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ETAPAS DO PSICODIAGNÓSTICO Cópia

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
 PSICODIAGNÓSTICO
 
ETAPAS DE UM PSICODIAGNÓSTICO
Rio de Janeiro
2017
O processo psicodiagnóstico parte de perguntas especificas, onde as respostas estruturam-se em hipóteses que se confirmarão ou não. O ponto de partida é o encaminhamento, com pressuposição de algum problema com explicação psicológica. É responsabilidade do psicólogo o esclarecimento e a organização das questões desse encaminhamento. A partir dos dados do psicodiagnóstico, é possível atender aos objetivos do prognóstico e de prevenção. Cada caso tem suas peculiaridades, porém, após levantar as questões básicas e estabelecer os objetivos, geralmente na primeira ou segunda entrevista, há condições para estabelecer um plano de avaliação com base na hipótese, e assim, realizar o contrato de trabalho.
O psicodiagnóstico é um processo limitado no tempo, e por isso, após conclusões, pode-se prever o tempo necessário para a realização. Sua duração constitui uma estimativa do tempo, em que se podem operacionalizar as tarefas pelo plano de avaliação, e assim, definir papéis, obrigações, direitos e responsabilidades mútuas junto ao paciente. O contrato de trabalho é variável porque dependem de muitos fatores e deve haver muita flexibilidade, além de envolver um comprometimento de ambas as partes em cumprir certas obrigações formais.
 O plano de avaliação é um processo pelo qual se procura identificar recursos, que permitam estabelecer uma relação entre as respostas e perguntas e deve permitir obter respostas confiáveis, para as questões colocadas. A escolha pelo instrumento deve estar delimitada pelo objetivo do exame levando em conta os fatores situacionais do paciente.
Baterias de testes é a expressão utilizada para designar um conjunto de testes ou de técnicas, que podem variar entre dois a cinco instrumentos, que são incluídos no processo psicodiagnóstico. A bateria de testes é utilizada porque nenhum teste isolado abrange o sujeito no seu todo, e os vários testes confirmam e validam os dados. Há baterias de testes padronizadas para avaliações específicas e as nãopadronizadas, que são organizadas a partir de um plano de avaliação. Em razão da variedade de questões propostas inicialmente e adequadas aos objetivos do psicodiagnóstico, frequentemente a bateria de testes inclui testes psicométricos e técnicas projetivas. Neste caso, sua sequência e distribuição relativa, na bateria de testes, devem ser cuidadosamente consideradas, levando em conta o tempo necessário para a administração, o grau de dificuldade das mesmas, sua qualidade ansiogênica e as características específicas do paciente. Na bateria de teses, o fator tempo deve ser levado em consideração. Dessa maneira, no momento em que se estabelece um plano de avaliação e se organiza uma bateria de testes, convém revisar certas particularidades da administração dos testes, individualmente.
O foco da testagem deve ser o sujeito e não os testes. Por isso o psicólogo tem que primeiramente estabelecer um plano de avaliação, revisar as particularidades dos instrumentos e do paciente. Em segundo lugar deve estar familiarizado com instrumento, e instruções. Já em terceiro, o psicólogo deve organizar todo o material antes do paciente participar do teste. Em quarto lugar, ter em mente os objetivos para inclusão de cada técnica da bateria. E ao findar tudo isso, o psicólogo deve criar um clima agradável, descontraído, de confiança e entendimento, para assegurar o desempenho do teste, e eliciar o material. O ambiente é um fator importante, em que deve ser levado, em destaque como iluminação, posição das carteiras, tudo para que traga conforto e compreensão do teste.
O objetivo do exame norteará a organização das informações. Deve-se dar ênfase aos testes quantitativos porque oferece uma base probabilística, e uma análise qualitativa. Já os dados qualitativos, perdem a objetividade, comparado com os quantitativos. Por isso, a necessidade de organizar os dados oriundos das diferentes técnicas, buscando entender as diferenças e igualdades.
O psicodiagnóstico é um processo cientifico que utiliza técnicas e testes psicológicos (input), e por meio de uma série de passos, termina com a comunicação dos resultados (output) após a integração e seleção dos dados.  A inferência é o processo que vincula o input ao output e pode ficar num nível simples, quando se baseia no levantamento quantitativo, ou pode ser feita em graus de generalização. A comunicação dos resultados (output) é a formalização oral ou escrita de conclusões que o psicólogo chegou, em função do nível de inferência. Na conclusão há seleções de informações, que estejam relacionados com os motivos do encaminhamento, e se mantém certo nível de inferência, previsto no exame.
O objetivo da formulação psicodinâmica é facilitar o entendimento do médico da personalidade e conflitos psicológicos, para desenvolver uma intervenção, por isso a avaliação deve estar ancorada na teoria da personalidade. A classificação diagnóstica leva o psicólogo ou psiquiatra a realizar a coleta de dados de forma sistemática e organizada.
O psicodiagnóstico, quanto a sua estrutura, possui unidades fundamentais, como sujeito, psicólogo, testes ou técnicas psicológicas, psicodiagnóstico, receptor. O tipo de comunicação dos resultados é basicamente pelos objetivos do exame e seu conteúdo o é pelas questões específicas iniciais e pela identidade do receptor. O conteúdo pode variar quanto à natureza dos dados, conforme as questões a que responde. A comunicação oral parece ser um recurso mais esclarecedor e eficaz que as informações por escrito, porque cada item pode ser devidamente analisado e esclarecido, assim como a comunicação também deve ser sistemática ou assistemática.  A devolução (comunicação ou feedback) dos dados é obrigação do psicólogo ao profissional que encaminhou o sujeito (Código de Ética). Assim, desta entrevista de devolução decorrem recomendações, orientações ou encaminhamento do caso e o encerramento do processo, conservando-se o material do psicodiagnóstico arquivado durante algum tempo.

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