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Aula 08 - CONCEPÇÕES DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR

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Prévia do material em texto

CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 1 
Aula 8: Acessibilidade como garantia legal ................................................................................... 2 
 ............................................................................................................................. 2 Introdução
 ................................................................................................................................ 3 Conteúdo
Definição de acessibilidade.............................................................................................. 3 
Acessibilidade à escola ..................................................................................................... 4 
Normas legais ..................................................................................................................... 5 
Programa Incluir ................................................................................................................ 6 
Outras normas legais ........................................................................................................ 6 
Papel das instituições de ensino superior ..................................................................... 7 
Prática pedagógica: pessoa com deficiência auditiva ................................................ 8 
Prática pedagógica: pessoa que não se utiliza da fala ............................................... 9 
Prática pedagógica: pessoa com paralisia cerebral .................................................... 9 
Prática pedagógica: pessoa com deficiência mental ............................................... 10 
Atividade proposta .......................................................................................................... 11 
 ....................................................................................................................... 11 Aprenda Mais
........................................................................................................................... 12 Referências
 ......................................................................................................... 12 Exercícios de fixação
Notas ........................................................................................................................................... 18 
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 18 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 2 
Introdução 
Nesta aula tomaremos ciência das normas legais que regularizam a 
acessibilidade das pessoas com necessidades especiais. 
 
Discutiremos sobre o que significa acessibilidade e refletiremos sobre a real 
situação do cumprimento destas normas. 
 
Veremos ainda que tipos de acessibilidade existem relacionadas às deficiências 
e como estão sendo usadas nas redes de ensino. 
Bons estudos! 
 
Objetivo: 
1. Refletir sobre as normas legais para a acessibilidade do estudante com 
deficiência no ensino superior; 
2. Compreender o papel das instituições de ensino superior na inclusão de 
pessoas com necessidades especiais. 
 
 
 
 
 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 3 
Conteúdo 
 
Definição de acessibilidade 
Iniciaremos nossa aula com a definição do termo acessibilidade, o que nos fará 
compreender o que o senso comum entende como acessibilidade, como ela é 
vista nas leis e como é consolidada na prática, no cotidiano das pessoas com 
necessidades especiais. 
 
O que é acessibilidade? 
 
Etimologicamente acessibilidade é a qualidade do que é acessível, ou seja, 
é aquilo que é atingível, que tem acesso fácil. É a remoção de barreiras, 
sejam elas físicas ou não. 
 
Segundo a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos das Pessoas com 
Deficiência: 
 
“Acessibilidade é um atributo essencial do ambiente que garante a melhoria da 
qualidade de vida das pessoas. Deve estar presente nos espaços, no meio 
físico, no transporte, na informação e comunicação, inclusive nos sistemas e 
tecnologias da informação e comunicação, bem como em outros serviços e 
instalações abertos ao público ou de uso público, tanto na cidade como no 
campo”. 
 
Entretanto, alguns autores (Fernandes & Orrico, 2008) estende um pouco mais 
a definição para o termo: 
 
“como palavra que pode expressar possibilidades, alcance de objetivos, 
cumprimento de metas e justiça social”. 
 
Assim, proporcionar acessibilidade a uma pessoa, seja ela portadora de 
necessidades especiais ou não, é possibilitar que ela viva de forma 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 4 
independente, que possa participar de todos os aspectos da vida, é assegurar-
lhe igualdade de oportunidades. 
 
O Decreto Federal nº 5.296, de 2004, também conhecido como o Decreto 
da acessibilidade, define acessibilidade, como: 
 
“ausência de barreiras arquitetônicas, de comunicação e de atitudes, (...) 
barreiras que impeçam a utilização com autonomia e segurança de bens e 
serviços, por pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.” 
Agora que você compreendeu o que é acessibilidade, avance para analisá-la no 
contexto escolar. 
 
Acessibilidade à escola 
No que se refere à acessibilidade à escola podemos classificar as barreiras ou 
limitações sob três aspectos: 
 
Restrições físicas ou arquitetônicas 
Obstáculos ou limitações físicas, que impedem a circulação e mobilidade. 
 
Restrições à mobilidade, motricidade e comunicação 
Limitações que comprometem a participação do aluno em atividades que 
envolvam os processos de locomoção, operações que envolvam a manipulação 
ou manuseio de objetos ou ainda a interação por meio da linguagem. 
 
