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TCC Nivea e Shirley2

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INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE GOIÁS - ITEG
SERVIÇO SOCIAL 
NIVEA ODILIA DA SILVA MENEZES SANTOS
SHIRLEI ALVES DE SOUSA BITU
MEDICAMENTOS DE ALTO CUSTO: DIREITO À SAÚDE
RESPONSABILIDADE DO ESTADO: OS DESAFIOS E A INTERVENÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO 
SENADOR CANEDO
JUNHO - 2017
INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE GOIÁS - ITEG
SERVIÇO SOCIAL
NIVEA ODILIA DA SILVA MENEZES SANTOS
SHIRLEI ALVES DE SOUSA BITU
MEDICAMENTOS DE ALTO CUSTO: DIREITO À SAÚDE
RESPONSABILIDADE DO ESTADO: OS DESAFIOS E A INTERVENÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado com requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Serviço Social pelo Instituto Tecnologia e Educação de Goiás - ITEG, sob a orientação do Professor Especialista Sebastião Felix Neto.
SENADOR CANEDO
JUNHO – 2017
FOLHA DE APROVAÇÃO
MEDICAMENTOS DE ALTO CUSTO: DIREITO À SAÚDE
RESPONSABILIDADE DO ESTADO: OS DESAFIOS E A INTERVENÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, apresentado ao Instituto Tecnológico de Goiás - ITEG, como exigência para obtenção do Diploma de Bacharel em Serviço Social.
Aprovado em _______/_______/2017
Banca Examinadora:
Sebastião Félix Neto Mendes de Sousa
Professor Especialista 
Examinador – Prof. 
Titulação
Examinador – Prof. 
Titulação
Dedicamos esse trabalho acima de tudo a Deus nosso Pai, pelas nossas vidas, nossa família, saúde, fé, perseverança e sabedoria que nos concedeu, aos nossos amados esposos Rosildo e Marco, aos nossos preciosos filhos e filhas Junior e Jose, Nathalia e Karolina que estiveram ao nosso lado durante todos os dias compreendendo e apoiando, aos nossos queridos pais Geny/Antonio e Anita/Wilson pelo incentivo constante acreditando em nossa competência, pela missionária Marta pelas orações, pela oportunidade de sermos uma pessoa melhor a cada dia, amando o próximo assim como Jesus nos ama. 
Agradecemos a nosso Deus maravilhoso pela oportunidade de concluir uma Graduação tão desejada, pelo ITEG a Instituição que abriu um leque para realização desse sonho: In Memória o Professor Jaime, jovem que fez história com sua inteligência e capacidade de traçar objetivos e realizá–los, hoje vive em nossas alegres lembranças: jovem guerreiro, o Professor Jamilton, que com inteligência e capacidade desenvolve com excelência suas responsabilidades, aos Coordenadores Gabriel e Diego que transmitiram confiança e força, as secretárias da instituição que sempre nos atendeu com carinho, a todos os Professores que brilhantemente nos ensinou com sabedoria para nossa formação, ao nosso Professor Especialista do TCC Sebastião Neto que nos orientou com sabedoria, aos nossos amados e queridos esposos Rosildo e Marco, que apoiaram e acreditaram em nós, aos nossos abençoados e lindos filhos e filhas: Junior e Jose, Nathalia e Karolina, que nos compreendeu quando não podíamos estar ao lado deles, aos nossos pais, pela educação, dignidade e formação de caráter, pelo amor que sempre nos deram, aos nossos irmãos e irmãs, aos nossos familiares, á missionária e o pastor, aos amigos que já fazia parte de nossas vidas e aos que fizemos nessa linda jornada, por todos que direto ou indiretamente nos apoiaram e acreditaram na nossa competência, pela compreensão e paciência que tiveram com nós nessa trajetória cheia de altos e baixos, pelos incentivos que recebemos de cada um. 
Porque o Senhor é quem dá a sabedoria e de sua boca vem à inteligência e o entendimento.
 Provérbios 2:6.
RESUMO
 
O Objetivo deste trabalho tem por finalidade abordar a questão da efetivação do direito á saúde garantido na Constituição Federal, especialmente ao fornecimento gratuito de medicamento de alto custo e prestação de serviço. Para tanto apresenta-se toda a complexidade que envolve a promoção de políticas públicas em um país de modernidade tardia como o Brasil, como se procedeu a garantia do atendimento gratuito á saúde, até a promulgação da Constituição Federal de 1988, que instituiu o Sistema Único de Saúde e, conseqüentemente, a Assistência Farmacêutica, onde os recursos são escassos, e o deferimento da demanda pode representar a escolha entre a vida de um cidadão e a vida da coletividade. Com base na pesquisa, estuda-se a priorização de demandas coletivas como a melhor forma de efetivação das políticas públicas de saúde e a questão da legitimidade intervenção do Poder Judiciário nessa prestação, demonstrado a necessidade de criação de políticas públicas que visem á efetivação do direito fundamental á saúde, em particular atenção ao acesso a medicamento. Por meio desta pesquisa, procurou-se demonstrar as responsabilidades e atribuições a cada Poder da República, e um processo democrático, com ações do Legislativo, do Executivo e do Judiciário, bem como dos Entes Federados: União, Estados e Municípios, a fim de garantir aos cidadãos o cumprimento do mandamento constitucional referente á saúde. Abordamos também o papel do Assistente Social junto á saúde pública, viabilizando, encaminhando e deliberando os processos para efetivação dos direitos do cidadão.
Palavras Chave: Saúde Pública, Assistente Social, Poder Judiciário, Efetivação, Direito à Saúde. 
 
ABSTRACT
The objective of this work is to address the issue of the realization of the right to health guaranteed in the Federal Constitution, especially the free supply of high cost medication and service provision. In order to do so, it presents all the complexity that involves the promotion of public policies in a country of late modernity, such as Brazil, as a guarantee of free health care, until the promulgation of the Federal Constitution of 1988, which established the Single System Health and, consequently, Pharmaceutical Assistance, where resources are scarce, and the deferment of demand may represent the choice between the life of a citizen and the life of the community. Based on the research, it is studied the prioritization of collective demands as the best form of effectiveness of public health policies and the question of the legitimacy intervention of the Judiciary in this provision, demonstrated the need to create public policies aimed at the realization of the right Health, in particular attention to access to medicines.  The purpose of this research was to demonstrate the responsibilities and attributions to each Power of the Republic, and a democratic process, with actions of the Legislative, Executive and Judiciary, as well as of the Federated Entities: Union, States and Municipalities, in order to Guarantee citizens compliance with the constitutional mandate regarding health. We also address the role of the Social Worker in public health, enabling, directing and deliberating the processes for the realization of the rights of the citizen.
Keywords: Public Health, Social Worker, Judiciary, Enforcement,Right to Health.
