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respostas captadas Direito Civil III semanas 1 a 7

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DIREITO CIVIL III – respostas captadas semanas 1 a 7
Caso concreto 01
Francisco Farias celebrou contrato de promessa de compra e venda de imóvel residencial, localizado em Belém-Pará, com Antônia Almeida em 20 de maio de 2008, no qual o promitente-vendedor comprometia-se a transferir a propriedade do imóvel em questão em março de 2010, quando a promitente-compradora terminaria de pagar o valor ajustado em R$ 360.000,00.
No prazo previsto contratualmente, Antônia foi providenciar a transferência da propriedade do imóvel aos promitentes compradores, tendo sido informada pelo Cartório de Registro de Imóveis que, dentre os encargos da transferência, havia um referente a um ônus real que incidia sobre o imóvel (enfiteuse), que deveria ser pago a Coden, pagamento sem o qual não poderia ser feita a escritura pública de propriedade do imóvel.
O funcionário do Cartório informou a Antônia que o pagamento relativo a esse ônus real, pela lei, cabia ao atual proprietário, ou seja, ao promitente-vendedor, mas que no contrato assinado entre as partes poderia conter estipulação em sentido diverso.
Antônia, que em momento algum foi informada desse ônus real, procurou Francisco e comunicou que esse pagamento deveria ser feito. Francisco também revelou desconhecimento desse ônus e alegou que, de acordo com a cláusula sétima do instrumento público de promessa de compra e venda, quem deveria pagar o valor era Antônia. 
É importante destacar duas cláusulas do contrato em questão:
Cláusula terceira: Que possuindo ele PROMITENTE VENDEDOR o imóvel descrito nas cláusulas anteriores, livre e desembaraçado de quaisquer ônus legais, convencionais, encargos, judiciais ou extrajudiciais, foro, pensão ou hipoteca, bem como quite de impostos e taxas, assim prometem vendê-lo, como prometido, tem o PROMITENTE COMPRADOR, que por sua vez promete comprá-lo, de conformidade com o preço e condições seguintes.
Cláusula sétima: Todas as despesas com a eventual legalização desta Promessa de Compra e Venda e com a legalização da Escritura Definitiva de Compra e Venda serão de total e exclusiva responsabilidade do PROMITENTE COMPRADOR, salvo comissão de corretagem.
 
Considerando o contexto acima descrito e tomando por parâmetro a teoria geral dos contratos, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE:
A) Explique o princípio da boa-fé objetiva e sua tríplice função. 
Resposta: O princípio da boa-fé objetiva cria um padrão social do bom negociante, indivíduo no qual poderia ser depositada confiança, por apresentar conduta correta, leal e proba, cooperando sempre com a satisfação da obrigação, mostrando-se, pelo ângulo da boa-fé, como uma relação complexa que compreende, para além dos deveres de prestação voluntários, deveres involuntários de conduta. A boa-fé objetiva está positivada no art. 422 do Código Civil de 2002. Desempenha tríplice função: a) função interpretativa (c/c art. 113, CC/2002), que determina que todos os contratos deverão ser interpretados à luz da boa-fé, sempre prestigiando o negociante de boa-fé que confiou na celebração no negócio; b) função de criação de deveres anexos, laterais, secundários ou de conduta, que são deveres paralelos aos deveres de prestação; c) função de controle do abuso de direito (c/c art. 187, CC/2002), em que aos negociantes é imposta limitação no exercício de seus direitos sempre que o exercício abusivo possa redundar em quebra da confiança depositada.
B) À luz da boa-fé objetiva, quem deve efetuar o pagamento decorrente do ônus real do imóvel? Utilize a(s) função(ões) da boa-fé objetiva existente(s) no caso.
Resposta: O pagamento deverá ser feito por Francisco Farias, o promitente-vendedor do imóvel. Quando o contrato foi firmado, não havia sido informado ao promitente-comprador do ônus real que recaía sobre o imóvel, motivo pelo qual a confiança e as expectativas decorrentes do contrato surgiram a partir da concepção de que o imóvel estaria livre de impedimentos. Tal concepção justifica-se tanto pela ausência de informação (e a informação é um dever de conduta criado pela boa-fé objetiva) sobre o ônus quanto pela declaração expressa da cláusula terceira do instrumento contratual. A cláusula sétima do contrato não pode ser interpretada de forma isolada, mas sim levando em consideração todo o conjunto normativo do contrato. Em outras palavras, a partir de uma interpretação sistemática e comprometida com a boa-fé, é possível afirmar que no momento em que a promitente-compradora assumiu o pagamento dos ônus da transferência, ela acreditava, conforme todas as declarações feitas, que não havia qualquer ônus real incidente sobre o imóvel, motivo pelo qual não pode ser surpreendida com o pagamento do valor cobrado pela Coden. As funções da boa-fé são a função interpretativa (art. 422, c/c art. 113, CC/2002) e a função de criação de deveres anexos (art. 422, CC/2002).
Questão objetiva 01
(AGU – procurador 2007) No campo das obrigações e dos contratos, várias novas teorias têm sido delineadas pela doutrina e pela jurisprudência. A esse respeito, julgue os itens que se seguem.
1. A partir do princípio da função social, tem-se estudado aquilo que se convencionou chamar de efeitos externos do contrato, que constituem uma releitura da relatividade dos efeitos dos contratos.
Resposta: certo. 
2. Segundo a doutrina contemporânea, o aforismo turpitudinem suam allegans non auditor não se confunde com a vedação do venire contra factum proprium; enquanto o primeiro objetiva reprimir a malícia e a má-fé, o segundo busca tutelar a confiança e as expectativas de quem confiou na estabilidade e na coerência alheias. 
Resposta: certo. 
Questão objetiva 02
O enunciado 169, da III Jornada de Direito Civil, que dispõe que o princípio da boa-fé objetiva deve levar o credor a evitar o agravamento do próprio prejuízo leva em consideração o instituto do(a):
A) tu quoque.
B) venire contra factum proprium.
C) duty to mitigate the loss.
D) supressio.
E) surrectio.
 
