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Prévia do material em texto

CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 1 
Aula 3: Formação de Professores e inclusão ................................................................................. 2 
 ............................................................................................................................. 2 Introdução
 ................................................................................................................................ 3 Conteúdo
Profissionais da educação ................................................................................................ 3 
Capacitação de professores ............................................................................................. 4 
Formação continuada ....................................................................................................... 5 
Ensino voltado para deficientes auditivos .................................................................... 8 
Ensino voltado para deficientes visuais ....................................................................... 11 
Avaliação ........................................................................................................................... 13 
Atividade proposta .......................................................................................................... 14 
........................................................................................................................... 14 Referências
 ......................................................................................................... 16 Exercícios de fixação
Notas ........................................................................................................................................... 18 
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 19 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 2 
Introdução 
Nesta aula, discutiremos sobre a educação especial na perspectiva inclusiva, 
dando ênfase à formação dos professores. 
 
Alguns já estão diretamente envolvidos nesse processo. Os demais têm de se 
preparar tecnicamente para receber em sala de aula os alunos com 
necessidades educacionais especiais. 
 
Além dessas questões, apresentaremos os dispositivos legais que norteiam a 
capacitação docente, bem como faremos um paralelo entre o real e o ideal 
nessa formação. 
Bons estudos! 
 
Objetivo: 
1. Identificar as propostas de formação docente para o efetivo trabalho com 
alunos com necessidades educacionais especiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 3 
Conteúdo 
 
Profissionais da educação 
Na aula anterior, estudamos as questões legais e históricas do movimento de 
inclusão na educação especial. 
 
Aqui, vamos continuar tratando dos dispositivos legais, pensando, agora, na 
formação docente para a escola inclusiva, bem como de algumas formas de 
trabalho adaptado para os alunos com necessidades educacionais especiais. 
 
Para iniciarmos nossa discussão, vamos identificar quem são os profissionais da 
educação e como deve ocorrer seu processo de formação para a docência no 
Ensino Superior. 
 
Para isso, leia o Artigo 61 da Lei nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional (LDB). 
 
Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 
[...] Art. 61. Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, 
nela estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos 
reconhecidos, são: 
I – professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na 
educação infantil e nos ensinos fundamental e médio; 
II – trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com 
habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação 
educacional, bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas 
áreas; 
III – trabalhadores em educação portadores de diploma de curso técnico ou 
superior em área pedagógica ou afim. 
 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 4 
Parágrafo único. A formação dos profissionais da educação, de modo a atender 
às especificidades do exercício de suas atividades, bem como aos objetivos das 
diferentes etapas e modalidades da educação básica, terá como fundamentos: 
I – a presença de sólida formação básica, que propicie o conhecimento dos 
fundamentos científicos e sociais de suas competências de trabalho; 
II – a associação entre teorias e práticas mediante estágios supervisionados e 
capacitação em serviço; 
III – o aproveitamento da formação e experiências anteriores, em instituições 
de ensino e em outras atividades. [...] 
 
Capacitação de professores 
Agora que você já conhece as bases legais da formação inicial docente, é 
importante discutirmos sobre a capacitação acadêmica e específica para a 
educação especial. 
 
Afinal, a formação inicial e continuada dos professores é primordial para o 
processo de inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais. 
 
De acordo com Almeida (2005, p. 3): 
“[...] há que se compreender a formação a partir da confluência entre a pessoa 
do professor, seus saberes e seu trabalho. O exercício da docência não pode se 
resumir à aplicação de modelos previamente estabelecidos. Ele deve dar conta 
da complexidade que se manifesta no contexto da prática concreta 
desenvolvida pelos professores, posto que os entendemos como profissionais 
que tomam decisões que sustentam os encaminhamentos de suas ações”. 
 
