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EXCELENTÍSSIMO(a) SENHOR(a) DOUTOR(a) JUIZ(a) DA XXª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO / SP
Pedro Castilho, brasileiro, solteiro, pedreiro, inscrito ao CPF sob nº. XXX.XXX.XXX - XX, e no RG nº. XXXXXXXXXX, endereço eletrônico XXX@XX, residente e domiciliado na Rua Fontoura Xavier, nº 20, Bairro Itaquera, São Paulo/SP, CEP 00.120 - 50, vem perante Vossa Excelência, por seus procuradores, e instrumento de mandato anexo, propor a presente:
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Em face de Construtora Viver Bem Ltda., pessoa jurídica de direito privado, com sede na Av. Paulista, nº 500, 14º andar, Bairro Bela Vista, São Paulo/SP, CEP 00.010-30, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
PRELIMINAR
Comissão de Conciliação Prévia
Preliminarmente, o reclamante informa que não foi instalada a Comissão de Conciliação Prévia de que trata o art. 625 - D da CLT, assim, deixa-se de cumprir tal determinação.
Ressalta-se, que de acordo com o entendimento do STF nos autos ADI 2139 e ADI 2160 a passagem da demanda pela referida Comissão é uma faculdade da parte.
DA SÍNTESE DO CONTRATO DE TRABALHO
O Autor foi contratado pela reclamada em 7 de janeiro de 2019 data em que o trabalho se iniciou. No entanto, para sua surpresa, a construtora lhe propôs uma contratação por meio de pessoa jurídica, ao fundamento de que não havia qualquer impedimento para a realização deste tipo de terceirização. 
Foi sugerido que ele criasse uma Micro empresa Individual, popularmente conhecida como MEI. Esta sua empresa é que firmaria um contrato de prestação de serviços com a Construtora Viver Bem. Este contrato foi firmado usando-se de terceirização ilícita, desvirtuada. Percebe-se, portanto, que estavam presentes os requisitos dos arts. 2º e 3º da CLT, quais sejam subordinação, pessoalidade, habitualidade e onerosidade.
Na realidade, o Sr. Pedro laborava de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, com intervalo de 1h. No contrato, ficou ajustado o valor fixo mensal de R$ 3.000,00 (três mil reais) pela prestação de serviços. Como se tratava de contrato de natureza civil, sem vínculo de emprego, não recebia qualquer valor a título de horas extras. Também, não recebia vale - transporte, embora, diariamente, precisava se deslocar de ônibus de sua casa para o trabalho e o trajeto contrário, gastando R$ 4,50 em cada uma das duas passagens que necessitava por dia. Ele laborou ininterruptamente até 20 de dezembro de 2019, quando foi notificado pela construtora acerca da rescisão do seu contrato. No pacto firmado, havia a previsão de necessidade de prévio aviso da rescisão contratual com 10 (dez) dias de antecedência, o que foi observado. Houve, portanto, o pagamento dos serviços prestados no mês de dezembro de 2019.
Ocorre que muitos de seus direitos não eram observados pelo reclamado, razão pela qual propõe a presente relação trabalhista.
DO DIREITO
Da desvirtuação na terceirização
Foi sugerido ao autor que ele criasse uma Micro empresa Individual, popularmente conhecida como MEI. Esta sua empresa é que firmaria um contrato de prestação de serviços com a Construtora Viver Bem.
Conforme se percebe pela leitura dos fatos se percebe que este contrato foi firmado usando-se de terceirização ilícita, desvirtuada e conclui - se, portanto, que estavam presentes os requisitos dos Arts. 2º e 3º da CLT, quais sejam subordinação, pessoalidade, habitualidade e onerosidade. Também notadamente presente o Art. 3º da CLT:
“Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário”.
Sendo assim, a terceirização é nula de acordo com o Art. 9º da CLT, senão vejamos:
“Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação”.
AVISO PRÉVIO
De acordo com o 
ART. 7º XXI da CF: São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei.
O trabalhador tem direito ao recebimento dos 20 (vinte) dias faltantes a título de aviso prévio, nos termos do art. 1º da Lei nº 12.506/11 e LEI 12.506/2011.
Segundo o
 ART. 487 da CLT
Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior; trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa.
FÉRIAS PROPORCIONAIS+ 1/3 E 13º SALÁRIO
Segundo o 
ART. 146 da CLT 
“Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido”.
O trabalhador faz jus ao um terço de ferias proporcionais correspondente ao período entre em 7 de janeiro de 2019 e 20 de dezembro do mesmo ano, com fundamento no ART. 7º XVII da CF: 
 Art. 7º 
São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
Além disso, faz jus ao décimo terceiro salário proporcional correspondente ao período entre em 7 de janeiro de 2019 e 20 de dezembro do mesmo ano, com fundamento no ART. 7º VIII da CF, senão vejamos: 
Art. 7º
São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
Corroborando o disposto no artigo anterior relacionado ao gratificação de natal.
O ART. 1º da LEI 4090/62, dispoe que : 
“Art. 1º 
No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será paga, pelo empregador, uma gratificação salarial, independentemente da remuneração a que fizer jus.
§ 1º - A gratificação corresponderá a 1/12 avos da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente”.
MULTA DE 40% FGTS
O trabalhador faz jus a multa de 40% FGTS, uma vez que foi demitido sem justa causa, direito esse com fundamento no caput e § 1º do ART. 18 da LEI 8036/90 3 e com respaudo no ART. 7º I da Constituição Federal.
MULTA DO § 8º DO ART. 477 DA CLT
A aplicação da multa ao empregador se faz necessária em razão de inobservancia da entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação, que deverão ser efetuados até dez dias contados a partir do término do contrato.
Vejamos dispositivos legais pertinentes:
Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo. 
