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PRÁTICA SIMULADA IV (CÍVEL) - CCJ0150 
Título 
SEMANA 14 
Descrição 
 XX Exame da OAB - Direito Civil. Adaptada 
Em 2015, Rafaela, menor impúbere, representada por sua mãe Melina, ajuizou Ação de 
Alimentos em Comarca onde não foi implantado o processo judicial eletrônico, em face 
de Emerson, suposto pai. Apesar de o nome de Emerson não constar da Certidão de 
Nascimento de Rafaela, ele realizou, em 2014, voluntária e extrajudicialmente, a pedido 
de sua ex-esposa Melina, exame de DNA, no qual foi apontada a existência de 
paternidade de Emerson em relação a Rafaela. Na petição inicial, a autora informou ao 
juízo que sua genitora encontrava-se desempregada e que o réu, por seu turno, não 
exercia emprego formal, mas vivia de ?bicos? e serviços prestados autônoma e 
informalmente, razão pela qual pediu a fixação de pensão alimentícia no valor de 30% 
(trinta por cento) de 01 (um) salário mínimo. A Ação de Alimentos foi instruída com os 
seguintes documentos: cópias do laudo do exame de DNA, da certidão de nascimento de 
Rafaela, da identidade, do CPF e do comprovante de residência de Melina, além de 
procuração e declaração de hipossuficiência para fins de gratuidade. Recebida a inicial, o 
juízo da 1ª Vara de Família da Comarca da Capital do Estado Y indeferiu o pedido de 
tutela antecipada inaudita altera parte, rejeitando o pedido de fixação de alimentos 
provisórios com base em dois fundamentos: (i) inexistência de verossimilhança da 
paternidade, uma vez que o nome de Emerson não constava da certidão de nascimento e 
que o exame de DNA juntado era uma prova extrajudicial, colhida sem o devido 
processo legal, sendo, portanto, inservível; e (ii) inexistência de ?possibilidade? por parte 
do réu, que não tinha como pagar pensão alimentícia pelo fato de não exercer emprego 
formal, como confessado pela própria autora. A referida decisão, que negou o pedido de 
tutela antecipada para fixação de alimentos provisórios, já foi publicada no Diário da 
Justiça Eletrônico. Considere-se que não há feriados no período. Na qualidade de 
advogado(a) de Rafaela, elabore a peça processual cabível para a defesa imediata dos 
interesses de sua cliente, indicando seus requisitos e fundamentos nos termos da 
legislação vigente. 
 