Resposta: alternativa C. 
SEMANA 2
Caso concreto 01
Carlos propôs a Construções Indústria e Comércio LTDA contrato de prestação de serviços, tendo entregue pessoalmente documento por escrito em que continham todos os termos da proposta. Após uma semana, a Construtora entregou a Carlos uma minuta contratual que modificava alguns dos itens da proposta inicialmente feita. Carlos, não concordando com os termos minutados, negou-se a celebrar o contrato. Inconformada com a recusa de Carlos, a Construtora ajuizou ação de obrigação de fazer alegando que a proposta tem caráter vinculante e que, além disso, a tutela da confiança proíbe o comportamento contraditório dos negociantes, razões pelas quais requeria que o contrato fosse concluído.
Analisando os fatos acima descritos e tomando por parâmetro o direito contratual brasileiro, responda, JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE:
A) A proposta foi feita entre presentes ou entre ausentes? 
Resposta: entre ausentes, pois houve tempo entre a entrega da proposta e a aceitação.
B) O princípio da força vinculante da proposta obrigará Carlos a responder pela não conclusão do contrato junto à Construtora? 
Resposta: neste caso, não. Houve formulação de contraproposta, de modo que fica Carlos desobrigado de sua proposta inicial, além de não poder ser compelido a aceitar as modificações introduzidas pela construtora.
 
Questão objetiva 01
Quanto à formação do contrato, o Código Civil adota, como regra, a teoria:
A) da declaração.
B) da subsunção.
C) da agnição da modalidade expedição.
D) da agnição na modalidade recepção.
Resposta: alternativa C.
Questão objetiva 02
Os contratos eletrônicos:
A) por serem celebrados entre ausentes, terão sempre interpretação restritiva.
B) podem ser celebrados entre ausentes ou entre presentes.
C) são formados no local onde será prestado o serviço ou entregue o bem.
D) não se aplica a responsabilidade civil pré ou pós-contratual.
Resposta: alternativa B.
SEMANA 3
Caso concreto 01
Considereo seguinte contrato hipotético:
  DO OBJETO DO CONTRATO
                     
Cláusula 1ª. O presente contrato tem como OBJETO, o bem imóvel X, pertencente ao PERMUTANTE (A), situado na Cidade de Erechim – RS, cujo valor atinge a quantia de R$ 542.00,00 (quinhentos e quarenta e dois mil reais), livre de qualquer ônus ou litígio; e o bem imóvel Y, de propriedade do PERMUTANTE (B), situado na Cidade de Pelotas – RS, cujo valor atinge a quantia de R$ 545.000,00 (quinhentos e quarenta e cinco mil reais), livre de qualquer ônus ou impedimento.
                     
