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Psicologia atividade estruturada 2

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Introdução 	
“A norma, está inscrita entre as “artes de julgar”, ela é
um princípio de comparação. Sabemos que tem relação com o poder, mas sua relação não se dá pelo uso da força, e sim por meio de uma espécie de lógica que se poderia quase dizer que é invisível, insidiosa.”
(Michel Foucault – Vigiar e Punir)
A partir da análise do vídeo Justiça de Maria Augusta Ramos se explicita grandes problemas no âmbito penintenciário e das varas criminais no dia a dia do país. Separando caso por caso o objetivo deste trabalho é colocar em questão tais mazelas sociais e depois de ter refletido sobre o vídeo e saber que possuimos uma Constituição tão bem formulada, leis teoricamente brilhantes; por que as mesmas não se encaixam na prática ¿ Nós possuimos falta de verba para ser aplicada nos presidios ou na resocialização dos presos, os juízes são extremamente bem pagos para fazerem seus serviços com atenção, dedicação e paciência. Se por um lado a criminalidade no Brasil cresce, ao ver esse vídeo se pode concluir o porque de muitas revoltas ou mesmo brechas para ser reincidente. 
Desenvolvimento 
No primeiro caso mostrado no vídeo temos a prisão de um cidadão no carnaval na Rua Dias da Cruz. Aparemente o mesmo estava entre um grupo que cometeu furto, mas ele alega que era guardador de carros e apanhou dos policiais não podendo se defender de maneira apropriada pois é cadeirante. O réu pede a juíza que fique no hospital devido a sua condição física, explicando que na hora de defecar ele precisa literalmente se arrastar sem qualquer tipo de ajuda e a cela já tem uma superlotação que dificulta qualquer ato desse tipo. A juíza em questão deixa isso à cargo da defensoria pública e de uma avaliação médica. 
No sistema penitenciário – na cadeia mostrada no vídeo – as condições são insalubres, não existem camas, os presos dormem no chão, não há separação por delito, não existe higiene alguma, as camêras de vigilância ainda são em preto e branco (mostrando a falta de infra estrutura e investimento no próprio sistema penitenciário como um todo), gerando tanto a falta de segurança para os agentes penitenciários quanto para os presos. 
O segundo caso a ser analisado é de Carlos Eduardo, o mesmo alega que trabalha como balconista na padaria do Bairro Santo Amaro, cursou até o 8º ano do ensino fundamental e foi denunciado por um promotor de justiça, após ser preso por dirigir um carro roubado. O réu relatou que não sabia que a propriedade em questão era ilícita, que tinha pego emprestado com um amigo e saiu para beber e chamou três meninas para entrar no carro com ele, em um certo momento, alcoolizado, ele bateu e a polícia chegou, foi quando ao verificarem a placa perceberam que o veículo era roubado. Essa era a segunda prisão de Carlos por roubo de carro, na primeira o veículo era de um policial e para evitar a prisão do réu o policial pediu a mãe do mesmo dois fuzis, ela que mal estava a par das atividades do filho se negou a entregar qualquer tipo de arma e Carlos cumpriu 4 anos. 
Carlos Eduardo é reincidente, pois já ficou preso 2 anos por uso e venda de intorpecentes. Ele não quis pronunciar o nome do “amigo” que lhe emprestou o carro, pois disse que tanto ele quanto sua família acabariam mortos, então preferiu ser preso. A juíza nada fez quanto a isso, apenas encaminhou uma defensora pública para o mesmo. 
Nesse caso fica óbvio que é muito mais prático e comum no Brasil prender um meliante de pequeno porte do que abrir uma investigação que levaria tempo e verba para chegar a alguém que realmente tem um papel importante dentro da rede de tráfico de drogas. E provavelmente é uma dessas razões que temos tantos presos mas ainda continuamos com um número alarmante de criminalidade e tráfico. 
Quando o réu foi para o Setor de Custódia da Polinter esperar a setença, o vídeo Justiça mostrou imagens de como é o dia de visita, “mal controlado” seria eufemismo para o que acontece naquele momento. É um evento completamente desorganizado, muitas pessoas em um mesma sala, qualquer tipo de arma ou droga poderia passar pela vistoria dos seguranças pelo que foi mostrado. 
Ao acabar o horário e os presos voltarem às celas, se vê as mesmas literalmente lotadas – os presos sobem nas costas um dos outros -, são condições subhumanas. A comida é jogada em um saco fechado que é rapidamente rasgado pelos presos. Neste momento voltemos ao primeiro caso e pensamos no réu de cadeira de rodas, como seria¿ O “hino” do Comando Vermelho fecha essa cena lamentável da prisão.
A cena se volta para o Professor de Direito e Juíz Geraldo, em que cito: “só é possível saber se é um crime se podemos comprovar.” No terceiro caso, vimos um profissional que além de ensinar também julga, mostra a seus aluno a realidade de julgar , compreender, entender o procsso criminal. Mostra-se pleno conhecedor do processo penal, apresenta as ramificações do processo e sua proposta de aplicação. Logo após , vimos que em seu papel como Juíz, sua forma sutil e segura ao dirigir suas palavras. É extremamente observador, criterioso, e cauteloso. 
O juíz Geraldo pegou o último caso que o vídeo Justiça apresenta, no relatório consta que Allan e Paulo César, estavam com maconha e cocaína, e estavam armados, na favela Bandeira 2. O ocorrido aconteceu no dia 26 de janeiro. Allan relata que na hora do ocorrido estava soltando pipa sozinho e só tinha ido visitar sua irmã, que mora na comunidade. Quando os policiais o avistaram, o levaram para um beco e começaram a agredí-lo fisicamente.
Aparentemente não existe nenhuma ligação entre Allan e Paulo César, nem a irmã de Allan o reconhece. Mas ela afirma que mora perto do ponto de tráfico da comunidade e por isso não há mais testemunhas a favor do irmão dela, pois as pessoas temem tanto os policiais quanto os traficantes. As armas foram achadas nos becos para onde os meninos foram levados. Allan tem 16 anos e 37 kilos devido ao uso de drogas, já tinha 5 processos de furto na polícia e um em andamento, porém continuava alegando inocência nesse. 
Quando os políciais que os prederam foram chamados os depoimentos foram completamente incoerentes com os relatórios escritos pelo mesmos, corroborando implicitamente com a inocencia dos adolescentes. Primeiramente ambos os policiais acabam alegando que a arma não estava com nenhum dos adolescentes como constava nos autos, mas sim no beco. Segundo, a suposta droga encontrada com eles “sumiu”. Ou seja, a evidência de entorpecentes que um policial negou ter visto e o outro falou que não estava com as provas pois tinha sido passada a uma autoridade superior, havia desaparecido. 
Como Allan respondia ainda por um crime de furto, ele foi condenado pelo Art. 12º do Código Penal à 4 anos de prisão, revertidos em trabalho voluntário a comunidade. 
	
