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questionário cdc

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5.Josemar precisando capitalizar-se, coloca à venda seu caminhão, adquirido por Patrício, que realiza a compra após um parecer favorável de seu mecânico de confiança. Entretanto com 60 dias de uso, o caminhão apresenta um problema grave e precisa ficar parado por 30 dias, causando enorme prejuízo a Patrício, que já possuía fretes contratados. Patrício pretende desfazimento do negócio, com a repetição do valor pago e mais perdas e danos, independente do conhecimento ou não do vício, por parte do alienante, com base nas regras do CDC. Josemar se recusa a cumprir o que está sendo pedido por Patrício. Discorra sobre o caso, apontando a solução jurídica mais adequada.
R: Não há relação de consumo na venda exposta na questão, tendo em vista Josemar não realizar tal atividade de forma habitual, se o caminhão fosse comprado em uma concessionária, eventualmente o CDC poderia ser invocado para tutelar a relação. Ademais, o art. 3º do CDC traz o conceito de fornecedor, corroborando com tal entendimento.Por ser uma relação civil, não será um vício do produto, mas, sim, um Vício Redibitório. Sendo um bem móvel e o vício oculto, terá Patrício o prazo de 180 dias para descobrir o vício, tendo 30 dias, a partir do conhecimento, para requerer o abatimento no preço (Ação Quanti Minoris/Estimatória) ou a resolução do contrato (Ação Redibitória).
6.Eu viajei para o exterior e comprei um aparelho eletrônico, de uma marca mundialmente conhecida. A fabricante é empresa multinacional que mantém atividades regulares no Brasil.
Quando retornei de viagem percebi que o aparelho não funcionava. Responda justificadamente.
Posso reclamar o vício do produto aqui no Brasil?
R: Tratando de produto comprado no exterior, não se aplica o Código de Defesa do Consumidor, ainda que o fabricante possua representação noterritório nacional. A previsão de responsabilidade do fabricante, importador ou comerciante é quanto aos produtos importados por eles e revendidos no Brasil (CDC, art. 13). O fornecedor tem compromisso com as regras de produção, qualidade, assistência técnica e garantia do país onde fabrica e vende seu produto, normas que, não raras vezes, reflete o grau de exigência e a estratificação social a ser atingida no mercado. É fato notório, que a aquisição de produto no exteriornão possui garantia da marca no Brasil
Pode-se afirmar que o Código de Defesa do Consumidor iniciou um movimento de conscientização do consumidor, que passou a ter mais informações a respeito de seus direitos?
R: Sim, A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios (Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
7. Um fabricante de automóveis introduziu no mercado um novo modelo de veículo, chamado Método, mas logo em seguida descobriu que o automóvel sofria combustão espontânea.
Clarissa havia comprado esse modelo de carro e foi vítima da explosão. Por sorte não faleceu quando ocorreu o sinistro, tenho sofrido apenas algumas fraturas e queimaduras de segundo grau. Responda de maneira justificada.
Que direitos possui Clarissa?
R: A hipótese trata da responsabilidade pelo fato do produto, prevista no art. 12 e seguintes do Código de Defesa do Consumidor, Lei n. 8.078/90. O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera (art. 12, § 1º, do CDC), colocando em risco a integridade dos consumidores.
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
 VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos.
Que atitude deve o fabricante adotar para evitar riscos para os demais consumidores?
O Código de Defesa do Consumidor, com o intuito de proteger a saúde e a segurança do consumidor, determina que o fornecedor (este entendido como, fabricante, importador, exportador, distribuidor, comerciante, etc.) não pode colocar no mercado de consumo um produto que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde e segurança do consumidor.
 
Ao perceber que colocou no mercado de consumo produtos com estas características (alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde e segurança do consumidor), cabe ao fornecedor informar ao público consumidor sobre os defeitos detectados nos produtos que colocara no mercado. A esta forma de “chamamento” dá-se o nome de recall - § 1º do art. 10 do CDC.
8. Maria tem sua conta bancária invadida por hackers, que lhe causam prejuízos de R$5000,00. O banco no qual tem conta nega-se a lhe devolver o dinheiro, negando que terceiros tenham invadido a conta de consumidora e insinuando que ela própria retirou maliciosamente o dinheiro. Nessa situação, Luciana possui que direitos? Responda, justificadamente informando ainda se é possível aplicar a esta relação as regras do CDC.
R:Maria tem direito a indenização, é o entendimento firmado no STJ, nos termos da ementa de julgado a seguir:
CONSUMIDOR. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E DE COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS. OCORRÊNCIA DE SAQUES INDEVIDOS DE NUMERÁRIO DEPOSITADO EM CONTA POUPANÇA. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. ART. 6º, VIII, DO CDC. POSSIBILIDADE. HIPOSSUFICIÊNCIA TÉCNICA RECONHECIDA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO FORNECEDOR DE SERVIÇOS.
ART. 14 DO CDC.
Trata-se de debate referente ao ônus de provar a autoria de saque em conta bancária, efetuado mediante cartão magnético, quando o correntista, apesar de deter a guarda do cartão, nega a autoria dos saques.
O art. 6º, VIII, do CDC, com vistas a garantir o pleno exercício do direito de defesa do consumidor, estabelece que a inversão do ônus da prova será deferida quando a alegação por ele apresentada seja verossímil ou quando for constatada a sua hipossuficiência.
Reconhecida a hipossuficiência técnica do consumidor, em ação que versa sobre a realização de saques não autorizados em contas bancárias, mostra-se imperiosa a inversão do ônus probatório.
Considerando a possibilidade de violação do sistema eletrônico e tratando-se de sistema próprio das instituições financeiras, a retirada de numerário da conta bancária do cliente, não reconhecida por esse, acarreta o reconhecimento da responsabilidade objetiva do fornecedor do serviço, somente passível de ser ilidida nas hipóteses do § 3º do art. 14 do CDC.

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