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A década de 1940 caracterizou-se no Brasil como um período de 
grande efervescência no plano econômico e político. Fatores de 
ordem internacional, como a Segunda Guerra Mundial e a crise de 
1929, favoreceram um surto de desenvolvimento industrial, em 
substituição ao ciclo do café, tendo como consequência direta a 
criação das condições necessárias ao crescimento urbano e à 
instalação de uma "estrutura cultural" no país. 
No plano cultural, São Paulo ainda distava muito da então capital 
federal, onde o debate estético encontrava-se muito mais adiantado e 
o poder público já assimilava as manifestações modernas 
internacionais. Sua referência mais notável continuava a ser 
a Semana de Arte Moderna de 1922. A cidade contava com 
uma casa de ópera de prestígio e com uma grande quantia de cine-
teatros, de programação bastante diversificada, mas havia um 
único museu voltado à arte, a Pinacoteca do Estado, dedicada quase 
exclusivamente à arte acadêmica. A Escola de Belas Artes seguia a 
mesma orientação e eram poucas as galerias comerciais abertas 
às tendências modernas. 
 O paraibano Assis Chateaubriand, fundador e proprietário 
dos Diários Associados - à época o maior conglomerado de veículos 
de comunicação do Brasil – foi uma das figuras mais emblemáticas 
desse período. Chateaubriand manteve uma postura ativa no 
processo de modernização do Brasil e utilizava-se da influência de 
seu conglomerado para pressionar a elite do país a auxiliá-lo em suas 
iniciativas, quer fossem políticas, econômicas ou culturais, e 
assim iniciaria uma nova e ousada empreitada: a aquisição de obras 
de arte para formar um museu de nível internacional no Brasil. 
Lina Bo Bardi concebeu arquitetonicamente a atual sede do 
MASP, o edifício, projetado em 1958, levou dez anos para ser 
concluído. A construção é considerada única pela sua peculiaridade: 
o corpo principal pousado sobre quatro pilares laterais, resultando em 
um vão livre de 74 metros, à época considerado o maior do mundo. A 
inovação foi viabilizada pelo trabalho do engenheiro José Carlos de 
Figueiredo Ferraz, que aplicou na obra a sua própria patente 
de concreto protendido.

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