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AGRAVO DE INTRUMENTO COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA RECURSAL

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO Y.
RAFAELA, menor impúbere, representada por sua genitora MELINA, ambas já qualificadas nos autos da ação em epígrafe que move em face de EMERSON, também já qualificado, vem respeitosamente perante Vossa Excelência,por sua procuradora signatária,interpor o presente 
AGRAVO DE INTRUMENTO COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA RECURSAL contra decisão proferida pelo juízo a quo nos autos da Ação ordinária com pedido de tutela de urgencia que move em face de Emerson XXXX requerendo seja rececido e processado na for, ma da lei, para ao final ser conhecido e provido.
Com fundamento no arts. 1015 a 1020 do Código de Processo Civil/15 em razão das justificativas abaixo evidenciadas.
:
Nome e endereço do patrono do Agravante:
Advogado: Ana Hartmann, OAB/RSXXX, Endereço XXX, cidade XX / UF 
Termos em que,
Pede deferimento.
Local, data.
Porto Alegre, 23 de junho de 2020.
Maria silva
OAB/RS XXXX
 
RAZÕES DO RECURSO
EGRÉGIO TRIBUNAL,
COLENDA CÂMARA
A respeitável decisão interlocutória proferida pelo Exmo. magistrado de piso, ora agravada, merece ser reformada, tendo em vista que proferida em franco confronto com os interesses da parte agravada.
Autos do processo nº: XXXXXXXX
Comarca da Capital do estado Y 1ªVara Cível
Agravante: Rafaela
Agravado: Emerson
I-DA TEMPESTIVIDADE E DO CABIMENTO
 Consoante com os autos, a decisao que negou o pedido de Tutela Antecipada de Urgencia foi publicada em 03/06/2020 ,e protocolizou o presente recurso em 25/06/2020,portanto dentro do prazo de 15(quinze) dias em conformidadecom o que reza o art.219 do CPC e o art. 1003 do CPC/15.
Trata-se de decisao interlocutória revestida de urgência porque a não concesao de tutela antecipada pode causar dano de difícil reparação,portantocabível,no caso,agravo de instrumento conforme art. 1015 a 1020do CPC/15.
De acordo com art. 300 do CPC
A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
II-DOS REQUISITOS PARA INTERPOSIÇÃO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO CUMPRIDOS:
1. A pretensão do presente Agravo de Instrumento é a reforma da decisão interlocutória da Juíza a quo, para que seja concedida tutela antecipada recursal nos termos do art. 1019, I, do Código de Processo Civil,para obter o pagamento da pensão alimenticia pelo pai da autora..
2. Advogado do Agravante. e Advogado do Agravado.
3. Informa que o preparo foi devidamente recolhido e a guia está acosta.
4. Na falta da cópia de qualquer peça que Vossa Excelência julgue necessária ou no caso de algum outro vício que comprometa a admissibilidade e julgamento do agravo de instrumento, requer, seja aplicado o disposto no art. 932, parágrafo único, e art. 1017, § 3º, ambos do Código de Processo Civil.
5. Por fim, esclarece que o recurso é tempestivo, na medida em que é interposto contra a decisão prolatada em 03-06-2020, por força do art. 218, § 4º do CPC que assegura: “Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo”.
 .
III -DA SÍNTESE
1º) Trata-se de Ação de Alimentos interposta por Rafaela,ora recorrente ,em face de Emerson,ora recorrido e,apesar do nome não constar na Certidão de Nascimento da recorrente,seu pai Emerson realizou o exame de DNA em 2017,voluntariamente e extrajudicialmente a pedido de sua ex esposa, na qual foi apontada a existência de paternidade em relação a Rafaela.
2º) Segundo consta na Petição Inicial, a recorrente informou ao juizo que sua genitora encontra-se desempregada e que seu pai Emerson não exercia emprego formal com carteira asinada,porém vivia de “bicos” e serviços prestados de forma autônoma , razão pela qual pediu fixação de pensão alimentícia no valor de 30%(trinta por cento)sob o salário mínimo.
3º) Por fim, o juíz de primeiro grau da Comarca da Capital do Estado Y INDEFERIU o pedido de tutela antecipada inaudita altera parte, rejeitando o pedido de fixação aos alimentos com base nos seguintes fundamentos:
a) Inexistência de Verossimilhança da paternidade, uma vez que o nome de Emerson não consta na Certidão de nascimento de Rafaela e que o exame de DNA juntado era uma prova extrajudicial, colhida sem o devido processo legal, sendo, portanto, inservível; e
b) Inexistência de “possibilidade” por parte do réu, que não tinha como pagar pensão alimentícia pelo fato de não exercer emprego formal, como confessado pela própria autora.
IV-DO CABIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA RECURSAL
No caso em tela , o agravante pleiteia a concessão de tutela antecipada recursal para garantir fixação de alimentos provisórios em virtude de ter sido negado o pedido no juízo a quo. 
Sabe-se que para concessão de tutela provisória de urgência é necessário o preenchimento dos requisitos constantes no art. 300 do Codigo de Processo Civil quais sejam a demonstração da probabilidade do direito,o perigo de danos ou riscoao resultado útil do processoe a reversibilidade dos efeitos da decisao.
De início restam preenchidos os requisitos onde consta que a genitora da autora encontra-se desempregada e que o réu não exercia emprego formal razão pela qual pediu a fixação de pensão alimenticia no valor de 30% de 01(um) salario mínimo.
Quanto ao perigo de dano ou risco ao resultado útildo processo é imperioso destacar que não permitir que o agravante receba a pensão alimentícia pode lhe causar prejuízos irreparáveis .
Quando a decisão agravada tiver conteúdo negativo, como é o caso em tela , do indeferimento da antecipação da tutela provisória de urgencia por juiz de primeira instância ,pode o relator do agravo de instrumento conceder a medida pleiteada no primeiro grau,por aplicação extensiva do artigo 1019 inciso I do Código de Processo civil.
A antecipação de tutela recursal é medida que se impõe, por todo o exposto acima, ter restado demonstrado os requisitos do “fumus boni turis”bem como a “periculum in mora” dos artigos 294 e 300 cpc diante da situação fatica da agravante.
V-DAS RAZÕES
1º) Para a concessão de alimentos provisórios, embora a necessidade do menor seja presumida, deve ser apontada a presença  necessária a comprovação de dois requisitos (“verossimilhança da alegação” e “risco de dano irreparável”) a respeito do dever alimentar (presunção de paternidade por meio de realização de prova extrajudicial) o binômio necessidade-possibilidade (necessidade pelo alimentando e possibilidade de pagamento pelo alimentante).
 
