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APOSTILA AULA 06 - PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

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1 
 
 
 
 2 
AULA 6: AVALIAÇÃO ACADÊMICA 3 
INTRODUÇÃO 3 
CONTEÚDO 4 
O QUE É AVALIAÇÃO? 4 
AVALIAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE APOIO AO ENSINO 5 
GERAÇÕES DA AVALIAÇÃO 6 
1ª GERAÇÃO: AVALIAÇÃO = MENSURAÇÃO 7 
2ª GERAÇÃO: AVALIAÇÃO = DESCRIÇÃO 7 
3ª GERAÇÃO: AVALIAÇÃO = JULGAMENTO 9 
4ª GERAÇÃO: AVALIAÇÃO = NEGOCIAÇÃO 9 
FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO 11 
AVALIAÇÃO FORMATIVA X SOMATIVA 14 
ATIVIDADE PROPOSTA 15 
REFERÊNCIAS 15 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 16 
CHAVES DE RESPOSTA 19 
ATIVIDADE PROPOSTA 19 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 19 
 
 
 
 
 3 
Introdução 
Até o momento, você viu que a avaliação acadêmica é um dos itens do 
processo de planejamento do professor universitário e deve ser pensada a 
partir das mudanças contemporâneas. 
 
Para que seja significativa, essa ferramenta da educação não pode ser 
aplicada somente com base na experiência docente, mas planejada e 
organizada de maneira formal. 
 
Nesta aula, aprofundaremos um pouco mais a discussão que iniciamos na 
aula anterior a respeito do processo avaliativo. Por isso, aqui, você estudará 
as funções da avaliação da aprendizagem. 
 
Objetivo 
Explicar as funções da avaliação e sua importância no processo de 
aprendizagem. 
 
 4 
Conteúdo 
O que é avaliação? 
Você já parou para pensar no sentido da palavra AVALIAR1? 
 
Tradicionalmente, somos levados a acreditar que avaliar significa medir, 
testar ou verificar. Veja, a seguir, um quadro que descreve, de forma breve, 
esses conceitos: 
 
Menos abrangente Mais abrangente 
TESTAR MEDIR VERIFICAR AVALIAR 
Verificar um desempenho 
mediante situações 
previamente organizadas 
– chamadas de testes. 
Descrever um 
fenômeno do ponto 
de vista quantitativo. 
Observar, obter, 
analisar e sintetizar os 
dados ou as 
informações do objeto. 
Interpretar dados 
quantitativos e 
qualitativos, a fim de 
obter um parecer ou 
julgamento de valor para 
a tomada de decisão. 
 
Ao analisarmos tais noções, observamos que elas se diferem e que são mais 
ou menos abrangentes de acordo com o que se propõem. Desse modo: 
 
Avaliar não é simplesmente medir determinado objeto e verificar 
seu resultado. 
 
Alguns autores definem o termo de forma diversa dessa visão tradicional. 
Vejamos... 
 
 
 
1 Avaliar 
Do latim a + valere, que significa “atribuir valor e mérito ao objeto em estudo”. Trata-se, 
portanto, de conferir um juízo de valor sobre a particularidade de um processo para 
determinar a qualidade de seu resultado. 
 
 5 
Conheça, agora, os sentidos atribuídos por alguns estudiosos à avaliação: 
 
Demo (1999) 
De acordo com Demo (1999), a avaliação exige reflexão, planejamento e 
proposição de objetivos. O autor afirma que é preciso entender o ato 
avaliativo a partir de um processo amplo que inclui as esferas educativa, 
social e política. 
 
Libâneo (1994) 
Já o professor Libâneo (1994) define a avaliação como uma atividade didática 
necessária e permanente da ação docente, que deve acompanhar 
continuamente o processo de ensino e aprendizagem. 
 
Para ele, os resultados da avaliação serão obtidos no decorrer do trabalho 
conjunto do professor com os alunos, através da comparação entre os 
objetivos propostos pelo educador e o progresso e as dificuldades dos 
estudantes. 
 
O objetivo é nortear a atividade docente e propor as correções necessárias a 
ela. 
 
Avaliação como instrumento de apoio ao ensino 
Como vimos anteriormente, a avaliação precisa ser um instrumento constante 
no trabalho docente. 
 
Afinal, seus objetivos são identificar se o estudante aprendeu ou não 
determinado conteúdo e, principalmente, refletir sobre o nível de qualidade 
do trabalho acadêmico – tanto do aluno quanto do professor –, a fim de 
produzir mudanças significativas no universo de ensino. 
 