INTRODUÇÃO
 O presente trabalho analisa os desafios da efetivação do direito à saúde, especialmente quanto ao fornecimento de medicamento de alto custo e a intervenção Judicial. Analisa sob a ótica dos direitos fundamentais, qualificando-a como direito humano, universal e social, caracterizando a dignidade da pessoa humana como razão de ser do Estado brasileiro. Relato uma investigação histórica para compreender como se procedeu a garantia do atendimento gratuito à saúde no Brasil até a promulgação da Constituição Federal de 1988, que institui o Sistema Único de Saúde e, consequentemente, a assistência farmacêutica. A realidade na prestação de saúde pelo Estado com o previsto pelo legislador na Lei Fundamental de 1988, analisando a questão da legitimidade intervenção do Poder Judiciário nessa prestação, demonstrando a necessidadede criação de políticas públicas que visem à efetivação do direito fundamental à saúde, em particular ao acesso a medicamentos. Conceitua o SUS – Sistema único de Saúde, bem como sua articulação e seus programas, da importância da intervenção do Assistente Social inserido no processo de deliberação.
2. ROL DE SIGLAS
ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
CEAF – Componente Especializado da Assistência Farmacêutica 
CEME – Central de Medicamentos 
CF- Constituição Federal
CMAC- Central de Medicamento de Alto Custo
MPAS- Ministério da Previdência e Assistência Social
MS – Ministério da Saúde 
OMS – Organização Mundial de Saúde
PSF – Programa de Saúde na Família 
REESME – Relação Estadual de Medicamentos
REMUME – Relação Municipal de Medicamentos
RENAME – Relação Nacional de Medicamentos Essenciais 
SMS- Secretaria Municipal de Saúde
SUS – Sistema Único de Saúde 
TFD- Tratamento fora do Domicilio
3. EFETIVAÇÃO DO DIREITO FUNDAMENTAL Á SAÚDE
 
Observa-se que o direito á saúde inserido no rol dos direitos fundamentais por força do disposto no artigo 6º da Constituição Federal, que traz a saúde juntamente com a educação, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção á maternidade e a infância, e a assistência aos desamparados, como direitos sociais, dentro do título nominado “Dos direitos e garantias fundamentais”. Os valores e princípios de suma importância consagrados em todo ordenamento, tais como a vida, a liberdade, a igualdade, a fraternidade e o respeito à dignidade humana. È impossível a separação dos vetores de dignidade da pessoa humana, do direito à vida e à saúde (CF/1988).
De acordo com a Carta Magna consagrou, definitivamente, a relevância dos direitos fundamentais, prevendo expressamente no parágrafo 1º do art.5º a sua aplicação imediata. Essa eficácia imediata “ressalva a vinculação direta dos órgãos estatais a esses direitos e o seu dever de guarda-lhes estrita observância”. O direito á saúde é um direito social, ou prestacional, sendo acolhido pela Constituição Cidadã como autêntico direito fundamental, não tendo o texto constitucional feito distinção entre direitos e deveres individuais e coletivos e os direitos sociais, ao estabelecer que os direitos e garantias fundamentais tem aplicação imediata. È por isso que a busca da efetivação de prestações de saúde devem ser baseadas a partir da análise desse contexto constitucional. È o próprio texto Constitucional que estabelece como se dará a atuação estatal, ao lançar as diretrizes de um sistema único que reúne as ações e os serviços de saúde, formando uma rede regionalizada e hierarquizada, com a participação de todos os federados, que deu origem ao que hoje se denomina Sistema Único de Saúde - SUS. (www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm, Acesso 24/04/2017).
Especificamente quanto ao direito á saúde, a Constituição Federal da República enuncia no artigo 196:
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido Mediante políticas sociais e econômicas que visem á redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário ás ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. (Art. 196 CF). 
 i 
 
Conforme já referido acima, o dever do Estado de garantir à efetividade do direito á saúde, as políticas públicas de saúde determinarão os meios pelos quais se efetivará o dever constitucional de garantir o direito á saúde, cuja satisfação envolverá necessariamente a escolha de uma ação em prejuízo, de outra, pela Administração Pública com o consentimento do Legislativo. Trata – se de um conjunto integrado de documentos que exprimem os planos e programas governamentais, sua formulação, avaliação, aprovação, e execução 
A Emenda Constitucional nº 29/2000 fala sobre a importância da saúde dentre os deveres estatais que levou inclusive o legislador constitucional a determinar que a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, necessariamente, invistam uma quantidade mínima de recursos em ações e serviços públicos de saúde, cujos percentuais atualmente estão previstos pela Lei Complementar nº 141/2012. Assim, mesmo cabendo à política a decisão de quanto e onde deve investir recursos com vistas à concretização do direito á saúde, constitucionalmente vinculada a valores mínimos, donde se revela a própria fundamentalidade de tal direito, cuja garantia, ao menos de seu núcleo essencial, não está a mercê da vontade nem mesmo dos legitimados pelo povo. (www.planalto.gov.br/constituicaofederal).
O presente trabalho aborda o contexto da saúde no âmbito dos direitos fundamentais e do principio da dignidade humana. Visa-se com essa abordagem, demonstrar a relevância do direito á saude para a manutenção do bem primordial que é a vida, bem como a necessidade de sua efetivação pelos Poderes Públicos.
A fim de compreender a construção da priorização do direito á saúde no Brasil, é importante analisar a perspectiva histórica do direito á saúde nas Constituições deste País até a criação da presente Lei Fundamental. O estudo visa perceber a evolução em relação ao direito sanitário e a implantação de políticas públicas para garantir o direito á saúde e, nesse contexto, o SUS (Sistema Único de Saúde).
Na realização da pesquisa, dedica-se um capítulo individual á intervenção á intervenção judiciária no âmbito das prestações de atendimento á saúde pelo Estado, em especial á Assistência Farmacêutica. O acréscimo de demandas judiciais objetivando o fornecimento de medicamento por parte de Entes Federados demonstra a ineficiência do Poder Executivo na implementação de políticas de saúde pública.
O desrespeito á aplicação do artigo 196 da Constituição Federal é cada vez mais notório, onde o Poder judiciário é legitimo para intervir nas questões relativas á efetivação dos direitos fundamentais, em especial o direito á saúde, bem como a irrevogabilidade do dever do Estado em prestar a Assistência Farmacêutica aos indivíduos que dela necessitem. 
De igual importância é a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, fruto da Revolução Francesa, que, seguindo os passos da declaração americana, reconheceu “ao ser humano direitos naturais, inalienáveis, invioláveis e imprescritíveis”. Os direitos caracterizam – se por propiciar ao individuo a prestação de serviços pelo Estado, com vistas a concretizar os direitos reconhecidos.
A Constituição de 1988 foi outorgada aplicabilidade imediata aos direitos fundamentais sociais, mas acompanhada de diversas controvérsias no plano doutrinário e jurisprudencial acerca da operacionalização desta efetividade constitucional. A imposição deste dever ao Estado pela Constituição deu abertura á possibilidade do cidadão discutir judicialmente o papel do Estado enquanto provedor e garantidor do direito á saúde.