DA PERMUTA
Cláusula 2ª. O PERMUTANTE (A) transfere ao PERMUTANTE (B), a partir da assinatura deste contrato, a posse e os direitos sobre o bem imóvel descrito na cláusula anterior, passando o último a se responsabilizar pelos tributos que atinjam o bem.
       
Cláusula 3ª. O PERMUTANTE (B) transfere ao PERMUTANTE (A), a partir da assinatura deste instrumento, a posse e os direitos sobre o bem imóvel descrito na cláusula 1ª, passando o último a se responsabilizar pelos tributos que atinjam o bem.
       
Cláusula 4ª. As partes respondem por quaisquer vícios contidos nos bens que porventura possam existir, entregando-os desta forma, com todas as garantias.      
       
DAS OBRIGAÇÕES
Cláusula 5ª. Caso qualquer dos imóveis, objeto do presente contrato, esteja ocupado, o PERMUTANTE deverá desocupá-lo imediatamente após a assinatura do presente, devendo também responder pela evicção do mesmo.
              
Considerando as cláusulas contratuais acima e tomando por base o direito contratual, classifique FUNDAMENTADA E JUSTIFICADAMENTE este contrato quanto:
A) Ao momento de aperfeiçoamento.
Resposta: contrato consensual.
B) Quanto à forma.
Resposta: contrato solene (art. 108, CC).
C) Quanto ao sacrifício patrimonial das partes.
Resposta: contrato oneroso.
 