 
 6 
A avaliação acadêmica é, portanto, uma atividade necessária para ambos os 
atores desse universo, pois permite que adquiram elementos indispensáveis 
para o mapeamento do processo de aprendizagem mediante: 
 
 A verificação dos aspectos que demandam melhoria; 
 A demonstração dos objetivos de ensino que já foram alcançados; 
 O esclarecimento das dificuldades encontradas. 
 
Por isso, valer-se dessa ferramenta de apoio à educação vai além do simples 
ato de medir: é um amplo processo que exige uma tomada de decisão, 
como vimos na aula anterior. 
 
Gerações da avaliação 
De acordo com Guba e Lincoln (1989), há quatro gerações da avaliação. 
Vejamos: 
GERAÇÃO FUNÇÃO 
PAPEL DO 
AVALIADOR 
MATRIZ CARACTERÍSTICA 
Mensuração 
Medir para elaborar 
instrumentos ou 
testes de 
verificação. 
Técnico. 
Reprodutora 
e somativa. 
Classificatória e 
informativa. 
 
Descrição 
Identificar o 
sucesso ou a 
dificuldade do 
aluno quanto aos 
objetivos 
propostos. 
Interativo 
para 
descrever e 
controlar 
padrões e 
critérios. 
Intencional e 
observadora. 
Classificatória e 
descritiva. 
Julgamento 
Questionar os 
testes 
padronizados e 
simplistas da 
avalição como 
medida. 
Juiz do 
processo de 
mensuração 
e descrição. 
Padronizadora 
e julgadora. 
Classificatória, 
informativa e 
descritiva. 
Negociação 
Prover informações 
que permitam a 
tomada de 
decisões sobre as 
intervenções e os 
redirecionamentos 
do processo de 
aprendizagem. 
Figura 
estimulada 
pelos sujeitos 
da avaliação 
e pelas 
atividades. 
Baseada em 
atividades e 
em sua 
audiência. 
Responsiva e 
construtivista. 
 
 
 7 
1ª geração: avaliação = mensuração 
A avaliação que tem por base a mensuração não faz diferença entre a 
avaliação em si e a medida, porque seu objetivo é valer-se de testes ou de 
outros instrumentos para medir a inteligência e as aptidões do 
rendimento educacional. 
 
Nesse caso, o docente é apenas um técnico no processo avaliativo que 
elabora provas e exames precisos para mensurar a capacidade de 
aprendizagem, compará-la ou ordená-la em uma escala quantitativa. 
 
Essa concepção está estritamente relacionada aos conceitos tayloristas e foi 
rapidamente adotada pelos sistemas educativos. Afinal, os testes tinham o 
objetivo explícito de verificar se tais sistemas produziam bons materiais a 
partir da matéria-prima disponível: os alunos. 
 
Em termos práticos, de sala de aula, aqui, a avaliação se restringe a gerenciar 
esses exames e a atribuir uma classificação aos estudantes em períodos 
determinados. 
 
Veja mais características da avaliação mensural2. 
 
2ª geração: avaliação = descrição 
A avaliação descritiva surge para entender o objetivo do processo 
avaliativo, pois considera que a geração anterior apresenta apenas 
informações sobre o conhecimento adquirido pelo aluno. 
 
 
2 Avaliação mensural 
São características desse tipo de avaliação: 
 As funções somativa, classificativa e seletiva; 
 O único objetivo de acúmulo de conhecimentos; 
 A quase nula participação do aluno no processo avaliativo; 
 A descontextualização desse processo; 
 A quantificação das aprendizagens em busca da objetividade e da neutralidade do 
professor; 
 Os resultados como base de comparação entre os sujeitos. 
 
 8 
Por isso, além da medição, é necessário descrever os programas de 
ensino e o sucesso ou a dificuldade do estudante com relação às metas 
estabelecidas para cada etapa do processo de aprendizagem. 
 
Em outras palavras, o propósito é destacar os pontos fortes e fracos da 
avaliação e o quanto o estudante atingiu os objetivos definidospelo 
programa. 
 
Disto resulta a importância de o professor especificar os padrões e critérios da 
avaliação: são esses elementos que indicam o que está em jogo em tal 
processo. 
 
A geração descritiva também concebe o currículo como um conjunto 
planejado de experiências formativas – aquele que deve colaborar para 
que os alunos atinjam os objetivos previamente traçados. 
 
Essa perspectiva de avaliação com enfoque comportamentalista envolve 
paradigmas positivistas e influenciou muito os sistemas educativos brasileiros 
a partir da década de 1970, dando um caráter tecnicista à educação. 
 
Por isso, essa geração estabelece a avaliação como simples verificação 
das mudanças comportamentais ocorridas ao longo do processo de 
aprendizagem em consonância com as já referidas metas propostas no 
programa. 
 