3.1 Histórico do SUS – Sistema único de Saúde
O SUS – Sistema Único de Saúde – resultou da reforma sanitária defendida por movimentos sociais durante a Assembléia Nacional Constituinte de 1988, surgida em razão da adequação do sistema de saúde vigente á época. O Sistema Nacional de Saúde mostrava sinais de inoperância e ineficiência, motivando a busca por melhores serviços de saúde e gerenciamento organizado. A criação do SUS representa uma grande evolução entre as políticas sociais instituídas pela Constituição Federal de 1988. 
Após dois anos de promulgação da Constituição Federal de 1988, encontra – se regulado a Lei nº 8.080 de 19 de Setembro de 1990, e pela Lei nº 8.142, de Dezembro de 1990, que traçou as diretrizes e os princípios do SUS e dispõe em seu artigo 1º. (Constituição Federal Lei nº8.080/90 e Lei nº8.142/90).
A Constituição Federal de 1988 determina através do artigo198 da, as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único organizado de maneira descentralizada, com a direção única em cada esfera de governo; de modo que seja propiciado o atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais e que haja a participação da comunidade.
A saúde pública centra sua ação a partir da ótica do Estado com os interesses que ele representa nas distintas formas de organização social, e política das populações. Na concepção mais tradicional, é a aplicação de conhecimentos (médicos ou não), com o objetivo de organizar sistemas e serviços de saúde, atuar em fatores determinantes do processo saúde-doença controlando a incidência de doenças nas populações através de ações de vigilância e intervenções governamentais.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é considerado um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo, muitas vezes exemplificado como modelo para outros países, foi criado por um conceito ampliado de saúde pública, visando garantir o direito á saúde de toda população.
Em breve análise pública no Brasil com dados de 2006, divulgado no Pacto pela Saúde, mostram que o SUS tem uma rede de mais de 63 mil unidades ambulatoriais e de cerca de 6 mil unidades hospitalares, com mais de 440 mil leitos. Além de ser o segundo país do mundo em números de transplantes, o Brasil, devido ao SUS, é reconhecido internacionalmente pelo progresso no atendimento universal ás Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS, na implementação do Programa Nacional de imunização e no atendimento relativo á Atenção Básica. (Brasil, 2010). 
O SUS tem o conceito básico a universalização do atendimento. Isso significa que “a saúde é direito de todos” como afirma a Constituição Federal, seu propósito é que toda a população tenha acesso ao atendimento público de saúde. 
A Lei 8.080/90 responsabiliza o SUS, para “prover as ações curativas e as ações preventivas necessárias” de forma a respeitar as diretrizes principais do sistema que são: a descentralização, a participação da comunidade por meio de Conselhos de Saúde e o atendimento integral. No que diz respeito á descentralização, depara – se com o problema da desigual arrecadação de recursos tributários e na diferente distribuição de tais emolumentos, sendo que a descentralização de serviços não é suficiente frente aos recursos necessários para atender as crescentes demandas. (Constituição Federal/1990).
O SUS não viabiliza somente medicamentos de alto custo, mas são garantidos também tratamento ambulatorial por especialistas, Pronto Atendimento de Urgências e Emergências, farmácia básica com medicamentos de baixa complexidade, acompanhamento e prevenção nas Unidades de PSFs, Exames, atendimentos em Maternidades e Hospitais. “Dentre as atribuições do SUS, a par da Vigilância Sanitária e Epidemiológica, situa-se também a preservação da saúde do trabalhador e a prestação de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica”, (artigo 6º § I, alínea “d”, da Lei nº 8.080/1990).
A Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080/90) dispostos no artigo 7º declara os princípios basilares do Sistema Único de Saúde: universalização, equidade, participação popular, regionalização e hierarquização, descentralização e comando único. A definição clara das responsabilidades pela gestão e implementação das políticas no SUS é importante para assegurar condições adequadas à concretização da saúde como direito de cidadania. O Poder Público Municipal assume o papel de gestor do sistema de saúde de sua cidade. Á esfera estadual cabe criar condições para que o município possa exercer a gestão nos seus limites territoriais, e á esfera federal cabe, além de incentivar a implementação dos SUS estaduais e municipais, normatizar e coordenar o sistema nacional. (CF/1988).
4. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO DE ALTO CUSTO
O direito ao acesso de medicamentos é universal, para que sejam preservadas a saúde e a recuperação daqueles que a perderam ou a tem de forma prejudicada. Ocorre que tal direito deve ser regulamentado, para que os recursos destinados sejam utilizados de maneira mais racional, garantindo uma cobertura de medicamentos cada vez maior. Segundo pesquisa no site do Ministério da Saúde, mais de 87% de brasileiros tem acesso á assistência farmacêutica, especialmente os medicamentos. A Assistência Farmacêutica é parte do conjunto de ações que o Estado deve desenvolver para que seja garantida a promoção da saúde, bem como a prevenção de doenças, o diagnostico, tratamento e recuperação dos que dela necessitam. O acesso aos medicamentos é de fundamental importância para que sejam obtidos resultados nos positivos nos atendimentos do Sistema Único de Saúde. (Ministério da Saúde – Portal da Saúde - www.saude.gov.br).
Conforme previsto no § 1º do artigo 198 da Constituição Federal a Política de Assistência Farmacêutica é definida e tem seu financiamento assegurado pelo SUS. A Assistência Farmacêutica compreende em três programas: atenção básica á saúde por meios do fornecimento de medicamentos essenciais, programas de estratégia para controle de determinadas doenças e medicamentos chamados especializados, que possuem alto custo ou são excepcionais. 
Os programas referem – se á garantia ao acesso da população aos medicamentos essenciais correlacionados ás práticas assistenciais que geram qualidade de saúde aos cidadãos. Por esses programas destaca – se os medicamentos referentes a doenças mais freqüentes como a hipertensão, diabetes, infecções, doenças respiratórias, pneumonia, asma e alergias, serão fornecidos pela rede básica de saúde dos Municípios e do Estado. O financiamento desse programa foi garantido por meio da criação do Incentivo á Assistência Farmacêutico Básica. (Portaria 176/1999 do Ministério da Saúde). 
Não há como o Estado cumprir seu dever de garantir aos seus cidadãos o direito fundamental á saúde sem lhes alcançar medicamentos, tal prestação é necessária até mesmo para a preservação e melhora da qualidade de vida e/ou da saúde, bem como para sua reabilitação. Esse acesso deve ser assegurado para a consecução do bem- estar, a fim de que o beneficiário possa ser um dos operadores do desenvolvimento social, tendo por base a igualdade de tratamento e de condições. (Constituição Federal Lei 8.080/90).
