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Sociologia da Globalização

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Sociologia da Globalização
de henrigraciano | trabalhosfeitos.com
ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING
Bruno Longo Guerrero
Fabrício Torres Horta
Henrique Graciano do Carmo
RI1B
PROVA DE SOCIOLOGIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Professor: Geraldo Adriano Campos
Sociologia das Relações Internacionais
São Paulo
2014
No livro, “Sociologia da Globalização” (SASSEN, Saskia), a autora aborda a questão de que os processos transnacionais da globalização estão transcendendo o papel exclusivo dos Estados Nacionais, e que atualmente habita territórios e instituições nacionais. O termo globalização tem dois conjuntos distintos de dinâmicas. São eles, a formação de processos e instituições explicitamente globais, por exemplo a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), o outro conjunto de dinâmicas são os processos que ocorrem nos territórios e domínios de instituições que foram construídos em termos nacionais. Estes estão localizados nos cenários nacionais, ou seja subnacionais, porém fazem parte da globalização pelo fato de envolverem redes e entidades transfronteiriças. Pode se citar de exemplo a implementação de políticas monetárias e fiscais em países, com a pressão do Fundo Monetário Internacional (FMI), pois essas políticas são críticas para a constituição de mercados financeiros globais. O principal problema que Saskia Sassen meciona na teoria das Relações Internacionais seria que as RI atuais acabam voltando se para a logística das relações entre Estados, e não retrata proliferação de atores não estatais. Isto é um problema pois háuma constante desestabilização das antigas hierarquias de escala pelos processos e formações globais, a autora cita “...presenciamos um reposicionamento do Estado em um campo mais amplo de poder e uma reconfiguração do trabalho dos Estados.” (SASSEN, 2010, p.32). 
A maior influência do local e regional no contexto global, faz com que haja uma variedade de atores políticos, como ocorre com grupos políticos internacionais, ONGs, organizações de direitos humanos e ambientais. Tais autores influenciam e interferem no ambiente global. Os centros financeiros, entidade local que faz uso do mercado eletrônico em escala global, nesse caso seria uma entidade subnacional, que tem forte influência e interferência no âmbito global. Essas instituições subnacionais estão quebrando estas hierarquias escalares, se tornando dessa forma global. No que se diz a respeito das redes transfronteiriças, pode se citar o exemplo das empresas globais, que partem de sua sede local, para sedes internacionais. Contudo, ainda há o papel do Estado em negociar leis com o âmbito global para gerenciar o capital global. Nesse caso há um redução do papel do Estado, como mostrada nas hierarquias escalares atual, relatada por Saskia Sassen em seu livro, no qual o Estado perde seu papel de principal ator nas RI, tendo o local, regional e o indivíduo com um papel importante. Sassen cita “Estudar o global, então, acarreta um foco não apenas naquilo que é explicitamente global em escala, mas também em práticas e condições de escala local que são articuladas com a dinâmica global.” (SASSEN, Sociologiada Globalização,p.20). Podemos citar como um exemplo disso o caso dos haitianos refugiados no Brasil. Eles saíram de seu país de origem devido a uma catástrofe natural, e vieram principalmente para a região norte do Brasil em busca de moradia e emprego. Essa região acabou excluindo e até expulsando eles de seu território, sendo obrigados a vir para o sul e sudeste brasileiro. Isso mostra claramente que as Relações Internacionais não se dão apenas por relações de Estado com Estado, e sim uma interação de atores não estatais também. Como mostrada nas hierarquias escalares atual, relatada por Saskia Sassen em seu livro, no qual o Estado perde seu papel de principal ator nas RI, tendo o local, regional e o indivíduo com um papel importante. A simultaneidade da escala nacional, do local e global, pode ser exemplificada pelo tráfico de drogas internacional que parte do âmbito local para o global. Um exemplo disso seria de Medelín que tem seu tráfico de drogas regional e também consequentemente consegue fazer comércio na Colômbia, e partindo desse para o tráfico internacional que abrange vários outros países.
Contudo, as possíveis consequências dessa colocação de Saskia Sassen para o estudo das teorias das relações Internacionais é basicamente gerada por meio dos trabalhos que buscam analisar a dinâmica que reproduz a economia global e suas repercussões, objetiva contribuir para a compreensão do fenômeno da globalização e sua complexidade. A revisão de seus argumentos traz contribuições importantes para um olhar sociológico atento a certos fenômenos contemporâneosque na maior parte dos casos se apresentam como efêmeros demais para serem captados pelo conhecimento científico. Apresenta críticas aos estudos sobre o global, seu argumento principal é que via de regra tais estudos incorporam noções equivocadas de lugar e de escala, por não reconhecer que a realidade da mundialização erigiu novos escalonamentos superpostos, de forma que falar em subnacional ou supranacional de maneira estanque não faz mais o menor sentido. Neste sentido , pode-se compreender as futuras consequências em relação a opinião da autora As consequências disso para uma sociologia da globalização é que pela dinâmica do capitalismo global o dualismo entre Estado e Mercado deixa de existir, dado que as exigências do mercado são incorporadas pela institucionalidade estatal, temos então, como cita a autora “...a formação de uma nova ordem institucional privada ligada a economia global” (p. 32). Para Sassen, essa conjuntura econômica e institucional está localizada nas cidades globais, que se constituem em lugares estratégicos para a reprodução da economia global, o que significa a exigência de uma materialidade, que está sediada nesses espaços nacionais específicos. Também é importante lembrar que isso ocorre porque a reprodução do capitalismo global é complexa e essa complexidade repercute em demandas materiais e locais dentro de uma “geografia estratégica” que engendra as cidades globais, e estas cidades revelam tanto o processo de desnacionalização quanto o enraizamento local e material da globalização, voltando ao seu argumento de que aglobalização realiza uma ruptura com a usual hierarquia de escala.
Para ter-se uma análise melhor das Relações internacionais na atual situação global, segundo a autora Saskia Sassen, devemos parar de olhar somente para as relações de Estado para com Estado. Devemos começar a analisar tudo em um âmbito diferente, em uma escala não só de Estado, e também em uma escala de ambiente regional e global. Na atualidade as regiões não dependem mais de seus Estados para interligarem-se com o mundo, elas tem uma nova autonomia, com sua imagem totalmente consolidada e até podendo ser uma imagem totalmente diferente de seu país. Deste modo essa análise de Estado torna-se totalmente erronia. Com isso percebemos um mundo muito mais interligado, não havendo mais tantas barreiras entre países, e futuramente acabando de vez com essas barreiras, acarretando em um mundo sem fronteiras para principalmente o comércio. Na opinião do grupo tal questão abordada pela autora, reflete no que o mundo vivencia na atualidade e no que seria a “nova cara” das Relações Internacionais, e as dinâmicas que o termo globalização tem. Como se percebe durante o texto, o papel do Estado no contexto global está se reduzindo, porém ainda importante para as relações globais. Porém o estudo das relações entre Estados é importante para se entender essa mudança que está ocorrendo no cenário global. Esse novo contexto de globalização seria um acréscimo ao estudo geral das teorias das Relações Internacionais.
Referências Bibliográficas
SASSEN, S. Sociologia da Globalização. Porto Alegre: Artmed, 2010. 240 p.

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