Veja mais características da avaliação descritiva3. 
 
3 Avaliação descritiva 
São características desse tipo de avaliação: 
 A elaboração e a classificação dos objetivos de acordo com o grau de generalização e 
especificidade; 
 A definição prévia de cada objetivo em termos comportamentais; 
 O reconhecimento e a definição das situações que demonstram as condutas 
pretendidas nos objetivos; 
 
 9 
3ª geração: avaliação = julgamento 
A avaliação como julgamento originou-se a partir do questionamento 
sobre a noção simplista da medida das gerações anteriores e incluiu como 
prioridade no processo avaliativo o juízo de valor. 
 
Nesse sentido, o avaliador adquire o papel de juiz, pois é necessário julgar 
as dimensões do processo de aprendizagem bem como seus objetivos. 
No entanto, aqui, a mensuração e a descrição são preservadas. 
 
Além disso, a partir dessa abordagem, as reflexões sobre avaliação passam a 
se apoiar na tomada de decisões, e esse processo vai além da simples 
medição e coleta de informações. 
 
Agora, todos os interessados no processo e no contexto avaliativo precisam 
estar envolvidos no planejamento da avaliação. 
 
4ª geração: avaliação = negociação 
A avaliação como negociação é um processo interativo que se baseia 
no paradigma construtivista e se coloca como alternativa às três gerações 
anteriores, pois rompe com os conceitos estabelecidos por cada uma delas. 
 
Nesse caso, o tradicional modelo científico é substituído por um processo 
educativo que permite intervenções e redirecionamentos necessários à 
aprendizagem do aluno. 
 
Essa geração da avaliação se caracteriza por ser responsiva, ou seja, o 
ponto inicial do processo não estabelece parâmetros: eles são determinados e 
definidos através da negociação e da interação com os alunos. 
 
 
 A seleção e a experimentação de vários métodos e instrumentos de avaliação 
comportamental – tais como questionários e fichas de registro de conduta aliados 
aos exames e às provas. 
 
 10 
Percebemos, então, que tal avaliação surge a partir de concepções de 
aprendizagem diferentes das tradicionais, fundamentando-se na construção 
do conhecimento. Sua preocupação se volta para o objetivo do curso, 
projeto ou programa de ensino. 
 
 
Atenção 
 A avaliação responsiva deve levar em conta: 
 Os contextos em que ocorre o processo avaliativo; 
 A negociação e o envolvimento dos participantes; 
 A construção social do conhecimento; 
 Os processos socioculturais desenvolvidos em sala de 
aula. 
 
Aqui, sugerimos a utilização de métodos predominantemente 
qualitativos, mas os quantitativos não precisam ser excluídos. 
 
Veja mais características da avaliação negociada4. 
 
 
 
4 Avaliação negociada 
São características desse tipo de avaliação: 
 
 A definição múltipla, pois depende de quem a faz e de quem dela participa; 
 A divisão do poder de avaliar entre professores e alunos, a partir da variedade de 
estratégias, de técnicas e de instrumentos de avaliação de que se vale o docente; 
 A integração ao processo de ensino e aprendizagem para fins de desenvolvimento 
das potencialidades do aluno, e não de julgamento ou de classificação dentro de uma 
escala qualitativa; 
 A função formativa relacionada às atividades de melhoria, de desenvolvimento, de 
aprendizado e de motivação dos estudantes; 
 A prática do feedback no processo de aprendizagem. 
 
 11 
Funções da avaliação 
Você acabou de estudar as gerações da avaliação e suas mudanças. Agora, 
sugerimos uma reflexão: 
 
Qual é a função5 da avaliação na universidade? 
Quais são as atribuições andragógicas da avaliação no Ensino 
Superior? 
 
Na verdade, a avaliação possui funções conexas que derivam do papel da 
própria educação, constituindo práticas de relações humanas quando 
integram ou diferenciam as pessoas. 
 
O esquema a seguir resume as funções da educação e da avaliação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 Função 
Atividade que se desenvolve para alcançar determinado objetivo. 
 
 12 
Integrativa 
Função que tenta aproximar as pessoas a partir de um processo de 
equiparação de linguagem, de ideias, de valores e de adaptação social e 
intelectual. Em outras palavras, trata-se de buscar o relacionamento entre os 
indivíduos, valendo-se de uma ligação que os assemelhe. 
 
Tanto a educação quanto a avaliação cumprem esse papel. 
 
Diferenciada 
Função contrária à anterior que destaca as distinções entre os sujeitos. Nesse 
caso, eles são preparados para o mercado de trabalho para realizar atividades 
e exercer profissões específicas com base em suas competências individuais. 
 