O financiamento e a aquisição desses medicamentos são feitos pelo Ministério da Saúde que os distribui por todas as unidades de acordo com as necessidades de cada município, as secretarias de saúde levantam a real precisão de medicamentos e fazem a solicitação ao Ministério da Saúde. O Programa de Medicamentos Especializados, necessário ás doenças tidas como individualizadas e que exijam tratamento diferenciado, longo ou, em alguns casos, permanente, de alto custo e destinado aos pacientes que não possuem recursos para arcar com tal tratamento. Portadores de enfermidades como artrite reumatóide, doença de Parkinson entre outras, o SUS disponibiliza mais de 560 tipos de medicamentos, outros 147 direcionados á doenças raras, como Alzheimer, problemas pulmonares e cardíacos crônicos, Hanseníase, Tuberculose, Diabetes, AIDS, alguns dos denominados medicamentos de alto custo. Os beneficiários dessa prática aumentam a anualmente. Cabe ressaltar que o tratamento integral para aqueles que possuem câncer é garantido pelo programa, que inclui eventuais cirurgias, quimioterapia, radioterapia, reabilitação e tratamento paliativo. (Portal da Saúde – Ministério da Saúde – www.saude.gov.br.).
5. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E A DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS 
 
A Assistência Farmacêutica teve inicio em 1971 com a instituição da Central de Medicamentos (CEME). Esta tinha por objetivo o fornecimento de medicamento á população sem condições econômicas para adquiri–los e era caracterizado por uma política centralizada de aquisição e distribuição de medicamentos. A Lei nº 8.080/90 estabelece que esteja incluída no campo de atuação do SUS a formulação dapolítica de medicamentos, que é instituída, em 30 de Outubro de 1998, pela Política Nacional de Medicamentos, a Assistência Farmacêutica é definida pela portaria nº 3.916 do Ministério da Saúde:
Grupo de atividades relacionadas com o medicamento destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação e o controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e a avaliação da utilização, obtenção e a difusão de informação sobre medicamentos e a educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos. (ConstituiçãoFederal/1988).
As ações de Assistência Farmacêutica devem estar fundamentadas nos princípios constitucionais e legais estabelecidos no artigo 198 da CF e no artigo 7º da Lei Nº 8.080/90. Os Entes da União deverão unir esforços para alcançar os fins previstos pelas diretrizes da Política Nacional de Medicamentos. Os medicamentos essenciais são definidos pela OMS (Organização Mundial de Saúde),como aqueles que satisfazem ás necessidades de saúde prioritárias da população, os quais devem estar acessíveis em todos os momentos, na dose apropriada, a todos os segmentos da sociedade, alem de serem selecionados segundo critérios de relevância em saúde pública, evidencias de eficácia e segurança, bem como estudos comparativos de custo efetividade. Esses medicamentos mais estão organizados em uma Relação Nacional de Medicamentos (RENAME). Cabe aos municípios definir a relação municipal de medicamentos essenciais, com base na RENAME, e executar a assistência farmacêutica. O propósito prioritário da atuação municipal é assegurar o suprimento de medicamentos destinados á atenção básica em saúde, além de outros medicamentos essenciais que estejam definidos no Plano Municipal de Saúde.
A CEME foi elaborada em 1971, pelo Ministro da Saúde Mozart Abreu Lima, através do Decreto n º 68.806, regulamentada em 25 de Junho de 1971, era subordinada á Presidência da Republica, sendo transferida para o Ministério da Previdência e Assistência Social por meio do Decreto n º 75.985 de Julho de 1975 (MPAS) e por fim passando a ser de responsabilidade do Ministério da Saúde em 1985, pelo Decreto nº 67.91.439. A CEME (foi com relação á elaboração da lista de medicamentos essenciais) atuou na produção e distribuição de medicamentos para consumo da população. Em 1975, antes mesmo da Organização Mundial de Saúde (OMS) elaborar uma lista de medicamentos essenciais, fato que só aconteceu em 1977, foi instituído, através da Portaria do MPAS nº 233, a RENAME, a qual se constituiu como instrumento de fornecimento de medicamento prioritários para as unidades de saúde (Silva,2000). 
A RENAME passou por revisões e atualizações por recomendações da Organização Mundial de Saúde. A listagem de medicamentos, desde o seu surgimento, na época da CEME até os dias atuais, facilitando a organização das listas estaduais (REESME) e municipais (REMUME), as quais devem ser organizadas de acordo com as patologias e os agravos mais relevantes e prevalentes de cada região, além disso, permite a uniformização de condutas terapêuticas, por desenvolver e facilitar o esclarecimento de ações educativas, orientando a prescrição, a dispensação, e o abastecimento de medicamento, particularmente no âmbito do SUS. Pode-se destacar outra iniciativa da CEME, em 1987: o lançamento do Programa de Farmácia Básica, idealizado a fim de suprir certa quantidade de medicamentos selecionados pela RENAME, pretendendo padronizar no âmbito nacional os medicamentos utilizados no tratamento de doenças de ocorrência comum no Brasil, em nível ambulatorial.
 Nota – se, portanto, uma evolução e melhoria na prestação da saúde feita através do SUS e sua Política Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica. Entretanto, deve – se atentar para o fato de que a assistência farmacêutica teve um aumento significativo em seu custo por todo o mundo. Cabe lembrar também, que é crescente o uso de irracional de medicamentos, e é cada vez mais comum a automedicação e a chamada medicalização excessiva.
Portanto, todas essas políticas realizadas pelo Estado com a finalidade de cumprir a garantia á saúde têm de ter aproveitamento crescente e de aumento nos recursos que serão aplicados, de forma equitativa. É a busca por todos os interessados de mecanismos mais eficientes e ágeis para a política de distribuição, para que a saúde no Brasil se aperfeiçoe cada vez mais. A Lei prevê direito á saúde a toda sociedade, não importa ela classe, religião, raça ou etnia, portanto, toda classe utiliza o sistema de forma igual a fim de combater doenças.
O SUS não viabiliza somente medicamentos de alto custo, mas são garantidos também tratamento ambulatorial por especialistas, Pronto Atendimento de Urgências e Emergências, farmácia básica com medicamentos de baixa complexidade, acompanhamento e prevenção nas Unidades de PSFs, Exames, atendimentos em Maternidades e Hospitais. 
Uma analise criteriosa é feita através de profissional de determinado órgão responsável, decidem se conseguem ou não o beneficio. Esses critérios, nem sempre claros, costuma indignar setores de defesa do consumidor. Para solicitar o medicamento, o paciente deve primeiramente estar cadastrado no SUS. Já cadastrado, o segundo passo é se submeter a uma consulta Médica, realizar alguns exames que constatem a doença, obtendo a receita Médica, levar no órgão responsável, juntamente com copias do Cartão SUS, Identidade, CPF, Comprovante de Endereço, Laudo Médico, e preencher um formulário especifico de cada órgão, e aguardar a deliberação de seu medicamento. Em Senador Canedo- Goiás é dispensado Medicamentos de Alto Custo na Secretaria Municipal de Saúde, Departamento de Atenção Assistida, acompanhada por duas Farmacêuticas e uma Assistente Social, e também são Dispensados através do CMAC Juarez Barbosa em Goiânia- Goiás e por meio de ordem Judicial pelo Ministério Público. 