Isso reforça a ideia de que questões que envolvem a capacitação docente são 
pertinentes ao processo de formação dos gestores escolares, até porque todos 
são profissionais da educação e precisam acompanhar os novos rumos da 
escola contemporânea. 
 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 5 
 
Atenção 
 Para Vieira (2002, p. 15): 
“[...] quando pensamos em formar indivíduos, devemos, 
também, estar preocupados com uma visão maior da ação ou do 
projeto educacional de uma escola. 
A sociedade industrial ou moderna preocupou-se apenas em 
formar pessoas que soubessem ler, escrever e fazer contas para 
poder consumir e trabalhar nas indústrias ou no comércio. 
Hoje, é preciso repensar esses objetivos. A escola deve acolher 
outros valores orientadores de seu trabalho educacional junto 
aos estudantes, ampliando a visão de mundo dos alunos na 
expectativa de obter maior ressonância com a sociedade”. 
 
Formação continuada 
Após a capacitação inicial que acontece nos cursos de formação docente, no 
Ensino Médio ou no Superior, a educação continuada tem de fazer parte do 
cotidiano profissional dos professores para subsidiar sua atuação – seja com o 
aluno com necessidades educacionais especiais ou não. Goffredo (1999, p. 47-
48) enfatiza essa questão da seguinte forma: 
 
“O professor de classe regular precisa entender o significado de uma escola 
inclusiva a partir de seus conhecimentos anteriores como professor. Precisa 
entender, também, que seus alunos desenvolvem meios diferentes de 
aprendizagem e, por isso, às vezes, utilizam caminhos que o próprio professor 
desconhece. 
 
Por outro lado, os professores de classes regulares poderão utilizar os recursos 
disponibilizados pela educação especial quando tiverem em sua sala de aula um 
aluno portador de necessidades educativas especiais. 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 6 
Frente ao exposto, o mais importante em todo esse processo é a necessidade 
da formação da consciência crítica do professor quanto à sua responsabilidade 
pela aprendizagem de seus alunos, sejam eles deficientesou não”. 
 
O acompanhamento do docente que trabalha com o aluno da educação especial 
incluído em turmas regulares está previsto no Artigo 8º da Resolução CNE/CEB 
nº 2/01. 
 
Resolução CNE/CEB Nº 2, de 11 de setembro de 2001 Institui 
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica 
 
[...] Art. 8º As escolas da rede regular de ensino devem prever e prover na 
organização de suas classes comuns: 
I - professores das classes comuns e da educação especial capacitados e 
especializados, respectivamente, para o atendimento às necessidades 
educacionais dos alunos; 
II - distribuição dos alunos com necessidades educacionais especiais pelas 
várias classes do ano escolar em que forem classificados, de modo que essas 
classes comuns se beneficiem das diferenças e ampliem positivamente as 
experiências de todos os alunos, dentro do princípio de educar para a 
diversidade; 
III – flexibilizações e adaptações curriculares que considerem o significado 
prático e instrumental dos conteúdos básicos, das metodologias de ensino e dos 
recursos didáticos diferenciados, e processos de avaliação adequados ao 
desenvolvimento dos alunos que apresentam necessidades educacionais 
especiais, em consonância com o projeto pedagógico da escola, respeitada a 
frequência obrigatória; 
 
IV – serviços de apoio pedagógico especializado, realizado, nas classes comuns, 
mediante: 
a) atuação colaborativa de professor especializado em educação especial; 
b) atuação de professores-intérpretes das linguagens e códigos aplicáveis; 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 7 
c) atuação de professores e outros profissionais itinerantes intra e 
interinstitucionalmente; 
d) disponibilização de outros apoios necessários à aprendizagem, à locomoção 
e à comunicação. 
 
