquanto evanescente, não é a verdadeira singularidade -, a consciência renunciará a buscar a singularidade imutável como efetiva, ou a fixá-la como evanescente; e só assim está apta a encontrar a singularidade como verdadeira, ou como universal”. Fonte: HEGEL, G. W. F. A Fenomenologia do Espírito. Tradução de Paulo Menezes. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1992, p. 145 - 146. De acordo com a precedente consideração acerca da consciência e da liberdade em Hegel, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: ( ) A liberdade é fundamentada como um dos momentos do movimento dialético da consciência-de-si. ( ) A consciência-de-si nega toda existência do Outro, não sendo importante para a formulação de sua determinidade. ( ) A consciência-de-si não tende a se estabilizar como uma determinidade, sendo puro negativo dissolvido no devir da autonegação. ( ) A consciência-de-si tem a capacidade de ser um puro evanescer, podendo negar a sua própria vontade, mas, nem por isso, ela dissolve a sua constituição interna. ALTERNATIVAS V, F, F, F. V, V, F, V. F, V, V, F. V, F, F, V. V, V, V, F.
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