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SEMANA 07 PRÁTICA TRAB. II

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUÍZ(A) DO TRABALHO DA 
___ VARA DO TRABALHO DE ______/___. 
 
 
 
 
 
 
 
PROCESSO Nº: ... 
 
 
 
 
BANCO DINHEIRO BOM S.A, inscrito no CNPJ sob o nº..., 
representado por seu sócio gerente, cuja sede se localiza..., por meio de 
seu advogado abaixo subscrito, nos termos do documento de outorga de 
mandato anexo (documento 01), nos autos da Reclamação Trabalhista que 
lhe move PAULO, já qualificado na inicial, vem, respeitosa e 
tempestivamente, perante Vossa Excelência, apresentar sua resposta em 
forma de CONTESTAÇÃO com base no artigo 847 da Consolidação das Leis 
do trabalho (CLT), combinado com o artigo 336 do Código de Processo Civil 
(CPC), pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. 
 
DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
 
 1-DOS FATOS 
 
I. DO CONTRATO DE TRABALHO 
 
Como se colhe dos autos do processo em epígrafe, Paula trabalhou 
por quatro anos para a Reclamada na função de gerente-geral de agência, 
cumprindo a jornada de segunda a sexta-feira das 08:00 às 20:00 horas, 
com intervalo de 20 (vinte) minutos para o almoço. Foi dispensada sem 
justa causa no dia 02/03/2015, percebendo o salário de oito mil reais, além 
da gratificação de função de 50% (cinquenta por cento) a mais que o cargo 
efetivo. 
 
II. DA CARGO DE CONFIANÇA 
 
Deslumbra-se nos autos da reclamação trabalhista que o empregado 
exercia a função de gerente-geral de agência bancária, sendo responsável 
por controlar o desempenho profissional e a jornada dos funcionários, bem 
como o desempenho comercial da agência. Percebia 50% (cinquenta por 
cento) como gratificação de função. Enseja, na inicial, receber horas extras 
durante o período laborado. 
 
Ocorre que são indevidas horas extraordinárias quando o empregado 
exerce cargo de gestão e recebe 40% ou mais como gratificação de função, 
 
 
 
enquadrando-se na situação prescrita no art. 62, II e parágrafo único, da 
CLT. 
Ademais, esta situação é ratificada pela Súmula 287 do Tribunal 
Superior do Trabalho (TST), ao lecionar que o gerente-geral de agência 
bancária presume-se em cargo de gestão, aplicando-se-lhe o que prescreve 
o art. 62 da CLT, não cabendo, assim, o pagamento de horas 
extraordinárias. 
 
Portanto, a Reclamante não faz jus ao pagamento das horas 
trabalhadas além da jornada normal de trabalho, por exercer cargo de 
confiança e perceber 50% de gratificação de função, tampouco são devidos 
os seus reflexos. 
 
III. DIFERENÇAS SALARIAS 
 
O obreiro alega que o seu salário era menor que o de João Petrônio, 
que percebia o valor de dez mil reais de salário efetivo como gerente de 
agência de grande porte atendendo contas de pessoas físicas e jurídicas. A 
agência de Paulo era de pequeno porte e atendia somente pessoas físicas. 
 
Portanto, há diferenças nas funções e tarefas desempenhadas por 
João Petrônio na sua agência, o que justifica a aplicação do art. 461, §1º, 
da CLT, corroborado pela Sumula 6, III, do TST. 
 
Destarte, não prospera a pretensão da Reclamante em pleitear as 
diferenças decorrentes da equiparação salarial nem seus respectivos 
reflexos. Contudo, não merece prosperar a pretensão do Reclamante em 
pleitear o pagamento de horas extraordinárias e seus respectivos reflexos. 
 
 IV. DO ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA 
 
O reclamante foi transferido de São Paulo para Belém, após um ano 
de serviço, tendo lá fixado residência com sua família, requerendo o 
pagamento do adicional de transferência em forma de adicional mensal. 
 
É de se ressaltar que há previsão de transferência para empregados 
que exercem cargo de confiança no art. 469, §1º, da CLT. Porém, a 
Orientação Jurisprudencial 113 da Seção de Dissídios Individuais, Subseção 
1 (OJ-113-SDI-1) do TST, aduz que esta transferência está apta a legitimar 
a percepção do adicional de transferência, se for de forma provisória, o que 
não é o caso da situação em tela. 
 
Sendo assim, requer a improcedência do pedido de adicional de 
transferência, pelas razoes acima expostas. 
 
DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
Diante do exposto, requer-se a Vossa Excelência, a extinção do 
processo sem resolução do mérito (art. 45, V do CPC) e, julgue 
improcedente a ação, condenando-se a reclamante no pagamento das 
custas processuais. 
 
 
 
Protesta-se pela produção de provas em direito permitidas, juntada 
de documentos, oitiva de testemunhas, perícia e depoimento pessoal da 
Reclamante sob pena de confissão e revelia. 
 
 
 
 
Nestes Termos, 
Pede Deferimento. 
 
LOCAL, DATA. 
 
ADVOGADO 
OAB

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