V – serviços de apoio pedagógico especializado em salas de recursos, nas quais 
o professor especializado em educação especial realize a complementação ou 
suplementação curricular, utilizando procedimentos, equipamentos e materiais 
específicos; 
 
VI – condições para reflexão e elaboração teórica da educação inclusiva, com 
protagonismo dos professores, articulando experiência e conhecimento com as 
necessidades/possibilidades surgidas na relação pedagógica, inclusive por meio 
de colaboração com instituições de ensino superior e de pesquisa; 
 
VII – sustentabilidade do processo inclusivo mediante aprendizagem 
cooperativa em sala de aula, trabalho de equipe na escola e constituição de 
redes de apoio, com a participação da família no processo educativo, bem como 
de outros agentes e recursos da comunidade; 
 
VIII – temporalidade flexível do ano letivo para atender às necessidades 
educacionais especiais de alunos com deficiência mental ou com graves 
deficiências múltiplas, de forma que possam concluir, em tempo maior, o 
currículo previsto para a série/etapa escolar, principalmente nos anos finais do 
ensino fundamental, conforme estabelecido por normas dos sistemas de ensino, 
procurando-se evitar grande defasagem idade/série; 
 
IX – atividades que favoreçam ao aluno que apresente altas 
habilidades/superdotação o aprofundamento e enriquecimento de aspectos 
curriculares mediante desafios suplementares nas classes comuns, em sala de 
recursos ou em outros espaços definidos pelos sistemas de ensino, inclusive 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 8 
para conclusão, em menor tempo, da série ou etapa escolar do Artigo 24, V, 
“c”, da Lei nº 9.394/96. [...] 
 
Fonte 
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Especial. 
Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001. Diretrizes Nacionais para 
a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC, SEESP, 2001. 
 
Esse dispositivo nos permite entender que, no processo de inclusão de alunos 
com necessidades educacionais especiais, é necessário que haja sensibilização 
por parte do professor, que deve investir em seu processo de formação. 
 
Para atuar, de forma consciente, junto a esses estudantes, o educador precisa, 
portanto, conhecer os documentos legais que norteiam o exercício de sua 
profissão, além, é claro, das vertentes teóricas da área de educação especial. 
 
 
Atenção 
 Como estudamos anteriormente, a Declaração de Salamanca 
(BRASIL, 1994) tinha como objeto específico de discussão a 
atenção educacional aos alunos com deficiência. 
A questão da formação docente também foi pensada nesse 
documento, através da seguinte orientação: 
“Apelamos a todos os governos e os instamos a: 
[...] Assegurar que, em um contexto de mudança sistemática, os 
programas de formação do professorado, tanto inicial como 
contínua, estejam voltados para atender às necessidades 
educacionais especiais dentro das escolas integradoras”. 
 
Ensino voltado para deficientes auditivos 
Se a Declaração de Salamanca (BRASIL, 1994) já apontava para a importância 
da capacitação de professores para a educação especial na perspectiva 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 9 
inclusiva, em 2002, foi promulgado um decreto que regulamenta a formação 
docente em relação ao ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). 
 
De acordo com o Documento Orientador do Programa Incluir – acessibilidade 
na Educação Superior (BRASIL, 2013, não paginado): 
“O Decreto nº 5.626/05, que regulamenta a Lei n° 10.436/02 [...], dispõe 
sobre o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e estabelece que 
os sistemas educacionais devem garantir, obrigatoriamente, o ensino de 
LIBRAS em todos os cursos de formação de professores e de fonoaudiólogos e, 
optativamente, nos demais cursos de Educação Superior”. 
 
Presidência da República 
Casa Civil 
Subchefia para Assuntos Jurídicos 
LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002. 
 
Regulamento 
Dispõe sobre a Língua Brasileira de 
Sinais - Libras e dá outras providências. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e 
eu sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1o É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua 
Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados. 
 
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma 
de comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-
motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema lingüístico de 
transmissão de idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do 
Brasil. 
 
Art. 2o Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas 
concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 10 
e difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação 
objetiva e de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil. 
 
Art. 3o As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos 
de assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos 
portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor. 
 
Art. 4o O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, 
municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de 
formação de Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus 
níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como 
parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme 
legislação vigente. 
 
Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libras não poderá substituir a 
modalidade escrita da língua portuguesa.Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
Brasília, 24 de abril de 2002; 181o da Independência e 114o da República. 
 
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 
Paulo Renato Souza 
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 25.4.2002 
 
O vídeo nos mostrou que, nem sempre, as Instituições de Ensino Superior (IES) 
oferecem recursos e suporte necessários para a aprendizagem desses 
estudantes. Mas há possibilidades de realizar trabalhos pedagógicos 
satisfatórios junto a eles. 
 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 11 
Ensino voltado para deficientes visuais 
Até o momento, apresentamos as formas legais de receber os alunos com 
necessidades educacionais especiais no Ensino Superior, de maneira que 
possam se sentir efetivamente incluídos. 
 
Confira as dicas do Projeto Escola Viva, em sua Cartilha 6 – Adaptações 
curriculares de pequeno porte (BRASIL, 2000, p. 13), para atender as 
necessidades educacionais especiais dos alunos cegos ou com baixa visão: 
 
Posição do aluno 
“Posicionar o aluno, de forma a favorecer sua possibilidade de ouvir o 
professor. 
 
Mobiliário 
Dispor o mobiliário da sala, de forma a facilitar a locomoção e o deslocamento 
do aluno, e evitar acidentes, quando este precisar obter materiais ou 
informações do professor. 
 
Explicações verbais 
Dar explicações verbais sobre todo o material abordado em sala de aula de 
maneira visual – ler, por exemplo, o conteúdo que escreve na lousa. 
 
Suporte 
Oferecer suporte físico, verbal e instrucional para a locomoção do aluno no que 
se refere à orientação espacial e à mobilidade. 
 
Recursos e materiais 
Utilizar os recursos e materiais adaptados disponíveis – pranchas, presilhas para 
evitar o deslizamento do papel na carteira, lupa, material didático de tipo 
ampliado, livro falado, equipamento de informática, materiais desportivos como 
bola de guizo etc. 
 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 12 
Conheça, agora, alguns materiais que podem ser utilizados por pessoas com 
deficiência visual para facilitar sua leitura cotidiana: 
 
Lupa 
Instrumento que serve para ampliar o texto a ser lido – no caso do aluno com 
baixa visão. 
 
Reglete e Punção 
A reglete é uma régua metálica com seis pontos que facilita a escrita no 
Sistema Braille. 
O aluno com deficiência visual a usa por cima de uma folha de papel com o 
auxílio de uma punção – um instrumento também metálico e pontiagudo que 
serve para gravar o que se pretende escrever. 
 
DOSVOX e NVDA 
Programas específicos e gratuitos de leitura de telas. O NVDA ainda possibilita o 
acesso à internet. 
 
Esses são exemplos de ajudas técnicas para atender os alunos com 
necessidades educacionais especiais incluídos no ensino regular. 
 
 
Atenção 
 Conheça aqui o alfabeto Braile: 
 
 
 
 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 13 
Avaliação 
Além das adaptações pedagógicas cotidianas, os docentes têm de criar 
estratégias adequadas de avaliação dos alunos com necessidades educacionais 
especiais, de modo que consigam apresentar o desenvolvimento obtido por 
meio das aulas. 
 
Mas o professor do Ensino Superior não deve se estressar com mais 
essa etapa de ensino e aprendizagem da educação especial. 
 
Afinal, o próprio aluno pode ajudá-lo nesse processo que o acompanhou por 
anos – desde o Ensino Básico. 
 
O mesmo vale para as adaptações curriculares. Por necessidade, o educando 
com deficiência já adquiriu mecanismos próprios de estudo. Sem dúvida, ele 
saberá explicar como ocorreu seu processo específico de inclusão na sala de 
aula. 
 
O professor precisa entender que deve avaliar esses jovens a partir do mesmo 
conteúdo trabalhado junto aos demais estudantes. É a forma a partir da qual 
vai aplicar essa avaliação que será diferenciada. 
 