Diagnóstica 
Função inicial da avaliação que examina os pré-requisitos necessários à 
aprendizagem e oferece informações sobre as capacidades do aluno antes do 
início do processo de ensino. 
 
Nessa fase, identificamos as habilidades e dificuldades dos estudantes, 
tentando buscar as causas desses bloqueios. 
 
Formativa 
Função que identifica se os estudantes estão realmente conseguindo alcançar 
os objetivos pretendidos. Nesse caso, tanto o aluno quanto o professor 
podem reconhecer erros e acertos, o que permite um planejamento 
sistemático das ações futuras de ENSINAR e de APRENDER. 
 
Aqui, o feedback para o aluno é muito importante! 
 
Além disso, essa função da avaliação propicia o aperfeiçoamento do trabalho 
docente, pois, através dela, o educador percebe, claramente, os pontos que 
 
 13 
necessitam de ajustes e de aprimoramento para facilitar o processo de 
aprendizagem. 
 
Somativa 
Função que tem como principal objetivo definir o nível de aprendizagem do 
aluno em determinadas áreas do conhecimento. 
 
Trata-se de uma ação pontual, porque ocorre ao final de cada etapa 
educativa – ou seja, de um bimestre, semestre, ano, projeto etc. 
 
Esse tipo de avaliação classifica os resultados finais do processo de 
aprendizagem e faz um balanço dos vários segmentos de formação/progresso 
do estudante. 
 
O propósito é apreciar os frutos das avaliações formativas e conseguir 
indicadores que permitam aperfeiçoar o processo de ensino. 
 
 
Atenção 
 De acordo com Brum (1971 apud TURRA, 1982), as funções 
específicas da avaliação – diagnóstica, formativa e somativa – 
devem ser reunidas pelos professores, a fim de que o 
processo avaliativo fique completo. 
 
Veja aqui um Resumo das funções específicas da avaliação. 
 
 
 
 14 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre as funções da avaliação, leia os 
seguintes textos... Função social da educação e da escola; 
 Funções da avaliação: pressupostos e recomendações 
para uma avaliação formativa; 
 A avaliação como um instrumento diagnóstico da 
construção do conhecimento nas séries iniciais do 
Ensino Fundamental. 
 
Avaliação formativa X somativa 
Apesar de se classificarem de forma distinta, muitas pessoas confundem as 
avaliações formativa e somativa. Você conseguiu diferenciá-las a partir 
da explicação anterior? 
 
Para que você possa entender melhor essa distinção, observe como essas 
funções da avaliação se aplicam na prática de sala de aula. 
 
Como vimos ao longo desta aula, são vários os papéis da avaliação. Cabe ao 
educador identificar as necessidades do contexto em que atua e de seus 
alunos para executar o processo avaliativo que gerará os resultados mais 
adequados em termos de aprendizagem, considerando as condições de 
determinado universo de ensino. 
 
 
 
 15 
Atividade proposta 
Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade! Mas, primeiro, 
entenda, a partir do vídeo, como a avaliação da aprendizagem reflete na 
prática docente. 
 
Com base neste estudo e na fala do professor Luckesi, estabeleça as 
principais características dos modelos de avaliação instituídos ao longo da 
história ocidental. 
 
Você pode compartilhar sua resposta com seus colegas de turma no fórum de 
discussão e trocar experiências! Então, aproveite-a! 
 
 
Referências 
ANTUNES, C. Como desenvolver competências em sala de aula. 
Petrópolis: Vozes, 2010. 
 
BORDANAVE, J. D.; PEREIRA, A. M. Estratégias de ensino aprendizagem. 
14. ed. Petrópolis: Vozes, 1994. 
 
DEMO, P. Avaliação qualitativa. 6. ed. São Paulo: Autores Associados, 
1999. 
 
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. 
 
GUBA, E.; LINCOLN, Y. Fourth generation evaluation. London: Sage, 
1989. 
 
LIBÂNEO, J. C. Didática. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1994. 
 
 
 16 
MEDEIROS, E. B. Provas objetivas: técnicas de construção. Rio de Janeiro: 
FGV, 1977. 
 
SANT’ANNA, I. M. Por que avaliar? Como avaliar? – critérios e 
instrumentos. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1995. 
 
TURRA, C. M. G. et al. Planejamento de ensino e avaliação. 11. ed. Porto 
Alegre: Sagra Luzzatto, 1982. 
 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Freire (1982) discute sobre a importância da observação como exercício do 
aprendizado do olhar, definido, por sua vez, por ele como o movimento de 
perceber o outro sob uma perspectiva alheia a si mesmo e de fazer uma 
leitura da realidade. 
 
