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HANSENÍASE HANSENÍASE É uma doença infecto-contagiosa, de evolução lenta, manifesta - se principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos: lesões na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés. AGENTE ETIOLÓGICO A hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que é um parasita intracelular. O tempo de multiplicação do bacilo é lento, podendo durar, em média, de 11 a 16 dias. O M.leprae tem alta infectividade e baixa patogenicidade, isto é, infecta muitas pessoas no entanto só poucas adoecem. O homem é reconhecido como única fonte de infecção (reservatório), embora tenham sido identificados animais naturalmente infectados. TRANSMISSÃO A transmissão da Hanseníase se dá através da respiração. A fonte de contágio é um portador de hanseníase multibacilar que não esteja em tratamento. A pessoa infectada pelo bacilo, e suas diferentes manifestações clínicas, dependem dentre outros fatores, da relação parasita/ hospedeiro e pode ocorrer após um longo período de incubação, de 2 a 7 anos. Dentre as pessoas que adoecem, algumas apresentam resistência ao bacilo, constituindo os casos Paucibacilares (PB), que abrigam um pequeno número de bacilos no organismo, insuficiente para infectar outras pessoas. E pessoas que não apresentam resistência ao bacilo, constituem os casos Multibacilares (MB), que são a fonte de infecção e manutenção da cadeia epidemiológica da doença. Após início do tratamento quimioterápico, ela deixa de ser transmissora da doença, pois as primeiras doses da medicação matam os bacilos. Multibacilares (MB): Casos com mais de 5 lesões de pele. Paucibacilares (PB): Casos com até 5 lesões de pele. SINAIS E SINTOMAS As lesões mais comuns são: Manchas pigmentares ou discrômicas: resultam da ausência, diminuição ou aumento de melanina ou depósito de outros pigmentos ou substâncias na pele. Placa: é lesão que se estende em superfície por vários centímetros. Pode ser individual ou constituir aglomerado de placas. A hanseníase manifesta-se através de lesões de pele que se apresentam com diminuição ou ausência de sensibilidade. SINAIS E SINTOMAS Infiltração: aumento da espessura e consistência da pele. Nódulo: lesão sólida, circunscrita, elevada ou não, de 1 a 3 cm de tamanho. É processo patológico que localiza-se na epiderme, derme e/ou hipoderme. Pode ser lesão mais palpável que visível. TIPOS DE LESÕES Essas lesões podem estar localizadas em qualquer região do corpo e podem, também, acometer a mucosa nasal e a cavidade oral. Ocorrem, porém, com maior freqüência, na face, orelhas, nádegas, braços, pernas e costas. SINAIS E SINTOMAS A hanseníase manifesta-se, também através de lesões nos nervos periféricos. Essas lesões são decorrentes de processos inflamatórios dos nervos periféricos (neurites). Elas manifestam-se através de: Dor e espessamento dos nervos periféricos; Perda de sensibilidade nas áreas inervadas por esses nervos, principalmente nos olhos, mãos e pés; Perda de força nos músculos inervados por esses nervos principalmente nas pálpebras e nos membros superiores e inferiores. Tibial Fibular Radial Mediano Ulnar Facial Trigêmeo Principais nervos periféricos acometidos na Hanseníase DIAGNÓSTICO O roteiro de diagnóstico clínico constitui-se das seguintes atividades: Anamnese - obtenção da história clínica e epidemiológica; Avaliação dermatológica - identificação de lesões de pele com alteração de sensibilidade; Avaliação neurológica - identificação de neurites, incapacidades e deformidades; Pesquisa da sensibilidade tátil com algodão seco Pesquisa de sensibilidade protetora com uso de caneta esferográfica Pesquisa de sensibilidade da córnea, com uso de fio dental Palpação dos troncos nervosos periféricos A principal diferença entre a hanseníase e outras doenças dermatológicas é que as lesões de pele da hanseníase sempre apresentam alteração de sensibilidade. TRATAMENTO O tratamento integral de um caso de hanseníase compreende o tratamento quimioterápico específico - a poliquimioterapia (PQT), seu acompanhamento, com vistas a identificar e tratar as possíveis intercorrências e complicações da doença e a prevenção e o tratamento das incapacidades físicas. O tratamento é definido de acordo com a classificação: paucibacilares ou multibacilares de acordo com o número de lesões cutâneas. ESQUEMAS DE POLIQUIMIOTERAPIA Tratamento de adulto / PB – Dose supervisionada: rifampicina e dapsona Dose auto-administrada: dapsona Tratamento completo: 6 cartelas (6 a 9 meses) Tratamento de adulto / MB – Dose supervisionada: rifampicina, clofazimina e dapsona Dose auto-administrada: dapsona e clofazimina Tratamento completo: 12 cartelas (12 a 18 meses) Gravidez e aleitamento materno não contra-indicam a administração da poliquimioterapia Tratamento de criança / PB Tratamento de criança / MB AÇÕES DE CONTROLE EM HANSENÍASE Diagnóstico precoce Tratamento com poliquimioterapia Vigilância de contatos – exame dermato-neurológico e vacina BCG/2 doses. Considerar cicatriz vacinal. Hanseníase é Doença de Notificação Compulsória em todo o Território Nacional. Considera-se como contato intradomiciliar toda e qualquer pessoa que resida ou tenha residido com o doente, nos últimos cinco anos. HANSENÍASE TEM CURA ANEXOS: Podem ser claras, vermelhas ou acobreadas. Podem aparecer em qualquer local do corpo e são persistentes. Podem ser planas ou elevadas, geralmente não doem e não coçam. Não tem sensibilidade ao calor, dor ou toque. OBRIGADA!
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