§ 6o A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a partir do término do contrato.
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora.
Mesmo sendo reconhecido o vinculo empregatício apenas em juízo, se faz necessário a aplicação da multa. Isso é o que Súmula 462 TST diz a respeito:
“Multa do art. 477, § 8º, da CLT. incidência.reconhecimento JUDICIAL DA RELAÇÃO DE EMPREGO (Republicada em razão de erro material) - DEJT divulgado em 30.06.2016
A circunstância de a relação de empregoter sido reconhecida apenas em juízo não tem o condão de afastar a incidência da multa prevista no art. 477, §8º, da CLT. A referida multa não será devida apenas quando, comprovadamente, o empregado der causa à mora no pagamento das verbas rescisórias”. 
DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
O Reclamante no desempenho das suas atividades laborais passou a ter contato habitual com cimento. Além disso, o reclamante não fazia uso de Equipamentos de proteção individual, posto que não era disponibilizados pela Reclamada, tendo muitas vezes que colocar um “pano” para tapar as vias respiratórias e não inalar o cimento.
Destarte, REQUER a realização de perícia técnica para a verificação do grau de exposição das atividades da Reclamante à agendes insalubres, a ser pago para o Reclamante.
Por conseguinte, REQUER seja condenada a Reclamada ao pagamento do adicional de insalubridade em grau médio de acordo com o anexo 13 da NR-15 da portaria 3.214/78, com reflexos em saldo de salário, férias acrescidas de 1/3 constitucional, 13º salários, FGTS e multa de 40%.
VALE TRANSPORTE
O empregado tem tem direito ao auxilio transporte para suprir suas despesas de deslocamento residência - trabalho e vice - versa, através do sistema de transporte público, com fundamento no ART. 1º da LEI 7418/85, senão vejamos:
 Art. 1º Fica instituído o vale - transporte, que o empregador, pessoa física ou jurídica, antecipará ao empregado para utilização efetiva em despesas de deslocamento residência - trabalho e vice-versa, através do sistema de transporte coletivo público, urbano ou inter municipal e / ou interestadual com características semelhantes aos urbanos, geridos diretamente ou mediante concessão ou permissão de linhas regulares e com tarifas fixadas pela autoridade competente, excluídos os serviços seletivos e os especiais.
O ART. 1º DECRETO 95.247/87 fala que São beneficiários do Vale - Transporte, nos termos da Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985, os trabalhadores em geral, tais como
os empregados, assim definidos no art. 3° da CLT.
Da Gratuidade da Justiça
Nos termos do artigo 5º, LXXIV da Carta Magna, àqueles que comprovarem a insuficiência de recursos terá assistência jurídica integral e gratuita.
Neste sentido dispõe o artigo 98 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, bem como dispõe o artigo 99 § 4º do mesmo Diploma Legal que “a assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça”.
Pode-se observar, também pelo todo já dito no decorrer da presente peça, que o Reclamante não possui emprego atualmente, o que deixa sem dúvidas a impossibilidade de arcar com as despesas processuais aqui demandadas.
Requer o Autor, ante o exposto, seja julgado procedente o pedido de Gratuidade da Justiça, abstendo - o de toda e qualquer despesa advinda desta lide, nos termos dos artigos supracitados.
Dos Honorários Advocatícios
Segundo declaração acostada à presente, há de constatar que a Reclamante é hipossuficiente na acepção financeira, de modo a não possuir condições de arcar com as custas processuais, e, menos ainda, com a remuneração dos serviços prestados pelo seu patrono em defesa dos seus interesses.
Requer, pois, a condenação da Reclamada em honorários sucumbenciais no percentual de 15% sobre o valor bruto total resultante desta demanda, como medida apta a custear o trabalho advocatício.
A fundamentação está contida no ART. 791-A da CLT: 
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
DOS PEDIDOS
Requer a Vossa Excelência a condenação do Reclamado:
a) Reconhecimento do vínculo no período entre 7 de janeiro de 2019 a 20 de dezembro de 2019, sendo determinado que o réu realize a anotação da CTPS do reclamante conforme OJ-SDI1-82 e art. 29 da CLT, sob pena de ser efetuada pela Secretaria da Vara do Trabalho, nos termos do art. 39 da CLT.(OJ-SDI1-82 “A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado”).
b) Ao pagamento do adicional de insalubridade a principio em grau médio(R$ 7.200,00), e reflexos em horas extras (R$2.000,00), férias acrescidas de 1/3 constitucional (R$ 4.000,00), 13º salários (R$ 3.000,00), FGTS (R$ 3.120,00), saldo referente ao auxilio transporte R$ 2.376,00 e multa de 40% (R$ 15.600,00), aviso prévio (R$ 3.000,00) e as guias para fins de seguro desemprego. 
 
c) a realização de perícia técnica para apuração do grau de insalubridade a ser pago à Reclamante;
d) incidência de juros e correção monetária até a data do efetivo pagamento;
e) a notificação da Reclamada para apresentar defesa, se quiser, sob pena de revelia e confissão;
f) a concessão do benefício da Assistência Judiciária Gratuita, por tratar-se o Reclamante de pessoa pobre nos termos da lei, não possuindo condições financeiras de arcar com os custos da presente ação sem prejuízo de sua subsistência e de sua família;
g) a condenação da Reclamada ao pagamento de custas judiciais e honorários advocatícios de 15% sobre o valor bruto da condenação;
h) a produção de todas as provas em direito admitidas, como documental, testemunhal, pericial e inspeção judicial.
Atribui à causa, aproximadamente, o valor de R$ 40.296,00.
Termos em que pede e espera deferimento.
São Paulo / SP 
Data XXXXXXX 
Advogado OAB / XX nº. XX

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