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Abordagem Neoclássica No início da década de 1950, a teoria administrativa passou por um período de intensa remodelação com um notável surto de desenvolvimento industrial e econômico sem precedentes. Esse período em que surgiu também a Teoria Neoclássica, que é quase como uma reação à enorme influência da ciência do comportamento no campo da Administração que ocorreu em detrimento dos aspectos econômicos e concretos que envolvem as organizações. A abordagem neoclássica nada mais é do que a redenção da Teoria Clássica devi- damente atualizada e redimensionada aos problemas administrativos atuais e ao tamanho das organizações de hoje. A abordagem neoclássica baseia-se nos seguintes fundamentos: • A Administração é um processo operacional composto por funções, como: planejamento, organização, direção e controle. • Como a Administração envolve uma variedade de situações organiza- cionais, ela precisa fundamentar-se em princípios básicos que tenham valor preditivo. • A Administração é uma arte que, como a Medicina ou a Engenharia, deve se apoiar em princípios universais. • Os princípios de administração, a exemplo dos princípios das ciências lógicas e físicas, são verdadeiros. • A cultura e o universo físico e biológico afetam o meio ambiente do admi- nistrador. Como ciência ou arte, a teoria da Administração não precisa abarcar todo o conhecimento para poder servir de fundamentação científica aos princí- pios de Administração. As principais características da Teoria Neoclássica são as seguintes: 1. Ênfase na prática da administração A Teoria Neoclássica caracteriza-se por uma forte ênfase nos aspectos práticos da Administração, pelo pragmatismo e pela busca de resultados concretos e palpáveis, muito embora não se tenha descurado dos conceitos teóricos da Administração. 2. Reafirmação dos postulados clássicos A Teoria Neoclássica é quase como uma reação à enorme influência das ciências do comportamento no campo da Administração em detrimento dos aspectos econômicos e concretos que envolvem o comportamento das orga- nizações. 3. Ênfase nos princípios gerais de administração Os neoclássicos estabelecem normas de comportamento administrativo. Os princípios de Administração que os clássicos utilizavam como "leis" cientí- ficas são retomados pelos neoclássicos como critérios elásticos para a busca de soluções administrativas práticas. 4. Ênfase nos objetivos e nos resultados Toda organização existe, não para si mesma, mas para alcançar objetivos e produzir resultados. É em função dos objetivos e resultados que a organização deve ser dimensionada, estruturada e orientada. Daí a ênfase colocada nos ob- jetivos organizacionais e nos resultados pretendidos, como meio de avaliar o desempenho das organizações. Os objetivos são valores visados ou resultados desejados pela organização. 5. Ecletismo da teoria neoclássica Embora se baseiem na Teoria Clássica, os autores neoclássicos são ecléti- cos, absorvendo o conteúdo de outras teorias administrativas mais recentes. Aspectos Administrativos Comuns às Organizações Segundo Peter Drucker, todas as instituições são organizações e tem uma di- mensão administrativa comum em três aspectos principais: • Quanto aos objetivos: as organizações não vivem para si próprias, mas são meios, são órgãos sociais que visam à realização de uma tarefa social. • Quanto à administração: todas as grandes organizações são diferentes em seus objetivos, seus propósitos, mas são essencialmente semelhantes na área administrativa. • Quanto ao desempenho individual: é o campo em que há menor dife- rença entre as organizações. O desempenho individual é a eficácia do pessoal que trabalha dentro das organizações. São os indivíduos que fazem, decidem e planejam. Princípios Básicos de Organização Os teóricos neoclássicos retomam alguns conceitos de organização formal como: – divisão do trabalho: surgiu com a Revolução Industrial e significa a de- composição de processos complexos de trabalho. É a base para a eficiência e tem como consequência a maior autoridade, maior a responsabilidade. Responsabilidade é o dever de responder pela sua autoridade. Delegação de poder é o processo de transferir autoridade e respon- sabilidade para subordinados. – amplitude administrativa: significa o número de subordinados que um administrador pode supervisionar. Uma amplitude estreita conduz a uma es- trutura organizacional alta, e vice-versa. A tendência atual é achatar as estrutu- ras, o famoso downsizing. Funções do Administrador segundo os Neoclássicos As funções do administrador (prever, organizar, comandar, coordenar e con- trolar), apresentadas na Teoria Clássica por Fayol, também são entendidas e consideradas com um outro enfoque. Dentro da linha proposta por Fayol, os autores neoclássicos adotam o processo administrativo como núcleo de sua te- oria eclética e utilitarista. De modo geral, aceitam-se hoje o planejamento, a organização, a direção e o controle como as funções básicas do administrador, passando a ser chamado de “processo administrativo”. → Planejar → Organizar A função de organização também estabelece a inter-relação entre os órgãos, que pode ser uma relação hierárquica ou coordenativa. Podem-se construir os seguintes modelos de estruturas organizacionais, baseando se no tipo de auto- ridade disponível: Organização Linear: é uma estrutura simples, baseada na autoridade line- ar, em que as funções geralmente são dispostas em “uma organização de linha em que a cadeia de comando é clara e descendente através dos níveis geren- ciais”. Organização Linha-Staff: permite a convivência da assessoria com as posi- ções de linha, existe uma equipe de especialistas capaz de resolver questões mais específicas, que demandem um nível de conhecimento mais profundo. Apreciação Crítica da Teoria Neoclássica Conclui-se que o processo administrativo não é somente o núcleo da Teoria Neoclássica, mas o fundamento da moderna Administração. Nenhuma con- cepção mais avançada conseguiu ainda deslocá-lo dessa posição privilegiada. Administrar, segundo Chiavenato (2004) é muito mais que uma mera função de gerenciamento de pessoas, de recursos e de atividades. Administração por Objetivos (APO) A Administração por objetivos – APO é uma teoria da administração que surgiu na década de 1950 com Peter F. Druker, que é considerado o pai da adminis- tração moderna. A base da APO é o processo do qual participam o chefe e sua equipe. Esse processo substitui o processo hierárquico, em que o chefe define os objetivos e os transmite, para depois avaliar o desempenho da equipe. As Origens da Administração por Objetivos - APO Administração por Objetivos (APO), é uma expressão cunhada por Peter Druker em 1955, no livro The pratice of management. A APO indica um pro- cesso participativo de estabelecimento de objetivos e avaliação do desempenho das pessoas (MAXIMIANO, 2004).
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