Os medicamentos listados CEAF são dispensados com estrita observância dos critérios de diagnostico, indicação e tratamento, inclusão e exclusão, esquemas terapêuticos, monitorização, acompanhamentos e demais parâmetros contidos nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde. 
6. DESAFIOS DOS DIREITOS E A INTERVENÇÃO DO PODER JUDICIARIO
Embora expresso constitucionalmente, com um intuito formidável, o direito á saúde não se realiza totalmente na prática. Por não ser efetivamente assegurada pelo Poder Executivo, transfere- se ao Poder Judiciário a incumbência de determinar a sua satisfação em casos concretos levados a sua apropriação. O Judiciário surge como fiscalizador e exige do Poder Executivo a implementação de políticas publicas para que a regra prevista no artigo 196 da Constituição Federal converta – se em mera promessa institucional, sob pena do Poder Público substituir o cumprimento de seu impostergável dever.
A intervenção do Poder Judiciário, determinando á administração Pública o fornecimento de medicamento, e outros serviços de saúde, visa á realização da promessa constitucional de prestação universalizada do serviço de saúde. Cabe, portanto, ao Poder Judiciário a função de corrigir as eventuais desigualdades ocorridas, com base na garantia do direito á saúde e á vida, cabendo ao julgador proteger a inviolabilidade desses direitos. 
A atuação Judicial, todavia, deve-se dar em momento posterior ao da constatação de que as ações positivas estatais não garantiram o direito á saúde. Deve ser uma atuação secundária em relação ao dever dos três poderes Públicos. Assim não há falar que o Poder Judiciário age de forma ditatorial, pois os demais Poderes possuem oportunidades para cumprirem com seu papel. Em verdade, a atuação do Judiciário é sim, necessária á manutenção do direito á saúde. No entanto, o magistrado não pode basear-se única e exclusivamente em seu juízo subjetivo para dirimir tais questões referentes á aquisição de fornecimento de medicamentos pelo Estado.
Uma medida que deve ser analisada pelo magistrado antes proferir sua decisão definitiva é a oitiva de especialistas em matéria de saúde pública por meio, Poe exemplo, da realização de audiências públicas em que serão consultados gestores públicos, membros da magistratura, do Ministério Público, da Defensoria Pública, da Advocacia da União, Estados e municípios, estudantes, entidades e órgãos da sociedade.
As intervenções do Poder Judiciário, nas atividades dos demais poderes são plenamente compatíveis com o princípio da separação dos três poderes, com a democracia, desde que pautado pelo respeito á Constituição, e trazem vários aspectos positivos, tais como: o estímulo de um direito social previsto no artigo 6º da Constituição Federal; o desestimulo ao mau funcionamento do Estado, uma vez que coíbe erros, ilegalidades ou omissões; e a restrição do esvaziamento de investimento no setor da saúde. Essas intervenções garantem o Princípio da Vedação ao Retrocesso, pois os direitos sociais já conquistados pela sociedade não poderão ser diminuídos ouesvaziados. È esta conclusão a que chegou o Superior Tribunal Federal ao tratar do controle jurisdicional da atividade do Legislativo, tendo se tornado referência o referido julgado quando o assunto é a atuação judicial no controle dos atos dos Poderes Legislativo e Executivo. Da mesma forma que o Legislativo e o Executivo estão vinculados á Constituição, o Judiciário também não pode exercer funções ou tomar decisões que não cabem em sua competência. (Constituição Federal art.6º).
“Numa primeira hipótese, incluem os freqüentes casos em que se pleiteiam medicamentos que não possuem registro na Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)”. O entendimento exarado foi no sentido de entender o registro na ANVISA como condição necessária para se atestar a segurança do medicamento, sem o qual a Administração não pode sequer cogitar a incorporação ao SUS, a partir do disposto no artigo 12 da Lei nº 6.360/76, de modo a restar configurada uma vedação legal ao fornecimento, inclusive pelo Judiciário. “Na segunda hipótese, de existência de decisão administrativa de não fornecer o tratamento pleiteado, o Relator analisa duas situações, quando há tratamento alternativo pelo SUS, mas que não é adequado ao paciente, e quando não há qualquer tratamento para a patologia”, conforme Lei nº 6.360/76:
A Lei nº 6.360/76 ao dispor sobre a vigilância sanitária a que ficam sujeitos os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, cosméticos, saneantes e outros produtos, determina em seu artigo 12 que nenhum produtos de que trata a Lei, inclusive os importados, poderá ser industrializado, exposto á venda ou entregue ao consumo antes de registrado no Ministério da Saúde. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6360.htm). 
Dados importantes como o da reserva do possível, a escassez de recursos e as escolhas trágicas, que chegaram a ser citadas, são, contudo, desprezadas na argumentação, o que leva a um juízo precário da existência ou não de um direito subjetivo apto a gerar o dever estatal de prestação, pois escassez de recursos impoe que se opte por não financias determinado tratamento, sob pena de não haver recursos públicos para outros serviços mantidos pelo Estado. Não basta que haja ampla dilação probatória que comprove a eficácia do medicamento e a necessidade do paciente, pois a reserva do possível é um limite ao custeio do ideal de saúde individual. 
A plenitude dos direitos fundamentais é garantida e adquirida com a sua inserção em um texto Constitucional, uma vez que estes são inerentes á pessoa e seu reconhecimento por um Estado de dá pela positivação.
7. INTERVENÇÃO E ATRIBUIÇÕES DO ASSISTENTE SOCIAL NA SAÚDE PÚBLICA 
O profissional do Assistente Social vem sendo requisitado em diversas atuações, entre outras demandas a seleção socioeconômica dos usuários, viabiliza, atua em psicossocial por meio de aconselhamento e encaminhamento, ação fiscalizatória aos usuários de planos de saúde, serviços de saúde, O SUS possui políticas e programas governamentais em todos os segmentos. O projeto da Reforma Sanitária vem apresentando como demandas que o Assistente Social trabalhe nas seguintes questões: democratização do acesso as unidades e aos serviços de saúde; estratégia de aproximação das unidades de saúde com a realidade; trabalho interdisciplinar; ênfase nas abordagens grupais; acesso democrático ás informações, estimulo á participação popular, entre outras intervenções e atribuições delegadas ao profissional de Serviço Social. (Constituição Federal/ Lei nº 8.662/93).
Considera-se que o Código de Ética da profissão apresenta ferramentas imprescindíveis para o trabalho dos Assistentes Sociais na Saúde em todas as suas dimensões: na prestação de serviços diretos á população, no planejamento, na acessória, na gestão e na mobilização e participação social. (Código de Ética do/a Assistente Social Lei 8662/93 - cress-es).