Desenvolvimento 
 
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) 
DESEMBARGADOR (A) RELATOR (A) DO TRIBUNAL 
DE JUSTIÇA DO ESTADO DE XXX/XX. 
PROCESSO NA ORIGEM N.º XXXX 
Rafaela, menor impúbere, representada por sua 
genitora Melina, ambas já qualificadas nos autos da Ação em 
epígrafe que move em face de Emerson, também já 
qualificado, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, 
por sua procuradora signatária, interpor o presente AGRAVO 
DE INSTRUMENTO com fundamento no Artigo 1.015, I 
do Código de Processo Civil, conforme razões anexas: 
Requer ainda, a juntada da cópia integral do processo para o 
cumprimento do disposto no Artigo 1.017 do Código de 
Processo Civil, bem como a juntada da guia de preparo, 
devidamente recolhida conforme o Artigo 1.016 do Código de 
Processo Civil, informando-se assim o nome e endereço do 
advogado da Agravante, ora Recorrente: 
Nome e endereço do patrono do Agravante: Advogado; OAB; 
endereço XXXX, Cidade/UF e; 
1 - DA SÍNTESE 
1º) Trata-se de Ação de Alimentos interposto por Rafaela, ora 
Recorrente, em face de Emerson, ora Recorrido e, apesar do 
nome não constar na Certidão de Nascimento da Recorrente, 
seu pai Emerson realizou o exame de DNA em 2014, 
voluntariamente e extrajudicialmente a pedido de sua ex-
esposa, na qual foi apontada a existência de paternidade em 
relação a Rafaela. 
2º) Segundo consta na Petição Inicial, a Recorrente informou 
ao Juízo que sua genitora encontrava-se desempregada e que 
seu pai Emerson não exercia emprego formal com carteira 
assinada, porém, vivia de “bicos” e serviços prestados de forma 
autônoma, razão pela qual pediu a fixação de pensão 
alimentícia no valor de 30% (trinta por cento) sob o salário 
mínimo. 
3º) Por fim, o juiz de primeiro grau da 1ª Vara de Família da 
Comarca da Capital do Estado Y INDEFERIU o pedido de 
tutela antecipada inaudita altera parte, rejeitando o pedido de 
fixação dos alimentos provisórios com base nos seguintes 
fundamentos: 
a) Inexistência de verossimilhança da paternidade, uma vez que 
o nome de Emerson não constava na Certidão de Nascimento e 
que o exame de DNA juntado era uma prova extrajudicial, 
colhida sem o devido processo legal, sendo, portanto, 
inservível; e 
b) Inexistência de possibilidade por parte do réu, que não tinha 
como pagar pensão alimentícia pelo fato de não exercer 
emprego formal, como confessado pela própria autora. 
2 - DAS RAZÕES 
1º) Apesar do pedido indeferido na ação em epígrafe, na qual 
foi explanado a inexistência de verossimilhança da paternidade 
e de que o nome do Recorrido não constava na Certidão de 
Nascimento da Recorrente, em 2014 foi realizado o exame de 
DNA, ainda que feito extrajudicialmente, foi possível 
comprovar através do mesmo, a paternidade do Recorrido em 
relação à sua filha Rafaela: 
2º) E, no que diz respeito à pensão alimentícia também 
indeferida pelo juízo de primeiro grau, tendo em vista a falta de 
emprego formal e a forma de sobreviver através de “bicos” por 
parte do Recorrido, cabe ressaltar que o Recorrido presta 
serviços de forma autônoma possibilitando-o em adquirir 
através dos diversos trabalhos, quaisquer tipo de renda, 
inclusive os de valores altos podendo ultrapassar um salário 
mínino por mês, portanto, conforme o § 1º do 
Artigo 1.694 do Código Civil em relação do binômio 
necessidade do alimentado, diz que: 
§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das 
necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. 
E, em relação a possibilidade do alimentante, vale ressaltar o 
Artigo 1.695 do Código Civil que diz: 
Art. 1695. São devidos os alimentos quando quem os pretende 
não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, a 
própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, podem 
fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento. 
Sendo assim, conforme afirma o doutrinador Washington de 
Barros Monteiro, “se o alimentando se acha em situação de 
penúria, tem certamente direito de impetrar alimentos, ainda 
que possa ser responsabilizado pela própria situação de 
miséria”. (MONTEIRO, 2001, p. 304). 
O alimentante, por sua vez, tem o dever de cumprir com a 
pensão alimentícia, desde que o montante a se pagar não 
prejudique seu próprio sustento. 
Portanto, é necessário que haja uma proporcionalidade entre a 
necessidade de quem tem o direito de receber os alimentos, 
com a possibilidade de quem tem o dever de pagá-los. 
Conforme cita Maria Helena Diniz: 
“Imprescindível será que haja proporcionalidade na fixação dos 
alimentos entre as necessidades do alimentando e os recursos 
econômicos financeiros do alimentante, sendo que a equação 
desses dois fatores deverá ser feita, em cada caso concreto, 
levando-se em conta que a pensão alimentícia será concedida 
sempre ad necessitatem.” (DINIZ, 1997, p. 358). 
3º) Ainda se tratando dos deveres do alimentante e de direitos 
do alimentado, já se decidiu que: 
CIVIL E PROCESSO. REVISÃO DE ALIMENTOS. 
DESEMPREGO. BINÔMIO NECESSIDADE E 
POSSIBILIDADE. ART. 1694, § 1º, DO CÓDIGO CIVIL. 
VALOR. ADEQUAÇÃO. 
1. A fixação dos alimentos civis deve ser orientada 
pelo § 1º do artigo 1.694 do Código Civil, que preconiza 
a comprovação da necessidade de quem a recebe e a 
situação financeira de quem paga, a fim de que seja 
garantida a sua compatibilidade com a condição social 
das partes. 
2. O valor da pensão alimentícia não pode ser 
consideravelmente reduzido em função do 
desemprego de um dos genitores, pois, além de ser 
temporário, as necessidadesdo alimentado continuam 
iguais e a percepção de seguro desemprego não 
modifica drasticamente a situação financeira do 
alimentante. 
3. Constatado que o valor arbitrado a título de 
alimentos civis pelo juiz sentenciante não se mostra 
razoável e proporcional em relação às necessidades do 
alimentando e à capacidade do alimentante, deve ser 
dado parcial provimento ao recurso do menor e 
modificado o quantum fixado na r. sentença. 
4. Recurso parcialmente provido. 
3 – DO EFEITO SUSPENSIVO ATIVO 
Considerando o pedido de tutela antecipada para a fixação de 
alimentos provisórios em que foi negado, a não concessão do 
efeito pretendido por temor do Artigo 1.019, I do Código de 
Processo Civil, acarretará prejuízos à alimentada, ora 
Recorrente, sem contar em longa batalha judicial sendo que, o 
feito pode ser devidamente de pronto julgado, com resolução de 
mérito. 
4 – DO PEDIDO 
Diante do exposto, requer seja recebido e processado o 
presente Recurso de Agravo de Instrumento para que, no 
mérito, lhe seja dado provimento, oficiando-se à instância 
originária, tal qual, reformando-se a decisão de primeira 
instância proferida pelo juízo “a quo”. 
Outrossim, requer seja o presente recurso recebido e 
processado em seu regular efeito devolutivo e com o efeito 
suspensivo conforme o artigo 1.019, I do Código de Processo 
Civil, intimando-se a parte contrária para querendo apresentar 
contraminuta no prazo legal. 
Por fim, as despesas processuais e demais encargos podem ser 
evitados no caso, respeitando-se, pois, o principio da 
celeridade. 
Nestes Termos, Pede Deferimento. 
Local, data. 
_______________________________ 
Advogado/OAB 
PEÇAS QUE INSTRUEM O PRESENTE RECURSO DE 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 
Peças obrigatórias – Artigo 1.017, do Código de Processo Civil 
1) Procuração do Agravante e do Agravado; 
2) Cópia da decisão agravada (fls. XX); 
Peças facultativas – Artigo 1.017, III do Código de Processo 
Civil 
3) Cópia da Petição Inicial; 
4) Cópia do mandado de citação; 
5) Cópia da contestação.

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