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A ética Protestante e o Espírito do Capitalismo Ao se debruçar sobre o objeto de estudo (a ética protestante) Weber buscou compreender como essa ética propiciou condições para que o capitalismo (o seu espírito) viesse a se desenvolver em países protestantes. Ao contrário do que possa parecer, Weber não estava fazendo uma história das seitas protestantes, ele recorreu a tais seitas para buscar identificar quais as possíveis características que levaram seus seguidores a desenvolver uma conduta propícia ao desenvolvimento econômico (esse é o ponto principal da obra). Lembremos que Weber tinha como objeto de estudo a “Ação Social”. Por “Ação Social”, Weber entendia qualquer ação que o indivíduo faz orientando-se pela ação de outros. Vejamos o exemplo do eleitor: O eleitor define seu voto orientando-se pela ação dos demais eleitores. Ou seja, temos a ação de um indivíduo, mas essa ação só é compreensível se percebemos que a escolha feita por ele tem como referência o conjunto dos demais eleitores. Weber dirá que toda vez que se estabelecer uma relação significativa, isto é, algum tipo de sentido entre várias ações sociais, tem-se, então, relações sociais. Só existe ação social quando o indivíduo tenta estabelecer algum tipo de comunicação, a partir de suas ações, com os demais. Ao estudar a Ética Protestante, Weber buscava identificar os sentidos (porquês) das ações dos protestantes e de que forma isso os levava a trabalhar mais, a não aparentar vagabundagem ou ociosidade, Desenvolver-se economicamente – era a ação social dos protestantes que, segundo Weber, favoreceu o desenvolvimento do sistema capitalista nos EUA . Weber definia as ações sociais, como: Ação social tradicional; Ação social afetiva; Ação social racional movida por fins; Ação social movidas por valores. No caso da obra em questão, ele buscou analisar as ações sociais racionais movidas por fins e valores (ou seja, quais os sentidos das ações [a ética] dos protestantes? Quais os valores que os conduziam a tais ações? Quais eram as finalidades de tais ações? Partindo do pressuposto da racionalidade dotada de sentido têm-se uma compreensão maior da obra de Weber. Weber, conclui que o desenvolvimento do capitalismo deve-se a uma peculiaridade dos capitalistas da Europa Ocidental e da América do Norte, de encarar o trabalho como uma vocação. Essa concepção é revestida por uma religião, o protestantismo, que insere uma nova ética ao homem. Assim o advento do capitalismo para Weber seria uma nova maneira de encarar o mundo do trabalho, que as pessoas deveriam enriquecer pelo suor do seu esforço. Segundo a concepção puritana o homem não deveria ostentar sua riqueza, devia ter a disciplina ascética e através do trabalho seriam escolhidos por Deus.
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