-
Conclusão 
	Pode-se afirmar, que o video mostra as várias faces do processo. Vê-se julgadores fortes, instintivamente justos, com ênfase em resolução e avaliação jurídica. Vimos famílias que foram abaladas e desestruturadas, até porque um preso não abala só sua vida social , mais sim dos que o cercam , vimos os abandonados pela própria família, e vimos acusados egocêntricos, que ao mesmo tempo em que se intitulam inocentes, sentem prazer em afirmar que tem envolvimento criminal, como se isso fosse algo para se orgulhar. Para finalizar, afirmo que a justiça no país tem várias faces, e muitas histórias de vida que no levam a pensar no que leva o ser humano a traçar, escolher aquele determinado caminho.
 De forma alguma buscamos defender algum desses acusados, mas chamar atenção para de que forma o Direito está sendo aplicado e como se pode notar a precariedade do sistema prisional, com celas lotadas, pessoas amontoadas, caso de abuso sexual,com histórico de doenças, sem qualquer dignidade, sem condições de recuperação social, na maioria dos casos , o indivìduo sai do cárcere pior do que entrou. É fato que se ele esta nesta situação , foi por seus méritos e atitudes, porém o Estadopoderia e deveria investir em políticas publicas que pudessem recobrar a dignidade destes encarcerados.
Analisando de um ponto de vista mais crítico podemos observar a posição da defensoria pública como uma prática incomum ao que esperamos de tal órgão, em vista de que os delitos são comprovados e confessos particularmente entre o réu e o defensor.
Por outro ponto de vista, devemos observar a situação das penitenciárias no nosso país, a superlotação é uma verdade avassaladora. Pouca ventilação, iluminação, situações propícias à rebeliões e fortalecimento de facções criminosas.
Diante de situações tão negativas, um reflexo de tudo isso está estampado nas nossas ruas, e apesar de cadeias estarem superlotadas, grande parte da sociedade é a favor da redução da maioridade penal, onde aumentaríamos o número de detentos nas cadeias, e obviamente não temos estrutura pra isso.
Infelizmente o ambiente em que a maioria dos indivíduos que vêm a cometer crimes é insuficiente em termos de educação, estrutura familiar, desenvolvimento psicológico, oportunidades, etc. O fator psicológico é um dos principais na formação do indivíduo, combinado com o ambiente em que vive.
É necessária uma mudança de posição do Estado, voltar a atenção aos presídios, às condições em que os detentos se encontram, é necessário gerar oportunidades, educação de qualidade em locais onde a criminalidade é alta, cultuar crianças e jovens a voltar-se para a cultura e não para o tráfico. Estabeler projetos e organizações que incluam outros fatores que são importantes para o desenvolvimento de uma sociedade estável e saudável de uma forma geral, em que a democracia se faça presente e qualquer tipo de preconceito não seja aceito. O Brasil tem capacidade de melhorar os índices de educação e diminuir os índices de criminalidade, é uma questão do Estado levar isso realmente a sério e investir nas crianças e adolescentes de hoje e conscientizar os adultos que nem toda pessoa que vive em uma comunidade ou tem uma condição de vida mais simples está fadada a criminalidade. 
Referências Bibliográficas 
Vídeo
- JUSTIÇA. Direção e produção de Maria Augusta Ramos. Documentário. Brasil: produção independente, 2004. 1DVD (100 min). Ntsc, son., color. Port.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=75P1KTTTjj0

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