Restrições atitudinais 
Limitações ou impedimento em situações, oportunidades ou ações, por razões 
próprias ou preconceituosas, que causem prejuízos na efetivação de seus 
direitos, em qualquer instância. 
 
Assim, uma forma de evitar essas limitações, facilitando a acessibilidade, é a 
opção da utilização de técnicas que potencializem as suas condições de acesso, 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 5 
como a tecnologia assistiva, que é um arsenal de recursos e serviços que vêm 
para contribuir na ampliação de habilidades funcionais, promovendo a inclusão. 
Contudo, a adoção das tecnologias assistidas exige a participação 
conjuntamente de vários profissionais: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, 
terapeutas ocupacionais, psicólogos etc. 
 
 
Atenção 
 A acessibilidade na educação tem vários aspectos, é 
multifacetada, vai desde o planejamento do ambiente, até a 
preocupação com a pessoa, individualmente ou com seu 
relacionamento com o grupo. É importante ressaltar que 
proporcionar a acessibilidade é, principalmente, dar condições 
para o indivíduo realizar qualquer atividade dentro das suas 
capacidades. 
 
Normas legais 
A partir do Decreto Federal nº 5.296/2004, outras leis e normas foram 
criadas, cada uma com suas especificações, a maioria regulamentada pela 
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. 
 
A primeira norma data de 1985, que tinha como objetivo suprir a carência de 
referenciais técnicos. 
 
Como o nosso foco é a educação, nos deteremos a refletir sobre esse aspecto, 
ou seja, sobre as orientações para a institucionalização da Política de 
Acessibilidade nas Instituições Federais de Ensino Superior - IFES feitas pelo 
Ministério da Educação - MEC. 
 
Este documento garante o direito da pessoa com deficiência à educação 
superior, fundamentado nos princípios e diretrizes contidos na Convenção sobre 
 
 CONCEPÇÕES DEEDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 6 
os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU 2006) e nos Decretos n°s 
186/2008, 6.949/2009, 5.296/2004, 5.626/2005 e 7.611/2011. 
 
Programa Incluir 
O Programa Incluir criado pelo MEC fundou e consolidou, nas universidades 
federais, núcleos de acessibilidade que organizam as ações institucionais que 
garantem a inclusão de pessoas com deficiência nas universidades, eliminando 
barreiras pedagógicas, arquitetônicas e na comunicação e informação, 
promovendo o cumprimento dos requisitos legais de acessibilidade. 
 
Contudo, só a partir de 2012, as ações se estenderam a todas as IFES, 
ampliando, assim, a política de acessibilidade ampla e articulada. 
 
Outras normas legais 
Há ainda outras normas legais que devem ser respeitadas no intuito de 
assegurar a acessibilidade dos alunos especiais à educação superior: 
 
2003 
 
• Portaria n° 3.284/2003 dispõe sobre os requisitos de acessibilidade às 
pessoas com deficiência para instruir processo de autorização e reconhecimento 
de cursos e de credenciamento de instituições. 
 
2005/2006 
 
• Decreto nº 5.626/2005, que regulamenta a Lei n° 10.436/2002, que 
dispõe sobre o uso e difusão da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. Garante a 
obrigatoriedade do ensino de LIBRAS nos cursos de formação de professores e 
de fonoaudiólogos e, optativamente, nos demais cursos de educação superior. 
• Decreto n° 5.773/2006, que dispõe sobre regulação, supervisão e 
avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores no sistema 
federal de ensino. 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 7 
2009/2010 
 
• Decreto n° 6.949/2009, ratifica, como Emenda Constitucional, a 
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU, 2006), que 
assegura o acesso a um sistema educacional inclusivo em todos os níveis. 
 
• Decreto n° 7.234/2010 dispõe sobre o programa nacional de assistência 
estudantil – PNAES. 
 
2011 
 
• Decreto n° 7.611/2011 dispõe sobre o atendimento educacional 
especializado, que prevê, no §2° do Artigo 5º: 
“VII - estruturação de núcleos de acessibilidade nas instituições federais de 
educação superior. 
 
§ 5a Os núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educação superior 
visam eliminar barreiras físicas, de comunicação e de informação que 
restringem a participação e o desenvolvimento acadêmico e social de 
estudantes com deficiência;”. 
 