As competências e atribuições dos Assistentes Sociais, nessa direção com base na Lei de Regulamentação da Profissão, requisitam do profissional algumas competências gerais que são fundamentais á compreensão do contexto sócio-histórico em que se situa sua intervenção: apreensão crítica dos processos sociais de produção e reprodução das relações sociais numa perspectiva d totalidade; analise do movimento histórico da sociedade brasileira, apreendendo as particularidades do desenvolvimento do capitalismo no país e as particularidades regionais; compreensão do significado social da profissão e de seu desenvolvimento sócio- histórico, nos centenários internacionais e nacionais, desvelando-se as possibilidades de ações cotidianas na realidade; identificação das demandas presentes na sociedade, visando formular respostas profissionais para o enfrentamento da questão social, considerando as novas articulações entre o público e o privado. (Constituição Federal/ Lei nº 8.662/93)
Na Secretaria Municipal de Saúde de Senador Canedo o Assistente Social desenvolve diversas atividades, liberando processos de TFD (Tratamento Fora do Domicilio), visitas domiciliares para processos de fornecimento de medicamentos de alto custo, fornecimento de passagens: aéreas, e terrestres para a deslocação do usuário ao seu destino do tratamento; diárias de custo, automóveis adequados á necessidade de cada paciente, fornecimento de fraldas, viabiliza e encaminha segundo cada necessidade. A participação do profissional de assistência social nas atividades junto à saúde pública no município tem por objetivo o acolhimento, atendimento e orientações aos pacientes que necessitam do setor de Serviço Social da Secretaria Municipal de Saúde, quanto aos serviços citados acima. (www.prefeituramunicipaldesenadorcanedo/secretariadesaude) 
Segundo Vasconcelos (2003), na saúde, os avanços conquistados pela profissão no exercício profissional são considerados insuficientes, pois o Serviço Social chega a década de 1990 ainda com uma incipeite alteração do trabalho institucional; continua enquanto categoria desarticulada do Movimento da Reforma Sanitária, sem nenhuma explicita e organizada ocupação na maquina do Estado pelos setores progressistas da profissão. 
O Assistente Social na Secretaria de Saúde é o profissional que atua junto aos usuários do SUS, efetivando por meio de suas ações o acesso destes á política de saúde, Lei que regulamenta as ações e serviços da saúde Lei nº 8.080/1990. 
8. EXPOSIÇÃO DA PESQUISA
Após realizarmos as pesquisas bibliográficas, documental e estudo de campo, sobre a dispensação de medicamento de alto custo, prestação de serviços e/ou doações, observamos que na Secretaria Municipal de Saúde de Senador Canedo, os medicamentos são dispensados cumprindo leis, normas e diretrizes da competência do Departamento de Atenção Assistida, seguindo um protocolo de Leis, Decretos, Artigos e Normas: Federais, Estaduais e Municipais. Constatamos que para a efetivação na prestação do serviço, o usuário cumprindo esse protocolo, apresentando relatório ou laudo Médico, cópias de toda sua documentação pessoal, receita Médica e o preenchimento do formulário (em anexo) devidamente assinado pelo profissional especialista, com cópia da documentação pessoal; o processo segue com a Assistente Social para visita domiciliar, após parecer favorável, o Médico Auditor avalia e dá seu parecer autorizado (caso seja aprovado), em seguida é encaminhado ao Setor Financeiro para as devidas providências legais.
Ao comprar essa medicação o Departamento recebe as mercadorias, (separa por paciente), que tem a data de 01 a 10 dias de cada mês para dispensar o medicamento. Para que a medicação seja entregue, o usuário deve apresentar seu cartão de controle (segue em anexo) e documento de Identidade. Para os serviços de TFD (tratamento fora do domicilio) o procedimento é um pouco diferente, o paciente abre um processo com relatório médico, comprovante de endereço, cartão família (exigido somenteno município de Senador Canedo), segue em visita domiciliar, após autorização a Secretaria Municipal de Saúde previdência a passagem, não importa ela aérea ou terrestre, na data e horário especifico e local. Há casos que o usuário que necessita de doações de fraldas, leites especiais, alimentação líquida para pacientes com dietas especiais (esses auxiliados por uma Nutricionista) e aparelhos de Órteses e Próteses. È solicitado também junto ao Departamento o empréstimo de aparelho de Oxigênio para pacientes especiais que necessitam desse tipo de serviço, é feito um documento que o responsável do paciente assina resguardando os profissionais (cópia em anexo). Em todos os casos os usuários buscam a efetivação de seus direitos na Secretaria Municipal de Saúde, quando o caso é indeferido ou a Secretaria Municipal de Saúde diz não custear, o mesmo entra com ação judicial para a efetivação jurídica e legal. 
Participou de uma entrevista realizada, nessa pesquisa de campo o Paciente/Usuário Sr Silvio Diogo da Silva, em 21 de Março de 2017, que nos autorizou declarar seu nome completo e seu processo no Ministério Público indeferido e já deferido a autorização para pegar gratuitamente seu medicamento no CMAC Juarez Barbosa em Goiânia, (em anexo, processo indeferido Ministério Público de Senador Canedo, formulário e documentação do CMAC Juarez Barbosa em Goiânia), neste caso o cidadão é residente e domiciliado em Senador Canedo, porém o fornecimento do tipo de medicamento é feito somente no Juarez Barbosa, custeado por verba do Estado, o paciente buscou seu direito no Ministério Público que intervém para a efetivação dos serviços prestados pelo Estado. O processo acontece da seguinte forma: o paciente agenda sua consulta médica com o Clinico Geral no PSF (Programa Saúde Família) em uma Unidade próxima a sua residência, após avaliação e necessidade é encaminhado para o Centro de Especialidades Médicas para uma consulta com o especialista profissional, o qual ao detectar alguma doença após solicitar exames, avia sua receita segundo sua necessidade. 
O paciente já com a receita médica em mãos procura a efetivação dos serviços na Secretaria Municipal de Saúde para requerer o medicamento, porém o paciente recebe uma informação que há a necessidade de voltar em seu Médico Especialista para o preenchimento do formulário exigido no Departamento de Atenção Assistida, cumprindo o protocolo de Normas e diretrizes do Departamento, o paciente deve trazer juntamente com o formulário preenchido, cópia de toda sua documentação pessoal, laudo e/ou relatório Médico, para que a abertura do processo seja concluída, o paciente ainda tem que aguardar um prazo de no mínimo 30 dias para o recebimento do medicamento, há casos que em menos tempo, e casos com mais tempo de espera. Porém há medicamentos que são fornecidos pelo município, o paciente então deve se dirigir ao local apresentando também toda documentação legal exigida, por exemplo, no Juarez Barbosa em Goiânia, fornecido pelo Estado, há casos que o paciente entra com processo no Ministério Público para que o município custeie sua medicação. 