 No caso vertente, apesar do pedido indeferido na ação em epígrafe, na qual foi explanado a inexistência de verossimilhança da paternidade e de que o nome do recorrido não consta da certidão de nascimento da recorrente,, há verossimilhança do dever de prestar alimentos, uma vez que foi apresentado exame de DNA realizado extrajudicialmente, que apontou o réu como o pai da autora, menor. 
2º) Há, ainda, possibilidade de pagamento de alimentos pelo réu (que, apesar de não ter emprego formal, realiza atividade informal remunerada) e risco de dano irreparável (necessidade de percepção de alimentos pela autora, que vive com a mãe, desempregada).
A decisão do juiz, que indefere o pedido de tutela provisória de urgência antecipada para fixação dos alimentos provisórios, tem natureza de decisão interlocutória, a qual deve ser recorrida por agravo de instrumento.
Para que seja instituído o dever do pagamento da pensão alimentícia leva-se em consideração o binômio possibilidade x necessidade, previsto no Código Civil (Artigo 1.694, § 4º),onde é observado pelo magistrado a necessidade do alimentando, pessoa que possui o direito em receber os alimentos e a possibilidade do alimentante, que é quem possui o dever de prestar os alimentos, suprir essa necessidade. Nesse sentido, esse mesmo binômio também é utilizado para que ocorra a revisão dos alimentos fixados.
Tal premissa, a de se observar o binômio necessidade x possibilidade, é observada para que haja um equilíbrio, e o valor arbitrado pelo magistrado ou instituído em comum acordo entre as partes, não seja uma sobrecarga ao que presta os alimentos tampouco haja enriquecimento ilícito ao alimentado que recebe os alimentos. 
Portanto, conforme o §1º do Artigo 1694 do Código Civil em relação do Binômio necessidade do alimentando, diz que:
Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.
E, em relação a possibilidade do alimentante, vale ressaltar A Artigo 1695 do Código Civil que diz:
Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.
Sendo assim, conforme afere o doutrinador Washington B. Monteiro “se o alimentando se acha em situação de penúria, tem certamente direito de impetrar alimentos, ainda que possa ser responsabilizado pela própria situação de miséria (Monteiro,2001).
O alimentante, por sua vez, tem o dever de cumprir com a pensão alimentícia, desde que o montante a ser pagar não prejudique seu próprio sustento. Portanto é necessário que haja uma proporcionalidade entre a necessidade de quem tem o direito de receber os alimentos com a possibilidade de quem tem o dever de pagá-los.
 