Papel das instituições de ensino superior 
Apesar das normas legais existentes, muito ainda se tem a concretizar. Cabe às 
instituições superiores a consolidação das ações, compete a essas o 
planejamento e a implementação das metas de acessibilidade preconizadas pela 
legislação vigente. 
 
Os recursos para as adaptações possíveis são advindos da União, porém, as 
instituições devem monitorar as matrículas dos estudantes com deficiência, 
para que possa ser feito o provimento das condições de pleno acesso e 
permanência destes. 
 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 8 
 
Atenção 
 Diante de tudo que vimos nesta aula e nas anteriores, podemos 
concluir que apesar das políticas públicas existentes, é de 
responsabilidade das universidades proporcionar uma educação de 
qualidade e que garanta a permanência dos estudantes nas 
instituições. 
 
É notório, também, que existe uma grande lacuna entre a legislação 
e a efetiva implantação destas na prática cotidiana, principalmente 
na educação superior. 
Avance a tela e acompanhe algumas sugestões para facilitar a 
prática pedagógica com alunos com necessidades especiais. 
 
Prática pedagógica: pessoa com deficiência auditiva 
As pessoas com deficiência (PCD) auditivas apresentam dificuldade de 
comunicação por lhes faltar a compreensão dos sons. Para comunicar-se 
dependem de gestos, movimentos corporais, expressões faciais e muita 
tranquilidade. 
 
• Se você quiser falar com uma pessoa surda, para chamar a sua atenção se 
faz necessário o toque no seu braço ou ombro. Fale de maneira clara e distinta, 
na velocidade normal, mantendo o seu tom de voz. 
• Ao falar posicione-se de frente para a pessoa surda. Permita que sua boca 
fique bem visível, pois muitos fazem a leitura labial do que você está falando. 
Caso utilize bigode, fale pausadamente pois ele atrapalha a leitura labial. 
• Quando falar, tente ficar de frente para a luz. 
• Não grite, pois ela não o ouvirá e sua expressão parecerá agressiva. 
Fale normalmente, a não ser que ela peça para você falar mais devagar. 
• A pessoa surda não reconhece as mudanças de tom da sua voz, indicando 
sátira ou seriedade, por exemplo. É preciso que você mostre isso para ela 
através de sua expressão facial ou gestos. 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 9 
• Se ela estiver acompanhada de um intérprete, fale olhando para ela e não 
para o intérprete. 
• Se souber a linguagem dos sinais, use-a. 
• Se não estiver ocorrendo a compreensão na comunicação, ela o avisará. 
• Fale com expressão. 
• Se não entender o que ela falar, não faça de conta que entendeu e peça que 
repita. 
• Se ainda assim não entender, use bilhetes (somente em último caso). 
• Se você vir duas pessoas surdas conversando por sinais, não passe no meio 
delas. 
 
Prática pedagógica: pessoa que não se utiliza da fala 
As pessoas que não utilizam a fala, em alguns casos, se isolam pela dificuldade 
de comunicação. Alguns podem demonstrar traços de ansiedade e angústia 
pela privação da fala. Outras preferem a comunicação escrita. 
 
• Caso a deficiência seja somente da fala, converse normalmente e fique 
atento; 
• Procure entender a linguagem de sinais; 
• Encarregue-se de grande parte da conversa; 
• Tente perguntas cujas respostas seja sim ou não; 
• Auxilie a pessoa a encontrar a palavra certa para que ela não precise de tanto 
esforço para passar sua mensagem; 
• Não demonstre ansiedade, pois pode atrapalhar a conversa. 
 
Prática pedagógica: pessoa com paralisia cerebral 
A pessoa com paralisia cerebral pode apresentar várias limitações, pois pode ter 
comprometimento motor, da fala e do equilíbrio. 
 
Ela pode ter grande dificuldade de locomoção e comunicação. Seu ritmo é 
muito lento, necessitando de tempo suficiente para desenvolver suas ações. 
 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 10 
COMO AGIR? 
 
Considere o seguinte: 
• Respeite o seu ritmo, porque ela é mais vagarosa para andar, falar e pegar as 
coisas; 
• Ouça-a com atenção, pois ela pode apresentar dificuldade na fala; 
• Lembre-se de que ela não possui deficiência mental, na maioria das vezes; 
• Não a trate como criança se ela for adolescente ou adulta; 
• Ela não é um doente; 
• A desordem muscular pode ser muito grande, com movimentos repetidos e 
rápidos. 
 