Caso concreto 02
Pedro perdeu sua mãe, Luiza, em um acidente de ônibus. A empresa de ônibus em que viajava Luiza havia firmado contrato de seguro contra danos pessoais ocorridos durante a viagem (incluindo, obviamente, eventuais acidentes) com a Seguradora S/A. No contrato de seguro, os beneficiários eram indeterminados, não havendo especificação nominal dos passageiros, mesmo porque o contrato foi celebrado antes das passagens serem vendidas. Após a morte da mãe, Pedro ajuizou ação diretamente contra a Seguradora a fim de cobrar o valor do prêmio, mas a sentença julgou improcedente a ação por entender que a Seguradora era parte ilegítima, alegando que Pedro deveria ter demandado contra a empresa de ônibus, já que não havia contrato entre Luiza e a Seguradora. A sentença foi confirmada pelo Tribunal de Justiça Estadual, pelas mesmas razões, conforme se extrai do excerto do acórdão ora colacionado:
"Ocorre que a relação jurídica obrigacional constitui-se pelo vínculo jurídico entre as partes, que no caso diz respeito apenas a seguradora e o segurado, não cabendo ao terceiro exigir o cumprimento do contrato, que só poderá ser discutido pelos contratantes, muito embora exista cláusula que possa beneficiar terceira pessoa. Tanto isso é verdade, que no caso em tela, pretende a seguradora excluir sua obrigação, inclusive perante o segurado, aduzindo que este violou cláusulas do contrato, como por exemplo, o fato de estar dirigindo embriagado. Ora, tal argumento é claro, não diz respeito ao direito do apelante, caso seja comprovada a culpa pelo acidente do segurado, mas simplesmente às partes contratantes. [...] Vê-se, pois, que tal obrigação vincula as partes contratantes, não podendo se admitir que os lesados por atos do segurado a acionem diretamente, face ausência de relação jurídica material entre as partes, apelante e apelada"
Ainda inconformado, Pedro entrou com Recurso Especial contra o acórdão do Tribunal alegando que a Seguradora teria legitimidade passiva na demanda.
Neste contexto e tomando como parâmetro a teoria geral do direito contratual, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE:
A)   Identifique e explique a que princípio do direito contratual se refere o excerto do acórdão colacionado.
Resposta: O princípio que serviu de base para a decisão do Tribunal foi o princípio da relatividade dos efeitos contratuais, segundo o qual os contratos só produzem efeitos entre as partes que integram a relação jurídica contratual, não sendo lícita a interferência de terceiros. 
B) À luz do direito material, analise se Pedro poderia ter demandado diretamente contra a Seguradora e explique se há possibilidade de o acórdão ser reformado pelo STJ.
Resposta: Sim. Segue ementa da decisão do STJ que serviu de base para a formulação da questão:
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. CONTRATO DE SEGURO. AÇÃO AJUIZADA PELA VÍTIMA CONTRA A SEGURADORA. LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIRO.   DOUTRINA E PRECEDENTES. RECURSO PROVIDO.
I – As relações jurídicas oriundas de um contrato de seguro não se encerram entre as partes contratantes, podendo atingir terceiro beneficiário, como ocorre com os seguros de vida ou de acidentes pessoais, exemplos clássicos apontados pela doutrina.
II – Nas estipulações em favor de terceiro, este pode ser pessoa futura e indeterminada, bastando que seja determinável, como no caso do seguro, em que se identifica o beneficiário no momento do
sinistro.
III – O terceiro beneficiário, ainda que não tenha feito parte do contrato, tem legitimidade para ajuizar ação direta contra a seguradora, para cobrar a indenização contratual prevista em seu favor.
REsp 401718 / PR. Rel. Ministro SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA. T4 - QUARTA TURMA. DJ 24/03/2003 p. 228.
SEMANA 4
Caso concreto 01
Irineu comprou de Eriberto veículo importado, vindo a perdê-lo posteriormente para Cláudia, que provou em juízo que tal automóvel era seu e que havia sido roubado há dois anos. Na ação proposta por Cláudia, Irineu não denunciou a lide a Eriberto. (Obs: considere que Eriberto adquiriu o veículo de boa-fé, de terceiro).
Tomando por base a disciplina das garantias contratuais legais, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE se Irineu ainda poderá exercer o direito de recobrar o prejuízo pela evicção.
Resposta: Embora a lei pareça indicar o contrário, é assente na jurisprudência, inclusive com precedentes do STJ, que a denunciação da lide não é obrigatória. No entanto, neste caso, ele só terá direito ao preço da coisa de volta, perdendo as demais garantias da evicção, e deve promover ação própria, com base no art.884 do C.C.
Questão objetiva 01
(OAB 2009/3) Assinale a opção correta a respeito dos vícios redibitórios e da evicção:
A) As partes podem inserir no contrato cláusula que exclua a responsabilidade do alienante pela evicção.
B) O adquirente, ante o vício redibitório da coisa, somente poderá reclamar o abatimento do preço.
C) Não há responsabilidade por evicção caso a aquisição do bem tenha sido efetivada por meio de hasta pública.
D) Se o alienante não conhecia, à época da alienação, o vício ou defeito da coisa, haverá exclusão da sua responsabilidade por vício redibitório.
Resposta: alternativa A.
Questão objetiva 02
(TRF 1ª Região – juiz) Determinado indivíduo comprou um carro e, após dez dias utilizando-o, constatou defeito que diminuiu sensivelmente o valor do veículo. O adquirente desconhecia o defeito no momento da realização do negócio jurídico e, se dele tivesse conhecimento, não o teria celebrado. Em relação à situação hipotética acima, julgue os itens subseqüentes.