A este respeito acrescentamos o entendimento do TJRR (Poder Judiciario de Roraima)
As necessidades do alimentando (p.ex. filho) e as possibilidades do alimentante (p.ex. pai/mãe/responsável) compõem as duas variáveis na fixação dos alimentos e, também, em sua revisão. A fixação dos alimentos, principalmente em relação aos menores, deve assegurar não só a subsistência digna dos alimentandos, mas também o necessário para suprir, no mínimo, a metade das necessidades dos filhos. Inteligência do artigo 1.694, § 1º, do Código Civil.
Assim aponta a eminente Des.ª ELAINE BIANCHI:
“No âmbito da quantia fixada, o Código Civil, em seu artigo 1.694, § 1º, dispõe que os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do alimentando e dos recursos da pessoa obrigada, ou seja, que a verba alimentar deve ser fixada observando-se o binômio necessidade x possibilidade.” (AgReg 0000.16.000022-0)
No mesmo sentido, o eminente Des. RICARDO OLIVEIRA:
“É cediço que a fixação da prestação alimentícia deve respeitar o binômio necessidade/possibilidade. O arbitramento dos alimentos não pode converter-se em gravame insuportável ao alimentante nem mesmo em enriquecimento ilícito do alimentado. Deve-se observar o equilíbrio entre a situação financeira daquele que os presta e a real necessidade daquele que recebe, conforme disposto no art. 1.694, § 1.º do Código Civil, vejamos:
"Art. 1694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
§ 1.º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada."” (AC 0010.14.832131-7)
 O tema aqui estudado é sobre qual o critério para a fixação ou revisão de valores pagos à título de alimentos, por um dos pais ao(s) filho(s). Vejamos:
	
CIVIL E PROCESSO. REVISÃO DE ALIMENTOS. DESEMPREGO. BINÔMIO NECESSIDADE E POSSIBILIDADE. ART. 1694, §1º, DO CÓDIGO CIVIL. VALOR. ADEQUAÇÃO.
1. A fixação dos alimentos civis deve ser orientada pelo caput e §1º do artigo 1.694 do Código Civil, que preconiza a comprovação da necessidade de quem a recebe e a situação financeira de quem paga, a fim de que seja garantida a sua compatibilidade com a condição social das partes.
2. O valor da pensão alimentícia não pode ser consideravelmente reduzido em função do desemprego de um dos genitores, pois, além de ser temporário, as necessidades do alimentado continuam iguais e a percepção de seguro desemprego não modifica drasticamente a situação financeira do alimentante.
3. Constatado que o valor arbitrado a título de alimentos civis pelo juiz sentenciante não se mostra razoável e proporcional em relação às necessidades do alimentando e à capacidade do alimentante, deve ser dado parcial provimento ao recurso do menor e modificado o quantum fixado na r. sentença.
4.Recurso parcialmente provido.
(Acórdão 885016, 20140510132935APC, Relator: MARIA DE LOURDES ABREU, , Revisor: SANDOVAL OLIVEIRA, 5ª TURMA CÍVEL, data de julgamento: 8/7/2015, publicado no DJE: 7/8/2015. Pág.: 225)
VI- DOS PEDIDOS
Por todas as considerações destacadas,pede que:
a) Seja o presente recurso conhecido;
b)Seja o presente recurso recebidona forma de agravo de instrumento oficiando o Juízo A quo;
c) Seja recebido no seu regular efeito devolutivocom a concessão de do efeito ativo para antecipar os efeitos da tutela recursalnos termos do artigo 1019, inciso I do CPC/15
d) Seja o agravado intimado no prazo de 15 doas ,nos termos do artigo1019inciso II do CPC/15
e) Seja ao final dado PROVIMENTO DO RECURSO a fim de que a decisãointerlocutória recorrida seja totalmente reformada.
Nestes termos, Pede deferimento.
Porto Alegre,25 de junho de 2020
Maria Silva
OAB/RS XXXX
Peças que instruem o presente agravo de instrumento:
Peças obrigatórias conforme Artigo 1017 Codigo de Processo Civil
1 Procuração do agravante e agravado;
2-Cópia da decisão agravada (fls.XX);
3-Cópia de exame de DNA;
4- Cópia da certidao da respectiva intimação e das procurações outorgadas aos advogados.
Peças facultativas
3-Cópia da petição inicial
4- Cópia do mandado de citação
5-Cópia da Contestação

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