 
Atenção 
 Para refletirmos sobre o exercício da avaliação – não só dos 
alunos com necessidades educacionais especiais mas também de 
todos os demais estudantes –, recorremos às palavras de 
Luckesi (1994, p. 173): “Na pedagogia preocupada com a 
transformação, o exercício da avaliação não poderá ser nem 
‘piedoso’ nem ‘durão’. Terá [de] ser adequado, normatizado pela 
própria amplitude construtiva dessa ação. [...] A avaliação 
exercerá, adequadamente, seu papel na medida em que estiver 
articulada com o conteúdo proposto para a educação”. 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 14 
Atividade proposta 
Observe a imagem abaixo e disserte sobre o conceito de “seleção justa” 
exposta pelo professor. 
 
 
Chave de resposta 
Na imagem, o professor entende por seleção justa aquela capaz de por todos 
os sujeitos em par de igualdades para fazer uma mesma prova, 
independentemente de suas diferentes condições e habilidades. 
 
Conforme aprendemos nesta aula, é fundamental que o professor desenvolva 
estratégias de avaliação adaptadas para os alunos com necessidades 
educacionais especiais, bem como adote práticas e comportamentos em sala de 
aula que sejam capazes de otimizar seu aprendizado. 
 
Referências 
ALMEIDA, M. I. Formação contínua de professores. In: BRASIL. Ministério da 
Educação. TV Escola. Formação contínua de professores. Brasília: MEC, 
2005. (Série Salto para o Futuro). 
 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 15 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Organização 
das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Declaração de 
Salamanca Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das 
Necessidades Educativas Especiais. Brasília: MEC, SEESP, UNESCO, 1994. 
 
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Projeto 
Escola Viva: garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola 
– necessidades educacionais especiais dos alunos. Brasília: MEC, SEESP, 2000. 
(Adaptações curriculares de pequeno porte, v. 6). 
 
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes 
Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC, 
SEESP, 2001. 
 
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Educação 
inclusiva – a fundamentação filosófica. Brasília: MEC, SEESP, 2004. 
 
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Saberes e 
práticas da inclusão: desenvolvendo competências para o atendimento às 
necessidades educacionais especiais de alunos cegos e de alunos com baixa 
visão. Brasília: MEC, SEESP, 2006. 
 
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política 
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. 
Brasília: MEC, SEESP, 2008. 
 
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Continuada, 
Alfabetização, Diversidade e Inclusão. Secretaria de Educação Superior. 
Documento Orientador do Programa Incluir – acessibilidade na Educação 
Superior. Brasília: MEC, SECADI, SESu, 2013. 
 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 16 
GOFFREDO, V. L. F. S. de. A escola como espaço inclusivo. In: BRASIL. 
Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Salto para o futuro. 
Educação especial: tendências atuais. Brasília: MEC, SEED, 1999. (Série de 
Estudos Educação a Distância). 
 
LUCKESI, C. C. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez, 1994. 
 
VIEIRA, A. T. Construindo uma nova escola. In: VIEIRA et al. Formação de 
gestores escolares para a utilização de Tecnologias da Informação e 
Comunicação. São Paulo: Takano, 2002. 
 
Exercícios de fixação 
 
Questão 1 
Leia as seguintes afirmações: A capacitação inicial de professores ocorre no Ensino Médio. 
 A capacitação inicial de professores ocorre em sua formação escolar específica 
para o magistério – seja em Nível Médio ou Superior. 
 Além da formação inicial, os professores têm, ao longo de suas carreiras, a 
capacitação continuada. 
Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): 
a) I e II 
b) I e III 
c) II e III 
d) I, II e III 
e) Apenas I 
 
Questão 2 
A avaliação dos alunos com necessidades educacionais especiais: 
a) Não é necessária. 
b) Deve apenas constar na lista de tarefas do professor. 
c) Deve ocorrer como os processos avaliativos dos outros alunos. 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 17 
d) Deve ser diferente dos processos avaliativos dos outros alunos. 
e) Deve ocorrer com as devidas adaptações, com base no conteúdo trabalhado. 
 