Prática pedagógica: pessoa com deficiência mental 
A pessoa com deficiência mental nem sempre apresenta limitações físicas, o 
que pode facilitar a sua locomoção. Quando estimulada e treinada, pode 
realizar suas atividades cotidianas normalmente. Muitas vezes, ela passa por 
um condicionamento que facilita a sua ação e o controle emocional. 
 
Seu raciocínio é um pouco mais lento e possui limitações cognitivas, o que pode 
dificultar a leitura e a assimilação dos símbolos. É importante permitir que ela 
seja o agente de suas ações para que busque a integração consigo mesma e 
com o meio social. 
 
É indispensável o auxílio de um monitor para que ela possa se sentir segura no 
início de suas atividades. 
 
COMO AGIR? 
Considere o seguinte: 
• Seja natural. Quando for criança, trate-o como criança.Quando for 
adolescente ou adulto, trate-o como tal; 
• Cumprimente a pessoa com deficiência de maneira respeitosa, não se 
esquecendo de fazer o mesmo ao se despedir; 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 11 
• Dê-lhe atenção. Qualquer pessoa gosta de ouvir frases como “que bom que 
você veio”; 
• Evite a superproteção. A pessoa com deficiência mental deve fazer sozinha 
tudo o que souber. Ajude-a quando realmente for necessário; 
• A linguagem deve ser objetiva para facilitar a sua compreensão; 
• Respeite seu ritmo, para que ela possa sentir-se tranquila para realizar sua 
locomoção e não se sinta pressionada; 
• Caso ela demonstre ansiedade e perda do controle sobre suas emoções por 
não estar conseguindo realizar alguma tarefa, procure tranquilizá-la. 
 
Atividade proposta 
Antes de finalizarmos esta aula, vamos realizar uma atividade! 
Discuta a importância da inclusão de LIBRAS nos cursos de formação de 
professores e de fonoaudiólogos, como forma de promover a acessibilidade de 
estudantes deficientes no nível superior. 
 
Chave de resposta: Deve ser ressaltado o Decreto nº 5.626, de 22 de 
dezembro de 2005, que implanta a inserção de LIBRAS nos cursos de 
formação de professores e a importância e as vantagens na prática pedagógica 
cotidiana do ensino superior, no que diz respeito à acessibilidade de alunos 
surdos nessa modalidade de ensino. Devem ser citados os Capítulos II e III do 
referido Decreto. 
 
Aprenda Mais 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre o Programa Incluir, leia o Documento 
Orientador do Programa Incluir, Disponível em nossa biblioteca 
virtual. 
 
 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 12 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre as ações do Programa Incluir, leia o artigo de 
Santana (2010): Propostas de acessibilidade para a inclusão de 
pessoas com deficiências no ensino superior, Disponível em nossa 
biblioteca virtual. 
 
 
Referências 
FERNANDES, Edicléa Mascarenhas; ORRICO, Hélio Ferreira. Acessibilidade e 
inclusão social. Rio de Janeiro: Deescubra, 2008. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
A Constituição Federal do Brasil/1988 em seu Artigo 208 afirma que ”o dever do 
Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de atendimento 
educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente, na 
rede regular de ensino” e a LDB 9.394/96 em seu Artigo 58 afirma que 
“entende-se por educação especial, para os efeitos desta lei, a modalidade de 
educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para 
educandos portadores de necessidades educacionais especiais”. Segundo esses 
marcos legais é correto afirmar que: 
a) A educação de pessoas com deficiência será efetivada mediante a garantia de 
matrícula, preferencialmente, nos níveis da educação escolar e em casos 
excepcionais poderá ser substituída pelo atendimento educacional 
especializado. 
b) A educação de pessoas com deficiência será efetivada mediante a garantia de 
matrícula escolar nos níveis de ensino e modalidades da educação básica e 
atendimento educacional especializado ofertado preferencialmente na rede 
regular de ensino. 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 13 
c) A matrícula de alunos com deficiência será efetivada preferencialmente na 
escola regular de ensino com a complementação do atendimento educacional 
especializado, podendo em casos excepcionais substituir o processo de 
escolarização para os alunos com níveis de comprometimento acentuado. 
d) O atendimento educacional especializado perpassa todos os níveis e 
modalidades da educação, podendo substituir o ensino escolar quando a escola 
não se sente em condições de atender as necessidades educacionais desses 
alunos. 
e) O atendimento educacional especializado deve ser efetivado ao aluno com 
deficiência, preferencialmente, na escola regular de ensino para complementar 
o ensino comum e quando efetivado na escola especial dispensa a frequência 
do aluno na escola regular. 
 
