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AGRAVO DE INSTRUMENTO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA CÂMARA CÍVEL DO ESTADO X.
PROCESSO DE ORIGEM Nº XXXX
Rafaela, menor impúbere, representada por sua genitora Melina, ambas já qualificadas nos autos da Ação em epígrafe que move em face de Emerson, também já qualificado, vem à presença deste Egrégio Tribunal, com fulcro no artigo 1.015 e seguintes do Código de Processo Civil, interpor o presente
AGRAVO DE INSTRUMENTO
COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA RECURSAL
contra a R. Decisão Interlocutória disponibilizada no DJe em 01/12/2015, a qual não concedeu a tutela provisória de urgência para fixação de alimentos provisórios, requer ainda, a juntada da cópia integral do processo para o cumprimento do disposto no Artigo 1.017 do Código de Processo Civil, bem como a juntada da guia de preparo, devidamente recolhida conforme o Artigo 1.016 do Código de Processo Civil, pelas razões de fato e de direito que acompanham a presente peça de interposição.
DAS PUBLICAÇÕES E NOTIFICAÇÕES
Requer, em princípio, que todas as notificações e intimações sejam realizadas em nome do advogado Dr. X, inscrito na OAB nº x, com endereço à Rua X, nº X, Bairro, Cidade/UF, sob pena de nulidade.
DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA RECURSAL
Requer seja deferida “inaudita altera pars” a tutela antecipada recursal pleiteada e, após os regulares tramites, seja o agravo conhecido e integralmente provido. 
Justifica-se a interposição do presente recurso na modalidade de instrumento, por se tratar de uma das hipóteses do rol do artigo 1.015, especificadamente o inciso I, do CPC.
DO DISPOSTO NO ARTIGO 1.016, INCISO I, CPC
Outrossim, a fim de atender ao disposto no artigo 1.016, inciso IV, do Código de Processo Civil, informa o nome e endereço dos advogados constantes no processo:
Pelo Agravante: Dr. X (OAB nº X), com escritório profissional no endereço X;
Pelo Agravado: Dr. X (OAB nº X), com escritório profissional no endereço X;
DAS PEÇAS PROCESSUAIS E SUA AUTENTICIDADE
É instruído o presente recurso conforme determina o artigo 1.017 do Código de Processo Civil.:
Peças obrigatórias
A. Petição inicial;
B. Petição que ensejou a decisão agravada;
C. Decisão agravada;
D. Certidão de intimação da decisão agravada;
E. Procuração outorgada ao advogado do agravante.
Peças facultativas
F. Demais documentos do processo, não incluídos no tópico anterior.
Deixa de fazer a juntada da procuração outorgada ao advogado do agravado, bem como da contestação, uma vez que ainda não completou-se a relação processual, encontrando-se pendente a citação.
Declara-se, neste ato, que as peças de formação do presente Agravo de Instrumento são autênticas aos originais, na forma da lei, sob pena de responsabilidade pessoal deste patrono.
DO PREPARO
Deixa de comprovar o recolhimento das custas de preparo recursal, por ser o agravante beneficiário da gratuidade de justiça.
DA TEMPESTIVIDADE
A r. decisão interlocutória foi disponibilizada no DJe em 01/12/2015, findando-se lapso temporal de 15 (quinze) dias em 22/12/2015.
Como se vê, o recurso em tela é tempestivo.
DO PROCESSAMENTO DO PRESENTE RECURSO
Requer, finalmente, com arrimo na disposição legal pertinente, seja recebido o presente recurso, com a concessão da tutela antecipada recursal, e após, encaminhado à mesa para julgamento por este Egrégio Tribunal de Justiça.
Termos em que,
Pede deferimento.
Cidade, 10 de dezembro de 2015.
Advogado
OAB
MINUTA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO
AGRAVANTE: RAFAELA, REPRESENTADA POR SUA MÃE MELINA
AGRAVADO: EMERSON
PROCESSO Nº X
1ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO Y
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
COLÊNDA CÂMARA
DOUTOS JULGADORES
SÍNTESE DOS FATOS
Trata-se de Ação de Alimentos interposto por Rafaela, ora Recorrente, em face de Emerson, ora Recorrido e, apesar do nome não constar na Certidão de Nascimento da Recorrente, seu pai Emerson realizou o exame de DNA em 2014, voluntariamente e extrajudicialmente a pedido de sua ex-esposa, na qual foi apontada a existência de paternidade em relação a Rafaela.
Para a concessão de alimentos provisórios, embora a necessidade do menor seja presumida, deve ser apontada a presença necessária a comprovação de dois requisitos (“verossimilhança da alegação” e “risco de dano irreparável”) a respeito do dever alimentar (presunção de paternidade por meio de realização de prova extrajudicial) o binômio necessidade-possibilidade (necessidade pelo alimentando e possibilidade de pagamento pelo alimentante).
Por fim, o juiz de primeiro grau da 1ª Vara de Família da Comarca da Capital do Estado Y INDEFERIU o pedido de tutela antecipada inaudita altera parte, rejeitando o pedido de fixação dos alimentos provisórios com base nos seguintes fundamentos:
a) Inexistência de verossimilhança da paternidade, uma vez que o nome de Emerson não constava na Certidão de Nascimento e que o exame de DNA juntado era uma prova extrajudicial, colhida sem o devido processo legal, sendo, portanto, inservível; e
b) Inexistência de possibilidade por parte do réu, que não tinha como pagar pensão alimentícia pelo fato de não exercer emprego formal, como confessado pela própria autora.