Além dos Medicamentos de Alto Custo, são fornecidos também doações de fraldas, fita de HGT, aparelhos e seringas, Leites especiais, alimentação especial para dieta, aparelhos de Òrtese e Prótese, empréstimos de aparelho completo de Oxigênio, para pacientes com necessidades especiais.
9. METODOLOGIA CIENTÍFICA
Considerando o que já foi pesquisado até aqui, reforça-se a concepção de que o procedimento metódico cujo objetivo é interpretar, intervir na realidade, tendo como diretriz problemas formulados que sustentam regras e ações adequadas á constituição do conhecimento. Observa-se que para realizar um trabalho de pesquisa é necessário obedecer a um protocolo de exigências, é necessário ser realizado, embasando todos os processos que chegam ate o pesquisador como metodologia. A presente pesquisa descrita propõe uma integração dos dados obtidos pela pesquisa bibliográfica, documental e de campo.
O conhecimento cientifico tem sua origem no seus procedimentos de verificação baseados na metodologia científica. È um conhecimento objetivo, metódico, passível de demonstração e comprovação. O método cientifico permite a elaboração conceitual da realidade que se deseja verdadeira e impessoal, contudo, o conhecimento científico apresenta um caráter provisório, uma vez que pode ser continuamente testado, enriquecido e reformulado. Para que tal possa acontecer, deve ser de domínio público. 
Leite (2008, p89) enfatiza que os métodos são caminhos compostos de inúmeras fases que precisam ser transpostas para que se chegue a um objetivo definido com antecipação, que seja teórico ou pratico. Continua a salientar que a metodologia a ser empregada mostrará o melhor caminho para se chegar a esses objetivos, de forma ordenada, sem que nenhuma etapa do processo seja esquecida, sendo de suma importância o planejamento da pesquisa e a constante observação as etapas que o processo exige.
Gil (2010, p2) reforça o termo de métodos de pesquisa como processos realmente racionais e sistemáticos, que precisam responder aos problemas que exijam soluções categóricas. Tornando – se necessária a pesquisa em situações em que não se tem a pronta resposta aos problemas ou ainda quando as informações são escassas de embasamento e se encontra de formas desordenadas. A pesquisa se envolvera com os conhecimentos de que se tenham disponibilidade, usando com muito cuidado os métodos e técnicas utilizadas nos processos da pesquisa cientifica. Esses processos evolvem ainda, fases distintas, desde a sua concepção ate que se chegue a uma solução que responda de forma adequada aos problemas propostos.
Relatamos agora para conhecimento 10 tipos de Métodos Científicos, dos quais 03 estão inseridos no presente trabalho: Pesquisa Bibliográfica, Pesquisa Documental, Pesquisa de Campo, Pesquisa Estudo de caso-controle, Pesquisa de caso, Pesquisa Ação, Pesquisa Descritiva, Pesquisa de Opinião, Pesquisa de Motivação, e Pesquisa Experimental.
1- Pesquisa Bibliográfica: A Pesquisa Bibliográfica é elaborada com base em material já publicado. Tradicionalmente, esta modalidade de pesquisa inclui material impresso, como livros, revistas, jornais, teses, dissertações e anais de eventos científicos. Todavia, em virtude da disseminação de novos formatos de informação, estas pesquisas passaram a incluir outros tipos de fontes, como discos, fitas magnéticas, CDs, bem como o material disponibilizado pela internet. 
Praticamente toda pesquisa acadêmica requer em algum momento a realização de trabalho que pode ser caracterizado como pesquisa bibliográfica. Tanto é que, na maioria das teses e dissertações desenvolvidas atualmente, um capitulo ou seção é dedicado á revisão bibliográfica, que é elaborada com o propósito de fornecer fundamentação teórica ao trabalho, bem como a identificação do estágio atual do conhecimento referente ao tema.
2- Pesquisa Documental: A pesquisa documental é utilizada em praticamente todas as ciências sociais e constitui um dos delineamentos mais importantes no campo da Historia e da Economia. Como delineamento, apresenta muitos pontos de semelhança com a pesquisa bibliográfica, posto que as duas modalidades utilizam-se dados já existentes. A principal diferença está na natureza das fontes. A pesquisa bibliográfica fundamenta-se em material elaborado por autores com o propósito específico de ser lido por públicos específicos. Já a pesquisa documental vale-se de toda sorte de documentos, elaborados com finalidades diversas, tais como assentamento, autorização, comunicação etc. Mas há fontes que são consideradas bibliográficas, ora documentais. Por exemplo, relatos de pesquisas, relatórios e boletins e jornais de empresas, atos jurídicos, compilações estatísticas etc. O que geralmente se recomenda é que seja considerada fonte documental quando o material consultado é interno á organização, e fonte bibliográfica quando for obtido em bibliotecas ou bases de dados.3- Pesquisa de Campo: A pesquisa de campo procede á observação de fatos e fenômenos exatamente como ocorrem no real, á coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, á análise e interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado.
Ciência e áreas de estudo como a Antropologia, Sociologia, Psicologia, Economia, Historia, Pedagogia, Política e outras, usam freqüentemente a pesquisa de campo para o estudo de indivíduos, grupos, comunidades, instituições, com o objetivo de compreender ao mais diferentes aspectos de uma determinada realidade. Exige também a determinação das técnicas de coleta de dados mais apropriadas á natureza do tema e, ainda, a definição das técnicas que serão empregadas para o registro e análise. 
4- Pesquisa de caso-controle: Diferentemente dos estudos de coorte e dos ensaios clínicos, os estudos de caso-controle são retrospectivos. São estudos de ex-post-facto, ou seja, feitos de trás para frente, depois que os fatos ocorreram. Ou, em outras palavras: partem do conseqüente (a doença) para o antecedente ( a exposição ao fator de risco). A principal diferença em relação aos ensaios clínicos é que nos estudos caso-contole o pesquisador não dispõe de controle sobre a variável independente, que constitui o fator presumível do fenômeno, porque ele já ocorreu. O que o pesquisador procura fazer nesse tipo de pesquisa é identificar situações que se desenvolveram naturalmente e trabalhar elas como se estivessem submetidas a controles.
Essa modalidade de pesquisa tem como principal vantagem o fato de ser rápida e pouco onerosa, alem de ser útil para gerar novas hipóteses. Assim, opta-se pelo estudo caso-controle em relação ao de coorte em doenças menos comuns. Às vezes, representa a única opção possível de estudo em doenças raras. Também se utiliza esse delineamento em situações em que, por motivos éticos, a permanência da exposição seria maléfica ao paciente no seguimento da coorte, uma vez que no estudo-controle a exposição já teria ocorrido.
5- Pesquisa Estudo de caso: O estudo de caso é uma modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas ciências biomédicas e sociais. Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já considerados.
Convém ressaltar, no entanto, que um bom estudo de caso constitui tarefa difícil de realiza. Mas é comum encontrar pesquisadores inexperientes, entusiasmados pela flexibilidade metodológica dos estudos de caso, que decidem adotá-lo em situações para as quais não é recomendado. 