Questão 2 
Dentre as adequações mais comumente necessárias, para modificações na sala 
de aula, estão: 
I. Suportes para livros; descanso para os pés. ajudas técnicas conforme a 
necessidade dos alunos. 
II. Tapetes antiderrapantes, nas áreas escorregadias. rampas ou degraus 
inclinados 
III. Colocação de corrimãos próximos a bebedouros, assentos dos banheiros e à 
lousa. 
Está correto o contido em: 
a) I, apenas 
b) I e II, apenas 
c) I e III, apenas 
d) II e III, apenas 
e) I, II e III 
 
 
 
 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 14 
Questão 3 
A escola contemporânea democrática está sempre em defesa do humanizar, 
assegurando a aprendizagem. Nessa perspectiva de atender aos desafios, a 
escola se organiza internamente reconhecendo e respeitando as(os): 
a) Qualidades, analfabetismos, fisiologias 
b) Diversidades, fisiologias, articulações 
c) Convênios, participações, articulações 
d) Fisiologias, humanizações, indagações 
e) Diversidades, diferenças sociais, potencialidades 
 
Questão 4 
Em 1999, foi reafirmado, no Documento Convenção da Guatemala, “que as 
pessoas portadoras de deficiência têm os mesmos direitos humanos e 
liberdades fundamentais que outras pessoas e estes direitos, inclusive o direito 
de não serem submetidas à discriminação com base na deficiência, emanam da 
dignidade e da igualdade que são inerentes a todo ser humano”. 
Essa Declaração tem por objetivo: 
a) Separar, dos demais alunos, pessoas portadoras de deficiência nas escolas. 
b) Prevenir e eliminar todas as formas de discriminação contra as pessoas 
portadoras de deficiência e propiciar a sua plena integração à sociedade. 
c) Estruturar, organizar e criar instituições públicas exclusivas para pessoas 
portadoras de deficiência. 
d) Segregar pessoas portadoras de deficiência em grupos de estudos, a fim de 
transformar a educação. 
e) Impedir que pessoas portadoras de deficiência se relacionem na sociedade. 
 
Questão 5 
Atualmente, a Legislação Brasileira, ao se referir ao deficiente, utiliza-se da 
terminologia: 
a) Pessoa deficiente 
b) Pessoa com deficiência 
c) Pessoa com necessidades especiais 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 15 
d) Pessoa portadora de deficiência 
e) Pessoa portadora de deficiência e incapacidade 
 
Questão 6 
A partir da política de universalização da Educação Básica, ganhou força no 
plano internacional a proposta de inclusão escolar. Uma consigna, então, surgiu 
no início da década de noventa: educação inclusiva. Assinale a alternativa que 
melhor define a educação inclusiva. 
a) Educação inclusiva significa proporcionar uma escola em que é possível o 
acesso e a permanência de todos os alunos, inclusive aqueles com alguma 
necessidade educacional especial. É uma proposta que deve garantir a 
presença e a participação dos alunos na escola, mas, sobretudo, garantir que 
os mesmos construam conhecimentos, aspecto importante para a vida do aluno 
em sociedade. 
b) Educação inclusiva significa que todos os alunos, independentemente de suas 
condições sociais, culturais e físicas, frequentem a escola, exclusivamente como 
espaço de socialização. 
c) Educação inclusiva requer que a escola reveja o seu papel social para garantir o 
processo de ensino-aprendizagem aos alunos com necessidades educacionais 
especiais das classes populares. 
d) A proposta de educação inclusiva, por si só, enseja mudanças na vida da 
pessoa com necessidades educacionais especiais e garante a sua posterior 
inclusão social e no mercado detrabalho. 
e) A educação inclusiva deve contribuir somente para que pessoas com 
necessidades educacionais especiais façam amizades e melhorem suas 
habilidades de socialização. 
 