I- A hermenêutica contratual moderna impõe o princípio da sociabilidade dos contratos como limitação à liberdade contratual.
II- O adquirente pode redibir o contrato ou reclamar abatimento do preço.
III- O erro como vício de consentimento e o vício redibitório confundem-se porque, em ambos, o negócio jurídico contém defeito que vicia a vontade do adquirente.
IV- O adquirente, se optar pela ação redibitória, deverá observar o prazo prescricional fixado em lei.
Estão certos apenas os itens
A) I e II.
B) I e IV.
C) III e IV.D) I, II e III.
E) II, III e IV.
Resposta: alternativa A.
SEMANA 5
Caso concreto 1 
Mariana (promitente compradora) celebrou contrato de promessa de compra e venda de imóvel no valor de R$-300.000,00 com Kelly (promitente vendedora), através de instrumento público. Durante a vigência do pacto, Kelly e Mariana decidiram voltar atrás no negócio e celebraram novo acordo, através de instrumento particular, extinguindo o contrato inicial.
Considerando as normas relativas ao contrato preliminar e à extinção do contrato, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE:
a) qual a modalidade de extinção ajustada?
Gabarito: distrato (resilição bilateral) – art. 472, CC.
b) foi válida a extinção feita através de instrumento particular?
Gabarito: sim. O art. 472, CC, determina que o distrato deverá ser feito pela mesma forma exigida por lei à validade do contrato, e não pela forma que as partes deram ao mesmo. O art. 462, CC, estabelece que o contrato preliminar é informal e, por isso, a lei não exige instrumento público à sua celebração. Logo, o distrato pode ser realizado sob qualquer forma que as partes decidirem conferir ao negócio.
Questão objetiva 1
(OAB 2010/1) No que diz respeito à extinção dos contratos, assinale a opção correta.
A) Na resolução por onerosidade excessiva, não é necessária a existência de vantagem da outra parte, bastando que a prestação de uma das partes se torne excessivamente onerosa.
B) A resolução por inexecução voluntária do contrato produz efeitos ex tunc se o contrato for de execução continuada.
C) Ainda que a inexecução do contrato seja involuntária, a resolução ensejará o pagamento das perdas e danos para a parte prejudicada.
D) A eficácia da resolução unilateral de determinado contrato independe de pronunciamento judicial e produz efeitos ex nunc.
Gabarito: alternativa D. 
A letra B está errada porque num contrato de execução continuada, como a locação, por exemplo, que se cumpre aos poucos, se uma das duas partes descumpre o contrato culposamente (inexecução voluntária), a outra tem a possibilidade de extinguir (resolver) a relação, mas os aluguéis pagos não serão devolvidos pois o que passou não pode ser desfeito no caso, sob pena de se transformar a locação num comodato, afinal uma das partes usou e isso não tem como ser apagado. A letra D tb não está certa como indicado no gabarito oficial da faculdade porque se a cláusula resolutiva não for expressa, dependerá sim, de pronunciamento judicial.
Questão objetiva 2
(OAB 2009/2) Com relação ao contrato, assinale a opção correta.
A) A resilição consiste na extinção do contrato por circunstância superveniente à sua formação, como, por exemplo, o inadimplemento absoluto.
B) A resolução constitui a extinção do contrato por simples renúncia da parte.
C) A rescisão tem origem em defeito contemporâneo à formação do contrato, e a presença do vício torna o contrato anulável ou nulo.
D) O distrato constitui espécie de resolução contratual.
Gabarito: alternativa C.
SEMANA 6
Caso concreto 01
Eládio faleceu deixando como herdeiros dois filhos, Emanuel e Elisângela. Antes de finalizar o inventário, Emanuel transferiu a propriedade de imóvel rural integrante do acervo hereditário, a título de cessão de direitos hereditários, a Roberto, sem consultar a irmã, pois já havia ficado acertado que o referido bem ficaria, por ocasião da partilha, em propriedade de Emanuel.
Neste caso, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE se Elisângela poderá anular o contrato celebrado entre Emanuel e Roberto.
Resposta: Sim, pois houve violação ao direito de preferência previsto no art. 504, CC. Nesse sentido, segue decisão do STJ:
DIREITO CIVIL. CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS. CONDOMÍNIO. INDIVISIBILIDADE. DIREITO DE PREFERÊNCIA DOS CO-HERDEIROS. ART. 1139 DO CÓDIGO CIVIL DE 1916 (ART. 504 DO CC EM VIGOR).
1. "Os co-herdeiros, antes de ultimada a partilha, exercem a compropriedade sobre os bens que integram o acervo hereditário 'pro-indiviso', sendo exigível, daquele que pretenda ceder ou alhear seu(s) quinhão(ões), conferir aos demais oportunidade para o exercício de preferência na aquisição, nos moldes do que preceitua o art. 1139, CC" (REsp n.  50.226/BA).
2. O art. 1.139 do Código Civil de 1916 (art. 504 do CC em vigor) não faz nenhuma distinção entre indivisibilidade real e jurídica para efeito de assegurar o direito de preferência ali especificado. Interpretação em sintonia com a norma do art. 633 do mesmo diploma legal, segundo a qual "nenhum condômino pode, sem prévio consenso dos outros, dar posse, uso, ou gozo da propriedade a estranhos" (art. 633).
3. Ao prescrever, do modo taxativo, a indivisibilidade da herança, assim o fez o legislador por divisar a necessidade de proteção de interesses específicos da universalidade ali estabelecida, certamente não menos relevantes do que os aspectos de ordem meramente prática que poderiam inviabilizar a divisão física do patrimônio.
4. Recurso especial provido.
(REsp 550940 / MG. Rel. Min. Fernando Gonçalves. QUARTA TURMA. DJe 08/09/2009)
 