Quando fazemos essa leitura, podemos: 
 
 Formular hipóteses sobre o momento de educação em que o outro se 
encontra; 
 Colher dados da realidade e trazê-los de volta para dentro de nós; 
 Repensar as hipóteses formuladas. 
 
Esse movimento compõe o processo de aprendizagem e delineia a ação 
didática da: 
 
a) Aprendizagem colaborativa 
b) Avaliação qualitativa 
c) Interdisciplinaridade 
d) Tranversalidade 
e) Multidimensionalidade 
 
 17 
Questão 2 
Determinada avaliação é aplicada com o propósito de informar ao professor e 
ao aluno o resultado do processo de ensino após a realização de atividades 
acadêmicas, a fim de identificar as deficiências do estudante ao longo desse 
processo e de reformular objetivos e técnicas para o sucesso de sua 
aprendizagem. 
 
Nesse caso, estamos nos referindo à avaliação: 
 
a) Somativa 
b) Formativa 
c) Diagnóstica 
d) Inclusiva 
e) Alternativa 
 
 
Questão 3 
Determinada avaliação tem como função classificar os alunos ao final da 
unidade estudada, do semestre ou do ano letivo, de acordo com os níveis de 
aproveitamento apresentados. 
 
Nesse caso, estamos nos referindo à avaliação: 
 
a) Somativa 
b) Formativa 
c) Diagnóstica 
d) Inclusiva 
e) Alternativa 
 
 
 
 
 
 18 
Questão 4 
De acordo com Sant’Anna (1995), determinada ferramenta educativa tem 
como função apresentar ao aluno e ao professor os resultados que vêm 
sendo alcançados durante o desenvolvimento das atividades para identificar 
deficiências de aprendizagem, eliminá-las e aprimorar o processo de ensino. 
 
Nesse caso, estamos nos referindo à(ao): 
 
a) Planejamento didático 
b) Avaliação por competências 
c) Avaliação somativa 
d) Avaliação formativa 
e) Planejamento andragógico 
 
 
Questão 5 
Um dos propósitos desta avaliação é informar ao professor o nível de 
conhecimento e de habilidade de seus alunos antes de iniciar o processo de 
aprendizagem, para determinar o quanto progrediram depois de certo tempo. 
 
Nesse caso, estamos nos referindo à avaliação: 
 
a) Diagnóstica 
b) Formativa 
c) Colaborativa 
d) Somativa 
e) Inclusiva 
 
 
 
 
 
 
 19 
Atividade proposta 
No decorrer dos anos, a escola destacou a seleção e a classificação como 
pontos fundamentais dos exames e das provas aplicadas em sala de aula. 
Esse processo seletivo perdurou do século XVI ao XX na educação ocidental, 
excluindo muitos alunos das entidades escolares. 
 
Posteriormente, a avaliação passou a ser diagnóstica e adquiriu a função de 
garantir o sucesso da aprendizagem, atuando como parceira na busca pelo 
melhor resultado da ação pedagógica – uma busca contínua pela qualidade 
dos processos educativos. 
 
A grande questão sobre a qual os docentes precisam refletir, mencionada 
tanto na fala do professor Luckesi quanto nesta aula, é a seguinte: não é a 
avaliação que resolve os problemas de aprendizagem dos alunos, e sim a 
gestão eficaz das deficiências encontradas durante o processo avaliativo. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 – B 
Justificativa: A avaliação qualitativa pressupõe um olhar atento do professor 
para seus alunos e deve-se basear em técnicas e instrumentos variados, a fim 
de que possamos diagnosticar o começo, o meio e o fim de todo o processo 
avaliativo. 
 
Questão 2 – B 
Justificativa: A função formativa da avaliação está diretamente relacionada às 
atividades de melhoria, de desenvolvimento, de aprendizado e de motivação 
do aluno. 
 
 
 
 20 
Questão 3 – A 
Justificativa: A avaliação somativa é classificatória e, como a própria definição 
já aponta, tem como função apenas classificar os alunos ao final de cada 
etapa do processo de aprendizagem. 
 
Questão 4 – D 
Justificativa: A avaliação formativa tem o objetivo de controlar o processo de 
aprendizagem. Por isso, através dela, constatamos se os objetivos previstos 
foram atendidos. 
 
Questão 5 – A 
Justificativa: A avaliação diagnóstica é constituída por uma sondagem, 
projeção e retrospecção da situação de desenvolvimento do aluno, e lhe 
fornece elementos para verificar O QUE e COMO aprendeu. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atualizado em: 3 jun. 2014

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