Questão 7 
Mantoan (2006, p. 27) aponta que “o atendimento especializado deve estar 
disponível em todas os níveis de ensino, de preferência na rede regular de 
ensino, desde a educação infantil até a universidade”. Tomando como base 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 16 
essa colocação, é possível dizer que a Educação Especial na perspectiva da 
educação inclusiva pode ser definida como: 
a) Modalidade de ensino que substitui o ensino de crianças com necessidades 
educacionais especiais matriculadas em escolas públicas. 
b) Modalidade de ensino que perpassa, como complemento ou suplemento, todas 
as etapas e os níveis de ensino, desde a educação infantil até o ensino superior. 
c) Modalidade de ensino que promove a escolarização de crianças com 
necessidades educacionais especiais, incapazes de frequentar a escola comum. 
d) Modalidade de ensino que atua exclusivamente no atendimento de crianças 
com necessidades educacionais especiais matriculadas em classes especiais. 
e) Modalidade de ensino que integra exclusivamente outras modalidades de 
ensino, como a educação de jovens e adultos e a educação profissional. 
 
Questão 8 
Fazer inclusão não é: 
I. Promover a interação e o desenvolvimento a partir da diversidade. 
II. Ignorar as necessidades individuais do estudante mediante decisões 
baseadas em seus tipos de deficiência. 
III. Limitar oportunidades integradas para alunos com deficiência a atividades 
“especiais” (como aula de artes e música), quaisquer que sejam suas 
necessidades individuais. 
Assinale a alternativa correta de acordo com o que não é inclusão. 
a) Apenas a afirmativa I é verdadeira 
b) Apenas a afirmativa II é verdadeira 
c) As afirmativas II e III são verdadeiras 
d) Apenas a afirmativa III é verdadeira 
e) Todas as afirmativas são verdadeiras 
 
Questão 9 
O direito à educação é um dos maiores princípios filosóficos da educação 
inclusiva. Assinale as alternativas corretas sobre outros princípios filosóficos e 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 17 
valores que devem ser cultuados pelos sistemas educacionais inclusivos para 
torná-las efetivas para todos. 
I. Nos sistemas educacionais inclusivos as escolas precisam ser responsivas e 
de boa qualidade. 
II. Nos sistemas educacionais inclusivos todos devem ter o direito a 
participação e aprendizagem. 
III. Nos sistemas educacionais inclusivos as escolas devem oferecer práticas 
iguais para todos, assim garantem o direito à igualdade. 
Assinale a alternativa correta: 
a) Apenas a afirmativa I é verdadeira 
b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras 
c) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras 
d) Somente a afirmativa III é verdadeira 
e) Todas as afirmativas são verdadeiras 
 
Questão 10 
Pode-se afirmar que, no Brasil, a política de educação inclusiva contribuiu para: 
I. Garantir a escolarização de todas as pessoas historicamente excluídas do 
acesso à escola, como, por exemplo, os indígenas. 
II. Questionar a escola que, historicamente, habituou-se a trabalhar com o 
aluno “ideal”, segundo um padrão predominantemente racional, baseado em 
um modelo único de ensino-aprendizagem, sem considerar a diversidade 
humana e as possibilidades de escolarização. 
III. Ampliar o acesso de pessoas com deficiência em escolas regulares e, 
consequentemente, a sua inserção no mercado de trabalho, com salários 
maiores àqueles recebidos por pessoas sem deficiência. 
a) Apenas a afirmativa III é verdadeira 
b) As afirmativas II e III são falsas 
c) Nenhuma das afirmativas é verdadeira 
d) Apenas a afirmativa II é verdadeira 
e) As afirmativas I e II são verdadeiras 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 18 
Tecnologia Assistiva: É uma área do conhecimento, de característica 
interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, 
práticas e serviços que objetivam mover a funcionalidade, relacionada à 
atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou 
mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de 
vida e inclusão social (ATA VII - Comitê de Ajudas Técnicas - CAT). 
 
Aula 8 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - B 
Justificativa: Segundo o documento legal, o ensino especializado não substitui o 
ensino regular, sendo um suplemento, ou seja, o que deve ser prioridade é o 
ensino regular, seja na Educação Básica e/ou na Educação Superior. Veja: 
LDBEN - Lei nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996 
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 
Artigo 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a 
modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular 
de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do 
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei 
nº 12.796, de 2013) 
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola 
regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. 
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços 
especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, 
não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. 
§ 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início 
na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil. 
E na Constituição Federal, Artigo 208, inciso III, ressalta: 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 19 
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino. 
 
