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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DO TRABALHO DA VARA Nº__ DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO/RJ TÍCIO, brasileiro, auxiliar administrativo, residente e domiciliado na Rua Bauru, nº 371, da cidade de São Gonçalo-RJ, cep: 00.000-000, inscrito no registro geral sob o correspondente número: e no cadastro nacional de pessoas físicas no Nº, vem, mui respeitosamente, através de seu advogado devidamente qualificado em procuração acostada, registrado na ordem dos advogados do Brasil sob o nº xxx-xx-ce, com escritório situado na rua major Wayne, nº 540, montese, cep: 00.000-000, São Gonçalo-RJ, PROPOR, PELO RITO SUMARÍSSIMO, RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, EM FACE DA SOCIEDADE LIMITADA ALFA, inscrita no cadastro nacional de pessoas jurídicas sob o nº: 00.000.000/0000-00, com endereço na Av.Borges de Melo, nº 0.000, Bairro de Fátima, telefone:(85)99192-7765, e-mail: xxxx@xxxx.com.br, na cidade do Rio de Janeiro/RJ, Cep: 00.000-000, PELOS SEGUINTES FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS QUE SE PASSA A EXPOR: II. DOS FATOS Ocorre que Tício, ora reclamante, fora admitido como auxiliar administrativo, em contrato firmado com a empresa ALFA LTDA, ora reclamada, para trabalhar na filial desta localizada no Município do Rio de Janeiro-RJ, em 4 de janeiro de 2016. Tício cumpria jornada de trabalho das 8 às 17h, com 1 hora de intervalo para repouso e alimentação. Percebia o salário mensal de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Acontece que em 26 de janeiro de 2017, com mais de um ano de prestação de serviços, o autor fora imotivadamente dispensado, sem prévio aviso, e percebimento algum das verbas resilitórias, tampouco pode-se dizer das férias, jamais usufruídas. Tício hoje encontra-se desempregado, vivendo as amarguras de uma vida com direitos violentamente extirpados. I. DAS PRELIMINARES I.II. DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA Requer o Autor, nos termos da lei nº 1.060 de 1950 e dos artigos 98 e seguintes do CPC e 5º, LXXIV da CF/88, que lhe seja deferido os benefícios da justiça Gratuita, tendo em vista de que o mesmo não pode arcar com as custas processuais e com os honorários advocatícios sem o prejuízo do sustento próprio. I.III. DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO É competente este foro para a propositura da presente ação, tendo em vista que, embora a contratação tenha sido feita na cidade de Niteroí-RJ, a prestação do serviço se deu na cidade do Rio de Janeiro/RJ, conforme é exposto nos autos e assim preleciona o artigo 651 da CLT. Vejamo-lo: Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. (Vide Constituição Federal de 1988) (CLT) Portanto, resta-se nítido a competência deste juízo para apreciação do caso em tela. . I. DA DIREITO A PERCEPÇÃO DAS VERBAS RESCISÓRI AS Excelência, desde logo, convém registrar que o Autor possui o digno direito de receber as suas verbas resilitórias, não por tão somente terem sido todas elas o lvidadas e injustificadamente não pagas, mas, a bem verdade , por serem o primeiro socorro a liment ício de um trab alhador quando se enco ntra repentinamente sem os provimentos as suas mínimas condições de existência. Percebe-se, no caso em tela, que o Sr. T ício f oi obstado de receber o s valores do aviso prévio (no caso, indenizado), saldo de salári o, férias vencidas integrais acrescidas do terço constitucional, o décimo terceiro salário, os depósitos referentes ao f undo de garantia por tem po de serviço (FGTS) com a respectiva multa dos 40% do saldo do aludido fundo. Como se vê, nobre magistrado, resta-se claro a proporção da se veridade na vida do trabalhador e nos m andamentos d a lei, que f oram sumariamente feridos por um empregador sem escrúpulos. III. II. DA DESCRIÇÃO DAS VERBAS RESILITÓRIAS DEVIDAS Nobre julgador, por motivos aclaratórios, f az-se n ecessário discriminar de modo espe cífico os valores e os fundamentos legais de todas as verbas devidas. Como já explanado em alhures, são os valores referentes : Ao aviso p révio ind enizado (Art. 48 7, II, da Clt, art. 7º , XXI da CF/88 e o artigo 1º da Lei 12.506/2011); Saldo de salário (art. 457 e 458 c/c 462 da Clt); Férias vencidas integrais acrescidas do terço constitucional (Art. 7º/CF88, XVII. CLT - Art. 129, CLT - Art. 146, súmula 328 do TST); Décimo terceiro salário (CF88 – Art. 7º VIII, Lei 4090/62 Art. 1º e Art. 3º); Depósitos referentes ao fundo de garantia por tempo de serviço (Lei 8036/90 Art. 20. ) Com a respectiva multa dos 40% do saldo do aludido fundo (Lei 8036/9 - Art.18.) III. III. D A APLICAÇÃO DA MULTA DISPOSTA NO ARTIGO 477 , § 8º, D A CLT Excelência, com o devido respeito, mostra -se claramente necessário no caso em tela a aplicação da multa que é exposta no artigo 477 , parágrafo 8º da CLT, levando em consideração que o prazo para o pagamento das verbas rescisórias em muito fora desrespeitado pelo empregador, tornando, assim, a premente necessidade d e se estabelecer uma p unição a contento para aquele que d esrespeita a lei. E quando, então, tal desrespeito fe re graveme nte verbas de natureza alimentícia, mostra -se ainda mais justa a penalidade. Nesse sentido: RECURSO DE REVISTA. MUL TA DO ARTIGO 477 D A CLT. A mult a do artigo 477, § 8º, da CLT tem como escopo compensar o prejuízo oriundo, unicamente, do não pagamento das verbas rescisórias no prazo legal estabelecido por seu § 6º, não aquele porventura decorrente de atraso na homologação da rescisão não conhecido. contratual. Recurso de revista V. Julgar ao final, TOTALMENTE PROCEDENTE a presente Reclamação, condenando a Reclamada a: a) Aviso Prévio indenizado e b) 13º salário proporcional c) Férias vencidas e prop orcionais do ano de +1/3 constitucional; d) Condenar a Reclamada ao pagamento da multa prevista no art. 477 da CLT. Dar-se-á o valor da causa em R$ 11.010,44 (onze mil e dez reais e quarenta e quatro centavos). Nestes termos, pede e espera deferimento. Fortaleza-Ce, terça-feira, 23 de agosto de 2017. NOME DO ADVOGADO OAB/CE XX.XXX-X
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