Questão 3 
A LIBRAS e o Sistema Braille atendem, respectivamente, os alunos deficientes: 
a) Físicos e visuais. 
b) Auditivos e visuais. 
c) Físicos e auditivos. 
d) Visuais e auditivos. 
e) Mentais e auditivos. 
 
Questão 4 
Leia as seguintes afirmações: 
 O Sistema Braille é a escrita dos deficientes auditivos. 
 A LIBRAS é a linguagem dos deficientes auditivos. 
 A reglete é um instrumento de escrita para os deficientes auditivos. 
Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): 
a) Apenas II 
b) Apenas I 
c) I e II 
d) I e III 
e) I, II e III 
 
Questão 5 
Quanto ao ensino de língua de sinais na capacitação inicial de professores, 
podemos afirmar que a LIBRAS deve ser uma disciplina obrigatória nos cursos 
de formação: 
a) Em Nível Médio de instituições de ensino públicas. 
b) Em Nível Médio e Superior de instituições de ensino públicas e privadas. 
c) Em Nível Superior e nos cursos de Fonoaudiologia de instituições de ensino 
públicas e privadas. 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 18 
d) Em Nível Médio e Superior, e nos cursos de Fonoaudiologia de instituições de 
ensino públicas e privadas. 
e) N.R.A. 
 
Ajudas técnicas: De acordo com o Artigo 61 do Decreto nº 5.296/04, trata-
se dos: 
“[...] produtos, instrumentos e equipamentos ou tecnologia adaptados ou 
especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa portadora 
de deficiência ou com mobilidade reduzida, favorecendo a autonomia pessoal, 
total ou assistida”. 
 
Baixa visão: De acordo com o documento Saberes e Práticas de Inclusão 
(BRASIL, 2006, p. 16): 
“[As] pessoas com baixa visão são aquelas que apresentam desde condições 
de indicar projeção de luz até o grau em que a redução da acuidade visual 
interfere ou limita seu desempenho. Seu processo educativo se desenvolverá, 
principalmente, por meios visuais, ainda que com a utilização de recursos 
específicos”. 
 
Cegos: De acordo com o documento Saberes e Práticas de Inclusão (BRASIL, 
2006, p. 17), os cegos são: 
“[...] pessoas que apresentam desde a ausência total de visão até a perda da 
projeção de luz. O processo de aprendizagem se fará através dos sentidos 
remanescentes (tato, audição, olfato, paladar), utilizando o Sistema Braille 
como principal meio de comunicação escrita”. 
 
 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 19 
Aula 3 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - C 
Justificativa: A capacitação inicial de professores ocorre nos cursos de formação 
docente e continuada. 
 
Questão 2 - E 
Justificativa: De acordo com Luckesi (1994, p. 173), “a avaliação exercerá, 
adequadamente, seu papel na medida em que estiver articulada com o 
conteúdo proposto para a educação”. 
 
Questão 3 - B 
Justificativa: Os deficientes auditivos devem ser educados através da LIBRAS e 
os deficientes visuais, com o auxílio do Sistema Braille. 
 
Questão 4 - A 
Justificativa: De acordo com o Artigo 2º do Decreto nº 5.626/05, os deficientes 
auditivos são aqueles que “compreende[m] e interage[m] com o mundo por 
meio de experiências visuais, manifestando sua cultura, principalmente, pelo 
uso da Língua Brasileira de Sinais”. 
 
Questão 5 - D 
Justificativa: De acordo com o Artigo 3º do Decreto nº 5.626/05, “A Libras deve 
ser inserida como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de 
professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos 
cursos de Fonoaudiologia de instituições de ensino públicas e privadas, do 
sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios”.

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