6- Pesquisa- Ação: A pesquisa–ação vem emergindo como uma metodologia para intervenção,desenvolvimento e mudança no âmbito de grupos, organizações e comunidades. È uma modalidade de pesquisa que não se ajusta ao modelo clássico de pesquisa científica, cujo propósito é o de proporcionar a aquisição de conhecimentos claros, precisos e objetivos. No entanto, vem sendo amplamente incentivada por agencias de desenvolvimento, programas de extensão universitária e organizações comunitárias.
O termo pesquisa-ação foi cunhado em 1946 por Kurt Lewim, ao desenvolver trabalhos que tinham como propósito a integração de minorias étnicas á sociedade norte-americana. Assim, definiu pesquisa- ação como a pesquisa que não apenas contribui para a produção de livros, mas também conduz á ação social.
A pesquisa te características situacionais, já que procura diagnosticar um problema específico numa situação específica, com vistas a alcançar algum resultado prático. Diferentemente da pesquisa tradicional, não visa a obter enunciados científicos generalizáveis, embora a obtenção de resultados semelhantes em estudos diferentes possa contribuir para algum tipo de generalização. (Gil, 2010, p2), (Leite, 2008, p89).
7- Pesquisa Descritiva: pela importância e pelo uso da maioria dos pesquisadores, quer de ciências exatas ou sócio-humanas, a pesquisa descritiva merece destaque na tipologia dos métodos científicos.
O seu conceito é simples, pois é a pesquisa que se usa para descrever e explicar determinados fenômenos socioeconômicos, político-administrativos, contábeis e psicossociais, matemático- estatísticos e técnico- lingüísticos. As pesquisas descritivas, quando utilizadas pelas ciências naturais, biológicas, físico-químicas, astro-meteorológicas, usando ou não “experimentos”, são denominadas de experimentais, exploratórias, explicativas.
Denominam também, a depender de seu objetivo, pesquisa de campo ou de laboratório. As descritivas subdividem-se em cinco outras importantes denominações de pesquisa: pesquisas de opinião, de motivação, documental, estudo de caso e exploratória. 
8- Pesquisa de Opinião: A pesquisa de opinião é muito utilizada para se avaliar o que as pessoas (consumidores, eleitores e outros) têm a dizer sobre um determinado assunto, produto ou candidato.
Serve para se avaliar quantitativa e qualitativamente a aceitação ou rejeição do que os componentes do universo pesquisado pensam ou dizem sobre fatos ou fenômenos em geral, de interesse dos pesquisadores.
9- Pesquisa de Motivação: Os administradores, pedagogos e psicólogos sociais usam muito em pesquisa profissional esse tipo de pesquisa descritiva, conhecida como pesquisa de motivação.
Servem para determinar quais os motivos que levam as pessoas ou grupos a agirem conforme interesses de lideranças ou instituições. Através dessas pesquisas, podem- se determinar os motivos que conduzem ou conduziram as pessoas a agirem de determinada maneira em ocasiões circunstanciais, ou que motivos poderão levá-las a terem no futuro certos comportamentos de interesse geral, coletivos ou individuais.
10- Pesquisa Experimental: Muitos estudiosos restringem a pesquisa experimental a de outro tipo de pesquisa descritiva, as nós a defendemos como um tipo genérico de pesquisa, pois serve não só para determinar a relação causal entre variáveis, paradigmas e fatos científicos (socioeconômicos, culturais, psicopedagógicos, contábil-administrativos) como para se analisarem fenômenos naturais, biofísico- químicos e pessoais biopsicossomáticos.
O fundamento da pesquisa experimental é o uso do “experimento” ou de uma “situação- controle” que serve de referência para o resultado da pesquisa. O importante é saber que o uso do experimento laboratorial é de suma valia na determinação de causa e efeito entre fenômenos naturais e fatos socioculturais.
Há estudiosos que acham que a “pesquisa de laboratório” é um tipo específico e principal de pesquisa descritiva. A pesquisa experimental serve também para interpretações, análises e estudos comparativos, como os outros tipos de pesquisas.
(Metodologia Cientifica: métodos e técnicas de pesquisa: monografias, dissertações, teses e livros/Francisco Tarciso Leite. – Aparecida-SP: Idéias & Letras, 2008).
 
 
 
 
10. CONCLUSÃO
No aprofundamento da pesquisa sobre Medicamentos de Alto Custo, concluímos o presente TCC que analisou os desafios da efetivação do direito à saúde, especialmente quanto à dispensação de medicamento de alto custo, seus desafios, intervenção Judicial e a atribuição do profissional de Serviço Social. Os direitos fundamentados garantidos pelo Artigo 6º e da Constituição Federal de 1988 institui os direitos sociais á saúde, á educação, a alimentação, á moradia, o trabalho, o lazer, á segurança, á previdência social, á proteção á maternidade e a infância, a assistência aos desamparados, portanto o papel do Estado como está também no Artigo 196 Saúde é um direito de todos e dever do Estado, através das políticas sociais atuando com ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Direitos que institui o dever do Estado em efetivar segundo as necessidades do cidadão. A realidade do usuário ao acesso á medicamentos de alto custo e serviços prestados á saúde, delegando ao Programa como o SUS – Sistema único de Saúde, efetivara prestação de serviço em geral, para que a saúde realmente seja tratada na promoção, proteção e recuperação. O não cumprimento ou as dificuldades geradas pelo Executivo dá legalidade ao Poder Judiciário mover ações e processos para que o direito humano seja obedecido nem que seja obrigatório.
Todo cidadão deve ter seu direito á saúde, como assegura na Constituição Federal, ser tratado e amparado das melhores formas, baseado no principio da equidade estabelecido pelo SUS. O Assistente Social inserido no processo de deliberação com efetivo papel fiscalizador das concretizações destas políticas, de forma a garantir a efetiva aplicabilidade dos direitos sociais constitucionalmente garantidos, de forma a viabilizar a melhoria de condições de vida dos menos favorecidos e de cidadãos em situação de vulnerabilidade, garantindo, assim, a verdadeira igualdade e inclusão social, consagrada como fundamento do nosso Estado Democrático de Direitos. Os fornecimentos de medicamentos de alto custo devem ocorrer baseados em avaliações criteriosas, alicerçadas em protocolos clínicas e diretrizes terapêuticas referendadas pela prática da medicina, através de laudos/relatórios e receitas médicas, cópias de documentação pessoal e formulário do órgão devidamente preenchido e assinado pelo profissional especialista. 
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ANEXOS
 Os documentos anexos salientam a veracidade de uma pesquisa documental e de campo em contato direto com o usuário, acompanhando- o num processo de deliberação e dispensação de Medicamento de Alto Custo, através da intervenção do Poder Judiciário, obrigando o Poder Executivo a cumprir a Lei já estabelecida na Constituição Federal de 1988, Artigo 196.

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