Questão 2 - E 
Justificativa: Todas as opções estão corretas e se enquadram na categoria de 
acessibilidade. Dessa forma, as adequações feitas devem sempre proporcionar 
maior acessibilidade aos alunos, facilitando a aprendizagem e uma melhor 
adequação ao ambiente educacional. 
 
Questão 3 - E 
Justificativa: É um direito de todos a educação de qualidade, portanto, deve ser 
respeitada toda e qualquer diversidade, para que todos possam ter as mesmas 
oportunidades e condições de aprendizagem, sem preconceitos e estereótipos. 
 
Questão 4 - B 
Justificativa: Esta convenção tem por objetivo, declarado em seu Artigo 
II: “(...) prevenir e eliminar todas as formas de discriminação contra as 
pessoas portadoras de deficiência e propiciar a sua plena integração à 
sociedade”. 
 
Questão 5 - D 
Justificativa: Terminologia presente na Convenção sobre os Direitos das 
Pessoas com Deficiência, da Organização das Nações Unidas (ONU), que o 
Brasil ratificou com valor de emenda constitucional em 2008. Não diga pessoa 
portadora de deficiência ou portador de deficiência. A pessoa não porta, 
não carrega sua deficiência, ela tem deficiência e, antes de ter a deficiência, ela 
é uma pessoa como qualquer outra. 
 
Questão 6 - A 
Justificativa: O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação política, 
cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os 
alunos de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 20 
discriminação. A educação inclusiva constitui um paradigma educacional 
fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e 
diferença como valores, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao 
contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusãodentro e 
fora da escola. 
 
Questão 7 - B 
Justificativa: A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da 
Educação Inclusiva tem como objetivo o acesso, a participação e a 
aprendizagem dos alunos com deficiência, transtornos globais do 
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nas escolas regulares, 
orientando os sistemas de ensino para promover respostas às necessidades 
educacionais especiais. 
 
Questão 8 - C 
Justificativa: Fazer inclusão é a capacidade de entender e reconhecer o outro e, 
assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de 
nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o 
estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, 
para os superdotados, para todas as minorias e para a criança que é 
discriminada por qualquer outro motivo. 
 
Questão 9 - C 
Justificativa: Os conceitos de igualdade e equidade são diferentes em sua 
proposta. Veja: 
Igualdade - Igualdade é a falta de diferenças entre duas coisas, que 
possuem o mesmo valor ou são interpretadas a partir do mesmo ponto de 
vista, em comparação a outra coisa ou pessoa. A palavra igualdade está 
relacionada com o conceito de uniformidade, de continuidade, ou seja, quando 
há um padrão entre todos os sujeitos ou objetos envolvidos. Disponível em: 
< href="http://www.significados.com.br/igualdade/" 
http://www.significados.com.br/igualdade/>. 
 
 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 21 
Dessa forma, se aplicado à Educação Inclusiva, o conceito de igualdade não 
responde justamente o princípio fundamental da inclusão, o de proporcionar a 
garantia do exercício dos direitos de todos os cidadãos, de acordo com suas 
condições para exercê-lo. 
Equidade - Equidade é o substantivo feminino com origem no latim aequitas, 
que significa igualdade, simetria,retidão, imparcialidade, conformidade. 
Esse conceito também revela o uso da imparcialidade para reconhecer o direito 
de cada um, usando a equivalência para se tornarem iguais. A equidade adapta 
a regra para um determinado caso específico, a fim de deixá-la mais justa. 
Disponível em: < 
href="http://www.significados.com.br/equidade/" 
http://www.significados.com.br/equidade/>. 
Perceba como a ideia de adaptação se faz presente no conceito de equidade, o 
que, no caso da acessibilidade, é fundamental para garantir a todos o exercício 
dos seus direitos, bem como de seus deveres. 
 
Questão 10 - E 
Justificativa: As afirmativas I e II são verdadeiras, pois trazem princípios 
basilares da educação inclusiva. Porém a afirmativa II é falsa no que tange à 
questão dos salários.

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