Questão objetiva 01
(OAB/RJ) Com relação ao contrato de compra e venda, NÃO É CORRETO afirmar: 
(A) É nula a pactuação firmada que deixa ao exclusivo arbítrio de uma das partes a fixação do preço 
(B) É válida a venda de ascendente solteiro a descendente, que obtém o consentimento dos demais descendentes, quando da realização de avença 
(C) Na venda “ad mensuram” as referências às dimensões do imóvel são meramente enunciativas, não cabendo demanda quanto a uma eventual diferença nas medições 
(D) O condômino em coisa indivisível, ao desejar vender a sua parte no bem, deve, antes de vendê-la a um estranho, dar direito de preferência na aquisição, tanto por tanto, aos demais condôminos 
Resposta: alternativa C.
Questão objetiva 02
(Magistratura Federal/3ª Região – 6°) O contrato de compra e venda:
(A) opera a transmissão da propriedade de bens imóveis.
(B) é modo originário de transmissão da propriedade.
(C) não é suficiente para operar a transmissão de bens imóveis.
(D) depende sempre de escritura pública. Resposta: alternativa C
SEMANA 7
Caso concreto 01
João Fernando e Maria Eloisa celebraram contrato cujo objeto era um automóvel Gol no valor de R$ 8.100,00, sendo o pagamento dividido em uma entrada de R$ 2.040,00 e o resto parcelado em 18 (dezoito) prestações de R$ 522,00, totalizando um montante de R$ 9.396,00. Ficou acertado que o contrato daria à Maria Eloísa o direito à transferência apenas da posse direta, ficando a propriedade do automóvel com João Fernando até o pagamento total das parcelas pactuadas.
Tomando por parâmetro o direito contratual brasileiro e considerando que Maria pagou as 15 (quinze) primeiras parcelas, responda JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE: 
A) explique o contrato celebrado entre João Fernando e Maria Eloísa. 
Resposta: compra e venda com reserva de domínio.
B) ainda que não tenha cláusula expressa no contrato, poderá João Fernando, alegando a inadimplência de Maria Eloísa, extinguir o contrato? Maria Eloísa poderá ser presa por ser depositária infiel? 
Resposta: não, pois há nessa hipótese adimplemento substancial (inadimplemento mínimo). João Fernando poderá cobrar Maria Eloísa pelo saldo devedor, sem que isso implique resolução contratual. Também não há possibilidade de prisão nesse caso porque além de a jurisprudência não aceitar a equiparação do comprador com reserva de domínio ao fiel depositário, a prisão civil do depositário infiel já foi considerada ilícita pelo STF (súmula vinculante). 
C) se João Fernando ajuizar ação de busca e apreensão contra Maria Eloísa para recuperar o automóvel e este não for encontrado por culpa de Maria Eloísa, poderá esta ser presa por ser considerada depositária infiel? A declaração de inconstitucionalidade da prisão civil serve para qualquer hipótese de depositário infiel.
Questão objetiva 1
(OAB 2009/1) A cláusula segundo a qual o vendedor de coisa imóvel pode reservar-se odireito de recobrá-la, em determinado prazo, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador, é denominada:
A) ​​​​venda com reserva de domínio.
B) preempção ou preferência.
C) venda a contento.
D) retrovenda.
Resposta: alternativa D.
Questão objetiva 2
Marque a alternativa CORRETA:
A) A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob condição resolutiva, ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará perfeita, enquanto o adquirente não manifestar seu agrado.
B) A prelação é direito potestativo cujo titular é somente o comprador.
C) Na venda sobre documentos, a tradição da coisa é substituída pela entrega do seu título representativo e dos outros documentos exigidos pelo contrato ou, no silêncio deste, pelos usos.
D) A venda com reserva de domínio pode recair sobre bens móveis ou imóveis.
Resposta: alternativa C. A letra D enseja discussão doutrinária, pois alguns bons autores admitem a inserção da cláusula de reserva de domínio em contrato de compra e venda de imóvel, em razão da autonomia da vontade, própria dos contratos, mas considerando que a questão é objetiva, o aluno deve optar pela assertiva que corresponde ao texto legal.

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