É o breve relato dos fatos.
RAZÕES DE AGRAVO 
Apesar do pedido indeferido na ação em epígrafe, na qual foi explanado a inexistência de verossimilhança da paternidade e de que o nome do Recorrido não constava na Certidão de Nascimento da Recorrente, em 2014 foi realizado o exame de DNA, ainda que feito extrajudicialmente, foi possível comprovar através do mesmo, a paternidade do Recorrido em relação à sua filha Rafaela.
No caso vertente, há verossimilhança do dever de prestar alimentos, uma vez que foi apresentado exame de DNA realizado extrajudicialmente, que apontou o réu como o pai da autora, menor. Há, ainda, possibilidade de pagamento de alimentos pelo réu (que, apesar de não ter emprego formal, realiza atividade informal remunerada) e risco de dano irreparável (necessidade de percepção de alimentos pela autora, que vive com a mãe, desempregada), não havendo dúvidas sobre a presença do binômio “necessidade-possibilidade”.
Segundo consta na Petição Inicial, a Recorrente informou ao Juízo que sua genitora encontrava-se desempregada e que seu pai Emerson não exercia emprego formal com carteira assinada, porém, vivia de “bicos” e serviços prestados de forma autônoma, razão pela qual pediu a fixação de pensão alimentícia no valor de 30% (trinta por cento) sob o salário mínimo.
E, no que diz respeito à pensão alimentícia também indeferida pelo juízo de primeiro grau, tendo em vista a falta de emprego formal e a forma de sobreviver através de “bicos” por parte do Recorrido, cabe ressaltar que o Recorrido presta serviços de forma autônoma possibilitando-o em adquirir através dos diversos trabalhos, quaisquer tipo de renda, inclusive os de valores altos podendo ultrapassar um salário mínimo por mês, portanto, conforme o § 1º do Artigo 1.694 do Código Civil em relação do binômio necessidade do alimentado, diz que:
§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.
E, em relação a possibilidade do alimentante, vale ressaltar o Artigo 1.695 do Código Civil que diz:
Art. 1695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, a própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, podem fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.
Sendo assim, conforme afirma o doutrinador Washington de Barros Monteiro, “se o alimentando se acha em situação de penúria, tem certamente direito de impetrar alimentos, ainda que possa ser responsabilizado pela própria situação de miséria”. (MONTEIRO, 2001, p. 304).
O alimentante, por sua vez, tem o dever de cumprir com a pensão alimentícia, desde que o montante a se pagar não prejudique seu próprio sustento.
Portanto, é necessário que haja uma proporcionalidade entre a necessidade de quem tem o direito de receber os alimentos, com a possibilidade de quem tem o dever de pagá-los.
Conforme cita Maria HelenaDiniz:
“Imprescindível será que haja proporcionalidade na fixação dos alimentos entre as necessidades do alimentando e os recursos econômicos financeiros do alimentante, sendo que a equação desses dois fatores deverá ser feita, em cada caso concreto, levando-se em conta que a pensão alimentícia será concedida sempre ad necessitatem.” (DINIZ, 1997, p. 358).
Ainda, se tratando dos deveres do alimentante e de direitos do alimentado, já se decidiu que:
CIVIL E PROCESSO. REVISÃO DE ALIMENTOS. DESEMPREGO. BINÔMIO NECESSIDADE E POSSIBILIDADE. ART. 1694, § 1º, DO CÓDIGO CIVIL. VALOR. ADEQUAÇÃO.
1. A fixação dos alimentos civis deve ser orientada pelo § 1º do artigo 1.694 do Código Civil, que preconiza a comprovação da necessidade de quem a recebe e a situação financeira de quem paga, a fim de que seja garantida a sua compatibilidade com a condição social das partes.
2. O valor da pensão alimentícia não pode ser consideravelmente reduzido em função do desemprego de um dos genitores, pois, além de ser temporário, as necessidades do alimentado continuam iguais e a percepção de seguro desemprego não modifica drasticamente a situação financeira do alimentante.
3. Constatado que o valor arbitrado a título de alimentos civis pelo juiz sentenciante não se mostra razoável e proporcional em relação às necessidades do alimentando e à capacidade do alimentante, deve ser dado parcial provimento ao recurso do menor e modificado o quantum fixado na r. sentença.
4. Recurso parcialmente provido.
DO PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA RECURSAL
Considerando o pedido de tutela antecipada para a fixação de alimentos provisórios em que foi negado, a não concessão do efeito pretendido por temor do Artigo 1.019, I do Código de Processo Civil, acarretará prejuízos à alimentada, ora Recorrente, sem contar em longa batalha judicial sendo que, o feito pode ser devidamente de pronto julgado, com resolução de mérito.
Devidamente demonstrado o preenchimento dos requisitos legais, revela-se imperiosa a concessão da tutela antecipada pretendida, nos termos do artigo 1.019, inciso I, do CPC.
DO PEDIDO
Ante o exposto, requer:
a) pedido de deferimento de tutela antecipada recursal (“efeito suspensivo ativo”), a fim de que sejam fixados alimentos provisórios;
b) pedido de provimento final do agravo OU da reforma integral da decisão, para que sejam fixados alimentos provisórios em favor da agravante;
c) pedido de intimação do advogado da parte contrária para contrarrazões; 
d) requerimento de intimação do MP.
Por fim, as despesas processuais e demais encargos podem ser evitados no caso, respeitando-se, pois, o princípio da celeridade.
Termos em que,
Pede deferimento.
Cidade, 10 de dezembro de 2015.
Advogado
OAB

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