Buscar

Resumo Manual de Antropologia Jurídica Capítulo A Pré História da Antropologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aluno: Luiz Felipe Lucas Barbosa
 Professor: Angelo Pessanha
 Disciplina: Antropologia do Direito 
 Resumo: Manual de Antropologia Jurídica
 Macaé, 20 de setembro de 2017
A Pré-história da Antropologia
O objeto de estudo da Antropologia foi, no início do século XIX, as civilizações até então desconhecidas. Tal fenômeno ficou conhecido entre os historiadores de “Novo Mundo”. Nesse sentido, surgiram inúmeros trabalhos de historiadores que registraram as características desses povos.
A antropologia consiste no estudo de todas as sociedades humanas, isso engloba o estudo de todas as culturas. Daí decorre a necessidade de um “estranhamento”, ou seja, a perplexidade provocada pelo encontro das culturas eu são para nós as mais distantes. Com isso, começamos a praticar a alteridade e perceber que nossa cultura não é a única a existir. Portanto, passamos a respeitar o outro e também modificar o olhar que temos sobre nós mesmos.
Na Europa, surgiram duas ideologias:
 a) o fascínio pelo estranho 
 b) a recusa do estranho.
O que ocorreu na Europa, baseado nessa ideologia foi por a cultura primitiva acima e em detrimento da europeia. A imagem do “bom selvagem” é retomada e tida como a mais perfeita forma de vida humana.
Tais costumes das sociedades primitivas foram reproduzidos por alguns autores de forma a enaltecê-los. La Hotan, por exemplo, escreve que eles vivem “sem prisões e sem tortura, passam a vida na doçura, na tranquilidade e gozam de uma felicidade desconhecida pelos europeus”.
Nesse caso de recusa, é enfrentado o problema das diversidades culturais. Acentua-se a ideia “eurocêntrica” de que a cultura europeia é a mais desenvolvida e deveria ser seguida por todos os outros povos do planeta.
É importante perceber que esse tipo de atitude intensificou o racismo, assim como justificou o uso da força e escravidão de algumas colônias europeias. A imposição de uma cultura é também um tipo de preconceito. 
Na área jurídica, no período colonial brasileiro, o direito foi mais uma consolidação do direito europeu; era um sistema jurídico que protegia o interesse dos colonizadores sobre a economia, produção fundiária e escravidão. Infelizmente, até a contemporaneidade, ainda há resquícios de tal estrutura hierárquica daquela época. Salários e cargos possuem uma base formada, em sua maior parte, por negros, e a proporção que vai subindo, essa estatística se inverte; diminui-se o número de pessoas negras no topo, como afirma a jornalista Flávia Tavares.
Visando evitar esse choque, os grandes sistemas filosóficos e religiosos, bem como as declarações dos direitos humanos, proclamaram a igualdade natural entre todos os homens e a fraternidade que deve uni-los sem distinção de raça ou cultura. Ocorre, porém que a declaração formal da igualdade natural entre todos os homens esbarra na existência igualmente natural, que é a diversidade de culturas.
A diferenciação de culturas é realizada por alguns autores de forma depreciativa; enquanto considera a cultura dos civilizados, “nós”, e dos bárbaros, “outros”.
Se, de um lado, a modernidade chegou e transformou a sociedade; do outro, as culturas não mudam e a sociedade permanece estagnada. Autores como Bernard Lewis segue essa linha de pensamento, buscando classificar culturas como superiores e inferiores. Segundo ele, a cultura islâmica não se desenvolveu, e todas as suas vertentes políticas, históricas e religiosas representam a barbárie, pois não é a cultura do ocidente.
No início do século XXI, começou na Europa uma crise econômica, que intensificou ideologias ultranacionalistas. Com tal crise, inúmeros imigrantes viajam em busca de condições melhores de vida na Inglaterra, por exemplo. Mas a recusa do estranho por muitas vezes vence o ideal humanitário de acolhimento.
No século XX, também foi presenciado o surgimento de regimes que prezavam pelo estabelecimento de uma cultura hegemônica, sem promover a cultura; foi o governo nazista de Adolf Hitler. Essa exaltação de uma cultura nacional, livre de interferências acaba por definir um preconceito com a cultura de uma minoria, pois o grupo dominante busca impor sua ideologia e crenças.
No Brasil, tem-se um país miscigenado, que foi colonizado por portugueses, mas formado por povos de todo o mundo, que contribuíram com suas culturas e características. Todavia, é comum ouvir afirmações que buscam segregar grupos minoritários, por não serem grupos “legítimos” brasileiros. O choque de culturas ocorre quando pessoas de nações e grupos étnicos distintos entram em contato; e o problema está no fato de as diferenças serem desprezadas.
Segundo o autor, esse choque de culturas promoveu o surgimento de doutrinas racistas, que está inserida na ideologia da recusa pelo estranho.

Outros materiais